Belle escrita por Chappy The Bunny


Capítulo 1
Sweet, warm Death


Notas iniciais do capítulo

O que acontece quando a pessoa, toda enferrujada, começa a chorar vendo vídeo de casal de série e fica toda emocional? Abre o word e começa a jogar um monte de palavra pq tá toda sentimentalzinha.
Sim, eu não escrevo faz muito tempo!!! Mas fazer o que, eu preciso desabafar minha tristeza pelo fim do otp.
Ignorem meu blá blá blá, espero que gostem, porque eu to nesse estado que disse e não sei de verdade como ficou (aliás, desculpem a falta de criatividade com títulos e sinopses)



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Acabava ali, Francis sabia. Era seu fim.

Mary chorava, clamava por um milagre, mas ele estava incrivelmente calmo. Estava em paz, pois sabia que aquele era seu momento. Queria sim poder viver mais, fazer mais, amá-la mais, porém o abraço da morte era inevitável. Era escuro, frio. Era o fim.

Olhando a amada podia sentir seu coração aquecer, via uma luz que nunca tinha visto. Naquele momento, Francis teve certeza que quando aceitou amá-la e lutar contra as oposições foi a decisão correta.

Ah, como a admirava. Os fios longos caiam pelos ombros e costas, mais negros que a morte. Lembrou-se como gostava deles, mas não superava seu fascínio pelos lábios que tantas vezes beijara. As maçãs do rosto, os olhos que mesmo em meio a tanta desgraça nunca perdiam o brilho, o queixo. Observava cada detalhe de Mary, e mesmo ali, naquele momento, podia sentir-se embasbacado com tanta beleza - mas não só de beleza era formada sua admiração pela esposa: a rainha dos escoceses era forte, decidida, justa. Seu povo de fato havia sorte por tê-la.

Sentiu então como a morte era bondosa com ele, o quão boa e calorosa podia ser. Em tantas possibilidades, foi-lhe permitido que tivesse a visão mais doce de todas quando fechasse os olhos pela eternidade. Sentia o ar esvaindo de seu corpo, seu coração cada vez mais devagar, mas ao mesmo tempo sentia cada célula de seu corpo explodir em alegria, em um amor indescritível, teria o privilégio de ter a mais bela de todas em sua mente para sempre. A vida foi ainda mais bondosa por deixar que Francis a tivesse em seus braços, tivesse seu amor. Talvez fosse por isso que tivesse que ir tão cedo: a sorte podia ser inversamente proporcional a sua vida. E, se assim fosse, era o homem mais feliz do mundo. Quantos viveram muito e não conheceram o amor? Quantos morreram velhos e tiveram fins horrendos? Ainda que muito vivesse, uma vida sem amor teria sido vazia.

Piscou pela última vez, gravando cada parte de Mary em si. Nela estava sua plenitude.

Então, fechou os olhos para sempre.

Mary não sabia disso, mas Francis acreditou ter tido a morte mais bela de todas.


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