Glowing Eyes escrita por Weird Girl


Capítulo 2
You started a war


Notas iniciais do capítulo

Olá! Apreciem o capítulo! :)



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Sally Elizabeth Smith

A primeira aula da garota era Trato das Criaturas Mágicas. Por sorte, Miles havia escolhido esta disciplina também. Se juntaram a um grupo de estudantes da Lufa-Lufa e Corvinal, que estavam indo para fora do castelo.

— Esqueci de te perguntar, Kenny. — Ao ouvir o apelido, Miles fechou a cara. — Fez amizade com alguém também?

— Não é Kenny. E sim, eu fiz amizade. Com James Sirius.

Sally pensou em todos os garotos que já havia visto em sua vida. Não se lembrava de algum "James", apenas o cara que apresenta um programa trouxa. Ou um daqueles cantores que tanto gostava. Por fim, perguntou:

— Quem é esse cara?

— É o filho do Harry Potter.

— Nossa Miles, você realmente ajudou! — ironizou Sally, revirando os olhos.

Os cabelos louros e curtos de Miles quase não balançavam muito, mesmo com o vento. O garoto bufou.

O grupo de alunos parou ao ver o professor Andrew a caminho deles.

— Olá alunos! Hoje vamos começar vendo uma criatura inofensiva, o furanzão.

Os alunos começaram a conversar, curiosos para saber o comportamento do animal. Caminharam um pouco mais a frente.

— Silêncio, por favor. O furanzão se assemelha com um furão grande, mas a diferença é que este pode falar. Numa conversa, o furanzão tende a dizer frases curtas e em geral, grosseiras. Alguém sabe me dizer do que ele se alimenta?

Uma garota da Lufa-Lufa levantou a mão.

— Sim senhorita Hazel?

— O furanzão costuma comer toupeiras, ratos e roedores.

— Muito bem! Cinco pontos para a Lufa-Lufa!

Andrew pegou um rato morto de uma caixa e agachou-se, balançando o pequeno rato. Alguns alunos fizeram careta ao ver o bicho morto. Um vulto preto saiu da floresta, se aproximando lentamente. Pegou o rato da mão de Andrew e começou a comer, ali mesmo.

— Que fofinho — sussurrou Sally.

— É verdade — concordou uma garota da Corvinal.

O animal observou os bruxos que estavam ali.

— Você tem sobrancelhas grandes — disse para Miles, que fez uma careta e corou.

Os alunos deram risada e Sally mordeu os lábios, para não rir.

— Alguém quer dar comida para ele? — Andrew olhou para os alunos.

Sally levantou a mão e foi ao lado do professor. Tirou um rato morto da caixa e estendeu para o furanzão, que logo pegou e começou a se alimentar.

— Seu nariz é fino demais — comentou o furanzão, grosseiramente.

Sally levou as mãos ao nariz e semicerrou os olhos para o animal. Os outros alunos riram do comentário, deixando a garota envergonhada. Ela se levantou e voltou para o lugar onde estava.

— Que fofinho — debochou Miles imitando a voz de Sally.

— Cale a boca. — Ela socou o braço do amigo.

— Ninguém mais quer alimentá-lo? — perguntou o professor.

Um dos garotos da Corvinal disse:

— Está brincando? Esse bicho só sabe insultar!

— Pelo menos ele não machucou ninguém — comentou alguém.

— Ah, ele machucou o coraçãozinho dos lufanos ali. — Apontou para Miles e Sally.

— Seu... — começou Miles.

Antes que pudesse terminar de falar, Sally colocou uma das mão na boca do menino, impedindo-o de dizer alguma coisa. 

Andrew se levantou e deu tapinhas na roupa para tirar a poeira que estava ali.

— Phillip e Miles, odeio ser chato, mas se não pararem com isso terei que tomar alguma providência...

— Desculpe, professor — disseram, em uníssono. 

A aula transcorreu lentamente, Andrew passou algumas questões sobre o furanzão, que aliás, já havia ido embora. Phillip — o corvino irritante — continuou provocando Miles e Sally, apontando para os dois e cochichando algo para os amigos, que apenas riam. Apesar de tentar acalmar o amigo, Sally estava tão irritada quanto ele. 

Miles agradeceu quando a aula terminou. Os dois amigos foram os primeiros a voltar correndo para o castelo, para não precisar ver o rosto daquele garoto. Se juntaram a um grupo de estudantes da Sonserina, que estavam indo para o Salão Principal.

— Eu ainda vou azarar esse garoto — esbravejou, ao se dirigirem à mesa da Lufa-Lufa.

— Nem me fale.

Se sentaram no banco e Sally encheu um copo de suco de laranja. 

— A nossa próxima aula será... — Miles tirou um papel das vestes e checou o horário. — História da Magia. Defesa Contra as Artes das Trevas. Isso! Poderei te mostrar James.

— Como quiser. 

A aula de História da Magia, na opinião de Sally, era a mais entediante de todas. A professora Daisy — que lecionava a matéria — tentava animar os alunos, mas isso não funcionava com Sally. Ela tem uma espécie de bolha chamada 'desconcentração' que liga automaticamente na aula de História da Magia.

Acordou com o som da sineta, quando Miles cutucou seu ombro. Percebeu que havia babado em um canto da mesa e limpou com as vestes.

— Deveria prestar atenção nas aulas dela — aconselhou Miles, quando estavam saindo. — Os N.O.M.s estão quase aí...

— Sim, é verdade. Será que poderia me ajudar a estudar hoje à noite? Não sei porquê, mas a voz dela é tão suave que me ajuda a cochilar.

Se dirigiram para a sala de Feitiços, onde encontraram uma porção de alunos da Grifinória e da Lufa-Lufa. A professora Emma Palacios era espanhola, então seu sotaque era um pouco engraçado. 

Miles apontou para um garoto com vestes da Grifinória. Ele tinha os cabelos castanhos escuros e os olhos da mesma cor, mas havia um brilho brincalhão neles. Usava óculos, o que na opinião de Sally, o deixava ainda mais bonito.

— Ei, James! — Miles acenou e ele veio ao seu encontro, junto de um amigo. — Esta é Sally, a minha amiga.

— Oi, Miles! Sally. — James fez um aceno com a cabeça, dando um sorriso. 

— Hem, hem! — a professora pigarreou, chamando a atenção dos alunos. — Hoje vamos aprender o feitiço Levicorpus, que levanta a pessoa pelo tornozelo, deixando-a de cabeça para baixo.

Orientados pela professora, cada aluno procurou um par. Miles e Sally fizeram juntos. Os alunos fizeram duas filas, cada pessoa em frente de seu par. Logo, disse:

— Primeiro vocês terão que repetir comigo as palavras e depois, irão para a parte prática. Repitam: Levicorpus!

— Levicorpus — repetiram, em uníssono.

Depois de algumas repetições, a professora mostrou como agitar a varinha. E logo, começaram a praticar.

— Levicorpus! — Sally descreveu um arco com a varinha de cima para baixo. 

Miles foi virado de cabeça para baixo, mas havia batido a cabeça no chão. Esfregou a mão no local da dor.

— Deveria ter um pouco mais de cuidado — disse ele.

— A culpa não é minha se você é alto — respondeu Sally, rindo.

Vários alunos já estavam de cabeça para baixo, mas também haviam alguns caídos no chão.

— E agora? Como coloco você no chão? — perguntou Sally, começando a ficar desesperada.

 Emma foi passando por trás dos alunos, dando orientações. Assim que foi ao lado de Sally, ela disse:

— Para desfazer o feitiço, você tem apenas que dizer:  Liberacorpus! — Miles caiu no chão, com um pequeno impacto. Não havia se machucado.

Depois, que os alunos da fila da direita conseguiram realizar o feitiço, a professora ensinou o reverso do feitiço para os alunos. Foi a vez da outra fileira começar a praticar.

— Pronta para ver como eu sou o melhor bruxo de todos os tempos, Sally? — gabou-se Miles, sorrindo. 

Sally riu. 

— Vamos ver.

Assim, como Miles, Sally foi pendurada de ponta cabeça. Por sorte, não bateu a cabeça no chão. 

Após os alunos terminarem de praticar, sentaram-se nas cadeiras. Miles se sentou com James, então a garota ficou mais a frente, do lado de uma pessoa desconhecida. Assim que a professora ia começar a explicar o assunto, a sineta tocou.

— Abram o livro na página 312, leiam o capítulo 97 e façam um resumo dele para entregar. Não se esqueçam, é para a próxima aula!

Sally guardou suas coisas na bolsa e se levantou. Quando tentou dar o primeiro passo, percebeu que suas pernas estavam coladas uma na outra. Alguém havia azarado ela com o Locomotor Mortis. O grande feitiço da perna presa.

Ela caiu no chão e bateu a cabeça no pé da mesa ao lado. Ouviu as pessoas rindo de sua cara, o que foi totalmente vergonhoso. Se recompôs, sentando-se no chão. Esfregou a mão no canto direito da testa, onde estava sangrando um pouco. Fechou os olhos com força. Sentia raiva e vergonha, queria desaparecer dali. Tentou segurar o choro, mas as lágrimas que prendia começaram a sair.

Assim que suas pernas se desgrudaram, dentro de alguns minutos, ela se levantou e alguns alunos continuavam ali, guardando suas coisas. James e Miles ainda estavam rindo. 

— Ela caiu direitinho! — Ouviu James dizer para os amigos.

Sally tirou a varinha do bolso, apontando diretamente para ele. Pensou em azarar o menino, dar o troco. Se fizer isso, sabe que não vai acabar bem, pensou. Apertou os dedos na varinha, mas apenas guardou-a rapidamente. 

— Sally? Você está chorando? — Miles veio em sua direção.

— Cai fora, Kenneth. E você. — Apontou para James. — Saiba que acabou de começar uma guerra.

Sally disse isso enquanto saia da sala e se virou, seguindo seu rumo. As lágrimas ainda caíam, mas as limpava antes que alguém mais pudesse ver.


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Notas finais do capítulo

Então é isso! Espero que tenham gostado! :)
Deixe um review sobre o que acharam do capítulo para, não apenas me ajudar, mas como melhorar a escrita da história! ♥

Beijinhos!



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