Glowing Eyes escrita por Weird Girl
Notas iniciais do capítulo
Olá! Apreciem o capítulo! :)
Sally Elizabeth Smith
A primeira aula da garota era Trato das Criaturas Mágicas. Por sorte, Miles havia escolhido esta disciplina também. Se juntaram a um grupo de estudantes da Lufa-Lufa e Corvinal, que estavam indo para fora do castelo.
— Esqueci de te perguntar, Kenny. — Ao ouvir o apelido, Miles fechou a cara. — Fez amizade com alguém também?
— Não é Kenny. E sim, eu fiz amizade. Com James Sirius.
Sally pensou em todos os garotos que já havia visto em sua vida. Não se lembrava de algum "James", apenas o cara que apresenta um programa trouxa. Ou um daqueles cantores que tanto gostava. Por fim, perguntou:
— Quem é esse cara?
— É o filho do Harry Potter.
— Nossa Miles, você realmente ajudou! — ironizou Sally, revirando os olhos.
Os cabelos louros e curtos de Miles quase não balançavam muito, mesmo com o vento. O garoto bufou.
O grupo de alunos parou ao ver o professor Andrew a caminho deles.
— Olá alunos! Hoje vamos começar vendo uma criatura inofensiva, o furanzão.
Os alunos começaram a conversar, curiosos para saber o comportamento do animal. Caminharam um pouco mais a frente.
— Silêncio, por favor. O furanzão se assemelha com um furão grande, mas a diferença é que este pode falar. Numa conversa, o furanzão tende a dizer frases curtas e em geral, grosseiras. Alguém sabe me dizer do que ele se alimenta?
Uma garota da Lufa-Lufa levantou a mão.
— Sim senhorita Hazel?
— O furanzão costuma comer toupeiras, ratos e roedores.
— Muito bem! Cinco pontos para a Lufa-Lufa!
Andrew pegou um rato morto de uma caixa e agachou-se, balançando o pequeno rato. Alguns alunos fizeram careta ao ver o bicho morto. Um vulto preto saiu da floresta, se aproximando lentamente. Pegou o rato da mão de Andrew e começou a comer, ali mesmo.
— Que fofinho — sussurrou Sally.
— É verdade — concordou uma garota da Corvinal.
O animal observou os bruxos que estavam ali.
— Você tem sobrancelhas grandes — disse para Miles, que fez uma careta e corou.
Os alunos deram risada e Sally mordeu os lábios, para não rir.
— Alguém quer dar comida para ele? — Andrew olhou para os alunos.
Sally levantou a mão e foi ao lado do professor. Tirou um rato morto da caixa e estendeu para o furanzão, que logo pegou e começou a se alimentar.
— Seu nariz é fino demais — comentou o furanzão, grosseiramente.
Sally levou as mãos ao nariz e semicerrou os olhos para o animal. Os outros alunos riram do comentário, deixando a garota envergonhada. Ela se levantou e voltou para o lugar onde estava.
— Que fofinho — debochou Miles imitando a voz de Sally.
— Cale a boca. — Ela socou o braço do amigo.
— Ninguém mais quer alimentá-lo? — perguntou o professor.
Um dos garotos da Corvinal disse:
— Está brincando? Esse bicho só sabe insultar!
— Pelo menos ele não machucou ninguém — comentou alguém.
— Ah, ele machucou o coraçãozinho dos lufanos ali. — Apontou para Miles e Sally.
— Seu... — começou Miles.
Antes que pudesse terminar de falar, Sally colocou uma das mão na boca do menino, impedindo-o de dizer alguma coisa.
Andrew se levantou e deu tapinhas na roupa para tirar a poeira que estava ali.
— Phillip e Miles, odeio ser chato, mas se não pararem com isso terei que tomar alguma providência...
— Desculpe, professor — disseram, em uníssono.
A aula transcorreu lentamente, Andrew passou algumas questões sobre o furanzão, que aliás, já havia ido embora. Phillip — o corvino irritante — continuou provocando Miles e Sally, apontando para os dois e cochichando algo para os amigos, que apenas riam. Apesar de tentar acalmar o amigo, Sally estava tão irritada quanto ele.
Miles agradeceu quando a aula terminou. Os dois amigos foram os primeiros a voltar correndo para o castelo, para não precisar ver o rosto daquele garoto. Se juntaram a um grupo de estudantes da Sonserina, que estavam indo para o Salão Principal.
— Eu ainda vou azarar esse garoto — esbravejou, ao se dirigirem à mesa da Lufa-Lufa.
— Nem me fale.
Se sentaram no banco e Sally encheu um copo de suco de laranja.
— A nossa próxima aula será... — Miles tirou um papel das vestes e checou o horário. — História da Magia. Defesa Contra as Artes das Trevas. Isso! Poderei te mostrar James.
— Como quiser.
A aula de História da Magia, na opinião de Sally, era a mais entediante de todas. A professora Daisy — que lecionava a matéria — tentava animar os alunos, mas isso não funcionava com Sally. Ela tem uma espécie de bolha chamada 'desconcentração' que liga automaticamente na aula de História da Magia.
Acordou com o som da sineta, quando Miles cutucou seu ombro. Percebeu que havia babado em um canto da mesa e limpou com as vestes.
— Deveria prestar atenção nas aulas dela — aconselhou Miles, quando estavam saindo. — Os N.O.M.s estão quase aí...
— Sim, é verdade. Será que poderia me ajudar a estudar hoje à noite? Não sei porquê, mas a voz dela é tão suave que me ajuda a cochilar.
Se dirigiram para a sala de Feitiços, onde encontraram uma porção de alunos da Grifinória e da Lufa-Lufa. A professora Emma Palacios era espanhola, então seu sotaque era um pouco engraçado.
Miles apontou para um garoto com vestes da Grifinória. Ele tinha os cabelos castanhos escuros e os olhos da mesma cor, mas havia um brilho brincalhão neles. Usava óculos, o que na opinião de Sally, o deixava ainda mais bonito.
— Ei, James! — Miles acenou e ele veio ao seu encontro, junto de um amigo. — Esta é Sally, a minha amiga.
— Oi, Miles! Sally. — James fez um aceno com a cabeça, dando um sorriso.
— Hem, hem! — a professora pigarreou, chamando a atenção dos alunos. — Hoje vamos aprender o feitiço Levicorpus, que levanta a pessoa pelo tornozelo, deixando-a de cabeça para baixo.
Orientados pela professora, cada aluno procurou um par. Miles e Sally fizeram juntos. Os alunos fizeram duas filas, cada pessoa em frente de seu par. Logo, disse:
— Primeiro vocês terão que repetir comigo as palavras e depois, irão para a parte prática. Repitam: Levicorpus!
— Levicorpus — repetiram, em uníssono.
Depois de algumas repetições, a professora mostrou como agitar a varinha. E logo, começaram a praticar.
— Levicorpus! — Sally descreveu um arco com a varinha de cima para baixo.
Miles foi virado de cabeça para baixo, mas havia batido a cabeça no chão. Esfregou a mão no local da dor.
— Deveria ter um pouco mais de cuidado — disse ele.
— A culpa não é minha se você é alto — respondeu Sally, rindo.
Vários alunos já estavam de cabeça para baixo, mas também haviam alguns caídos no chão.
— E agora? Como coloco você no chão? — perguntou Sally, começando a ficar desesperada.
Emma foi passando por trás dos alunos, dando orientações. Assim que foi ao lado de Sally, ela disse:
— Para desfazer o feitiço, você tem apenas que dizer: Liberacorpus! — Miles caiu no chão, com um pequeno impacto. Não havia se machucado.
Depois, que os alunos da fila da direita conseguiram realizar o feitiço, a professora ensinou o reverso do feitiço para os alunos. Foi a vez da outra fileira começar a praticar.
— Pronta para ver como eu sou o melhor bruxo de todos os tempos, Sally? — gabou-se Miles, sorrindo.
Sally riu.
— Vamos ver.
Assim, como Miles, Sally foi pendurada de ponta cabeça. Por sorte, não bateu a cabeça no chão.
Após os alunos terminarem de praticar, sentaram-se nas cadeiras. Miles se sentou com James, então a garota ficou mais a frente, do lado de uma pessoa desconhecida. Assim que a professora ia começar a explicar o assunto, a sineta tocou.
— Abram o livro na página 312, leiam o capítulo 97 e façam um resumo dele para entregar. Não se esqueçam, é para a próxima aula!
Sally guardou suas coisas na bolsa e se levantou. Quando tentou dar o primeiro passo, percebeu que suas pernas estavam coladas uma na outra. Alguém havia azarado ela com o Locomotor Mortis. O grande feitiço da perna presa.
Ela caiu no chão e bateu a cabeça no pé da mesa ao lado. Ouviu as pessoas rindo de sua cara, o que foi totalmente vergonhoso. Se recompôs, sentando-se no chão. Esfregou a mão no canto direito da testa, onde estava sangrando um pouco. Fechou os olhos com força. Sentia raiva e vergonha, queria desaparecer dali. Tentou segurar o choro, mas as lágrimas que prendia começaram a sair.
Assim que suas pernas se desgrudaram, dentro de alguns minutos, ela se levantou e alguns alunos continuavam ali, guardando suas coisas. James e Miles ainda estavam rindo.
— Ela caiu direitinho! — Ouviu James dizer para os amigos.
Sally tirou a varinha do bolso, apontando diretamente para ele. Pensou em azarar o menino, dar o troco. Se fizer isso, sabe que não vai acabar bem, pensou. Apertou os dedos na varinha, mas apenas guardou-a rapidamente.
— Sally? Você está chorando? — Miles veio em sua direção.
— Cai fora, Kenneth. E você. — Apontou para James. — Saiba que acabou de começar uma guerra.
Sally disse isso enquanto saia da sala e se virou, seguindo seu rumo. As lágrimas ainda caíam, mas as limpava antes que alguém mais pudesse ver.
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Então é isso! Espero que tenham gostado! :)
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Beijinhos!