Nono Capítulo

É sexta, mas Lullaby não veio à escola. Ele também não veio segunda, nem no resto dos dias letivos. Isso aqui é um tédio sem ele. Vim para o turno matutino – porque no vespertino eu saia da escola de dezesseis horas e é um horário perigoso –, e começo a andar mais com Kitsune e Ciel, já que as minhas amigas não se transferiram também.

— No dia que eu conheci Lullaby – relato para eles na hora do intervalo – eu estava enrolada com a burocracia da mudança de turno. Além de me transferir, tive que transferir meu irmão, assim quando eu venho para a aula, ele não fica sozinho.

Eles me contaram o que aconteceu com Lullaby àquela noite. Eu já tentei todas as maneiras de falar com ele, mas nada funciona, as mensagens não são visualizadas e as ligações não são completadas.

Nono Capítulo 2

Já faz duas semanas e meia que não vemos Lullaby, Kitsune e Ju estão cada vez mais próximas, Ju é realmente uma boa pessoa. Nós já até conhecemos o irmão dela.

Eu estou feliz por elas – Kitsune está até interessada em aprender a pilotar motos – mas sinto falta do meu melhor amigo. Não sei mais o que fazer. Não consigo ligar para ele. Não consigo me conectar de nenhuma maneira.

— Calma Ciel – Kitsune me acalenta na saída da escola – ele vai falar com a gente quando precisar.

— Por que nós não vamos até a casa dele? Nós sabemos onde é. – não sei mais o que fazer.

— Se ele está tão afastado – comenta Ju colocando a alça da mochila no ombro – talvez não queira que a gente interfira no momento. É como Kitsune disse, quando ele precisar, entra em contato.

Olho para Kitsune e ela sorri para mim.

Nono Capítulo ³

Eu tento ser forte, mas estou um pouquinho abalada com o sumiço repentino de Aby também. Já se completaram quatro semanas.

— Por que vocês não ligam para o pai dele? – sugere Ju mordendo uma maçã enquanto esperamos o sinal tocar. – Não podemos mais ficar esperando.

            Ainda não tínhamos pensado nisso.

            – Boa ideia! – Ciel parece radiante, acho que ele é quem está sentindo mais falta de Aby – Vamos fazer isso.

            Ele pega o celular no bolso e procura o número de Gregor.

            – Você fala.

            Ele põe o aparelho no meu ouvido, e fico bastante feliz quando escuto chamar.