Quando o semestre acabou, Yodo  foi embora de Konoha. Em Suna, Deidara a abraçou com força e a levou para casa. Seus pais estavam lá. Sua mãe a agradeceu e seu pai lhe pediu perdão. Ambos disseram que estavam orgulhosos de verem que Yodo não havia virado as costas para eles quando mais precisavam. Então, a estudante de medicina disse que faria tudo de novo pelas pessoas que ama e que acreditava que estava fazendo o que era certo.

No quarto, Yodo estava arrumando suas coisas quando encontrou uma foto de Boruto no meio de uma agenda. Ela beijou a foto e colocou de volta no lugar.

— Pode admitir... Você sente falta dele. – Disse Deidara ao ver a irmã com a foto do ex.

— Ele é um bom rapaz. A garota que se casar com ele será muito sortuda.

— Ainda dá tempo de desistir. Aliás, você tem mais um ano pra isso.

— Eu sei, mas eu quero me casar com Nagato.

— Por que?

— Dei, é algo necessário. Nossa família vai ficar bem, assim como o nosso país. Além disso, Boruto poderá ficar com a garota que ele ama. Todo mundo feliz.

— Não sei por que, mas você não consegue me convencer de que vai ficar feliz.

— Eu juro que vou ficar tá bom?

— Me promete?

— Prometo!

[...]

Durante o primeiro encontro com Nagato como namorada, Yodo se sentiu insegura. Ele tentava ser atencioso, mas ela sempre dava um jeito de se esquivar. Ele logo percebeu a distância que ela impunha aos dois.

— Yodo, pensei que você fosse pelo menos tentar me amar... – Disse Nagato visivelmente decepcionado.

— Desculpe, Nagato. Eu ainda não to no clima. A gente pode ir com calma? – Pediu Yodo.

— A gente nem se beijou ainda.

— Eu sei. Mas é que é estranho pra mim.

— Você ainda pensa no tal Boruto.

— Um pouco, mas não é só isso.

— Olha, eu to tentando ser um cara paciente, mas você precisa colaborar.

— O que deseja?

— Você. Eu não vou forçar nada, mas eu to louco pra te beijar e você sempre me rejeita. 

— É que tudo foi tão rápido. Você entende Nagato? Até pouco tempo atrás eu era outra Yodo, com um futuro diferente, prestes a me casar com outra pessoa e agora eu serei a rainha de Suna, casarei com você. Eu ainda to tentando me acostumar.

— O que eu posso fazer para facilitar?

— Me dá um pouco de espaço?

— Eu dou. – Nagato beijou a testa de Yodo e a viu partir em seguida.

[...]

Após Yodo partir, Nagato se reuniu com Shinki.

— Como andam as coisas com Yodo? – perguntou Shinki.

— Difíceis. Ela anda meio deprimida. – Respondeu Nagato.

— Yodo é muito transparente. Certamente, ela quer se apaixonar por você, mas não consegue fingir que ainda não sente nada.

— E se ela não sentir nunca nada?

— Nagato, cabe a você conquistá-la.

— Como você conquistou a Yodo?

— Bem, eu não sei como foi. Num dia nos tornamos melhores amigos, no segundo estávamos apaixonados e jurando que seríamos felizes para sempre.

— Você não pode me dizer alguma coisa de que ela goste?

— Yodo é simples. Ela gosta de cartas, flores e carinho.

— Vou tentar isso. Hanabi é bem diferente.

— O que você fez para conquistá-la?

— Shinki, eu não fiz nada. Hanabi praticamente se jogou em cima de mim no dia do noivado. Enquanto isso, Yodo fica pedindo um tempo e não quer nem me beijar.

— É. São muito diferentes. Aliás, como foi a reação de Hanabi ao saber do fim do noivado?

— Não sei. Tio Gaara se resolveu com a família Hyuuga. Prometeu a eles poder e pediu para que mantessem Hanabi calada.

— Será que eles vão conseguir segurar a fera? Espero que se prepare para ela atacar você ou Yodo a qualquer momento. É estranho o silêncio dela.

— Shinki, você parece conhecer muito bem a Hanabi. Do que acha que ela é capaz?

— Bem, eu a vi crescer primo. Hanabi não é do tipo que fica quieta. Ela quer poder e se tornar rainha era algo que ela já dava como certo. Deve estar querendo acabar com você agora por ter acabado com essa chance.

— Então, acha que devo colocar seguranças de olho em Yodo?

— Posso pedir para que Kankuro tome conta dela. O que acha?

— Acho uma boa ideia. Coloque Kankuro na cola de Yodo e diga que foi uam ordem minha.

— Ok, Nagato.

[...]

Shinki avisou a Kankuro que ele deveria ficar no pé de Yodo dia e noite a partir daquele momento. O segurança atendeu ao pedido de seu patrão e então se apresentou perante Deidara e Yodo.

— Deixe-me ver se entendi... Nagato ordenou que você tome conta de minha irmã? – Questionou Deidara.

— Sim, são ordens diretas do príncipe, noivo da senhorita Yodo. – Disse Kankuro.

— Há alguma ameaça, Kankuro? – Perguntou Yodo.

— Na verdade, é precaução, senhorita. – Informou Kankuro.

— Não está escondendo nada, Kankuro? – Insistiu Yodo.

— Se está é melhor falar... – Advertiu Deidara.

— Só estou cumprindo ordens do meu senhor... – Resumiu Kankuro.

— Seu senhor é Shinki e não Nagato. Tem dedo dele nisso aí? – Perguntou Yodo.

— Senhorita, eu sirvo a família real. Embora minha lealdade seja ao garoto Shinki, foi decisão dele e do príncpe Nagato que eu ficasse responsável pela segurança da senhorita até o casamento. – Disse Kankuro.

— Bem, já que tem alguém que precisa vigiar meus passos, fico feliz que seja você e não um estranho. – Disse Yodo sorrindo.

— É uma honra servir a senhorita. – Disse Kankuro.

— Bem, está dispensado por hoje Kankuro. Yodo ficará em casa o resto do dia. – Ordenou Deidara.

— Se os senhores não se importarem, amanhã cedo trarei minhas coisas. Vou morar aqui para tomar conta da futura rainha em tempo integral. – Avisou Kankuro.

— Combinado. – Disse Deidara e Kankuro partiu.

— Yodo, para Nagato estar tão preocupado deve haver alguma coisa que o soldadinho de chumbo não falou... – Supôs Deidara.

— Dei, o soldadinho de chumbo é mais que um simples funcionário, é um amigo. Então, trate-o como tal. Kankuro tem a admiração de Shinki, Nagato e a minha também. Tenho certeza que há um motivo pela preocupação, mas eles não vão nos falar para que eu não sinta medo. – Raciocinou Yodo.

—  Eu gostaria de saber que perigo você corre. – Indignou-se Deidara.

— Pergunte a Nagato, mas, mesmo assim, não acho que ele contaria.

— Outra coisa... Sei que você sempre conversou muito com todos os funcionários, mas acha certo chamar Kankuro de amigo?

— Ah, Dei... Kankuro cuidou a vida inteira de Shinki. É como um segundo pai para ele. Lembro dele tomando conta de nós durante as férias, sempre aconselhando Shinki. Fico feliz que ele seja meu anjo da guarda nesse momento difícil de transição.

— Se você diz..

[...]

No palácio, Shinki estava deitado quando ouviu fortes batidas na porta. Ele se levantou e não ficou surpreso ao notar a presença de Kankuro ali. Então, o deixou entrar.

— Com foi com Yodo? – Perguntou Shinki.

— Ela já sabe que prestarei meus serviços a ela pelo próximo ano. Amanhã me mudo. Tem certeza que o senhor não vai precisar de mim? – Perguntou Kankuro.

— Prefiro que cuide dela, Kankuro. Yodo é valiosa. Você sabe disso, não?

— Ela é valiosa por que será a próxima rainha ou por que o Duque ainda possui sentimentos por ela? – Questinou Kankuro e Shinki sorriu.

— Sempre vendo além... Não vai me dizer outra vez que eu sou um idiota por permitir que ela se case com Nagato?

— O senhor sabe a minha opinião. Shinki, Yodo tem uma dívida com a sua família. Por que  não fala com seu pai?

— A dívida da família de Yodo é com Sasori I e existe um papel com o acordo do casamento.

— Tá, é o acordo que te impede de intervir. Já pensou em falar com Nagato? Abrir seu coração? Dizer a ele que só se envolveu com Sarada Uchiha por que achava que Yodo já tinha se casado com ele e que agora que sabe que nada disso se confirmou mudou de ideia? Que quer outra chance?

— Se Yodo tivesse outra chance, era com Boruto Uzumaki que ela ficaria. – Lembrou Shinki.

— Então, talvez, se a ama de verdade, fosse seu dever libertá-la dessa dívida para que ela pudesse ser feliz ao lado de Boruto Uzumaki. Não seja egoísta Shinki! – Alertou Kankuro.

— Eu não tenho esses milhões.

— Não tem livre, mas tem em investimentos... Vá ao banco, tente liberar o dinheiro e pague a dívida da família dela. – Instruiu Kankuro.

— Se eu fizer isso, Nagato me odiará...

— O que prefere? O ódio de Nagato ou a infelicidade de Yodo? – Jogou Kankuro e saiu do quarto.

— Ei, Kankuro! Espere... – Pediu Shinki e o segurança ficou.

— O que foi?

— Por só me deu essa ideia agora?

— Sabe, eu conheço a menina Yodo desde que vocês se tornaram amigos e logo depois namorados. Eu me lembro bem de como aqueles olhos azuis brilhavam e hoje os vi opacos. Se ela se tornar rainha, Yodo pode morrer de tristeza... Não é isso o que ela quer Shinki! Nunca foi! Ela fugiu quando você a largou! Uma pessoa que tem essa coragem só se casa com alguém como Nagato por sacrifício... Eu quero ajudá-la.  – Confessou Kankuro.

— Como sempre, você tem razão Kankuro. Eu vou tentar liberar o dinheiro no banco.

No dia seguinte, Shinki foi ao banco, mas a notícia que teve não era boa. O dinheiro investido só poderia ser retirado depois de um ano. Shinki não tinha os milhões disponíveis para quitar a dívida da família de Yodo. Ficou arrasado.

[...]

Sarada estava esperando uma brecha. Seu pai estava na faculdade, mas sua mãe estava muito ocupada cuidando dos gêmeos para dar ouvidos para o que a filha tinha a lhe dizer. No entanto, foi só Indra e Ashura cochilarem na parte da tarde, que Sarada tomou coragem para despejar o que não saía de sua cabeça.

— Mãe...

— O que foi querida?

— A senhora tem um tempinho pra falar comigo?

— Rápido! Antes que seus irmãos acordem! Daqui a pouco eles abrem o berreiro... – Disse rindo.

— Ok. Bem, a senhora sabe que a Yodo terminou com o Boruto.

— Como ficou sabendo disso Sarada?

— Desculpe, mas ouvi a sua conversa com o papai...

— Tá, sabia que uma hora isso ia acontecer... O que tem isso?

— Bem, Yodo terminou com Boruto para se casar com o filho de Sasori e assim salvar a família da falência.

— Que destino triste...

— Sim! Muito triste! Por isso preciso da ajuda da senhora!

— Para que querida?

— A senhora pode me emprestar o dinheiro para saldar a dívida da Yodo?

— Querida, imagino que não seja uma quantia pequena... De quanto se trata?

— Alguns milhões de euros...

— É muito dinheiro, Sarada!

— A senhora mesmo vive falando que é rica, que tem muito dinheiro...

— E eu tenho meu amor, mas não espécie e assim do nada... Meu dinheiro está aplicado em negócios, na La Haruno, fora que mesmo tendo muito dinheiro, esse dinheiro é uma garantia para o futuro da nossa família. Eu não posso simplesmente pegar milhões e dar para a família da Yodo pagar as dívidas...

— Mãe, Boruto me pediu ajuda e eu pensei que talvez essa fosse a única forma de provar que não sou egoísta...

— É gesto muito bonito, meu amor! Mas, infelizmente, eu não posso te ajudar nisso... Na sua conta tem quanto? – perguntou Sakura.

— Eu só tenho 800 mil euros. É o dinheiro que eu juntei a vida toda.

— É uma boa quantia. Saque e entregue para Yodo. Talvez ajude!

— Mas ainda vai faltar muito, mamãe!

— Boruto não tem dinheiro?

— Nós sabemos que ninguém da família Uzumaki tem essa grana.

— Já pensou que você pode não ser a única que quer ajudar a Yodo?

— Como assim?

— Shinki. Eles eram amigos não? Shinki tem bastante dinheiro suponho... Você podia perguntar a ele se podia ajudar a complementar com a quantia que falta.

— Você é um gênio, mamãe! – Sarada abraçou Sakura e a encheu de beijos.

— Só uma coisa, Sarada...

— O que?

— Não conte a seu pai se for sacar o dinheiro, ele seria contra...

— Pode deixar!

Sarada foi até seu quarto, se trancou lá e ligou para Shinki. O rapaz a atendeu e ficou surpreso com a ligação.

— Eu não esperava por uma ligação sua, Sarada... – Disse Shinki.

— Eu também não esperava ligar, mas situações urgentes merecem medidas extremas...

— Virou uma coisa de outro mundo ligar pra mim?

— Bem, desde que  a gente terminou sim...

— Eu não guardo mágoa, Sarada.

— Eu sei, Shinki!

— Qual a situação urgente?

— Yodo vai se casar com Nagato.

— Isso não é novidade. Você devia estar soltando fogos de artificio, não? Perdeu a única rival para ter de volta o coração de Boruto!

— Boruto escolheu Yodo, Shinki. Ele está triste e me pediu ajuda.

— O que tem em mente?

— Quero saldar a dívida da família de Yodo e livrá-la desse casamento.

— Você tem a quantia?

— Não! É por isso que estou te ligando! Pensei que talvez você pudesse me ajudar... Afinal, você agora é um Duque...

— Sarada, acha que eu já não pensei nisso? Eu quis saldar a dívida, mas meu dinheiro está investido e eu não posso retirá-lo agora.

— Quando ele fica livre?

— Daqui a um ano.

— Só depois do casamento?

— Infelizmente, sim...

— Não tem nenhum outro jeito? Eu to com 800 mil euros. A gente podia parcelar a divida?

— Você acha mesmo que vão aceitar parcelar a divida?

— Não é o seu pai que manda nisso?

— Na verdade, a divida era para ser paga a Sasori I, então quem receberá o dinheiro é Nagato. Você acha que ele vai aceitar parcelar a divida e perder a noiva?

— Droga! Tem que ter um jeito! – Bradou Sarada.

— Por que quer tanto ajudar Yodo?

— Eu amo Boruto e quero vê-lo feliz. Isso explica alguma coisa?

— Sim, explica tudo.

— Yodo é importante pra você, não é?

— É. Ela é importante.

— Shinki, me ajuda nisso por favor!

— Pela segunda vez vou entregar a garota que eu gosto de bandeja para Boruto Uzumaki?

— Shinki, se gosta de Yodo como eu acredito que você gosta, por favor, me ajuda nisso!

— Você tem noção no que eu vou me meter ao entrar nessa briga?

— Sim, eu sei. Nagato é importante pra você, eu entendo, mas se trata de Yodo... Ela te contou que Boruto pediu ela em casamento e ela teve que rejeitá-lo? Imagina a dor que ela sentiu fazendo isso?

— Sarada, você já me convenceu tá bom? Eu vou ajudar.

— Obrigada. Essa é a única forma que eu encontrei de me redimir com Boruto.

— Vou me juntar a você nessa maluquice porque acho que essa é a únicaa forma de me redimir com Yodo também.

— Você errou feio com ela, não?

— Eu a deixei sozinha, Sarada. Eu abri mão do nosso relacionamento para que esse acordo fosse cumprido e depois descobri que não adiantou de nada, que todo sacrifício foi em vão.

— Nós dois erramos, Shinki. Tá na hora da gente consertar e devolver o direito daqueles que amamos de serem felizes.

— Eu sei... Sarada, acho que sei como conseguir o dinheiro que falta.

— Como?

— Vou vender uma propriedade. Com certeza vale mais que alguns milhões.

— Ótimo! Acha que consegue vender rápido?

— Em algumas semanas... Vou falar com alguns amigos e oferecer a fazenda com tudo dentro.

— Bem, estou de férias agora, então acho que vou a Suna. A gente pode se ver daqui a algumas semanas?

— Ok, Sarada. Sabe onde me procurar.

— Ok. Até mais, Shinki.

— Até Sarada.

[...]

Hanabi tinha destruído seu quarto pela quarta vez. O barulho do espelho quebrado chamou a atenção de todos na casa. O pai da menina foi correndo até lá e encontrou a filha chorando enquanto derrubava livros da estante. Hiashi a parou e a abraçou.

— Vai passar, Hanabi. – Prometeu Hiashi.

— Como o senhor pode deixar que isso acontecesse? Como? – dizia sem parar de chorar.

— Eles tinham um acordo anterior ao nosso, querida.

— Mais uma vez, Yodo roubou algo que me pertencia. Primeiro, Shinki. Agora, Nagato. Ela nem ama Nagato!!!

— Eu sei que queria ser rainha, minha querida, mas não será possível. Em troca, Gaara nos dará poder. Não se preocupe. Em breve, arrumarei um bom casamento para você. – Prometeu Hiashi.

— Se não for Nagato, não quero. – Disse enquanto se afastava do pai.

— Isso é capricho, Hanabi.

— Capricho? Desde quando me casar com o pai de meu filho é capricho? – Disse Hanabi e Hiashi ficou chocado.

— Vo-você tá grávida? – Perguntou Hiashi.

— Segundo o teste que eu fiz, três meses. – Disse limpando as lágrimas.

— Se isso for verdade, Nagato vai ter que casar com você. Não está mentindo, Hanabi? – Questionou Hiashi.

— Eu nunca mentiria sobre um assunto tão sério, pai. – Afirmou Hanabi.

— Vocês infringiram às regras, você sabe não é mesmo Hanabi?

— Pai... Eu queria agradar Nagato! Além disso, estava certo que eu seria a rainha. Estavamos noivos!

— Agora esse moleque vai ter abandonar a ideia de casar com Yodo.

[...]

Quando Sarada chegou a Suna, a primeira coisa que fez foi ligar para Shinki. Assim, o rapaz a levou até um hotel. Não podia ficar hospedada no palácio para que ninguém descobrisse o plano dos dois.

— Tem novidades? – Perguntou Sarada.

— Arranjei o comprador pra fazenda. Ele vai transferir o dinheiro pra minha conta amanhã e a papelada tá pronta também. Vou ter o dinheiro.

— Eu também trouxe a minha parte. Como contamos para Yodo?

— Amanhã nós vamos até o hospital em que ela está estagiando e contamos. Tem que ser fora da casa dela, porque senão o pai dela pira!

— Ok. Sabe, eu to me sentindo aliviada de fazer isso. O que você sente, Shinki?

— Eu só vou sentir esse alívio quando tirar Yodo dessa situação. Precisei que você e Kankuro abrissem meus olhos...

— Vale a pena quebrar as regras por aqueles que amamos, Shinki!

— Agora eu sei que vale...

[...]

Yodo suspirou fundo. Mais um dia de trabalho havia acabado. Enquanto guardava seus pertences na mochila, ela ouviu o seu celular fazendo barulho. Era uma mensagem de Boruto dizendo “Sinto sua falta”. Ela visualizou, mas não respondeu. Parte de Yodo, sabia que tinha que deixar para trás sua história com o Uzumaki para começar a se envolver com Nagato. Se ainda mantivesse seus sentimentos por Boruto, seria difícil se acostumar a ser a esposa de Nagato. Depois disso, ela fechou a mochila e saiu do hospital. Na porta, encontrou Shinki com Sarada e se assustou.

— O que fazem aqui? – Perguntou Yodo.

— Olá, Yodo. – Disse Sarada.

— Oi, Yodo. Sarada veio porque quer te ajudar. Aliás, nós dois queremos. – Informou Shinki.

— Podemos conversar em um lugar mais reservado? – Pediu Sarada.

— Podemos, mas eu não to entendendo onde vocês dois querem chegar. Vamos pra cantina. – Disse Yodo já entrando de volta no hospital e sendo seguida pelos dois.

— Você vai entender logo. – Disse Sarada acompanhando Yodo e Shiki até a cantina do hospital onde se sentaram numa mesa no fundo.

— Pronto. Podem falar. – Disse Yodo.

— Temos o dinheiro para quitar a divida da sua família. – Anunciou Sarada.

— O que? – Yodo surpreendeu-se.

— Eu e Sarada juntamos nosso dinheiro e vamos pagar a divida. – Completou Shinki.

— Por que? – Perguntou Yodo confusa.

— Bem, eu to fazendo isso porque amo Boruto e sei que ele quer se casar com você. Quero que você o faça feliz e para isso você não pode se casar com Nagato. – Explicou Sarada.

— Sarada, o caminho ficou livre pra vocês... Boruto te ama... – Disse Yodo.

— Ele escolheu você. Ele disse com todas as letras pra mim que escolheu você. Acredite em mim. Eu não serei um empecilho pra vocês. – Avisou Sarada.

— Difícil acreditar nisso... E você Shinki?

— Da minha parte é um pedido de desculpas. Te deixei sozinha da última vez e não vou cometer esse erro novamente.

— Então, vocês pagam a minha divida e eu não preciso mais me casar com Nagato?

— É. – Disse Sarada.

— Você pensou em seu primo, Shinki? Ele vai ficar arrasado... O que dirá a ele? – Questionou Sarada.

— Pensei que você ficaria feliz por não se casar mais com ele... – Disse Shinki.

— Eu agradeço do fundo do meu coração a boa vontade dos dois em me ajudar. É muito bonito isso.

— Vai aceitar nossa ajuda Yodo? – Petuntou Sarada.

— Vou. Mas eu preciso que você esteja ao meu lado na hora de falar com Nagato... Ele é sensível e pode ficar revoltado... – Disse Yodo.

— Ele não vai aceitar. – Disse Shinki.

— Eu sei. Eu não quero magoá-lo. Até porque Nagato foi extremamente bondoso comigo e com minha família esse tempo todo. – Disse Yodo.

— Após isso, você vai voltar para Konoha? – Perguntou Sarada.

— Se o Boruto quiser que eu volte, sim... –  Disse Yodo.