A Nova Influência escrita por British


Capítulo 3
Superação


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Aos poucos os leitores da primeira temporada estão chegando! Bom ver vocês aqui também! Queria saber o que vocês estão achando! Não esqueçam de comentar tá? Boa leitura!



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Após um ano do desaparecimento de Inojin, Sarada ainda não estava totalmente recuperada da perda. Após os primeiros meses que viram a filha sofrendo, Sasuke e Sakura conversaram com a menina para que ela começasse a superar o fato. Era terrível que ninguém soubesse o que tinham acontecido com o menino, mas Sakura lhe disse que o show tinha que continuar. A família da menina também estava todo apoio do mundo a Sai, que ainda estava muito abatido. O pai de Inojin fazia semanalmente terapia para lidar com a perda do filho. Sai só se vestia de preto em sinal de luto e por um tempo Sarada fez o mesmo, mas Sasuke pediu para a menina não ser tão radical.

Aos poucos, Sarada foi seguindo em frente. Os seis primeiros meses foram terríveis. No entanto, agora ela já conseguia administrar melhor sua dor. Sarada era muito mais madura que os amiguinhos de sua idade. Por isso, ela dispensou a terapia. Sakura achou que ela devia repensar a ideia, que a terapia poderia lhe oferecer conforto, mas a menina negou. Disse que era necessário aprender a conviver com a dor, que a dor que sentia era a forma de não se esquecer de Inojin. Então, Sarada focou nos estudos pare recuperar as suas notas. Após recuperar e entrar de férias, Sakura e Sasuke pentelharam a menina para sair com amigos. E foi quase à força que ela topou passar um final de semana na casa de Chouchou.

— Amiga, esse coraçãozinho ainda tá partido né?

— Chouchou, é estranho não ter o Inojin por perto. Eu não consigo me acostumar com isso.

— Mas é tudo que nos resta já que a polícia já fez de tudo para encontrá-lo e até agora ninguém conseguiu uma pista que nos levasse a ele. – Disse a menina tentando consolar a amiga.

— Será que ele tá vivo, Chouchou?

— Nós não temos como saber, Sarada. Tá na hora de você superar isso. É difícil, mas você tem que fazer isso.

— Eu sei. Meus pais falam a mesma coisa, falam que Inojin não ia gostar de me ver mal desse jeito.

— Vamos aproveitar o final de semana? Ouvir música, ver filmes, rir, falar mal dos meninos. Aliás, eu tenho que te contar uma coisa.

— O que Chouchou?

— Peguei o Shikadai!

— O QUE? – Sarada quase gritou.

— Ele tava dando mole, peguei mesmo! Não me arrependo! Aqueles olhos verdes tão lindos!

— Nunca imaginei que você iria ficar logo com o Shikadai, Chouchou!

— Ah, lá na escola não tem muitas opções e os garotos mais bonitos são o Boruto e o Shikadai. Então, como Boruto arrasta um caminhão pra cima de você, só sobrou o Shikadai.

— Boruto é só meu amigo.

— Todo mundo na cidade sabe que ele te ama, Sarada. No dia que você conseguir conviver com a perda do Inojin ele estará lá para te conquistar.

— Nós crescemos, Chouchou. O amor que o Boruto sentia por mim era coisa de criança, além disso, eu ainda to sofrendo com a história do Inojin.

— Eu sei e tenho certeza que o Boruto sabe também. Tanto que ele nunca tentou uma aproximação né?

— É. Ele respeita a minha dor.

 

[...]

 

Sarada estava lendo um livro, quando sua mãe informou que Boruto estava lá e gostaria de vê-la. A menina estranhou já que não tinha marcado nada com o garoto, mas o recebeu. Boruto foi delicado com as palavras e a chamou para tomar um sorvete. Sarada declinou o convite, mas Sakura disse para a menina ir, que seria bom sair, ver gente e jogar papo fora com um amigo. Então, para agradar a mãe, Sarada foi.

—Qual sabor você quer? – Perguntou Boruto quando chegaram na sorveteria.

— Chocolate e você?

— Chocolate também. – Sorriu.

— Por que foi lá em casa Boruto? Está sentindo pena de mim? – Perguntou já com o sorvete nas mãos.

— Não sinto pena de você, Sarada. Eu gosto de você e estou preocupado como todo mundo. Tá na hora de você seguir em frente. Ficar desse jeito não vai trazer o Inojin de volta. – Disse Boruto.

— Eu sei, Boruto. Todo mundo me diz a mesma coisa, mas é muito difícil. Todos os dias eu fico me perguntando se eu poderia ter feito alguma coisa pra evitar que ele sumisse desse jeito. No momento que ele mais precisou de mim, eu não estava por perto. – Os olhos da menina se encheram de lágrimas e Boruto queria ampará-la.

— A gente não pode mudar os fatos, Sarada. Se eu pudesse, faria tudo que estivesse a meu alcance pra trazer o Inojin de volta pra você. Acaba comigo ver você sofrendo desse jeito. – Agora era Boruto que chorava. – Eu te amo tanto que a sua dor é a minha também.

— Boruto, eu...

— Não precisa falar nada! Eu não to te pedindo nada, Sarada! Eu só quero que você saiba que pode contar comigo para qualquer coisa, que eu vou estar do seu lado e vou te ajudar a superar isso.

— Obrigada.

Sarada abraçou Boruto por um bom tempo. Ele sempre fora seu melhor amigo. Boruto havia sido o primeiro amor de Sarada e, com o passar do tempo, ela viu esse amor se transformar em uma paixão que a cegou de ciúme quando ele começou a namorar Mirai. Ao mesmo tempo, Inojin se aproximou e, meio que para revidar, ela se envolveu com o menino. No fim, ela e Boruto acabaram estremecidos e ela, de fato, se encantou por Inojin.

Enquanto Boruto lhe arrancava o pouco juízo que tinha, Inojin lhe transmitia calma com seu jeito doce e o olhar sereno. Foi assim que ela optou pelo Yamanaka e feriu os sentimentos de Boruto. Com o passar dos anos, Sarada não se arrependeu de sua escolha, mesmo assim, seu coração ainda era desobediente e, às vezes, batia muito forte pelo Uzumaki. Enquanto aquele abraço durou, ela se sentiu uma traidora por estar tendo pensamentos românticos sobre Boruto. Ela devia respeito a Inojin, afinal, apesar de desaparecido, eles ainda tinham um compromisso.

— Boruto, eu não posso corresponder aos seus sentimentos.

— Eu sei. Não se preocupe com isso. Só fique bem, ok?

— Eu vou me esforçar mais a partir de hoje.

— E eu estarei ao seu lado para te ajudar.

 

[...]

 

Alguns meses depois, Sarada estava bem melhor. Boruto e Chouchou estavam ajudando a amiga a segurar a onda de ter o namorado desaparecido. Já ia fazer quase dois anos que Inojin tinha sumido, então as coisas estavam voltando a ficar no seu lugar. Sai também sofria, mas até ele estava melhor. A terapia tinha funcionado com ele. Enquanto isso, a família de Sarada era só mimos com ela.

— Você é muito mimada, Sarada. – Observou Obito ao ver a menina comendo o segundo pedaço de uma torta de chocolate.

— Por que diz isso primo? – Já enfiando uma colherada na boca.

— Segundo as regras do tio Sasuke, só pode um doce por dia e você já está na segunda fatia da torta. – Apontou.

— Obito, vovó tá tentando ser legal comigo, só isso. Não fale pro papai sobre o doce. Ele ia brigar comigo. – Pediu Sarada.

— Duvido que ele brigasse. Por causa de toda a história do Inojin, ele ia ficar feliz te vendo sorrindo por causa do doce.

— Ah...

— Desculpa. Te lembrei dele né?

— Tudo bem. Eu to tentando só lembrar dos bons momentos sabe? Transformar a dor em saudade.

— É muito bonito ver o jeito como você o ama Sarada.

— Obrigada. Enfim, eu acho que comecei a superar.

— O Boruto tem ajudado também não é mesmo?

— Sim, ele e a Chouchou  foram fundamentais e, é claro, o meu primo preferido também. – Sarada tentou fazer cócegas em Obito que caiu na gargalhada.

— Seu único primo, você quer dizer.

— Por ser único que é tão legal! – Brincou.

— Só de ver esse sorriso de volta já ganhei meu dia. – Disse Obito.

— Crianças, do que tanto vocês riem hein? – Perguntou Mikoto aprecendo na sala.

— Vovó, a Sarada tava fazendo cócegas em mim.

— Fiz e faço de novo.

— Bom ver vocês se divertindo! Enfim, venham que o jantar já vai ser servido. – Avisou Mikoto e os primos seguiram a avó.

 

[...]

 

— Oi Padrinho, a Sarada está? – Perguntou Boruto assim que Sasuke abriu a porta.

— Oi Boruto. Ela foi visitar a avó, mas já deve estar chegando. Entra, pode esperar aqui. – Disse o Uchiha dando espaço para o afilhado entrar.

— Eu não quero incomodar, padrinho. – Disse Boruto se sentando na sala.

— Você não incomoda. Eu estava me sentindo meio sozinho aqui. Assim, pelo menos, você me faz companhia.

— A Sakura não está?

— Ela viajou a trabalho. Vai ficar uns dias fora.

— Ata.

— Vi que vocês e a Sarada se aproximaram bastante nos últimos meses. Obrigado por tirar a minha filha do poço de solidão em que ela se enterrara.

— Padrinho, o que eu fiz foi muito pouco.

— Não foi Boruto. Sarada estava muito mal, mas, graças a você, ela tem se reerguido.

— Outras pessoas também ajudaram. Não mereço levar o crédito sozinho.

— Você é um bom menino. Quero te pedir desculpas por ter te assustado anos atrás com ameaças para se afastar da minha filha. Hoje vejo que você realmente a ama.

— Tudo bem padrinho. Suas ameaças nem me assustaram tanto. Foi Sarada que não me quis.

— Boruto, naquela época Sarada estava tentando entender seus próprios sentimentos. Sinceramente, eu acredito que, se você não tivesse inventado de namorar aquela outra garota, Sarada teria sido sua namorada.

— Eu fui afobado. Queria saber como era namorar logo e acabei errando, magoando a Sarada.

— Sim e aí chegou o Inojin.

— Inojin era meu amigo padrinho. Eu sinto muito o que aconteceu com ele e sofri bastante sua perda assim como Sarada.

— Você vai tentar reconquistá-la?

— Sarada ainda está de luto. Eu também. Somos só amigos. A memória do Inojin é muito recente.

— Você tem medo que ele volte e pegue a Sarada de volta?

— Eu queria muito que ele voltasse. Embora já façam quase dois anos, ainda tenho esperanças. E prefiro mil vezes ver a Sarada plenamente feliz do que estando ao meu lado como prêmio de consolação, padrinho.

— Bem, façam como vocês quiserem... Só gostaria de te dizer que vocês têm minha benção. Se quiserem, podem namorar que eu aprovo. – Sorriu.

— Obrigado pelo apoio, padrinho.

Não demorou muito e Sarada chegou em casa. Quando viu o pai e Boruto conversando animadamente sobre esporte, ela sorriu.

— Oi. Atrapalho vocês? – Perguntou quando os dois pararam de conversar para falar com ela.

— Claro que não, filha. Boruto estava, justamente, à sua espera. – Informou Sasuke.

— Queria falar com você, Sarada.

— Vou deixá-los sozinhos. Com licença. – Disse Sasuke indo se trancar no escritório.

— A que devo a visita Boruto? – Disse Sarada se sentando ao lado do amigo.

— Ah, é que eu ganhei uma promoção na rádio pra ir na pista de patinação no gelo lá do shopping nesse sábado. Aí eu fiquei pensando se você gostaria de ir comigo. Topa?

— Faz muito tempo que eu não patino, mas acho que pode ser divertido. Eu vou sim. Nos encontramos lá que horas?

— Às 15h tá bom?

— Está ótimo! – Sorriu.

— Então, era isso. Boa noite, Sarada.

— Boruto, você veio aqui só pra falar isso? Podia ter dito pelo celular.

— Ah, é que eu queria te ver... – Ele ficou um pouco vermelho e Sarada sorriu.

— Foi bom te ver! – Sarada abraçou Boruto e algo aqueceu seu coração. O jeito de Boruto tratá-la, sem dúvida, tinha feito o processo de superação da perda de Inojin menos doloroso. A presença do Uzumaki era como o sol num dia de frio.

 

[...]

 

No sábado, Boruto chegou 20 minutos antes do que tinha marcado com Sarada no shopping. Ele observou os casais que estavam na pista e ficou imaginando se algum dia teria a chance de viver algo desse jeito com Sarada. Apesar da menina estar tão próxima, um muro fora erguido entre os dois nos últimos anos, primeiro por ele, depois por ela e agora por causa do sumiço de Inojin, que tinha trazido dor aos dois. O Uzumaki ainda estava perdido em seus pensamentos, quando alguém cobriu seus olhos com a mão.

— Quem é? – Perguntou tocando as mãos da pessoa.

— Adivinha! – Exigiu.

— Com essa voz autoritária, só pode ser... hum... Sarada Uchiha?

— Bobo! Você sabia o tempo que era eu! – Sorriu ao tirar as mãos dos olhos do garoto.

— Bem, vamos patinar?

— Só me promete que vai segurar a minha mão e não me deixar cair tudo bem?

— Claro, Sarada!

Assim que eles pisaram na pista de patinação, Sarada apertou com força a mão de Boruto, que lhe sorriu para tranquilizá-la. Então, eles foram patinando devagar para a garota ganhar confiança. Após os minutos iniciais, eles começaram a patinar mais rapidamente e Boruto soltou a mão de Sarada para que ela desse alguns passos sozinhas, mas a menina quase caiu. Desesperado, ele voou para segurá-la, então os rostos ficaram próximos, as respirações se mesclaram, os narizes se tocaram e Sarada fechou os olhos, esperando ser beijada. Boruto observou a expressão serena da garota, massageou os lábios entreabertos com o polegar e então a beijou vagarosamente. Um beijo terno e calmo que se prolongou por alguns minutos. As duas mãos de Boruto seguravam o rosto de Sarada, enquanto as dela repousavam no meio das costas do garoto. Quando o beijo terminou, ambos sorriram.

— Eu... Sarada eu... eu posso... quer dizer... a gente pode.... – Falou um pouco confuso e Sarada riu dele.

— A gente o que, Boruto?

— Euquerotefazerfeliz – Falou rápido, mas Sarada entendeu.

— Você já me faz feliz, Boruto. Eu sei que tudo ficou complicado depois do desaparecimento do Inojin e que eu não to pronta para ser sua namorada ainda, mas a gente pode começar a viver esse sentimento.

— Amigos coloridos?

— Acho que sim. Não dá mais pra negar que a gente se gosta, que, na verdade, a gente sempre se gostou.

— Eu sei que fui muito afobado no passado e estraguei tudo, mas hoje eu saberei esperar.

— É muito bom ouvir isso.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam do capítulo? Estou muito curiosa! Bjs e até o próximo! ♥



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