A Nova Influência escrita por British


Capítulo 19
Mentira tem perna curta


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem? Espero que estejam gostando da fic! Apreciem sem moderação! Boa leitura! :D



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Ainda era inacreditável. Inojin estava bem e vivo. Sai estava atordoado por causa da chamada de vídeo. Ele já havia se conformado, quando a vida o surpreendeu e lhe mostrou Inojin de novo. Ainda faltavam muitas peças para serem encaixadas naquele quebra-cabeça, Sai ainda não entendia muito bem o que tinha acontecido. Inojin não havia dado muitas informações e as coisas que ele contou pareciam absurdas. Até porque ninguém o viu na festa de Sarada, então como ele poderia estar lá e flagrar o momento da valsa dela com Boruto? E mesmo que tivesse flagrado aquela cena, nada justificava o fato dele abandonar tudo.

Sai entenderia se o filho quisesse terminar o namoro, mas sumir sem deixar vestígio era algo que Inojin jamais faria. Por esta razão, Sai sabia que tinha algo errado. Não tinha provas de nada, mas, sem dúvida, Ino estava mais envolvida em tudo aquilo do que seu filho havia dito. Sai respirou fundo. Lavou o resto três vezes seguida e então procurou por Sasuke. Precisava contar a alguém. Alguém que pudesse ajudá-lo.

No bar, Sai pediu uma cerveja para dividir com Sasuke. Quando o Uchiha chegou, ficou impressionado que Sai estivesse bebendo. O pai de Inojin não era muito chegado a bebida, então o que ele tinha para lhe dizer deveria ser algo sério.

— Oi, Sai. O que aconteceu de tão urgente? – Questionou Sasuke assim que se sentou ao lado do amigo.

— Inojin está vivo. – Resumiu e Sasuke semicerrou os olhos.

— O que?

— Inojin está vivo. Ele falou comigo hoje.

— Sai, você não está tendo alguma alucinação? Como você pode falar com ele?

— Ele me ligou pelo Skype. Fez uma chamada de vídeo. Sasuke, ele tá bem, tá vivo! – Disse aumentando o tom de voz.

— E ele disse por que sumiu?

— Ele... Ele disse que sumiu porque flagrou Sarada dançando a valsa do aniversário com Boruto.

— Isso é mentira, Sai! Ninguém fugiria de casa e ficaria sem dar notícia por 3 anos por causa de algo tão bobo!

— Eu sei! Eu também acho! Ele me disse que agora está com Ino. Então, suponho que ela esteja envolvida nisso.

— Claro que está! Olha, sem querer te alarmar, mas talvez Inojin ainda esteja correndo perigo. E se essa louca não sabe que ele ligou?

— Pode ser! Inojin não quis me dar o endereço. Disse que me ligará de novo.

— Ele não te contou nada sobre os últimos três anos?

— Disse que estava com Ino, que quis começar uma nova vida e que a mãe o mandou para um colégio interno. – Revelou Sai.

— Definitivamente, tem algo de muito errado nessa história. Agora, precisamos contar para a polícia isso. Ver se reabrimos o caso.

— Melhor esperarmos um pouco. Quero ver meu filho primeiro. Ele disse que poderei vê-lo nas férias. Até lá peço que você guarde sigilo.

— Eu preciso contar a Sarada, Sai!

— Sasuke, por favor, só até que eu veja meu filho. Segundo Inojin, ele não quer falar com Sarada. Contar isso para ela agora a deixará triste e confusa. Ela não está bem agora?

— Sim. Ela até começou a namorar um garoto.

— Não precisamos encher a cabeça dela nem de ninguém agora. Só nós dois vamos saber disso. Após eu encontrar Inojin, nós falamos para todos. Eu só precisava te dizer porque se guardasse isso iria ficar louco.

— Inojin te disse quando vai te ligar de novo?

— Falou que amanhã.

— Tente arrancar algum endereço. Alguma pista. Vamos tirá-lo das mãos da Ino.

 

[...]

 

No dia seguinte, como prometido, Inojin fez uma nova chamada de vídeo para o pai. Dessa vez, o garoto estava apenas na presença de Shinki. Por sorte, Ino confiava muito no segurança e sabia que Inojin não a desobedeceria por medo do que ela seria capaz de fazer.

— Oi, Pai. Tá tudo bem? – Falou Inojin assim que Sai atendeu a chamada.

— Agora que eu posso te ver está bem melhor. Filho, por favor, me dê algum endereço. Quero te ver logo!

— Pai, terá que esperar um pouco. Minha mãe sugeriu que nos encontrássemos nas férias na nossa casa em Paris.

— Sua mãe está morando em Paris? Como ela está?

— Mamãe está bem. Ela se casou de novo. Bem, o senhor vai saber de tudo quando nos encontrarmos nas férias.

— Inojin, por que você ficou tanto tempo sem dar notícias?

— Pai, eu já disse... Queria recomeçar. Estava insatisfeito com tudo. Descobri que Sarada não era a mulher certa pra mim.

— E por isso você largou o seu velho pai?

— Eu não larguei o senhor. Eu só fugi. Queria sumir e minha mãe apenas me ajudou a realizar esse desejo.

— Eu não consigo acreditar.

— Mas acredite! Essa é a verdade. Eu quis isso. Sei que magoei a todos, mas eu tive que fazer isso.

— Não bastava terminar o namoro?

— Não. Não bastava. Eu sofreria assistindo ao amor de Sarada e Boruto.

— Filho, eles demoraram muito a ficar juntos. Sarada o esperou.

— Não adianta. Nada me fará perdoá-la.

— Bem, já que não posso mudar o que já passou, filho, eu quero que me conte como é a sua vida agora.

— Pai, eu estudo numa boa universidade. Tenho uma vida boa. O marido de minha mãe não me deixa faltar nada.

— Ino deu o golpe do baú?

— Ela encontrou um bom homem e que a trata como uma rainha.

— Ela deve estar feliz.

— Sim, ela está. Pai, eu preciso ir. Depois nos falamos ok?

— Sim, filho. Se cuide. Eu te amo.

— Eu também te amo!

Quando Inojin desligou, o garoto soube assim que terminou a chamada que seu pai não tinha acreditado no seu discurso. No entanto, Ino não poderia saber disso. Era arriscado. Por causa do namoro de Sarada com Shinki, ele havia ganhado uma chance de escapar de seu cativeiro e agora não a dispensaria.

 

[...]

 

No final de semana, Inojin estava pintando um quadro do que via em sua janela no quarto. Kiba chegou na porta e parou, observando cada pincelada que o loiro dava na tela. O segurança sempre ficava impressionado com a delicadeza com a qual Inojin retratava o que via.

— Você é talentoso mesmo. – Disse Kiba sentando-se na cama de Inojin, que não parou de pintar por um segundo.

— Apenas me esforço.

— Há quanto tempo você pinta?

— Desde criança. Meu pai sempre me incentivou muito, pois também pintava.

— Entendi. Se não fosse pedir muito, vou querer um dos seus quadros de presente. Aí quando você ficar muito famoso eu posso vender e ficar rico. – Pensou Kiba.

—  Quando terminar este quadro, o darei para você. – Prometeu Inojin.

— Está falando sério? – Surpreendeu-se.

— Claro! Você toma conta de mim, então é uma maneira de retribuir a dedicação.

— Jin, obrigado. Sabe, eu estava pensando e eu vou ajudá-lo a fugir.

— Mas isso não pode custar o seu pescoço?

— Pode, mas, precisamos planejar bem.

— Como?

— Primeiro, conquiste a confiança de sua mãe, a obedeça, encontre com seu pai em Paris como ela quer e depois disso eu darei um jeito. Eu não consigo dormir direito pensando que estou ajudando num crime como esse. – Admitiu Kiba.

— Obrigado, Kiba.

— Só não podemos contar nada a seu pai agora, porque seria perigoso pra ele. Precisamos avaliar todos os riscos.

— Temos tempo não?

—  Temos. Talvez demore um pouco para que eu consiga te ajudar, mas, eu farei o que for preciso pra te ajudar. É inacreditável que a sua própria mãe não se importe com a sua infelicidade.

— Ela só se importa com a vingança pessoal dela.

— Ela só quer se vingar do seu pai?

— Quando ela me sequestrou, não foi só a ele a quem ela atingiu.

— Quem mais?

— Sasuke Uchiha.

— Quem é esse cara?

— O amante da minha mãe. Eles tiverem um caso por anos até que ele se cansou. Enfim, eu comecei a namorar a filha dele.

— A menina dos quadros?

— Sim, o nome dela é Sarada. Minha mãe sabia que me tirando de perto dela a faria sofrer. E Sauske é um pai amoroso...

— Sua mãe te fez infeliz por algo tão mesquinho?

— Sim, agora ela já se sente vingada, mas se descobrirem o que ela fez pode ser presa. Fora que traria problemas para o duque.

— O duque deve amar muito a sua mãe para ajudá-la nisso.

— Tenho certeza que ela contou uma história triste pra ele. Minha mãe é muito boa em contar histórias tristes.

— Eu sinto muito, Jin.

— Só me ajude a sair daqui.

— Eu vou achar uma maneira de te tirar daqui. Pode contar comigo.

— Você é um cara legal, Kiba. Queria poder te ajudar a voltar para a sua família.

— Fique famoso e faça o quadro que vai me dar valer milhões. Assim, vou poder largar esse tipo de serviço.

— Qual é o seu sonho, Kiba?

— Nada grandioso. Só viver em paz.

 

[...]

 

Ino estava deitada na cama, um livro sobre suas mãos aberto em um capítulo qualquer e apenas a luz do abajur sobre ela. A concentração da duquesa acabou assim que ouviu o barulho da porta abrir com Gaara aparecendo por ela. Ino fechou o livro, sorriu e levantou da cama para beijá-lo nos lábios.

— Senti saudade. – Sussurrou Ino ao pé do ouvido de Gaara.

— Eu também, querida. Como estão as coisas? Seu filho está bem? – Perguntou Gaara preocupado.

— Por enquanto, está tudo bem. Temo pelo reencontro de Inojin com Sai.

— Eu não vou deixar que ninguém lhe faça mal. – Garantiu Gaara segurando as mãos da esposa.

— Você é o melhor homem do mundo. Se eu tivesse te conhecido antes, minha vida teria sido tão diferente. – Disse Ino.

— Querida, se tivesse me conhecido antes, não poderíamos ficar juntos.

— É, eu sei. O destino armou para que nos conhecêssemos na hora certa. Serei eternamente grata por tudo que fez por mim.

— Ino, você mudou a minha vida desde aquele dia que nos vimos no museu pela primeira vez.

— Sabe, eu sempre fico me perguntando o que foi que te deu para oferecer um lenço pra mim naquele dia.

— Você estava chorando muito. Senti pena. – Resumiu Gaara.

— Você me salvou, Gaara. – Sorriu.

— Eu sei. Só me diga uma coisa: por que mentiu pra mim sobre o seu filho?

Ino se soltou das mãos do marido e então sentou na cama.  Gaara a seguiu e se sentou ao seu lado.

—  Pensei que seria mais fácil não envolvê-lo em meus pecados.

— A partir do momento em que você pega o meu dinheiro e comete os seus pecados, Ino, você está me envolvendo em tudo isso.

— Eu queria me vingar, Gaara. Queria ver todas as pessoas que me magoaram feridas! – Revelou Ino.

— Acho que você já acertou essa conta, querida. Está na hora de libertar, Jin.

— Você concordou comigo que só o Sai terá acesso ao Inojin!

— Eu pensei melhor e acho que está na hora do seu filho decidir o que fazer com a vida dele. Se é Sarada que te preocupa, fique tranquila. Ela está com Shinki. Não vai abandoná-lo por causa de Jin. E, mesmo que abandone, proibimos o namoro e pronto.

— Deixar Inojin escolher só o fará decidir voltar para Konoha.

— Você não sabe. Você não o deixa escolher. Se quer mesmo convencer o seu ex-marido de que Inojin fugiu porque quis, terá de libertá-lo agora. Quando Sai vier até aqui encontrar com Inojin, peço que converse com ele e, juntos, estipulem regras para a convivência com Inojin. Seu filho é maior de idade, meu amor. Continuar prendendo-o só trará problemas para a nossa vida. Você quer mesmo arruinar nosso casamento? – Questionou Gaara.

— Tudo que eu não quero é perder você. – Disse Ino enquanto se jogava nos braços do marido que agora acariciava seus cabelos.

— Então, haja como a duquesa que agora você é. Só te peço prudência. – Gaara beijou Ino no topo da cabeça e ela se aconchegou em seus braços.

— Mil perdões por não ser merecedora desse título. – Sussurrou Ino.

— Querida, eu te amo. Eu conheço os seus erros e eu os perdoei.

— Meu filho nunca vai me perdoar, Gaara.

— Se você libertá-lo, talvez o perdão venha em alguma hora. Vai fazer o que eu pedi?

— Vou. Um pedido seu é como uma ordem pra mim.

— Ótimo. Vá dormir. Eu vou me trocar e em breve me junto a você.

— Sim, querido. – Ino sorriu e viu Gaara se afastar rumo ao banheiro.

Enquanto Gaara se trocava, Ino só pensava que o marido era o que de mais precioso tinha na vida. Zelar por aquela relação era o que mais gostaria de fazer. Sabia que tinha errado com Inojin, mas agiu movida por seu desejo de vingança. Após várias conversas com o marido, Ino agora entendia todo sofrimento que tinha causado.  Não era exatamente arrependimento o que ela sentia. No entanto, a duquesa sentia medo de ser pega.

Descobrirem o que ela tinha feito com o próprio filho a levaria para a cadeia e, consequentemente, para longe de Gaara. Não queria perdê-lo. Finalmente, ela tinha encontrado o amor. Não era a paixão avassaladora que ela sentia por Sasuke, mas Gaara lhe confortava de todas as maneiras. Ino sabia que não merecia aquele amor, mas estava disposta a fazer o que fosse necessário para continuar tendo a afeição de Gaara.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Contem-me! Estou super ansiosa para saber a opinião de vocês! Bjs e até o próximo! :D



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