When first we met, complete awkward strangers 
We did not know if we could be friends
How soon we’ve come for to know each other
And now I know we will meet again 

Quando nos conhecemos, completos estranhos

Nós não sabíamos se poderíamos ser amigos

Quanto tempo nós levamos para conhecer uns aos outros

E agora eu sei que nós vamos nos encontrar novamente

A noite caía sobre Nova Iorque. Um lindo fim de tarde de verão anunciava-se com todo vigor que ficaria por um bom tempo nas ruas. 

Steve Rogers caminhava pelas ruas nova-iorquinas apressadamente, sentindo a leve brisa de verão tocar-lhe o rosto. 

Por mais que o dia estava nos últimos raios de sol, o soldado permanecia com seus óculos escuros, um boné azul e as mãos suspeitosamente nos bolsos da calça. 

Afinal, um fugitivo não pode andar em público tranquilamente. 

Mas não tinha com que se preocupar. As pessoas a sua volta mal o notavam. Era apenas um cara comum em um dia comum. 

Ao dobrar a esquina, o loiro se deparou com a rua familiar. 

Seus olhos se encheram de nostalgia ao levantar o rosto e deparar-se com um edifício ao fundo da avenida. Direcionou seu olhar para o topo, onde havia um grande e chamativo A. 

Stark. Sempre chamando atenção. 

O soldado solta um leve riso ao lembrar-se do velho amigo. Se é que pode chamá-lo de amigo agora. 

Steve caminhou mais dois quarteirões até avistar uma van cinza encostada à calçada que ainda era atingida por feixes da luz solar. A van tinha suas janelas escuras, o que impossibilitava qualquer um a ver quem estava dentro. Isso facilitava muito as coisas. 

Sam Wilson, que estava sentado no banco do motorista, abocanhava um delicioso donut quando o loiro abriu a porta do carona e adentrou a van, seguido de um suspiro exaustivo. 

— E então? - Wilson indagou, ainda mastigando um pedaço do donut. 

— Ela não está - O loiro bufou, observando as pessoas andarem na rua pelo vidro do carro. 

— Eu te disse que a Carter não ia ajudar- Clint apareceu detrás do banco de Steve apenas com sua cabeça e sua expressão irônica e divertida no rosto. 

— Tem um plano melhor? - Steve virou seu rosto para trás. 

— Claro que tenho. E eu já te falei - O moreno respondeu, cutucando a ponta de uma de suas flechas, sendo observado curiosamente pela Feiticeira Escarlate, que estava sentada a sua frente. 

— Acha mesmo que ela iria nos ajudar? - Steve indaga receoso. Não queria demonstrar o quanto sentia-se mal por ela ter ficado no lado de Stark, mas ele não era feito de pedra.  

— Nunca saberá se não tentar - Sam finalizou, com o marrom de seus olhos encontrando o azul dos de Steve. 

O soldado, apreensivo, apanhou o celular do bolso e discou uma sequência numérica, ansiando para que a pessoa do outro lado atendesse. A ligação tocou três vezes antes de atender. 

— Steve— Ele ouviu sua voz doce e suave no outro lado da linha e só então soltou a respiração que nem havia percebido estar segurando. 

— Sabe que eu não ligaria se não fosse importante. 

— Eu sei— O loiro ouviu um suspiro fraco vindo do outro lado da linha - E é isso que me preocupa. 

— Nat - Steve dá uma breve pausa após dizer seu nome, como se pronunciá-lo o atordoasse um pouco - Eu entendo pelo o que está passando. Você me ajudou e agora também é uma fugitiva da justiça. 

— Já estou acostumada com isso, não se preocupe— A ruiva solta um riso curto pelo nariz - Mas é novidade para você. 

— Bota novidade nisso - Steve também deu uma curta risada - É só que... Precisamos da sua ajuda. 

A ligação fica silenciosa por alguns segundos, e todos no carro observavam o soldado atenciosamente. 

— Nós?— A espiã repete - Rogers, não me diga que...— Ela solta o ar pela boca, demonstrando sua impaciência - Você foi atrás deles, não é? 

Steve retirou o celular da orelha e levou até o centro do carro. 

— Oi Tasha - Clint exclama se aproximando do celular. 

— E aí, ruiva - Sam diz também, ainda devorando seu donut. 

— Pois é - Steve coloca o celular de volta ao ouvido, segurando um sorriso maroto. 

— Você é de outro planeta, Rogers. 

— Você mesma disse, Nat; ficarmos juntos é mais importante do que a forma em que ficamos juntos. 

— Isso foi antes, Steve. Antes de perdermos o Tony, o Visão... Antes do Rhodes não poder mais andar...

Natasha percebe que a linha fica silenciosa. Conhecendo Steve, ele não sabia dessa informação. 

— Ele... Foi acertado por um erro do Visão. Sam até tentou ajudá-lo. Mas era tarde demais. 

Steve moveu seu olhar para Sam, que abaixou a cabeça no instante em que Natasha mencionou o acidente. 

— Eu não sabia disso - Foi tudo que Steve conseguiu dizer.

— Claro que não sabia. Você tinha que ajudar o seu amigo— Ele percebe uma leve irritação na voz da ruiva. 

— Você se arrepende de ter me ajudado? - Ele indaga após um tempo, com a voz falha, como se tivesse medo de questionar isso. 

Novamente, Natasha fica um tempo em silêncio. 

— Por mais que eu não entendo seu lado, eu confiava o suficiente em você para saber que o que estava fazendo era, de certa forma, certo. 

— Confiava? - O loiro repete a palavra, arqueando a sobrancelha. 

— Confio— Foi a primeira vez que sua voz saiu firme durante a ligação. 

— Então confie em mim agora - O soldado pede com esperança no olhar, mesmo que ela não esteja vendo - Eu preciso de você...

Steve mal teve tempo de perceber o que havia acabado de dizer, logo Clint Barton havia soltado um "Awn" pela declaração do amigo, fazendo todos no carro gargalharem e Rogers corar como fogo.

— Eu quis dizer "nós" - O loiro exclama fulminando Barton com o olhar.

— Tudo bem, Steve— Ele escuta Natasha rir também no outro lado da linha - Eu... Também senti sua falta.

— Ih, Capitão, acho que escolheu a garota errada na hora do beijo - Sam ri, caçoando de Steve, causando mais risada e mais irritamento do loiro.

— Beijo?— Natasha repete - Você, Rogers? Quem foi a azarada da vez?

— Não precisamos falar sobre isso - Steve diz cabisbaixo e em seguida, limpa a garganta - Aceita nos ajudar em nome dos velhos tempos?

Natasha solta outro nítido suspiro de exaustão, típico da espiã, deixando todos no carro apreensivos.

— Me encontre na quinta avenida em vinte minutos.

(...)

O loiro estava ao lado de um pequeno bar barulhento. O som das brigas e música alta o distraia levemente, mas a sensação de ser reconhecido o preocupava mais. 

Quando seu relógio marcou exatos vinte minutos, ele a avistou.

Na escura calçada, lá estava ela, com seu casaco azul escuro, um vestido rodado preto e botas cumpridas de salto, caminhando ritmadamente até ele. Estava com o mesmo cabelo desde a última vez em que se viram.

Steve reprimiu o sorriso ao vê-la.

— Lugarzinho bacana para chamar uma garota - A ruiva sorri com o canto da boca, observando um homem ser arremessado pela janela e cair em cima de uma mesa, quebrando-a por inteiro.

— Exatamente o lugar em que pessoas comuns não buscam encrenca. Nada demais para você - Steve também sorri levemente.

— Me conhece bem, Rogers - Natasha vira seu rosto em direção ao dele, tendo que erguer a cabeça já que ele era bem mais alto - Então, cadê a sua gangue de fugitivos?

O soldado suspira e aponta discretamente para a van preta na esquina, com Sam Wilson sentado no banco do motorista, trajando um óculos escuro e uma latinha de cerveja na mão, a qual ele levanta em direção a Natasha, como um brinde.

— Olha só para ele, se achando o criminoso - Natasha ri e acena de maneira discreta para o moreno, que volta a beber lodo depois - E o Barnes? Está bem?

— Bem... Ele está a salvo - A resposta do soldado faz com que a ruiva perceba que ele não confiava inteiramente nela.

— Que bom - Ela responde ríspida, fitando seus próprios pés - E o que vocês querem de mim é...?

— É apenas uma noite. É só o que te peço. Amanhã de manhã já partiremos para outro lugar.

A ruiva puxa o ar da noite, continuando a fitar seus pés.

— Uma noite - Ela ergue o rosto, no momento em que Steve deixava um enorme sorriso escapar.

Os integrantes do carro observavam a cena pelas janelas, tão focados e concentrados como se estivessem assistindo a um filme e logo notaram Steve e Natasha atravessando a rua em direção a van.

— Aposto que esses dois vão passar a noite juntos - Clint diz, ainda acompanhando os dois com o olhar.

— Oh meu amigo, bem mais que juntos - Sam ri, dando outro gole em sua cerveja.

— Vocês são tão maldosos - Wanda ri, mexendo em uma das flechas de Clint com sua fumaça escarlate - Se o Rogers gostasse mesmo dela não teria beijado a loira.

— É a natureza dos homens - Sam ri, parece que já foi afetado pela bebida - Nunca estamos satisfeitos.

— Você fala cada baboseira - A morena suspira, usando seus poderes para tirar a latinha de cerveja da mão do moreno.

— Ei! - O Falcão reclama enquanto Natasha e Steve adentravam no veículo.

— Clint é melhor você substituir o Wilson, ele já está muito afetado para dirigir - Wanda pede e o moreno se retira do banco que é ocupado em seguida pelo Gavião.

— E aí, Natasha - Clint exclama com um sorriso maroto - Resolveu trocar de time?

— Não enche Barton. Ou vai dormir na lavanderia - Respondeu a ruiva colocando o cinto ao seu lado.

— É bom te ter de volta - O moreno ri, ligando o motor do carro.

— Agradecemos por essa gentileza sua, Srta Romanoff - Scott Lang surge de trás do banco de Natasha com um sorriso amedrontado.

— Quem é você? - Natasha franze a sobrancelha, fitando o homem - Ah sim, me lembro de você. O cara que encolhe. Foi mal por aquilo.

— Aquilo o quê? - Sam indaga, deitado em seu banco.

— A surra que a Natasha deu nele, talvez? - Clint debocha enquanto Scott encosta-se ao assento, timidamente.

(...)

Ao chegarem ao apartamento de Natasha, Scott foi o primeiro a gritar que precisava ir ao banheiro e Clint se responsabilizou por fazer o jantar.

Sam capotou no sofá e assim ficou por um tempo enquanto Wanda e Scott brincavam de quantas coisas conseguiam colocar em cima do Wilson sem ele acordar.

Natasha conversava animadamente com Clint enquanto bebericava um vinho, mas se deu conta de que faltava alguém.

Apanhou outra taça de vinho e caminhou pela casa, a procura do soldado.

Ao abrir a porta de seu quarto, deparou-se com o loiro de costas para ela, em sua pequena sacada.

A ruiva se aproximou e colocou uma mão em seu ombro, chamando-lhe a atenção e estendeu-lhe a taça assim que o outro a vê.

— Não está meio solitário aqui? - A ruiva indaga, sentando-se no parapeito da varanda.

— Queria um tempo para pensar - O loiro da um pequeno sorriso levando a taça à boca em seguida - Perdoe-me se fui muito intrometido vindo aqui e--

— Relaxa Rogers - Natasha gesticula com a mão dando outro gole na taça - Não precisa pedir perdão por tudo que você faz.

— Ultimamente, parece que sim - O Capitão sorri tristemente - Ainda nem tive a chance de conversar com o Tony. Apenas mandei uma carta.

— Talvez seja melhor assim. Por ora - Natasha franze o cenho e passa a mão pelo ombro de Steve.

— Como eles estão?

— Tony ficou bem abalado depois de tudo. Mas acho que vai superar. Rhodes deve estar em casa a essa altura. E o Visão provavelmente está onde Tony está já que ele não tem muito o que fazer.

Steve ri levemente fitando o chão.

— Você acha que tomou a decisão certa? - Ele recebe um olhar curioso da ruiva - Em ter me deixado escapar?

— Se acha que eu me arrependo... Eu não. Não queria termos chegado ao ponto em que chegamos, mas você estava lutando por algo que no ponto de vista de muitos era egoísta. Mas depois percebemos que não era bem assim.

— A essa altura até eu me pergunto se foi o certo a se fazer - O soldado suspira, observando o líquido dançar em sua taça.

— Hey - Natasha ergue seu rosto, para fitar aquelas orbes azuis - Nada dura para sempre.

— Queria que fosse diferente - Lamentou o loiro.

— Todos nós queríamos - Natasha sorri de maneira melancólica - Mas se for o certo, nos reuniremos novamente.

Steve sorri fracamente para a ruiva que estava prestes a entrar no quarto novamente quando é surpreendida pelo loiro que agarra sua cintura.

Natasha o fita um tanto curiosa, mas Steve não a permite dizer nada, selando seus lábios logo depois.

A ruiva derruba a taça de sua mão, deixando a bebida se esparramar ao chão, junto de milhões de pedaços de cristal, mas ambos não se importaram com o estrago.

O loiro aperta ainda mais o espaço entre seus corpos, segurando com firmeza a cintura de Natasha que por sua vez envolveu suas mãos em sua nuca e em seu cabelo, passeando com seus dedos pelos fios loiros.

Sua língua invadiu a boca da espiã com urgência, explorando cada canto e sentindo seu gosto doce e amargo ao mesmo tempo, devido às doses de vinho.

Natasha sentiu suas mãos descerem até suas coxas e levantarem-nas para que ela as entrelaçasse em seu quadril. E foi exatamente o que fez.

Com as pernas da ruiva em volta de sua cintura, Steve dirigiu-se até a cama de casal dentro do quarto, deitando-se por cima da russa.

Logo a falta de ar fez com que os dois se separassem.

Natasha abriu seus olhos verdes ao mesmo tempo que Steve, ambos ofegantes, com o rosto separado por centímetros.

— Quem... É você... E o que fez com o Steve? - Natasha indaga recuperando o ar.

O Capitão abre um sorriso divertido antes de capturar aqueles lábios carnudos e rosados.

Natasha inverteu a posição ficando por cima de Steve, separando seus lábios novamente e sentando-se em cima do Capitão.

A ruiva mordeu o lábio inferior, sorrindo maliciosamente, direcionando a mão de Steve para o zíper nas costas de seu vestido e movendo-a para baixo até o feixe estar inteiramente aberto.

Ela então retirou as alças do vestido revelando seus seios fartos e sentindo o membro rígido de Steve pressionar sua intimidade.

Romanoff inclina-se e abocanha o pescoço do soldado, beijando ferozmente a pele quente de Steve, que direcionava suas mãos para a parte de baixo do vestido, descendo-o e retirando-o por inteiro.

— Nat... - O loiro sussurra, tentando raciocinar sentindo o toque na ruiva em seu pescoço - Não deveríamos estar fazendo isso.

— E por que não? - A ruiva devolve, ainda beijando e mordiscando sua pele.

— Porque eu beijei a Sharon...

Natasha ergue-se e o encara, perplexa.

— Vocês estão juntos? - Ela indaga atônita.

— Não, mas--

— Então não tem problema - A ruiva volta a beijá-lo - Um beijo não significa nada, não é? - Ela sorri enquanto morde levemente o lábio inferior de Steve - Afinal, nos beijamos e não ficamos juntos. Além disso... Você prefere ela a mim? - Natasha sussurra em seu ouvido de forma provocante.

O soldado nem responder precisou. Ele ergueu as costas da cama e tomou sua boca por inteiro novamente, com uma de suas mãos alisando a coxa da espiã e a outra acariciando-lhe os fios ruivos.

Natasha retira a camiseta cinza de Steve sentindo o atrito de suas peles ao encostarem-se mais.

Logo ela parte para a calça jeans que o soldado usava retirando-a e revelando sua roupa de baixo vermelha.

— Estamos combinando - Steve comenta, apontando para a roupa íntima de Natasha que era vermelha e de renda.

— Não por muito tempo - A ruiva sorri divertida, agora sendo beijada no pescoço por Steve.

A ruiva não segurava os gemidos pelo toque dos lábios de Steve, que arrepiavam sua pele por inteira.

Desesperados por mais, Steve volta a ficar por cima e retira a última peça de Natasha enquanto ela retirava a sua.

Ansiosos, o loiro volta a beijar os lábios da ruiva exaltadamente, sentindo seu membro enrijecido encaixar-se perfeitamente em Natasha.

Steve movimentava-se ritmadamente com os gemidos de Natasha. Suas peles raspavam-se sentindo o calor transformar-se em suor e as firmes mãos do loiro que apertavam levemente as coxas da ruiva, a enlouquecia.

O rosto de Steve encaixava-se entre o ombro e o pescoço de Natasha, respirando contra a sua pele, ouvindo os gemidos da ruiva, o deixando cada vez mais excitado.

Natasha pronunciava seu nome de uma maneira carregada de luxúria e passeava com seus dedos pelas costas largas do soldado, arranhando-o a ponto de deixar marca, mas nada que o incomodasse.

Ambos já estavam chegando ao ápice e Steve foi desacelerando as estocadas, sentindo a exaustão os dominar.

A ruiva o puxa antes de tudo para mais um beijo e o loiro permite, prensando seus lábios contra os dela, quase sem fôlego.

De repente eles escutam uma batida na porta.

— Ô dois, o jantar ta pronto - Era a voz de Clint.

Natasha e Steve nem se preocuparam se seus companheiros escutaram o que aconteceu naquele quarto, apenas riram e apanharam suas roupas.

(...)

— Nossa, o que aconteceu lá? - Comentou Sam, já dando uma garfada em seu prato - Por que demoraram tanto?

— Só estávamos conversando Wilson, não é pra tanto - Respondeu Natasha, tomando seu lugar a mesa, enquanto Steve tentava não rir da situação.

— Sei...

— O que disse? - A ruiva arqueou uma sobrancelha.

— Sal. Me passa o sal - O moreno encobriu, fazendo todos rirem.

— Mas então Nat - Pigarreou Steve - Vai se juntar a gangue de fugitivos?

A espiã sorriu no canto da boca, de forma provocante.

— Veremos.