Realeza Moderna - Parte 1 escrita por Audrey Bass


Capítulo 5
Capítulo 5 - Serena




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Serena estava no hospital com uma tarefa importante: buscar o bebê de Nate e leva-lo pra casa. Duas semanas haviam se passado desde o nascimento dele e da morte de Sthepanie. Ela, Blair e Chuck estavam tentando ajudar com o possível. Blair havia providenciado um apartamento novo para Nate já que este se recusava a voltar para a antiga casa (na verdade ele estava se recusando a fazer qualquer coisa que envolvesse seus sentimentos, não tinha visto nem o próprio filho ainda); Chuck estava tentando impedir Nate de fazer alguma estupidez e Serena tomou pra si a tarefa de cuidar do pequeno menino que, finalmente estava pronto para deixar o hospital.

Enquanto caminhava em direção ao neo-natal Serena relembrou a conversa que teve com os amigos no Empire, onde Nate estivera hospedado

“ – Eu já disse que não dou a mínima pra esse bebê estúpido – disse Nate, com a voz rouca e confusa por conta da bebida – você já arrumou uma babá, certo, Blair? Entrega pra ela e me deixa em paz

— Nate, por favor

— Chega! Não dou a mínima. Esperei até que ele saísse do hospital pra poder enterrar minha esposa porque isso passa uma boa imagem, deixarei que ele more na minha casa porque ser um pai viúvo comove os eleitores, mas ele matou a minha mulher. Sthepanie está morta por causa dele, amanhã eu vou ver o corpo dela dentro de um caixão por causa dessa estúpida criança!

— O nome dele é Charles Alexander – disse Chuck abruptamente

— O que?

— Você nunca diz o nome dele. Charles Alexander Archibald. Sua esposa está morta? A mãe dele também. Tratar mal o seu herdeiro não vai trazê-la de volta. “

— Senhorita Van der Woodsen? – Ouviu a enfermeira chamando-a

— Sim?

— O bebê está pronto, preciso apenas que a senhorita assine os papéis ali no balcão

Ao terminar de assinar ela se virou e viu, a dra Stevens com o bebê no colo e o dr Walsh ao seu lado. Serena veio ao hospital todos os dias visitar Alexander, mas ainda não o havia segurado pois ele estava na incubadora por ser um bebê prematuro. Quando a dra Stevens o colocou em seus braços algo aconteceu dentro dela, a mesma sensação que sentiu da primeira vez que segurou Kate. Ele possuía os olhos de Sthepanie, aqueles olhos de um azul escuro e profundo como duas pedras preciosas.

                - Olá, Charles.

 

Serena chegou à casa dos Bass no horário combinado. Blair havia preparado a cerimônia para Sthepanie, a missão de Chuck era trazer Nate. Sua melhor amiga estava na sala de estar com o filho, Henry, que estava adorável em seu terno negro.

                - Achei que nenhuma das crianças iria, B – Comentou Serena como forma de anunciar sua entrada

                - Eu insisti, tia Serena, vou me comportar – disse o menino, com aquele olhar inocente – Esse é o Charles? – perguntou apontando para o bebê nos braços da tia

                - Ele é tão lindo! – exclamou Blair, tomando o herdeiro Archibald nos braços – Tem os olhos da mãe, e é tão gordinho, não parece um prematuro. ROSA – gritou, chamando a babá contratada para cuidar do pequenino, que se remexeu nos braços da tia, chateado com a gritaria – shhhh shhhh bebê, tá tudo bem, tia Blair não vai gritar mais

Rosa era, assim como Dorota, russa. Seria a funcionária de confiança de Nate, escolhida a dedo. Trajava um uniforme negro, e respondeu ao chamado rapidamente.

                - Senhora? – disse ao entrar na sala, com um sotaque carregado

                - Aqui está Charles Alexander, prepare-o para a cerimônia – disse Blair entregando o menino para a babá. – Henry, espere aqui, está bem? Serena, vamos, você precisa se trocar

               

Serena se olhou no espelho, usava um vestido social preto, o cabelo num rabo de cavalo elegante. Se sentia culpada por gostar do que via, era certo se sentir bonita num enterro?

                - B, me empresta aquele seu colar de pérolas? – perguntou, olhando pela amiga através do espelho. – Acho que esse colar de esmeraldas é um pouco demais para a ocasião

                - Vou pegar. Ei, você acha que o Humphrey vai dar as caras? – indagou B do outro comodo.

                - Eu espero que não, o dia já vai ser difícil o bastante. Além disso Sthe o odiava, seria desrespeitoso

                - Vamos apenas torcer. Aqui o colar. Pronta? Tá na hora

O momento mais difícil daquele dia tinha chegado. Eles marcaram aquele encontro ali por uma razão: precisavam apresentar Charles a Nate. Duas semanas e o pai não chegou nem perto do hospital. Mas isso não era o que a mídia acreditava. Muitos arranjos foram feitos, muitas pessoas foram pagas e muitas mentiras postas em circulação. Todos acreditavam que Nate havia acompanhado a recuperação do filho de perto, e que adiou o enterro da esposa em respeito ao herdeiro. Na realidade Nathaniel não se importava se aquela criança continuava viva ou não, e se cria-lo não fosse bom para sua carreira política com certeza teria entregado o bebê para os avós maternos (ou qualquer pessoa que o quisesse). Agora, pelo bem da imagem que eles estavam mantendo, Nate precisava se provar capaz de segurar o filho, e de não parecer com vontade de jogá-lo em uma lixeira.

Serena se sentia mal com toda essa história. Charles não tinha culpa dos acontecimentos e Nate era tudo que ele tinha. Apenas 15 dias de vida, órfão de mãe e rejeitado pelo pai. Chuck também estava desconfortável, ele, mais do que ninguém, entendia o fardo daquele pequeno ser humano. Seu pai o rejeitou durante toda a sua vida e a ideia de que seu melhor amigo fosse fazer o mesmo com o próprio filho o atormentava.

Quando chegaram na sala de estar, Blair e Serena se depararam com Nate olhando pela janela e Chuck ajeitando a gravata de Henry.

— Que bom que chegaram – disse Serena

— Você está muito bonita, irmãzinha – comentou Chuck – Pérolas lhe caem bem. Henry, vá chamar Rosa, por favor. Enquanto esperavam Chuck se aproximou da esposa e lhe sussurrou algo, em resposta ela sorriu maliciosamente.

Naquele momento Rosa chegou, empurrando um delicado carrinho clássico, com o pequeno bebê dentro. No momento em que o viu o coração de Serena deu um salto no peito, era incrível a quantidade de afeto que já tinha por ele. Nate, que não havia falado ainda, se aproximou do carrinho e encarou o bebê. Não havia ódio em seu olhar, afeto tampouco.

— Então foi por ele que minha esposa morreu? – disse numa voz sem vida – Charles Alexander Archibald. – pronunciou o nome como se sentisse um gosto ruim na boca. Nate pegou o menino no colo com as mãos habilidosas de alguém que havia mimado os sobrinhos. – Quero sua melhor cara de órfão, Alex, temos um papel para representar hoje. – depois de minutos que pareceram horas, levantou o rosto e disse aos amigos – Vamos acabar logo com isso.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo, o bebê Archibald vai mudar o rumo dessa história ;)



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