A Herdeira escrita por TessaCrowled


Capítulo 3
2


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Espero que gostem do capitulo e obrigada por ler!



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—Você não vai. - Foi o que minha disse quando Harry Potter lhe contou sobre Hogwarts. Ela olhou para ele, chocada por alguns instantes, tentando se recuperar do choque. Harry tinha lhe mostrado um feitiço simples, ele dissera e agora meus pais provavelmente o encaravam como se ele fosse uma aberração. 

—Sra. Laurent, entendo sua preocupação. Mas Claire estará na companhia dos melhores professores de magia do mundo. Desenvolverá seus poderes e vai aprender a controlá-los.  Ela não correrá perigo algum. O prédio da escola é o mais seguro do mundo bruxo.

—Sr. Potter, não vou mandar minha filha para um internato mágico. Não importa o quanto o senhor afirme que lá é seguro. Claire jamais saiu de Londres.

—Anne. - Meu pai intercedeu. - E se for melhor para ela? E se aquele for o lugar de Claire?

—O lugar dela é aqui, conosco!

Minha mãe estava surtando. Eu escutava tudo do andar de cima, pois os gritos deles ecoavam pela casa. Meus pais me mandaram para o quarto, assim poderiam conversar em paz.

—Sr.Potter, minha mulher tem um pouco de razão. Como quer que deixemos nossa filha em suas mãos, sem nem saber como é esse lugar? Como garantir que é seguro?

Droga. Meu pai também estava cedendo. Suspirei e pensei que não iria mais para Hogwarts.

—Meu filho mais velho estuda lá. Meu filho do meio também ingressara na escola esse ano e minha filha menor daqui a dois anos. Todos os filhos dos meus amigos estudam lá.

—Isso não é o suficiente Sr.Potter. - Minha disse decidida. - Claire não irá.

Harry suspirou.

—Sra.Laurent se Claire não for para Hogwarts, incidentes como o da borboleta continuarão a acontecer e serão cada vez piores. Ela precisa aprender a usar seus poderes corretamente e a domina-los. Ela é uma bruxa, e uma bruxa sem treinamento adequado não poderá se defender dos perigos do mundo bruxo.

—Nós a manteremos longe do mundo mágico, pronto. - Mamãe não ia ceder. Tremi um pouco por dentro ao ouvir a palavra perigo e imaginei do que ele estaria falando.

—Mas isso não a manterá segura. Claire vai atrair perigos mágicos por que ela é magica. E se ela não souber se defender, vai se machucar. Acho que não é isso que a senhora quer, não é Sra.Laurent?

—Não, não quero isso. Jamais.

—Pois me deixe cuidar dela, me deixe cuidar da sua filha e prometo que ela ficará bem.

—Sr.Potter, estamos lhe confiando nosso maior tesouro. Por favor, cuide bem dela.

Meu pai disse e eu sorri. Eu nem acredito que vou para lá. Parece um sonho, assim como magia. Mas algo dentro de mim me fazia acreditar que aquilo era real, tão real quanto Harry Potter.

Minha mãe me chamou e eu corri escada abaixo, feliz.

—Nós decidimos que você vai para Hogwarts.

Minha disse e eu a abracei.

—Obrigada mãe.

—E feliz aniversário querida. - Meu pai disse e nos abraçou.

—Sr. e Sra.Laurent obrigada pela compreensão. Daqui a dois dias, eu virei para lhes mostrar onde poderão comprar os materiais escolares de Claire.

Harry Potter disse, se despedindo. Ele sorriu e apertou minha mão.

—Até logo Sr.Potter. - Eu disse, sorrindo.

—Por favor, me chame de Harry. E é seu aniversário? - Ele perguntou e eu acenei afirmativamente. - Então feliz aniversário Claire. E até logo.

E ele se foi.

Agarrei minha carta e subi escada acima, para o meu quarto. Li e reli a carta até decora-la, passei os dedos pelo brasão da escola, curiosa sobre ele. Era um escudo dourado, dividido em quatro partes, cada parte com cores diferentes e um animal. A primeira era um fundo vermelho, e um leão dourado. A segunda parte tinha um fundo azul e texugo preto na frente. A outra tinha um fundo azul mais escuro e uma águia prateada. A última tinha um fundo verde e uma cobra prata. Havia uma faixa embaixo, que dizia: ''Draco Dormiens Nunquam Titillandus''.

Da próxima vez que visse Harry Potter, lhe perguntaria sobre o brasão da escola.

Minha mãe me chamou para comer e eu tomei banho antes de descer. Ela tinha feito meu prato favorito; macarronada. De sobremesa ganhei bolo de chocolate com recheio de limão e cereja.

—Filha nós deixamos que você fosse para Hogwarts, mas você precisa nos prometer uma coisa.

Meu pai disse, sorrindo.

—O quê?

—Que vai nos ligar todos os dias. Contar tudo o que acontece e se comportar. E nada de aprontar. - Eu sabia que minha mãe falaria isso. A abracei e beijei meu pai na bochecha.

—Prometo mãe.

Dois dias depois, como prometido, Harry Potter apareceu na minha casa. Custei a convencer Danielle de que eu estava doente e não iria ao treino de lacross naquele dia. Lhe prometi um saco de doces.

—É melhor pegar um casaco. -Harry me aconselhou. Eu tinha vestido uma calça jeans preta e uma blusa de manga longa roxa. Mas mesmo assim, peguei meu casaco e o vesti.

—Onde compramos - minha mãe começou e depois leu a lista de materiais - 1 caldeirão de estanho tamanho 2? Não sei se vendem isso no centro da cidade.

—De fato, não vendem aqui. Mas não se preocupe Sra.Laurent, sei exatamente onde vendem essas coisas. Mas primeiro, gostaria se apresentar minha mulher e meus filhos.

Harry nos conduziu rua abaixo, minha mãe apertando minha mão com força. Acho que era um aviso para que eu ficasse quieta por que ela sabia que eu fervilhava de curiosidade.

Todo mundo dizia que eu era completamente diferente dos meus pais. Minha mãe era muito branca, com olhos verdes e cabelos muito loiros. Já meu pai tinha cabelos encaracolados castanhos claros e olhos quase escuros. Os dois era baixinhos, calados e reservados, apesar de falarem alto em casa.

Eu tinha a pele mais bronzeada, cabelos pretos e olhos cor de mel. Era mais alta do que as crianças da minha idade e tinha uma tendência para problemas. Era mais curiosa do que eles e falava mais do que os dois juntos.

Quando dobramos a esquina, Harry sorriu. Havia uma mulher e três crianças, esperando-o. A mulher era ruiva, de olhos castanhos, os cabelos cortados acima dos ombros. Havia um menino, o mais velho, cabelos pretos e olhos castanhos. Ele discutia com o outro menino, de olhos verdes e cabelos pretos. Também tinha uma menina, ruiva de olhos castanhos, que olhava irritada para os dois meninos. Esses deveriam ser os filhos e a mulher de Harry Potter.

—Sr.,Sra.Laurent e Claire, essa é Gina, minha esposa. E esses são meus filhos; Tiago, Alvo e Lílian.
Minha mãe abraçou Gina brevemente e meu pai apertou a mão dela. Gina apertou minha mão e eu fiquei olhando para os filhos de Harry, incerta sobre o que fazer. No fim das contas, nós só apertamos as mãos um dos outros.

—Alvo também vai entrar esse ano em Hogwarts. - Gina disse, apertando o ombro do garoto de olhos verdes. - Ele e Claire serão colegas de sala.

—Só não vão ser colegas de casa. Não tem a menor chance de você entrar em Grifinória, Alvo. - Tiago disse, sorrindo.

—Cale a boca Tiago. - Alvo deu uma cotovelada no irmão.

—Quietos, os dois. Tiago não mexa com seu irmão. Alvo, não bata em Tiago. - Harry disse, parecendo cansado.

—Vamos logo, todos vocês. O tempo está passando e temos muito o que fazer. - Gina disse e eu vi uma coisa extraordinária acontecer. Ela estendeu o braço e Tiago o agarrou. Lílian e Alvo seguravam cada um uma mão dela. E de repente, eles sumiram.

—Meu Deus! - Minha mãe exclamou, olhando ao redor para ver se alguém tinha visto aquilo. Mas a rua estava vazia.

—O que foi isso? - Perguntei. - Isso foi incrível!

—Se chama aparatar. Você vai aprender isso em Hogwarts também.

—Eu quero muito aprender isso! - Exclamei animada.

Harry riu.

—Mas agora vamos. Gina está nos esperando. - Harry estendeu o braço para mim. - Srta.Laurent.

—Sr.Potter. - Eu disse, com uma pequena reverência que o fez sorrir. Peguei o braço dele e Harry estendeu a mão para os meus pais.

—Tem certeza de que isso é seguro?

—É seguro sim. Mas tentem, por favor, não pensar em nada.

Meus pais deram as mãos e Harry segurou a mão da minha mãe. Quando eu ia lhe perguntar se aparatar me faria enjoar, senti o mundo rodopiar ao meu redor. E não foi nada bom.

Meu estômago dava voltas, minha cabeça parecia que seria arrancada do meu corpo. O café-da-manhã subia até a garganta e voltava para o meu estômago em questão de segundos, até que de repente, o mundo parou de girar. Caí na calçada e vomitei.

Quando me levantei, meus pais também estavam verdes, mas não tinham vomitado.

—Isso não é nada bom. - Eu disse. - Não sei mais se quero aprender a aparatar.

—Com o tempo melhora. A primeira vez é sempre assim. -Harry ajeitou sua roupa e olhou ao redor.

—Sigam-me.

Nós caminhamos ao lado de Harry, até chegar a um bar. Tinha uma placa, Caldeirão Furado. Não parecia um lugar novo, mas também não estava caindo aos pedaços.

—Por que estamos aqui? - Minha mãe enrugou a testa e fez uma careta. - É só um bar velho.

—Não é um bar velho, mãe. Ta, não é novo, mas parece conservado.

—Você está maluca, filha? - Meu pai balançou a cabeça.

—Tem um feitiço anti-trouxa. Só eu e Claire podemos ver o Caldeirão Furado exatamente como ele é.

—Trouxa? - Minha mãe parecia ofendida.

—É quem não é bruxo.

Entramos no bar e Harry me puxou, para que andássemos mais depressa. Algumas pessoas olhavam para Harry, mas com admiração. Nós chegamos a porta dos fundos do bar e Harry a abriu. Ficamos cara a cara com um muro de tijolos.

Ele sorriu, ao ver nossas caras confusas. Então, depois de mexer nos tijolos, a parede se abriu, revelando uma rua lotada, onde Gina, Alvo, Tiago e Lílian nos esperavam. Soltei um suspiro de admiração. Harry sorriu e disse:

—Bem-vindos ao Beco Diagonal.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam e obrigada!
Beijos!



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