História 10 - ANJO escrita por Tsuruga Akira chan


Capítulo 7
Capítulo 7 - INÍCIO


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, Minna-san!

Como já devem ter reparado, estou postando o nosso 7º capítulo do dia. Bem, isso se deu ao fato de eu já ter escrito a história e postado em um outro canal, pois eu tive - e ainda tenho - maior dificuldade em postar aqui. Tudo que escrevo, reviso e posto é feito exclusivamente por celular e parece que por aqui o meu não se dá muito bem kkkk # fazer o que, né? Celular de pobre dá nisso kkkk #

Sem mais delongas;

Enjoy, Minna-san! o/



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Após longos e agônicos dias de espera, o dia em que Matsumoto e Mahiro conseguiram finalmente ficar sozinhos sem interrupções prévias chegou. O homem, ainda mais curioso com as últimas visitas e acontecimentos, além de determinado à descobrir informações sobre o passado, não deixou a oportunidade lhe escapar, já puxando o assunto com a tenente - mesmo que sutilmente - até conseguir que esta começasse à lhe contar algo, por menor que fosse, para em fim chegar à conhecer toda a história.

Matsumoto ponderou inicialmente. Hitsugaya tem estado cada vez mais nervoso e aflito, e ela, obviamente, logo podia perceber o estado do mais novo sem deixar de se preocupar com o mesmo. Assim, tentava evitar o assunto para que o grisalho não ouvisse qualquer coisa, mesmo que acidentalmente. Contudo, Mahiro, de forma sutil e muito persuasiva, conseguiu fazê-la entrar no assunto e contar ao menos parte do que sabia.

— O que vou lhe contar agora, é algo que apenas os capitães e tenentes sabem, e é assim que deve permanecer. Isto é, pelo menos até a Karin-chan acordar. - Enfatizou a ruiva com extrema seriedade.

— Não tenho motivos para divulgar qualquer coisa que me contar, nem o farei. No entanto, se me permite perguntar, gostaria de saber o porquê de se manter secreto apenas até a garota acordar. - Mahiro expunha sua curiosidade de forma aberta. Gostaria de ter certeza de cada detalhe em volta da história que gerou o boato sobre o anjo da Soul Society.

— Bem, para falar a verdade, a história em si não possuí nada que deva ser realmente escondido. Contudo, poderia instigar interesses desnecessários e é por isso que o taichou pediu que tudo se mantivesse oculto. - Admitiu a tenente. Com uma feição repleta de compaixão, olhou para a amiga humana no tanque. - Ele quer ter certeza de que Karin-chan está segura quando ele não está por perto.

— Interesse? - Repetiu curioso.

— Escute bem o que lhe contarei agora e tire suas próprias conclusões. Poderei confirmá-las ao final de tudo. - Sugeriu a morena. - Nem sei direito por onde começar… É uma história que começou há tanto tempo… - Comentou nostálgica.

— Se é assim, gostaria que começasse pela relação entre os dois. - Pediu o assistente.

— Óh, claro! Eu resumi tudo aquele dia...Faz sentido ainda estar confuso, já que não conheceu a Karin-chan. - Exclamou concordante. - Foi bem engraçado. Já faz quase 10 anos... Um pouco antes da luta final contra Aizen, fomos mandados para o mundo real e foi lá que tudo começou. O Hitsugaya-taichou fazia rondas pelo mundo real purificando hollows e procurando pistas sobre os movimentos do Aizen. Num desses dias, o encontrei sentado em um telhado observando fixamente uma criança jogando bola. Reparei logo que era uma menina e cheguei até a achar que ele já estava “naquela idade”... Digo, interessado por ela como sexo oposto. - Riu a ruiva nostálgica. Mahiro achou um pouco idiota o pensamento da mulher, mas preferiu não interromper a história. - Ele negou imediatamente e ficou um pouco irritado na hora, mas admitiu que algo lhe interessava nela. Não como falei, ele disse, mas achava que tinha algo de diferente na criança. - Lembrou ela. - Pelo que ouvi, a garota havia perdido uma bola e ele à devolveu. Depois disto, Karin-chan começou a lhe convidar para que jogasse com ela. Acho que ele não queria se envolver com humanos, mas ela tinha algo de diferente e ele reparou. Karin-chan olhava preocupada para a cidade, mesmo aparentemente sem nada estar acontecendo. Um hollow apareceu na cidade longe da área em que ele estava com as crianças, mas como sempre foi muito certinho, queria ir exterminá-lo. Nesta hora, ela o agarrou pelo braço dizendo para que não fosse naquela direção, sem dizer o que estava acontecendo, apenas disse algo sobre ser “perigoso”.

— Então, mesmo estando por volta dos 11 anos a menina já tinha algum poder espiritual. - Comentou o homem.

— Não, não era só “algum” poder. Karin podia ver espíritos, hollows e até mesmo nós e nossas roupas de shinigami. Foi um pouco assustador uma criança humana reconhecendo um capitão. Bem, durante um ataque ocorrido durante um jogo, o taichou à salvou e ela ficou desesperada ao reconhecer suas vestimentas. Naquela época, o Ichigo-kun havia desaparecido para treinar com os Vaizards, e a garota só sabia que ele era um shinigami. Quando reconheceu o taichou, o perguntou insistentemente sobre o paradeiro dele e foi quando o taichou descobriu que eram irmãos. Infelizmente, não sabíamos aonde o Ichigo-kun estava, mas depois tudo deu certo e ele voltou para casa. Depois de tudo, o taichou e a Karin-chan viraram amigos e, de tempos em tempos, quando tirava folgas, ele ia visitá-la no mundo real. Lógico, ele nunca me contou aonde iria, mas como ele antes nunca tirava folga e começou repentinamente sair mais vezes, fiquei curiosa e acabei seguindo-o uma vez. - Riu novamente achando graça da situação. - Ele me descobriu… Na verdade, ele desconfiou, quem descobriu mesmo foi a Karin-chan. Lembro que os dois voltavam de um jogo e pararam para tomar sorvete - um doce gelado do mundo real. Eu ocultei minha reiatsu e observei por um tempo. O taichou parecia bem relaxado olhando o pôr-do-sol e conversando com ela. De repente, ela deu um grito perguntando “você quer sorvete também, Rangiku-san?”, meu coração quase saltou do peito. O taichou finalmente reparou que eu estava por perto e ficou muito irritado, mas ela sorriu, me entregou um sorvete e deu um peteleco na testa do taichou dizendo para relaxar. Ele resmungou com ela que eu deveria estar trabalhando e não o seguindo e tudo mais. Karin-chan sempre foi muito calma e relaxada, só não gosta muito de barulho, assim como o taichou. Ela afagou a cabeça dele e disse que sabia que eu deveria estar trabalhando e tudo mais, mas não fazia mal parar às vezes para ver o pôr-do-sol, já que a gente nunca sabia quando começaria uma guerra novamente ou precisaria arriscar nossas vidas de novo. Ele se acalmou depois disso, me fez fazer alguns relatórios a mais quando voltou da folga, mas relaxou naquela hora. No começo, achei que o que ela falava era só por causa que sabia o que acontecia com o irmão, pois querendo ou não, o Ichigo-kun sempre voltava para casa machucado depois de sumir um tempo e ela ficava claramente preocupada.

— E não era isso? - Questionou Mahiro.

— Um pouco por ele, um pouco por nós. Essa criança se preocupava por nós também. - Comentou olhando-a novamente. Um sorriso amigável estampava o rosto da ruiva.

— Por “nós”? Já estamos mortos e exterminar hollows é nosso dever. - Argumentou o assistente.

— Para ela não fazia diferença. Melhor dizendo, não faz. Ela sempre pareceu calma e desinteressada por qualquer coisa que não fosse futebol, mas na verdade é muito gentil. O taichou me contou depois que a Karin-chan trabalhava como enfermeira na clínica no mundo humano que o Isshin-taichou tinha. Certa vez, durante um outro ataque de hollow, o taichou se machucou um pouco. Nada mais que uns arranhões pelo corpo, mas ela insistiu para fazer os curativos. Quando ele retirou a camisa para fazer os curativos nas costa, ela fechou sua feição e o perguntou muito séria sobre as cicatrizes que via. Eram as da luta com Aizen. Entre elas está a maior e a mais profunda que ele tem e a que quase o matou. Quando soube o que era, a garota ficou muda e fez todo o tratamento silenciosa até terminar. O taichou estranhou, pois a Karin-chan sempre conversou bastante com ele. Ele insistiu para que ela dissesse qual era o problema. Ela respondeu que sabia que ele era um espírito, assim como seu pai, mas mesmo assim não gostava da ideia que seu amigo se arriscasse todos dias sem saber se voltaria vivo para jogar de novo com ela. Não gostava de saber que aquilo no peito dele era “normal”. - Rangiku sorriu nostálgica. - É uma boa garota e se preocupa por nós. Sempre gostei da ideia de vê-la perto do taichou. Sempre torci para que ficassem juntos como um casal. Ele sorria mais naquela época e parecia bem mais relaxado. Tive certeza de que estava certa depois que tudo aconteceu. - A mulher, entretanto, tinha uma expressão sofrida, como se realmente sentisse alguma dor apenas ao lembrar do passado.

O silêncio se formou momentaneamente entre os dois, mas logo foi quebrado pelo som de uma das máquinas. Um computador em específico começou à “trabalhar” mais e folhas de análises começaram a ser impressas ininterruptamente.

— O que é isso? - Questionou Matsumoto assustada.

— O sistema parece ter detectado algo e está analisando. - Adiantou-se o homem se levantando imediatamente e correndo para ver os papéis.

— E aí? O que foi? O que foi? O que está acontecendo com a Karin-chan? - Perguntou incessantemente a ruiva.

— A temperatura… - Resmungou Mahiro ainda olhando os papéis. O assistente mantinha uma expressão séria e confusa.

— O que tem a temperatura, homem?! Está querendo me matar do coração? - Insistiu a tenente desesperada.

— A temperatura parece ter subido. Digo, subiu na mesma proporção que antes, mas subiu. - Relatou confuso. - Matsumoto-fukutaichou, por favor, avise o Hitsugaya-taichou e eu entrarei em contato com o Urahara-san. Algo deve ter causado isso, mas não há qualquer outro relatório referente à defeitos ou mau funcionamento. Talvez ele saiba o que poderia ter causado isso.

Em poucos minutos, a porta de metal se abria e um capitão grisalho e apressado passava por ela. Mahiro lhe entregou o relatório, logo explicando sobre o aumento da temperatura e a falta de motivo aparente. Embora já houvesse conversado com Urahara, esse também não tinha ponto que explicassem de fato o acontecimento.
 

— Verificou todos os outros relatórios? - O assistente assentiu. - Comparou tudo que foi computado agora com o que foi computado da última vez que isso ocorreu? - Novamente o mesmo. - E não conseguiu qualquer indício do que pode estar causando isso?! - Exclamou o capitão alterado. - Todo esse equipamento é vital e qualquer mudança pode ser fatal para ela! Tem que ter uma explicação!

— Hitsugaya-taichou, Acalme-se! - pediu Matsumoto. - Eu também estava aqui. Nada aconteceu além destes papéis começarem à serem impressos. Eu não permitiria que qualquer coisa prejudicasse a Karin-chan. Sabe disso!... Acalme-se. - Insistiu a mulher.

Hitsugaya suspirou pesado e bagunçou os fios grisalhos, parando e deixando suas mãos ainda sustentarem sua cabeça baixa. Mais calmo, levantou um pouco seu olhar e observou a morena no tanque. Quieto, permaneceu assim alguns instantes.

— Taichou, algum problema? - Questionou a ruiva reparando que o olhar do rapaz parecia ter se estreitado mais.

— Não sei… - Respondeu em tom baixo. - Tem algo diferente nela.

— Diferente? - Repetiu a mulher direcionando seu olhar para o tanque e tentando notar qualquer coisa que pudesse ter mudado. Mahiro fez o mesmo.

— As asas? - Murmurou o assistente.

— Não, não é só isso. As asas diminuem com o passar do tempo, mas não foi isso que me incomodou. Tem algo mais. Foi por um breve momento, mas tinha algo diferente. - Disse o capitão.

— Poderia ser… Bem, acho que seria uma possibilidade. Remota, mas uma possibilidade. - Murmurava Mahiro.

— Sabe de algo? - Inqueriu o grisalho alarmado.

O assistente se retesou em surpresa ao ser questionado pelo grisalho. Agora já não sabia se deveria ou não falar, pois se errado, poderia virar um alvo da ira do capitão.

— Diga de uma vez, Mahiro-kun! - Pressionou a ruiva também interessada.

— Bem… - Pigarreou - Lembrei que a tenente disse que há relatos sobre humanos estarem em coma e ainda assim ouvirem o que lhe dizem… Então, eu pensei… Bem… Como vou explicar…

— Fale de uma vez, Masashi! - Ordenou o capitão consumido pelo desespero.

— H-hai! Para resumir, como ela é meio-humana, poderia ter reagido à nossa conversa e a temperatura ter oscilado por conta disso. - Despejou em um único fôlego.

— Quero uma explicação mais precisa. De que conversa está falando e como isso poderia oscilar a temperatura no tanque. - Ordenou.

— Sobre a conversa, eu posso explicar taichou. - Disse a ruiva. - Acabei recordando algumas coisas e, bem, basicamente comentei que você sorria mais ao lado dela naquela época. É isso. - Matsumoto não iria dizer o real conteúdo e palavras da conversa.

— Comentou “apenas” isso? - Disse o grisalho desconfiado já conhecendo a personalidade da tenente à seu serviço.

— Hitsugaya-taichou, - Chamou o assistente querendo cortar o percurso da conversa. Mahiro queria saber toda a verdade e se isso fosse exposto para o capitão, talvez a tenente não pudesse lhe contar mais nada. - acredito eu que talvez a garota tenha escutado sobre isso e reagido mesmo que de forma mínima. A tenente dizia gostar muito da Kurosaki-san e lhe elogiou. Com base no que ela me falou sobre a personalidade dela, talvez possa ter ficado constrangida por isso e seu corpo reagiu de alguma forma. Talvez a mudança que vira fora um breve aumento da coloração na pele da garota, rubor, diria eu, o que é causado pelo aumento da circulação do sangue e o que também causaria um breve aumento na temperatura interna. - Explicou. - O que quero dizer é, que talvez, essas alterações possam estar sendo causadas não pelo maquinário, mas pela própria Kurosaki-san.

O capitão ficou em silencio por algum tempo pensando no que o subordinado lhe dissera e olhando para a garota. Uma coisa estava certa, a ligeira “mudança” que havia detectado se foi. Os argumentos de Mahiro, assim como ele mesmo disse, era algo muito remoto e que causaria esperanças demais ao pobre capitão se pudesse ser comprovado. Hitsugaya queria ver Karin acordar, queria vê-la sorrir novamente, queria escutar seus comentários sobre os jogos de futebol, queria voltar à jogar com ela e à comer doces junto à ela. Queria vê-la “viva” de novo. Acreditar em tal esperança de que estaria finalmente reagindo ao mundo, seria acreditar que logo estaria acordada novamente e isso seria o suficiente para destruí-lo se não acontecesse de fato. O jovem capitão sentia medo.

***

Mais uma noite chegou e o assistente pôs-se à dormir, cansado e ainda sob o suspense que pairava sobre a unidade tecnológica na qual trabalhava. A noite já dava lugar à madrugava que devagar e silenciosa se iniciava, contudo, o silêncio não permaneceria por muito tempo…


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! o/

Até o próximo capítulo!

Abraço e Sayounara, Minna-san! o/



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