História 10 - ANJO escrita por Tsuruga Akira chan


Capítulo 22
Capítulo Extra - PARTE II


Notas iniciais do capítulo

Olá, Minna-san! o/

Deixarei a conversa para as notas finais, ok?

E assim, vamos para o nosso ultimo capítulo de #ANJO! o/

Espero que gostem! =D

Enjoy, Minna-san! o/



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Com o expediente em seu gabinete findado, bastou apenas alguns momentos até que finalmente se visse na frente da conhecida casa da família Kurosaki. No entanto, nesta o capitão não conseguira sentir a presença de qualquer outro além daquela que ansiava ver. Ao que parecia, Karin era a única em casa no momento e, sendo assim, o grisalho não precisava se preocupar com a formalidade de bater e passar pela porta principal, podendo seguir apenas para onde precisava ir: até Karin.

Assim, o rapaz esperou por alguns instantes no telhado - já que a garota se encontrava em seu quarto. O percebendo, Karin certamente lhe avisaria se, por acaso, ele não pudesse entrar no momento, pois, não podendo se esquecer, aquele ainda era o quarto de uma mulher. Entretanto, a jovem não lhe dera sinal de ter lhe percebido ou, pelo menos, não se manifestara sobre o caso, nem para que entrasse - como fez no dia anterior -, nem para que não o fizesse.

Curioso sobre o caso, o shinigami, então, pensou na possibilidade de que esta novamente estivesse adormecida, pois esta era uma das poucas ocasiões em que ela não se manifestaria sobre sua presença. E, certo de que a hipótese era válida, decidiu por adentrar o quarto para confirmar suas suspeitas. Desta forma, após pular a janela do quarto, o grisalho logo encontrou a feminina figura dormindo no silencioso recinto, confirmando-o de que estava certo.

Silencioso, Hitsugaya caminhou até ela e sentou-se na beira da cama da garota e, durante seu ato, não pareceu ter sido percebido, pois não recebeu ou percebeu qualquer reação por parte da jovem adormecida. Talvez, realmente estivesse cansada demais para perceber a aproximação sutil do capitão ou, talvez, tudo aquilo não fosse mais do que o que ela própria havia admitido no dia anterior: simplesmente, havia se acostumado com a presença do rapaz.

Durante três longos e torturantes anos, Hitsugaya, em completa culpa e sofrimento, passara a apenas observar a garota que antes descansava no gélido tanque de vidro e metal e, talvez, justamente por sempre sentir sua presença por perto a cada dia que se passara, ela agora dormia tranquila enquanto, novamente, tão significativa alma - mesmo que de forma sutil - aproximara-se de si.

De igual forma, aquela, obviamente, não era a primeira vez que o capitão observara a morena desacordada, todavia, sem dúvidas, era uma das poucas que o pôde fazer sentindo tão reconfortante tranquilidade sobre o despertar da jovem. O rosto feminino apresentava sua leve palidez natural, o que, claramente, contrastava com os lábios levemente rosados e entreabertos. Sua expressão era tranquila, embora, vez ou outra, mudasse como se reagisse à um sonho qualquer. Os longos fios negros não flutuavam mais como antes, agora, apenas se esparramavam pela cama de solteiro. Não havia “bips” ou quaisquer outros sons de máquinas ou pessoas trabalhando por perto, nem mesmo o odor neutro de um frio e solitário laboratório. O quarto era aconchegante, um leve e doce perfume exalava no ambiente, além do tranquilo som do respirar da jovem que ali relaxadamente dormia.

Ao visitar o mesmo ambiente mais cedo, o capitão tivera quase a mesma visão que agora, porém, desta vez, a garota dormia utilizando uma roupa diferente do habitual para alguém que realmente pretendia dormir. Como era de costume em dias quentes, usava uma regata longa e larga, além de um negro short em jeans e, para reforçar a teoria que o rapaz criava sobre seu adormecer não planejado, ainda havia a existência de um mangá qualquer em uma das mãos da garota - o que indicava que ela apenas adormeceu sem que percebesse. Contudo, mais uma coisa se diferenciava: a importância de cada detalhe que ele agora percebia.

Pela manhã, obviamente, Hitsugaya não deixou de sentir a tranquilidade que saber que Karin dormia por sua própria vontade, que logo iria acordar e que agora, novamente, podia interagir consigo. No entanto, após a irritante brincadeira de Matsumoto, o grisalho nem mesmo se lembrara do angustiante tempo que havia se passado, focando-se exclusivamente na irritante sensação de ansiedade que sentia ao não poder correr para perto da garota - efeito esse obtido graças a um repentino e surpreendente ciúmes que lhe surgira. Entretanto, após novamente entrar pela janela e encontrar - agora - tão tranquilizadora imagem, tudo foi novamente esquecido. Matsumoto e Isshin bêbados, os comentários irritantes, a longa espera pelo fim do dia, sua pressa em encontrar a jovem… Nada mais era importante, apenas estava feliz e tranquilo ao vê-la, ainda que dormindo novamente. E, cada detalhe que lhe dizia que a morena estava viva e que poderia acordar a qualquer momento, se tornara ainda mais valioso.

E, já que a garota se via desacordada, decidiu o rapaz, ao menos, retirar a leitura que ainda jazia em sua mão. Karin não era nenhuma maníaca por arrumação, mas, certamente, se aborreceria se um de seus mangás amassassem ou rasgassem - ainda que não propositalmente. Assim, com cautela, retirou o livro da mão da morena, mas, desta vez, recebendo algum sinal de despertar. A mão feminina segurara a sua. E, devagar, os negros e ainda sonolentos olhos se abriram, levando alguns breves segundos para se adaptarem a luz ambiente e, em seguida, logo identificando quem até agora velava seu sono.

— Toushirou… - Murmurou ela em tom baixo, logo dando um leve sorriso. - Foi mal, dormi de novo.

O grisalho apenas observou a garota por mais alguns segundos antes de responder. A situação lhe era nova e, inesperadamente, inebriante.

— Não tem problema. Volte a dormir, espero você acordar. - Disse ele.

Karin pareceu pensar por alguns instantes, parecendo ainda estar um pouco letárgica.

— Estava trabalhando até agora, não é? - Questionou ela.

O rapaz assentiu.

— Estava. - Respondeu.

— Descanse comigo, então. - Pediu ela. - Alguns amigos vieram me visitar mais cedo e, por causa disso, acordei antes do normal. Ainda estou com o sono desregulado por causa do tempo no tanque. Quero aproveitar meu tempo com você quando acordar.

A declaração de Karin, obviamente, pareceu tão meiga quanto poderia parecer a um homem apaixonado. Contudo, também não passou despercebido o fato de que a informação de Matsumoto parecia ser verídica - o que deixou o capitão um tanto enciumado intimamente.

— Vem?! - Pediu ela mais uma vez, dando espaço para que o rapaz deitasse junto a si.

Hitsugaya pensou por alguns breves momentos. De certo, estava um pouco cansado - ao menos, ao que se refere a seu intelecto -, além de estar levemente abalado pela possibilidade de que qualquer um tivesse se aproximado daquilo que ele já entendia como seu: Karin. Assim, a resposta logo lhe veio: aceitaria a proposta. Desta forma, além de descansar, ainda possuía a afirmação de que Karin lhe pertencia e que estaria em seus braços - uma pequena prova para seu próprio ego e que ele não se privaria de receber.

Ignorando o constrangimento que certamente lhe impediria de aceitar e efetuar o pedido, o grisalho se deitou, agora mantendo em seus braços a garota que fazia seu peitoral de travesseiro. E, como era de se esperar, o sorriso que recebera ao responder a sugestão da morena lhe desconcertou como nenhum outro poderia desconcertar. Porém, logo após alguns instantes de silêncio, Karin moveu sua cabeça direcionando seu olhar para ele.

— Toushirou, - Chamou ela e o grisalho logo lhe deu toda a atenção, curioso pelo chamado repentino. Percebendo ter conseguido o que queria, a morena logo lhe deu um beijo leve e terno nos lábios, surpreendendo-o mais ainda. - Obrigada por aceitar. Gosto de sentir que está perto de mim. - Sorriu ela e logo fechou seus olhos, novamente sendo levada ao mundos do sonhos.

Todavia, ao adormecer, a garota acabara por perder a feição que o shinigami adquirira ao ouvir suas palavras. Em um misto de constrangimento e algo mais que não sabia definir entre paixão, felicidade e ansiedade, o rosto albino tornarasse carmesim e olhos claros - normalmente demonstrando algo entre desinteresse e severidade - ganharam um intenso brilho, além de tornar sua cor tão vívida como nunca, embora não o rapaz também não conseguira pronunciar uma só palavra, apenas contendo-se em admirar silencioso a garota adormecida, isto é, até que ele mesmo adormecesse.


Assim, sem qualquer esforço, Karin conseguia desarmar tão poderoso capitão, o deixando sem qualquer reação. Tudo que Hitsugaya conseguia entender era a importância daquela que agora estava em seus braços.


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Notas finais do capítulo

Bem, primeiramente, preço desculpas pela demora. Eu fiz e refiz esse capítulo antes várias e várias vezes, mas não estava me agradando. Contudo, agora eu acho que está perfeito e espero que tenham gostado!

Como podem ver, esse foi o nosso último capítulo. Então, finalmente finalizamos a nossa fic depois de tanto tempo! Obrigada por me acompanharem até aqui!

E, por último, mais uma vez, quero agradecer à todos vocês que leram, favoritaram e comentaram a fic! Vocês me incentivaram bastante a melhorar e sempre postar os capítulos. Obrigada por seu apoio!
#VamosDominarOMundocomHitsuKarin



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