A casa ao lado escrita por sweet nothing


Capítulo 2
Sempre bom retomar uma amizade.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente. Obrigada pelos acompanhamentos e favoritos que eu tive com essa fic. Gostaria que comentassem o que vcs acham e me desculpem qualquer erro.



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Acho que a encarei durante – só – alguns segundos, já que ela ainda conversava com Toothiana, animadamente, sem me notar. Decidi entrar na conversa. Por que não tentar voltar atrás com uma amiga?

Despedi-me de Anna e me aproximei da jovem de cabelos coloridos, abraçando-a por trás. Depositei um beijo rápido no topo de sua cabeça e olhei para frente, onde Elsa estava. Ela encarava o chão, provavelmente constrangida. Cá entre nós, não são todos que sabem lidar quando veem uma demonstração de afeto. 

— Oi, Elsa. — Dei meu melhor sorriso, acabando com o silêncio incômodo que poderia vir a acontecer. Vejo-a levantar o rosto – que estava um pouco corado –, e arrumar o cabelo, retribuindo meu sorriso, com um mais bonito.

— Oi! Gostei do novo cabelo. — Apontou para cima, na direção do mesmo, fazendo com que Tooth o bagunçasse. Suspirei em negação; não gosto que mexam no meu cabelo.

— Ficou melhor que o natural, né? — Disse a mais baixa, Tooth, em um tom brincalhão. Ri ironicamente, revirando os olhos. — Não fica nervoso, não. — Recebi um beijo na bochecha da mesma.

— Não fiquei nervoso. — Sorri de novo, ganhando outro beijo. Ouvi a loira que antes estava conosco sussurrar um “tchau” e se direcionar para um canto. Retirou o celular do bolso traseiro e passou a conversar com alguém, mais animada que antes.

Hiccup finalmente chegou e pudemos começar a nos ajeitar; se vocês acham que só atleta tem aquecimento, estão muito enganados. Fui na direção da minha guitarra, fazia algum tempo que não a via e provavelmente estava desafinada. Quando era pequeno pensei na probabilidade de dar um nome para ela, mas achei melhor não. Porém, às vezes a chamo de vermelhinha, devido sua cor.

— Tchau gente, até amanhã! — Elsa estava indo embora? Já? Sem antes ver nosso ensaio? — Hans me chamou pra sair, Annie. Até, gente. — Respondeu a pergunta que a irmã havia feito, se direcionando para a saída da garagem.

— Quem diabos é Hans? — Kris leu meus pensamentos ao perguntar isso.

— Ela não contou? — Todos balançamos a cabeça em sinal de negação; contar o quê? — É o namorado dela. — Meu queixo caiu. Como assim ela estava namorando e não me contara? Tudo bem que quando eu comecei a namorar eu também não contei para ela, mas...

— Foco gente. Perguntas sobre isso depois. — Flynn Rider entra em ação. Iríamos ensaiar uma de nossas músicas originais: Sweater Weather. Tanto eu quanto Hiccup havíamos escrito a letra dessa música, um pouco antes do meu namoro iniciar.

Coming down
       One love, two mouths
      One love, one house

A cada trecho da música que Flynn cantava – com a voz do Kris de fundo – eu sentia os olhares da minha namorada em minha nuca, me encarando. Sim, eu gosto de dizer minha namorada, e pela primeira vez estava incomodado com esses olhares.

No shirts, no blouse
       Just us, you find out
      Nothing that we don't wanna tell you about

Nunca gostei de admitir, mas a voz do moreno era realmente bonita. A de Kris também era, mas ele nunca quis ser o vocalista, aceitou, então, ser o baixista e ajudar como segunda voz.

Cause it's too cold whoa
        For you here
       And now
      So let me hold whoa
      Both your hands in the holes of my sweater

Tooth nunca gostou do frio, sempre preferiu o verão, o que sempre a levou a pensar que essa música havia sido feita para ela. O que não era verdade; essa música não era indireta para ninguém.

O ritmo tinha sido feito por Flynn, com nossa supervisão. E incrivelmente saiu algo bom, que impressionou todos nós, principalmente Anna. Falando nela, era para ela estar na nossa banda. Não aceitou, porquê achou que ficariam muitas pessoas, fora que ela também toca teclado e já temos nossa tecladista.

Depois de repassar algumas outras músicas – que não estavam tão boas – fui embora, acompanhado de Annie, como sua irmã a chama. Amanhã seria segunda e nenhum de nós queria ir dormir tarde.

— Sabe o Hans que eu falei mais cedo hoje? — Assenti com a cabeça. Havíamos acabado de sair do ensaio e a ruivinha não parava de falar. — Fim de semana que vem ele vai dar uma festa, se eu não me engano. — Passei a prestar mais atenção, aliás, quem não gosta de festas? — Aí ele pediu pra eu convidar vocês, mas eu esqueci. — Escondeu a boca com a mão, dando uma risada abafada.

— Ah, eu aviso pra Tooth. — Gargalhei junto com ela, devido sua incompetência. Continuamos caminhando, até chegarmos na porta da minha casa. Ela falava mais algumas coisas, entretanto não era nada tão importante assim.

Olhei atrás de si e lá estava Elsa, abraçada com um garoto familiar. Talvez já tivesse o visto no colégio, ou não. Os mesmos nos viram e em poucos minutos vieram em nossa direção.

— Oi de novo, Jack. Esse é o Hans, meu namorado. — Pode ser que eu esteja apenas ficando louco, porém acho que ela enfatizou a parte do “meu namorado”. Ele deu um aceno rápido e eu retribui.

— Acho que Anna já te convidou para minha festa, mas se não... — Fez uma pausa rápida. — Eu estou te convidando agora. — Me olhou de cima para baixo, me analisando. Acho que ele não parecia ser alguém tão legal, enfim. Não dou a foda pra’ isso.

— Obrigado, mas sim, ela já fez. — Analisei-o também, de cenho franzido. — Amanhã é primeiro dia, né. Preciso ir para casa. — Dei tchau para todos e entrei em casa, indo para meu o quarto, deitar-me.

Eu estava confuso de novo, tenho certeza. Só não queria ter certeza sobre o que era.

P.O.V - Elsa d’Arendelle

Me despedi deHans com um selinho; se eu estava apaixonada? Espero, né. Não quero iludir o menino assim, mas estou me divertindo bastante com ele. Esses dois últimos meses foram resumidos em encontros com ele e saídas com Anna.

Se você quer saber, eu passei até a gostar mais de festas, já que fomos em algumas nessas férias e nos divertimos bastante.

Subi as escadas e fui direto para o meu quarto; ele estava tão arrumado. A cama ficava no meio dele, numa das paredes ficava uma grande janela que dava para a outra casa e embaixo dela um bauzinho, onde eu guardava meus livros e outras coisas aleatórias. Na outra ficava meu guarda roupa. Na frente da cama sobrava um espaço, onde minha escrivaninha, computador e algumas fotos coladas na parede, ficavam.

Tirei minha jaqueta jeans, jogando-a na cama e ficando apenas com a camiseta preta de baixo. Prendi meus cabelos num coque e fui no baú pegar um livro para ler; ainda eram 18h30. Da janela dava para ver Jack, tocando violão, deitado em sua cama. Uma expressão triste reinava em seu rosto.

Mudei meus planos. Peguei um caderno antigo e escrevi nele com uma letra consideravelmente grande a frase “Mesmo não ouvindo sei que você está tocando bem”. Chamei sua atenção e sei que ele conseguiu ler, já que um sorriso brotou em seu rosto. É verdade que esse cabelo combinou bastante com ele.

Refizemos o mesmo de quando éramos pequenos e ficamos conversando durante algum tempo por folhas de papel. Retomei a mesma dúvida que tinha quando era menor: porque ele havia se afastado? Mas decidi não perguntar.

É sempre bom retomar uma amizade.


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Notas finais do capítulo



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