Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 8
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Skyler Rinaldi

Estaciono minha Lamborghini Reventon 2007 no estacionamento da faculdade, e saio, logo ao lado estava Lydia, encostada em seu Ford Impala 67, sorrindo feito uma doida, isso devido a Clover, dançando Fabulous ainda dentro da sua Ferrari Enzo 2002 e Madison digitava algo no celular, completamente alheia, no banco do seu Camaro 2015. Sim, temos carros caros, mas isso não vem ao caso agora, a pergunta certa é, o que estamos fazendo aqui um dia antes do necessário, bem, é simples, eu convenci as três a vir antes, só para a gente poder apresentar o melhor do campus a Mad e a Loli.

— Bela entrada – fala a loira de braços cruzados, enquanto me encarava – mais temos problemas – ela indica algo atrás de mim.

Me viro e encaro a outra loira, que vinha na minha direção, respiro fundo antes que ela se aproxime.

— Skyler – ela chama com um sorrisinho, debochado, devo dizer.

— Julie querida, acabei de chegar, tenha a decência – pego minha mala no porta-malas e o fecho.

— Desculpe, mas temos um problema – ela fala suspirando – a Kelly saiu, o que houve nas férias?

— Pergunte para a Bella, ela deve saber dos detalhes sórdidos – pisco e saio andando com as meninas, tendo Julie na minha cola com uma prancheta em mãos, bem, ela é minha assistente, ou como ela gosta de se auto denominar, personal organizer. Não me perguntem, ela é louca.

— Eu ainda não acabei – se pronuncia, mas não paro para ouvir, continuamos andando até a Kappa, Kappa Tau.

— O que fez nas férias Julie? Porque eu passei o final das minhas organizando planilhas de candidatas e você se quer me mandou mensagem.

— Eu estava...

— Tínhamos um acordo, você descumpriu e agora está dando chilique porque a realidade chegou – paro e me viro para ela só por um segundo – não me interessa o que está acontecendo ao nosso redor, se não nos afeta ou não tem a ver com a KKT, eu não quero saber.

— A reitora quer lhe ver, pessoalmente – ela grita quando eu já estava perto da porta, a mesma havia parado de me seguir.

Eu apenas acenei com a mão, indicando que entendi o recado, Julie é paranoica as vezes e nas férias tínhamos feito um acordo de dividir as tarefas, mas ela simplesmente sumiu porque disse que faria uma desintoxicação de universidade. Agora que voltamos, ela parece mais neurótica do que nunca, eu sei, muitas coisas aconteceram.

— Reitora? – Lydia pergunta ao meu lado, enquanto entravamos na KKT, já havia algumas meninas por ali, voltando das férias.

— Ela deve me pedir mais um dos favores absurdos dela, que eu sou obrigada a fazer antes das aulas começarem, ou melhor, antes da SDI começar.

— Podemos participar da SDI – Madison pergunta ao meu lado, subindo as escadas em direção aos quartos.

— Depende, você vai ser candidata?

Madison e Clover se entreolharam e sorriem.

— Sim – respondem em uníssono.

— Então sejam bem-vindas a Kappa, Kappa Tau – sorrio e abro a porta do meu quarto, elas admiraram a mansão completamente encantadas, a fraternidade tem um estilo vitoriano e muitos detalhes do lado de dentro foram feitos em tom de rosé – Ly, mostra a casa para elas? Aproveita e diz as meninas que teremos reunião amanhã, antes das outras candidatas chegarem.

— Ok – Ly sorri e sai com as meninas.

Então né, mais um ano para nós, e mais um ano para a KKT. Bem, meu último ano, precisa ser épico, então vamos fazer história.

[...]

Caminho pelo corredor da faculdade, até parar na metade dele, o prédio principal era o que dava acesso a sala da reitora. Os prédios de cada curso é separado por departamentos, nesse fica a quadra, a biblioteca, a sala da reitora, sala de professores e mais dessa coisa chatas que tem em universidade, além de sala de aula.

Enfim, o motivo da minha parada é simplesmente uma, um garoto de cabelos loiros estava beijando uma garota, fiquei apenas observando de braços cruzados, aquilo estava me causando repulsa, então apenas me perguntei quanto tempo demoraria até eles se largarem e me notarem ali. E como previsto, não demorou muito, ele a largou e sorriu terno.

— Bela recepção, Aaron – falo e vejo o sorriso do mesmo desaparecer como agua, enquanto seu corpo ficava rígido.

Seu rosto se voltou para mim e sua cara não tinha pânico, e sim confusão, ele olhou para a menina ao lado dele e olhou de volta para mim.

— Não vai me dizer nada? – pergunto, vendo o mesmo abrir a boca e fechar, perdido.

— Quem é ela Aaron? – a garota pergunta.

O mesmo ainda não havia dado um pio, ótimo, além de traidor, também é mudo. Para beijar, e sorrir, ninguém fica mudo.

— Aaron – chamo arrastado.

— Skyler – ele pronuncia espantado – eu... eu... – gaguejou.

Ele olha da menina para mim novamente, a garota ainda estava com o rosto virado de lado, e eu não sabia quem ela era. Estranhei tal ato, ele ainda parecia muito confuso. Mas entendi tudo, quando garota tirou o cabelo longo do rosto e virou para mim. Semicerrei os olhos e comprimi os lábios, com ódio. Ela estava sorrindo.

— Olá irmãzinha – ela sorri cínica.

— Eu achei que... – ele tentava falar perdido, enquanto procurava uma explicação, não gente, isso aqui não é um multiverso – ela se parece tanto com você.... ela... eu, não sabia que tinha cortado o cabelo, e...

— Podemos conversar depois Aaron? – pergunto, mas ainda encarava a garota.

 — Sim – ele olha uma última vez para ela e depois para mim, logo saindo por outro corredor.

Encarei a garota e a vi se aproximar, havia um sorrisinho ridículo em seu rosto e eu daria qualquer coisa para retira-lo dali.

— O que faz aqui? – pergunto, quase rosnando para ela.

— O mesmo que você, estudando – ela sorri e me dá as costas, saindo da minha visão.

Isso só pode ser um pesadelo, é, definitivamente é um pesadelo, ela não está aqui, não, agora não, grrr, que ódio.

Caminho até a sala da reitora e bato na porta, logo sendo recebida pela mulher de meia idade, adentro a sala e suspiro, não tinha condições de fazer qualquer coisa naquele momento.

— Bom dia Katherine, queria me ver? – pergunto e ela indica a cadeira a frente da sua mesa, em silencio, apenas fiz o que ela queria e suspirei.

— Vou direto ao ponto Sky, temos alguns assuntos importantes, então serei breve – ela fala, ótimo, assim terei tempo suficiente de correr até meu carro e dirigir até em casa, para tirar uma história muito importante a limpo – como já sabe, a Kelly deixou a presidência da Kappa por conta da administração.

— E? – pergunto meio perdida – não tenho nada a ver com a Kappa, desde que assumi a KKT eu lhe avisei que não queria envolvimento com elas, por isso mudei de patrocinador e o próprio nome da minha fraternidade.

— Eu sei Sky, mas já falei com todos os presidentes das fraternidades, e bem, eu quero um favor seu quanto a isso, e quanto a outro assunto.

Suspiro e esfrego o rosto em frustração, ela não disse que seria breve? Isso está demorando mais do que eu gostaria.

— Katherine, por favor, só diga logo o que você precisa – falo impaciente.

— Okay – ela suspira e larga os papeis sobre a mesa, cruzando as mãos – eu sei que a peça anual é sua e também imagino que tudo esteja pronto, então preciso que você ajude a encontrar uma nova presidente para Kappa e uma nova presidente para a Zeta Sigma Beta, como você sabe, a presidente anterior foi presa no final do ano por dirigir alcoolizada, novamente – ela suspira, parecia ainda ter mais coisa a dizer, por isso apenas esperei – estamos tendo pontos negativos por causa disso, e o conselho e as fraternidades concordam que você é a melhor indicada para transformar a imagem das duas fraternidades mais bagunceiras do campus. Por causa delas, não estão nos levando a sério.

— Katherine – suspiro, ela está me colocando em maus lençóis, eu soube que a Bella foi presa, mas sei também que foi solta por fiança e retornou à universidade, ela não vai aceitar ser tirada da fraternidade com facilidade – a resposta é não.

— Skyler, com a Isabella na presidência de uma fraternidade, ninguém vai levar seu trabalho a sério, e sabemos que a imagem das outras fraternidades influenciam.

— Kath, eu não posso tirar alguém da presidência porque a senhora e o conselho quer isso, sabe que eu estou trabalhando duro para estar na frente de uma, não acha que ela também lutou por isso?

— Na verdade ela não lutou, o antigo membro do conselho, era tio dela – Katherine dá de ombros e eu reviro os olhos, como eu odeio isso – sabe que ela quer derrubar a KKT para fazer um SPA né? – ela passou esperando minha resposta, mas eu continuo calada e ela retoma – ela tinha a aprovação de todos do conselho, até ser presa, mas se ela se mantiver lá, não vai demorar parar conseguir que o conselho de presidente das fraternidade aprove o projeto, tirando seus protegidos, a Alpha, a Beta e a Sigma Beta.

Suspiro a encarando, se eu não aceitar, as coisas vão piorar para mim. Ou eu aceito a sugestão dela e treino duas novas presidentes, ou eu posso ter complicações mais a frente, eu sei que a Bella tem cartas na manga, e também sei que antes da Bella ser presa, ela havia falo com o conselho e poucos estavam me apoiando na presidência da KKT.

— Se não aceitar agora, iremos cotar outra presidente para o conselho, e a candidata é bem parecida com você, quase uma irmã gêmea – Katherine fala e eu engulo em seco.

— Minha irmã?

— Angel Rinaldi Aguero? Bem, acho que talvez isso faça você pensar melhor.

— Eu farei o que você quer, mas vou escolher quem eu quiser e nos meus termos, as fraternidades serão modificadas e terei total liberdade para tudo – dou minhas condições e ela estende um sorriso enorme, ela já sabia que iria me convencer a isso, por isso apenas lhe lancei um sorriso mínimo e levantei, deixando sua sala.

Me apressei pelo corredor, indo direto para o carro, puxo minha chave da jaqueta e abro a porta.

— Aonde vai com tanta pressa? – Jack pergunta me assustando, ele estava segurando a porta do meu carro e eu já estava dentro.

— Credo Jack – levo a mão até o peito e respiro fundo – vou resolver uma coisa – respondo e olho sugestiva para a mão dele, que apenas larga a porta e a fecha.

— Precisamos conversar – ele fala, antes de eu ligar o carro e assinto.

— Tenho muitas pessoas para conversar, e também preciso conversar com você, me procure mais tarde – pisco e ligo o carro, saindo às pressas dali.

A casa dos meus pais não era tão distante da universidade, mas eu precisaria dirigir uma hora de relógio mais ou menos, já que a área rural era distante da cidade.

[...]

Assim que cheguei na casa dos meus pais, ouvi a voz da minha mãe.

— Thiago, ela chegou – grita e havia movimentação dentro de casa, rio sem humor, e ouço seus passos se aproximarem da porta, mas assim que a abriu, seu sorriso morreu.

— Oi mãe – sorrio cínica e ela franze o cenho confusa.

— O que faz aqui? – pergunta perdida, viram como eu sou bem recebida na “minha casa”.

— Recebi seu presente de Natal mais cedo – respondo entrando dentro de casa, a tempo de ver meu pai descer as escadas sorridentes, mas logo perdendo a compostura quando me viu – que diabos vocês estavam pensando? – olho de um para o outro, Ruby havia aparecido na porta da cozinha, mas parecia assustada, ao contrário dos meus pais, logo sua expressão relaxou ao ver que era eu.

— Skyler, nós queríamos... – mamãe começou, mas a interrompi.

— Queriam, o que? Me deixar surpresa com seu planejamento familiar? Aquela megera mal chegou e já me causou mais problemas do que eu tenho em um ano inteiro.

— Skyler, sua irmã decidiu voltar para casa e você está irritada com isso? – ela pergunta e eu semicerro os olhos, mal podia acreditar naquilo.

— Está feliz pela garota que renegou a família, voltar da Inglaterra depois de 12 anos longe? Achei que ela fosse a “sou demais para essa família”.

— Ela é minha filha Skyler, é a sua irmã, por mais que ela estivesse com raiva de nós quando decidiu ir morar com a madrinha, eu não posso renega-la.

— Claro, como sempre, sua preciosa filha – rio sem humor.

— Vocês são gêmeas, não fale como se eu tivesse preferência por alguma das duas.

— Sermos gêmeas não faz de nós uma só, mãe – me viro para meu pai que apenas ouvia – eu tenho que ama-la incondicionalmente, depois dela dizer que me odiava e que se pudesse não teria nascido só para não me ter como irmã?

— Skyler... – papai tenta e eu apenas nego, olho rapidamente para a Ruby e volto a olhar para mamãe.

— Em menos de 24 horas que a Angel retornou, ela já beijou meu namorado se passando por mim, e está tentando se tornar a presidente de uma fraternidade para ter o privilégio de me tirar da minha.

— Sua irmã não faria isso – mamãe fala incrédula, é sempre assim, Angel é sempre o anjo do bem e eu o anjo do mal, típico.

— Estou? Porque não pergunta a ela então, aposto que ela vai vir visitar vocês em breve – aponto para as coisas na sala de estar, havia um bolo e alguns docinhos e salgados, uma recepção e tanta – como sempre, eu sou a errada da história mãe, passei quatro anos trabalhando e me esforçando para estar nessa faculdade, passei maus bocados na presidência, comecei a namorar uma pessoa legal, mas graças a ela, tudo se tornou insignificante – rio sem humor – é sempre assim, eu sou a vilã e ela a mocinha, desculpe ter atrapalhado sua festa de boas-vindas – saio de casa e bato a porta.


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