Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 21
Guilt




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Skyler Rinaldi

Tia Jade andava de um lado para o outro na minha frente, enquanto minha mente apenas vagava por ali. Depois que Angel deu a notícia do acidente da Lydia e do Cameron, viemos todos diretos para aqui. Madison estava sentada ao meu lado, com a cabeça apoiada no ombro do Hayes. Clover apareceu com Liam, um “amigo” que encontrou no meio do caminho. Christian estava conversando com o Jack perto da pilastra e a Angel estava ao meu outro lado, apenas respirando, enquanto tinha os olhos fechados. Nossos pais estavam sentados do outro lado, com expressões sérias, tio Beck estava falando com a recepcionista atrás de notícias e os outros estavam apenas espalhados por ali, em completo silencio, até as crianças pareciam quietas demais. A verdade é que faz mais ou menos duas horas que estamos aqui nessa tortura e ninguém diz nada sobre os dois, o quão grave deve ter sido esse acidente? Por Deus.

— Algum parente de Cameron Albuquerque? – um homem de jaleco aparece com uma prancheta na mão e tia Alice deu um pulo da cadeira, sendo acompanhada pelo marido, os outros permaneceram sentados apenas esperando notícias e tia Jade parou de andar para prestar atenção.

— Somos os pais dele – tio Pedro fala, indicando a si e a loira ao seu lado.

— Ele teve uma fratura no braço, quebrou uma perna e teve uma leve concussão – o médico fala, um pouco direto demais – colocamos alguns pinos na perna, e um gesso no braço, a fratura vai se resolver sozinha, a cabeça estamos monitorando para ter certeza de que ele não vai ter nenhuma reação.

— Quando podemos vê-lo? – tia Alice pergunta, algumas lagrimas manchavam seu rosto.

— Bem, logo – ele fala com calma – ele está só fazendo mais alguns exames, para tudo ficar claro.

— E quanto a garota que veio com ele? – tio Pedro pergunta, ansioso, era assim que todos nos sentíamos e ele sabia que queríamos alguma notícia.

O médico dá um suspiro, meio incerto sobre aquilo e todos nós sentimos a sua apreensão. Stop, just one second. Respiro fundo, esperando as palavras dele.

— Quem são os pais? – ele pergunta e tia Jade apenas dá um passo à frente, sendo acolhida por minha mãe – a garota teve muitas escoriações no rosto, o estado dela foi um pouco mais grave, suas pernas estão imobilizadas com gesso, não teve nenhuma fratura grave – não gostei desse tom, algo me diz que não acabou, mesmo que agora sua boca esteja fechada.

— Quando podemos vê-la? – tia Jade pergunta impaciente.

— Não sabemos ainda – ele suspira e abaixa a prancheta, encarando tia Jade – senhora, sua filha chegou acordada, lúcida, mas ela perdeu a consciência e não conseguimos descobrir o motivo.

— Como assim não conseguem descobrir o motivo? – tia Alice pergunta incrédula – isso é um hospital, façam exames, descubram o que ela tem.

— Senhora – o médico suspira mais uma vez – fizemos todos os exames possíveis, não há nada, nem uma concussão, acreditamos que pode ser psicológico, não temos muito o que fazer.

— Acha que ela vai demorar de acordar? – pergunto incerta.

— Talvez não, chamamos o psicólogo de plantão para avaliar o estado dela, mas fora isso, tudo está bem, os batimentos estão normais e não há nenhum indicio de coma, logo deixaremos alguém entrar para vê-la.

— Obrigada doutor – papai fala por todos, já que estávamos dispersos, pensando na Lydia.

— Minha filha, onde está minha filha? – uma mulher de cabelos castanhos chega na recepção gritando, enquanto olhava ao redor – eu quero saber agora onde está a minha baby girl, eu exijo vê-la.

— Senhora, se acalme – o doutor se aproxima dela e todos nós agora prestávamos atenção – qual o nome da sua filha?

— Isabella Larson – ela diz e eu e nossos amigos se entreolham, nossos pais não saberiam de onde vinha aquele nome, mas nós sim.

— Sua filha está bem senhora, você pode ir vê-la, venha comigo.

Os dois saem dali e tia Jade vem até mim com a tia Alice, parece que ela já entendeu tudo. As meninas haviam se reunido ao meu lado, junto aos outros três.

— Vocês conhecem essa garota? – Jade pergunta e nós apenas nos mantemos calados – RESPONDAM – grita assustando a Madison ao meu lado, eu permaneci com o corpo rígido e o rosto inexpressivo.

— Conhecemos – afirmo – ela estuda na mesma universidade que nós, mas recentemente foi expulsa – dou uma pausa, mas sabia que ela iria querer saber o motivo daquilo, porque se estava acontecendo, então era porque tinha ligação – ela tentou se livrar de mim e acabou quebrando algumas regras da universidade, na verdade ela corre o risco de ser presa.

— E como consequência ela desconta na minha filha? – tia Jade se aproxima de mim ameaçadora, mas eu não cedi, sabia que era apenas a reação do estado da Lydia, mas não poderia ter deixado de doer o que ela disse em seguida – é tudo culpa sua Skyler, é sempre a porra da sua culpa.

— Jade, pare de gritar com a minha filha – minha mãe se mete entre mim e ela, a afastando – eu nunca culparia sua filha por nada que aconteça com a Skyler, você se lembra do queixo quebrado? Quinze pontos, eu confortei e ajudei sua filha a ficar calma, enquanto levava as duas para o hospital.

Engulo em seco, essa história até que é engraçada, apesar de trágica. Eu e Lydia estávamos brincando de cabra cega, quando a Lydia esbarrou em mim e me derrubou no chão, nesse dia quebrei meu queixo e levei quinze pontos. Lydia chorava feito um bezerro longe da mãe, enquanto eu apenas ria e minha mãe tentava acalma-la, enquanto eu tinha um pano amarrado na cabeça, impedindo o sangue de jorrar.

Fiquei calada apenas ouvindo, no fundo, por mais que minha mãe diga que não foi culpa de ninguém, eu me sinto responsável por isso.

— Não foi culpa da Skyler se alguém decidiu bater no carro do Cameron, não foi a Skyler quem causou isso Jade – tia Messi fala com calma e Jade apenas assente.

— Ninguém sabia do encontro da Lydia com o Cameron, além de nós – Madison sussurra, ainda estava assustada, a olho confusa – Bella deve ter batido neles por coincidência.

Só tem um problema nisso, eu não acredito em coincidências.

— Nunca mais ouse dirigir alcoolizada, você está me entendendo Isabella? – sua mãe gritava enquanto arrastava a outra pelo braço, Bella sorria como uma psicopata.

Assim que me enxerga ela para na minha frente, todos apenas assistiam ao show.

— Olha só – ela ri, como se houvesse graça – uma pequena oportunidade e eu acabei acertando em cheio – assim que fecha seus lábios, dou um tapa fortíssimo em seu rosto.

— Você é nojenta – a olha com desprezo e a mãe dela a arrasta para longe, enquanto resmungava mil e uma coisas que eu nem fiz questão de ouvir.

Madison ri nervosa e todos a olhamos confusos.

— Belo tapa – fala e eu olho para minha mão que estava ficando vermelha, realmente deve ter sido bem forte, mas eu não a sinto, na verdade não sinto meu corpo, por isso apenas me sento e espero, apenas espero.

[...]


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