Temporary Fix escrita por Teet


Capítulo 1
CAPÍTulo I


Notas iniciais do capítulo

BITCH, I'M BACK BY POPULAR DEMAND!
YEEEEEEES, eu voltei!
Sei que vocês devem estar com uma cara meio "que porra é essa, cadê atualização de AB e Ignorance?!".
Caso vocês não tenham lido o aviso, resumidamente o que rolou foi: eu estava com sérios problemas em relação a história de AB, e decidi que daqui a um tempo vou respostar com tudo arrumadinho e cheirosinho.
Eu estava com a ideia de TF faz uns meses, e como já estava tudo "arrumado", decidi postar durante o hiatus das outras duas.
Essa história tem a minha (e futuramente nossa) Diem Austen, que é um pouco da Maddie feat Anne, mas com um toque original.
Vai ter a mesma pegada de amorXódio e eu espero do fundo do meu coração que vocês gostem.
ENJOY!



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CAPÍTULO I

resumo: we know a bad boy ain't good enough for you

 

Talvez não fosse necessário, mas assim que entrei em casa, fechei a porta com uma força desnecessária.

Minhas têmporas pareciam estar prestes a explodir e eu tinha quase certeza absoluta que se alguém entrasse no meu campo de visão, provavelmente entraria em contato com o meu punho. Por sorte, meus pais ainda estavam no trabalho e Lizzy era gentil demais para eu descontar minha raiva, me restando afundar minhas unhas no travesseiro, assim que entrei no quarto.

Se eu tivesse um pouco mais de sensibilidade, talvez estivesse chorando, mas além de não ser algo típico de mim, sabia que a última coisa que Norman Wilson merecia eram as lágrimas de qualquer garota. As minhas, principalmente.

Norman é o tipo de cara que deveria andar com uma enorme placa na testa dizendo "MANTENHA DISTÂNCIA", no lugar de algumas bandanas ou o glorioso cabelo preto que vivia cobrindo seus olhos.

O meu atual ex-namorado talvez seja o adolescente metido a estrela do indie rock em ascensão, aquele que a maioria absoluta da população feminina (e masculina, até) deseja desesperadamente, independentemente de estar namorando ou não. Era como se um imã estivesse preso a ele e a cada passo dado, um aglomerado de pessoas surgisse.

Norman gritava a palavra "problema" desde sempre, e mesmo assim, acabamos namorando.

Isso, é claro, até semana passada, quando estávamos prestes a perder a voz e eu decidi que era melhor colocar um ponto final naquele iô-iô que chamávamos de relacionamento. Fim definitivo, diga-se de passagem, não uma das inúmeras "pausas" que dávamos quando nossos egos falavam mais alto.

Uma dessas pausas, aliás, que gerou todo o caos.

 Quando digo caos, obviamente refiro-me à April Cameron, detentora do título de melhor aluna da escola no nosso ano e líder do grupo de Biologia avançada. A rainha das blusas lisas e do cabelo preso em tranças e mestra na arte deixar todos os sapatos extremamente limpos.

April talvez fosse a aluna certinha até demais que Norman e eu costumávamos zoar até a pessoa nos lançar um olhar mortal. Na verdade, April é a aluna certinha que todo o meu círculo social tirava sarro justamente por ter a personalidade oposta a nossa, mas por uma brincadeira cruel do destino, acabou virando a pessoa com quem Norman decidiu trocar saliva. 

Molly não me contou como ou quando, só disse que havia sido há duas semanas, quando nós dois havíamos brigado e passado um final de semana sem comunicação. Norman havia ido para uma festa e em algum  momento a Miss Perfeição entrou na história.

Acabei descobrindo na semana seguinte e acabei pondo um fim na minha principal fonte de dores de cabeça. Até hoje.

O maldito havia feito de propósito, claro. Arrastou a garota até a "nossa mesa" e lá ela ficou, extremamente perdida e se encolhendo contra a blusa cinza de Wilson a cada palavra dirigida a si. Eu lembrava vagamente de April ter um namorado, mas ao que tudo indicava (um selinho na frente de todos) qualquer relacionamento da garota havia sido cortado e lá estava ela com o meu ex.

Não havia demonstrado qualquer sinal de desconforto com a cena em si, mas assim que coloquei os pés para fora da escola, comecei a pisar duro. A música do carro estava insuportavelmente alta, mas achava que era preferível ouvir alguma música extremamente barulhenta do que me deixar no silêncio e, consequentemente, deixar minha mente passar um looping infinito do sorriso inclinado típico de escárnio que Norman me mandava enquanto enterrava o nariz no pescoço da nerd.

Ele estava se vingando do fato de que ele, a lenda viva da escola no quesito romance, havia levado um fora. Se fosse ele quem tivesse terminado comigo, e não o contrário, nada teria acontecido, aposto.

E que forma melhor do que começar algo justamente com April, alguém tão diferente de mim e tão menos popular?

Eu realmente não me importava tanto com o lance da popularidade, mas me importava com o nome "Diem" sendo dito no colégio, e o nível da minha hierarquia social era alto o suficiente para todos saberem quem eu era e da minha suposta reputação de "gênio forte". Era um plano ardiloso para dar a entender que eu seria menos interessante que ela ou então esperar um ataque de ciúmes e dar a sensação de que eu, que sempre tive fama de ter o "foda-se" ligado para tudo não havia superado um relacionamento.

Seja qual a alternativa pensada por ele, eu só chegava a uma conclusão: Norman era um vadio que não valia a pena.

Mas mesmo assim, ali estava eu, jogada na cama, o amaldiçoando de todas as formas possíveis, pensando em mil e uma maneiras de dizer que ele era um idiota e que usar a garota daquela forma era patético só pra não perder a pose de bad boy pegador.

Já estava mordendo a fronha do travesseiro quando meu celular vibrou e eu amaldiçoei os quatro ventos quando a foto de uma garota de cabelos curtos e laranjas apareceu na tela, fazendo uma careta adorável e apontando o dedo do meio na direção da câmera. Molly, apesar das loucuras e do sorriso meio sádico sempre que tinha uma ideia brilhante, era minha melhor amiga e única que eu confiava totalmente.

Depois da minha saída dramática da escola, eu mandei uma mensagem de texto implorando para que ela fizesse o favor de conversar com a professora de Álgebra e me repassar o aviso que ela havia dito que me falaria mais tarde. Sabendo que eu era tão boa em contas quanto Nicolas Cage era bom em escolher papeis em filmes dignos na maior parte do tempo, sabia que era provavelmente um aviso claro que eu havia tirado outra bomba na matéria e que era melhor me esforçar ou ficaria retida no último ano.

— Em qual situação ela me enfiou dessa vez na tentativa de me fazer passar de ano? - murmurei de uma vez, ouvindo minha voz sair rouca.

 - Foi até que aceitável— pelo som do outro lado da linha, sabia que ela estava com um chiclete na boca - nada que vá piorar ainda mais seu humor.

— Você pode dizer de uma vez? Molly, depois de ver a cena no refeitório, nada vai me deixar mais frustrada.

Eu espero do fundo da minha alma que a frustração seja proveniente da raiva, não da mágoa. Norman não era pra você e já cansei de dizer isso, loira burra— revirei os olhos pelo apelido. - Mas antes que você me xingue e comece seu discurso de ódio, ela queria falar do esperado: você se deu mal. Muito. Ela queria falar com você pessoalmente, mas os seus "problemas intestinais" não deixaram— riu baixinho. - Você vai ter aulas com um pessoal do grupinho de matemática, conta pontos pra eles na escola ajudar os colegas com intelecto inferior.

Gemi em frustração. A última coisa que eu queria ver era alguém da turma de amigos de April.

— Isso não é "até que aceitável", Molly! - rolei até ficar encarando o teto. - Por Deus, meu nome virou a palavra mais comentada do colégio justamente por uma do grupinho deles e eu vou ter que ter aulas particulares com alguns deles?

Molly riu outra vez e eu lutei contra a tentação de dizer algo sujo. Os risinhos da garota eram tipo as trompetas do Juízo Final: anunciavam o caos.

A parte boa, amiguinha, é que você só vai se encontrar com um deles.

— Ainda não entendo como isso pode ser uma coisa boa. Não quero ver nenhum da equipe dos "queridinhos dos professores".

 - E esse alguém é Adam Hyde, Diem!

— Quem diabos é Adam Hyde?

Sua falta de informações é assustadora, Austen— quase podia visualizar seus olhos cor de mel se revirando. - Além de ser um garoto bonitinho, pode ser a fonte de alguma diversão.

— Como ele pode ser uma fonte de diversão, Wolowitz? Voltar a vida de solteira não quer dizer que eu vá ficar com o primeiro garoto agradável que surgir!

Eu não disse isso, otária. Adam pode render algum proveito por outra coisa.

O silêncio dramático típico de Molly veio, me fazendo bufar, prestes a soltar alguma reclamação quando ela disse, me fazendo ver seu sorriso pela entonação que usou:

Adam Hyde é o antigo namorado da April.


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Notas finais do capítulo

E então? Curtiram?
Aproveitando esse espaço aqui, eu queria deixar umas coisinhas claras:
1- Adotando o método Reet (vulgo primeira autora que eu li aqui no site), eu queria dizer que as atualização serão mensais ou a cada quinze dias, não sei, vai depender da minha rotina e da minha capacidade de adaptação pra volta a essa rotina de escritora.
2 - Sim, eu tive a brilhante ideia de um dia lá pro começo de 2015 começar a ouvir 1D ( e várias outras coisas, aliás) e além de acabar gostando e ter virado fã, virei larry shipper (eu amo sofrer, deu pra notar), então não se assuste se eu soltar alguma referência a isso ou a coisas relacionadas a Neyde, Beyoncé, Little Mix e as farofas da música pop/teen internacional.
3 - Antes que você surte, ainda vão ter as referências a bandas de rock/indie/underground e esses afins porque hoje em dia as músicas desse estilo dividem a playlist com Hips Don't Lie.
4 - Me falem de vocês! Vou fazer uma perguntinha básica todo fim de capítulo e o primeiro vai ser na vibe musical: vocês curtem um gênero específico ou são tipo eu, a louca eclética que canta tudo, até Safadão nas festas de 15 anos?


Agora voltando: MUITO OBRIGADA MESMO POR MAIS ESSA CHANCE, BEM-VINDOS OS NOVOS E ANTIGOS LEITORES!
Beijos com gosto de Nutella,
Teet ♥