Feliz aniversário, Naruto-kun! (Naruhina) escrita por princesahyuuga1


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Uma one-shot lindinha que fiz para vocês, gente!
Espero que gostem!
Deixem comentários e acompanhem a minha outra fic "Mudanças" que está bombando.
bjs!



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Ventava forte em Konoha, o que fazia com que as folhas alaranjadas, vermelhas e marrons dançassem pelos ares como se comemorassem com ela o dia de hoje.*

Era 10 de outubro, o seu dia preferido em todo o ano.

Era o dia em que o amor de sua vida havia nascido. Era o aniversário de Naruto-kun.

Em todos os anos anteriores nunca teve coragem de falar com ele, de desejar um simples feliz aniversário que fosse. Amaldiçoava-se internamente por ser tão tímida como era. Desejou ser mais corajosa como Sakura ou Ino, mas não era como elas. Ela era somente a tímida, insípida e insonsa Hyuuga Hinata. Naruto nunca a notaria. Suspirou resignada. Continuou caminhando.

Gostava especialmente da data porque era quando Konoha ficava com as cores dele. Ah, como Hinata gostava disso! Fechou os olhos e concentrou seu olfato nos cheiros do outono. Era tudo tão doce, e, Hinata adorava doces. Resolveu concentrar a atenção ao sol fraco que tocava sua pele como um carinho. Aquele calor parecia esquentar seu coração, de repente, tomou-se de coragem. Falaria com ele hoje. Isso mesmo! Hoje! Ela pensou, entusiasmada e então abriu os olhos com as esperanças renovadas e saiu correndo para o lado esquerdo. Não viu, entretanto, que havia alguém ao seu lado.

Hinata trombou com força contra algo duro, uma parede de músculos. Teria caído de bunda no chão, não fossem as mãos quentes e grandes terem lhe aparado a tempo. Hinata foi levantando o olhar aos poucos, morrendo de vergonha e já começou se desculpando:

— Pe-perdão! Eu não o vi.

— Haha! Tudo bem, Hinata.

Aquela voz.

Hinata suspirou e corou violentamente. Era o seu Naruto-Kun.

“Que seu, garota!!! Deixa de ser estúpida!”, pensou com auto desprezo. Apertou os olhos com força antes de tomar coragem para encarar-lhe nos olhos.

— Hey! Já disse que está tudo bem. Não precisa ficar assim – Naruto não sabia porque, mas sempre que via Hinata tinha o ímpeto de ajudá-la ou de protegê-la. Por isso, falava com ela de forma doce. Tocou-lhe suavemente o queixo, levantando-o para que ela olhasse para ele.

Hinata ficou sem fala tão logo encontrou aquele par de safiras brilhantes a olhando de volta.

— E-eu... – ela disse.

— Shiu... tudo bem – ele a abraçou e quando fez isso, aproveitou para cheirar o cabelo dela.

Hinata pensou que fosse desmaiar naquele momento.

Ele havia cheirado seu cabelo?! Hinata suspirou em deleite. Já tinha imaginado mil maneiras de se aproximar de Naruto, mas nenhuma era tão boa como esta que acontecia. Ele a abraçava, o corpo coladinho ao dela. Aquele calor delicioso que muito se parecia com o calor do sol lhe invadia. Como se ele fosse seu sol particular. Hinata suspirou perdida naquele abraço. Poderia dizer que aquele era o melhor dia de sua vida.

— Naruto-kun, eu...

— Você... – ele disse, mas a verdade é que estava tão hipnotizado quanto ela.

Hinata era pequena e cabia perfeitamente em seu abraço. Adorava a cor de suas bochechas quando coravam. Amava o modo como a voz dela pronunciava seu nome “Naruto-kun”. Ele próprio corou com a ideia de gostar disso. Ele também gostava, aliás, amava a cor de seus cabelos que de tão escuro brilhava azul contra a luz. Amava os traços daquele rosto delicado que pedia para ser beijado. Ele sentiu o coração palpitar dentro do peito, a respiração falhar e os olhos ficarem enevoados de desejo. Nunca tinha se sentido daquele jeito. Não entendia muito bem por que aquilo estava acontecendo, mas queria muito que ela o quisesse tanto quanto ele a queria.

A ideia o fez despertar. O que estava fazendo com Hinata, sua amiga? Ele estava se tornando tão pervetido quando o Ero-sennin. Tinha de ficar longe de Hinata. Estava tendo pensamentos errados com a menina inocente que o abraçava de volta alheia aos pensamentos pervetidos que ele estava tendo.

Sofregamente, ele se afastou do abraço. Era para o bem dela. Mas por algum motivo, a recusa dele pareceu chateá-la. Mesmo sendo tapado como era, notou quando Hinata tratou de esconder o olhar triste, olhando para os pés.

— Hinata, eu... – ele começou, mas foi interrompido.

— Narutoooooo! – Era Sakura que o chamava, junto com Ino, TenTen e outras meninas que ele não conhecia.

— Ah, oi, meninas! Tudo bem?

— Feliz aniversário!!!! – Todas gritaram como se tivessem ensaiado.

Jogaram confetes e serpentinas em cima dele e sopravam apitos. Ele foi pego de surpresa pela alegria das amigas e se sentiu muito feliz com aquilo.

— Obrigado!

Elas começaram a cantar “parabéns para você” e ele, emocionado ficou no meio da roda, recebendo os parabéns.

Hinata observava a tudo, de longe, vendo-o de costas. Como sempre atrás dele. Atrás de todos. Não tinha coragem nem para desejar feliz aniversário para o homem que amava. Ela era uma idiota. Não merecia ele. Foi se afastando discretamente, não choraria na frente deles. Mas a verdade era que estava com o coração aos frangalhos. Saiu correndo e deixou as lágrimas escorrerem em silêncio pelo rosto.

Assim que Hinata se afastou, Naruto sentiu sua ausência no mesmo instante. Procurou-a com o olhar e encontrou-a correndo para longe dele.

— Hinata! – ele gritou seu nome, mas ela não olhou para trás.

 “Idiota”, era Kurama o chamando em sua mente.

“Agora não, Kurama” ele respondeu.

“Ok. Depois não vem pedir conselho”

“Argh! O que é? Desembucha logo”

“Você deixou ela ir”

“Eu queria que ela ficasse aqui comigo. Não foi culpa minha que ela foi”

“É sim. Não bastasse ter deixado ela na expectativa, ainda deixou ela de lado para dar atenção ao mulheril. Qualquer uma, pensaria o mesmo que ela”

“Como assim?”

“BAKA!!!” Ele gritou na cabeça de Naruto.  “Ela estava toda ‘beije-me agora’ e você não fez nada. E você e eu sabemos o quanto VOCÊ QUERIA beijá-la. Deveria ter feito. Agora a menina Hyuuga deve estar se sentindo rejeitada, seu grande imbecil”

Naruto engoliu a seco. Ficou sem reação por um tempo. Tinha magoado Hinata?

Passou as mãos pelos cabelos, em desespero.

— Naruto-senpai! Vem! Fizemos um bolo para você – uma de suas fãs dissera.

Um bolo!

Naruto olhou para o bolo, feliz. Lembrou-se vagamente do aniversário de 6 anos quando uma estranha gentil havia lhe dado o seu primeiro bolo de aniversário. Voltando ao tempo presente, agradeceu às moças, mas não conseguiu fugir das meninas. Não queria ser mal-agradecido e correr o risco de chatear alguém mais, assim como fizera com Hinata. Mais tarde a procuraria para acertar as coisas. Até lá pensaria no que dizer.

“Covarde” ouviu Kurama resmungar em sua mente.

Ele não disse nada porque era verdade. Sentia-se um idiota, despreparado e sem saber o que fazer, mas como sempre fazia nessas situações, mascarou a tristeza repentina e festejou com as meninas, fingindo alegria.

Do outro lado da vila, Hinata havia corrido tanto que havia se perdido. Estava em uma parte afastada de Konoha.

Ativou seu Byakugan para ver se havia algum perigo por perto, mas não encontrou nada. Estava tudo deserto e destruído. Era um dos clãs antigos que havia sido dizimado por conta das guerras ninjas ao decorrer da história. Andando por entre os escombros, encontrou o emblema do clã Uzumaki. Hinata respirou fundo, tomada de susto. Até quando tentava fugir de Naruto, ia para ele.

Ela era como Ícaro da mitologia grega, tão apaixonado pelo sol e pela ideia de voar que acabou se queimando. Era isso que aconteceria com ela se não parasse de ser tola – isso é, se não parasse de amar Naruto.

Continuou investigando mais aquele pedaço de história da vila ninja quando uma loja soterrada lhe chamou a atenção. Com o chackra, removeu as pedras pesadas da frente da porta e adentrou a loja.

Inúmeras máscaras estavam penduradas às paredes. Ficou olhando com atenção cada uma delas. Não sabia porque, mas eram muito hipnotizantes. Tocou delicadamente com a ponta dos dedos cada uma delas, sentindo suas texturas e teve um em especial que lhe chamou a atenção.

Era uma máscara de raposa.

Tirou-a da parede e a analisou mais atentamente. Mesmo com a poeira que a cobria, dava para ver como a pintura era bem-feita, os detalhes, o material de que era feito, enfim, tudo que era um objeto de valor.

Soprou para tirar um pouco do pó e leu a inscrição do lado interno:

“Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre”

Achou profundo e bonito. Ficou um tempo encarando o objeto em suas mãos. De todas as máscaras, pegou a de uma raposa. Ela riu. Até quando não pensava em Naruto, estava pensando nele. Sentiu uma compulsão em colocar a máscara sobre o rosto e assim o fez.

Fust! Vru!

Sentiu-se sendo sugada em um vórtice. Ela gritou de susto e com o byakugan ativado tudo o que conseguiu ver foi que estava em uma espécie de túnel esverdeado com muitos ecos como se houvessem pessoas ao redor, embora não tivesse ninguém presente. Sentiu-se enjoada e não aguentando mais aquilo, retirou a máscara. E tudo parou de girar. Estava novamente nos escombros do clã Uzumaki, com a máscara em mãos. Assustada, Hinata jogou-a no chão e saiu correndo em direção ao centro da vila.

Aquilo tinha sido meio louco. Parecia até que tinha viajado por um portal...

Continuou andando e encontrou a civilização. Respirou aliviada. Tudo estava normal. Ou quase.

Iruka-sensei passava gritando com as crianças para que se comportassem ou então ele pararia o passeio e todos os alunos teriam de voltar à academia.

— Foi ele quem começou, sensei! – Naruto acusou um garotinho mal-humorado que fazia bico.

Hinata esfregou os olhos. Estava enxergando bem?

Aquele menino pequeno era... era.. Não... não pode ser. Era Naruto criança???

Hinata ativou o Byakugan e visualizou o chackra deles normal como sempre.

Mas como assim, por Kami??? Só podia estar maluca! Esfregou os olhos. Bateu na própria testa e até se beliscou, mas continuou vendo Naruto e Sasuke pequeninos brigando.

— Para de irritar ele, Naruto, seu baka! – era Sakura minúscula em seu vestidinho vermelho, que defendia Sasuke para variar.

— Mas foi ele quem começou, Sakura-chan! Ele disse que eu nunca seria Hokage.

— Ah, você e essa ideia estúpida de ser hokage – a rosada disse.

— Não é estúpida! – Naruto protestou.

— Se tratando de você é sim – Sasuke provocou.

— Ah, seu...! – Naruto disse já partindo para cima dele de novo, mas Iruka sensei interrompeu.

— Chega os dois ou o passeio termina aqui!

Naruto e Sasuke ficaram amuados, cada um olhando para um canto. Os alunos protestaram.

— Tinha que ser o baka do Naruto!

— Como sempre enchendo o saco!

— Sempre atrapalhando!

— Só quer chamar a atenção porque não tem pais para o educarem.

— Só tira nota baixa e ainda acha que vai ser Hokage... puft! Haha!

E todas as crianças riram dele.

— Eu sou Uzumaki Naruto e um dia eu VOU SER HOKAGE!

Mais risadas.

Aquilo partiu o coração da Hyuuga duplamente. Olhou mais adiante e viu a si mesma, criança, com as mãozinhas no peito enquanto mordia o lábio tentando conter o choro.

Olhou para si mesma agora, adulta, e o que havia mudado? Estava com a mão sobre o peito tentando apartar a tristeza de ver aquela cena. Perceber aquilo a enojou. Ela não era mais uma criança para agir como tal. Era adulta. Tinha lutado na 4ª Grande Guerra Ninja, pelo amor de Kami!

— Vocês também, CALADOS! – Iruka-sensei ordenou.

Todas as crianças ficaram quietas e voltaram a prestar atenção à feira. Naruto, entretanto, se distanciou do grupo, indo até um local isolado. Ela o seguiu de longe para que não notasse sua presença.

Ele andou sem rumo pela feira até encontrar uma barraca exatamente igual àquela que Hinata encontrou no clã Uzumaki, só que sem estar destruída.

Hinata viu quando os olhinhos dele brilharam ao ver aquelas máscaras. Mesmo não conhecendo os pais e sem saber de onde viera, havia uma parte de Naruto que sempre soube quem ele era. Ela sentiu orgulho dele.

— Moço, quanto custa? – Naruto perguntou ao dono da barraca.

— Ah, meu pai do céu! Sai daqui moleque dos infernos!

— Quanto custa? – Naruto ignorou a ofensa do homem.

— Você é surdo, seu moleque imundo? Some daqui! Está afastando os fregueses.

Naruto olhou para trás e as pessoas olhavam para ele e tentavam passar longe como se ele tivesse uma doença contagiosa.

— Eu só quero saber quanto custa aquela máscara – o dedinho de criança dele apontou para uma máscara que estava bem no alto.

— Argh! Toma! É de graça. Só sai daqui – e jogou a máscara no chão e empurrou Naruto de modo que o corpinho infantil dele caiu na lama. 

Hinata viu quando as lágrimas começaram a banhar o rosto do loirinho indefeso e aquilo foi o seu limite.

A Hyuuga andou até lá decidida. Não estava nem aí que pudesse fazer um estrago no futuro. Ninguém ia maltratar uma criança desse jeito na sua frente ainda mais sendo o SEU Naruto-kun!!!

— Escuta aqui, seu velho de uma figa! – Hinata berrava apontando o dedo na direção do homem da barraca – O que pensa que está fazendo com esta criança? Ele só queria uma máscara e queria pagar por ela. Ele não precisa da sua esmola. Este menino é mais honrado que qualquer um desta vila e um dia ele será um grande herói, quiçá até o hokage desta vila – dizendo isto de nariz empinado, ela tacou no velho umas moedas.

Direcionou-se até onde Naruto estava, levantou-o do chão e limpou seu rosto sujo de lama com um lencinho bordado por ela mesma.

— Você está bem, Naruto-kun? – Ela perguntou gentil, não queria assustar o garotinho.

O menino à sua frente apenas a olhava embasbacado. Nunca antes uma estranha havia defendido ele. Ainda mais uma estranha tão bonita. Ele corou de leve.

— Oh! O que foi? Não precisa ficar sem graça! Vem aqui.

Hinata o pegou no colo e o abraçou. Naruto devia ter uns 6 anos de idade mais ou menos. Ele era simplesmente adorável. Não entendia como as pessoas tinham coragem de maltratar uma criança indefesa.

— Toma sua máscara. É um presente meu para você.

Ele pegou a máscara que queria das mãos da desconhecida. Não sabia o que dizer. Nunca tinha ganhado um presente na vida. Apertou forte a máscara contra o peito e sem perceber chorava.

Hinata enxugou as lágrimas da criança com o lencinho.

— Não chore, querido. Já passou.

Ele anuiu, morrendo de vergonha de chorar na frente da moça bonita que o havia presenteado.

— Este é o primeiro presente que ganho dattebayo! – Ele sorriu triste, porém agradecido.

Hinata segurou o choro. Ela era a adulta dali. Precisava se lembrar disso. Embalou ele no colo, como se fosse um bebezinho. Achou que ele fosse protestar, mas na verdade, ele se aconchegou mais em seu colo. Hinata sorriu.

— Bom, e o que gostaria de fazer no dia do seu aniversário, Naruto-Kun? Gosta de bolo?

Naruto criança arregalou bem os olhos azuis que brilharam com a ideia de ter um bolo todo seu no dia do seu aniversário.

Hinata riu com vontade da carinha de Naruto. Apertou as bochechas dele.

— Você é uma gracinha, Naruto-kun! Vamos à doceria. Você terá um bolo de aniversário.

Chegando à doceria Naruto ficou fascinado pela quantidade de bolos disponíveis.

Ele olhou para cima, para ver a face da mulher que o acompanhava e sorriu. Ela parecia um anjo. Talvez seus pais houvessem enviado um anjo para ele em seu aniversário. Sorriu feliz da vida com o pensamento.

— Anja-sama, eu quero o bolo de molango com chanly.

Hinata achou muita graça de como ele a havia chamado e da pronuncia dele para morango e chantilly. Como Naruto criança era fofinho, por kami!!! Será que se um dia eles tivessem filhos, eles seriam parecidos com ele? Esperava que sim, pois, Naruto era uma criança adorável.

— Aqui está, Naruto-kun, seu bolo!

Hinata pegou o bolo e colocou em cima de uma mesa só deles, em seguida, colocou uma vela e cantou parabéns para ele que estava feliz demais por aquilo. Assim que terminou de cantar, disse para ele fazer um pedido antes de soprar a vela.

Naruto assentiu. Fechou os olhinhos se concentrando um monte em seu pedido e ao reabrir os olhos, olhou para sua anja-sama e soprou a vela.

— Ehh! – Hinata comemorou e ele ficou todo feliz e levemente corado.

Enquanto cortava o bolo, Hinata perguntou:

— Qual foi seu desejo?

— Quero ser hokage!

— Uhmm, eu deveria saber! – ela riu.

— Na verdade, eu fiz dois pedidos – ele fez dois com os dedinhos pequeninos e sujos de chantilly.

— Naruto-kun! Não fure o bolo. Aqui está seu pedaço.

Ele riu, sapeca. Abocanhou o bolo e se deliciou.

— Anja-sama, esse bolo é muito bom!!! Você é a melhor, anja-sama. Obrigado por aparecer no meu aniversário.

— Não há de quê, Naruto-kun – Hinata corou, feliz por ter feito a diferença na vida de seu grande amor.

Aquele menininho à sua frente nem imaginava que um dia se tornaria um grande homem, admirado por todos e secretamente amado por ela. Suspirou, triste.

— O que foi, anja-sama? Não fica triste no meu aniversário, por favor! – dizendo isso, ele lhe abraçou enterrando a carinha no seu peito e olhando para cima com carinha de pidão.

— Está certo, Naruto-kun. Hoje é dia de alegria!

— Isso dattebayo!

Hinata riu. Não tinha como ficar triste ao lado de Naruto.

Passaram o dia juntos. Hinata o levou ao parque e brincou com ele que não se cansava nunca. Naruto tinha muito pique, por kami! Mais tarde, levou-o ao Ichikaru para comer rámem e o colocou para dormir de noite. Contou a ele uma história de ninar e pouco antes de dormir, Naruto lhe confessou o seu segundo pedido:

— Eu também pedi que nunca saísse do meu lado, anja-sama – revelou e bocejou. Logo em seguida caiu no sono.

Os olhos brancos de Hinata encheu-se de lágrimas que escorreram em silêncio por seu rosto. Deu um beijo casto na testa de Naruto e o cobriu com o lençol.

— Eu prometo que sempre estarei ao seu lado, Naruto-kun – despediu-se dele.

Saiu correndo por Konoha até chegar aos destroços do clã Uzumaki.

Procurou pela máscara de raposa e recitou novamente os dizeres:

“Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre”

Colocou a máscara no rosto e sentiu-se tragada para dentro do vórtice novamente. Ouvia vozes e via imagens passando apressadamente por ela. Conseguiu ver quando era hora de retirar a máscara, estava em seu tempo. No seu futuro que era presente. Retirou a máscara.

Colocou-a no lugar e tampou o lugar novamente com as pedras. O clã Uzumaki tinha muitos mistérios ocultos e esperava um dia ter a oportunidade de desvendá-los corretamente.

Assim que arrumou tudo, correu para o centro da vila, mas não encontrou Naruto. Depois de um tempo procurando por ele, encontrou Sakura.

— Oi, Sakura-chan. Por acaso viu Naruto?

— Ah! O baka estava te procurando!

— Me procurando?

— É! – Sakura me encarou com uma cara esquisita – Uhm... já vi tudo! Está rolando alguma coisa com vocês, hein! – a rosada arqueou a sobrancelha.

— Que... que... isso, Sakura-chan! – Hinata corou profundamente. – Eu só preciso falar com ele.

— Está certo, Hinata! Faça isso! Faça agora! – Sakura colocou as mãos nos ombros de Hinata em forma de apoio – O baka loiro ainda não sabe, mas ele é caidinho por você.

Hinata arregalou os olhos.

— Como assim, Sakura-chan?

— Não se faça de desentendida, Hinata! – Sakura ralhou com ela. Apesar de gostar de Hinata, não tinha muita paciência para a timidez dela. – Você não percebe como o Naruto é todo protetor em relação a você? Sem contar que mesmo sendo um bronco, com você ele consegue ser doce. Se toca, garota! Ele está apaixonado por você! Vai atrás dele e se declara logo também porque eu sei e Konoha inteira sabe que você também o ama.

Hinata ficou vermelhíssima e por pouco não desmaiou nas mãos de Sakura. Entretanto, lembrou-se de sua experiência de viagem do tempo. Ela não era mais uma criança. Era uma mulher, uma kunoichi forte e a partir de hoje decidida.

— É.. é! Eu vou!

— Uhull! É isso aí, Hinata! Pega o baka loiro!

Hinata riu. Sakura estava um pouco bêbada. Dava para notar, mas ainda assim, agradeceu à amiga.

Ativando seu byakugan, fez uma varredura por konoha e o encontrou em seu apartamento. Sentando na cama, com a mão na cabeça, parecendo chateado.

Tomada de coragem, ela foi até lá. Não o deixaria sozinho nem mais um dia.

No caminho, entretanto, passou na doceria e pediu um bolo de morango com chantilly.

Bateu na porta do apartamento, mas Naruto não atendeu. Ela bateu de novo. E de novo, e de novo. Até que por fim, ele desistiu de fingir que não estava em casa e atendeu à porta.

Ele abriu a porta sem pique nenhum, mas assim que viu quem era, seus olhos se arregalaram de surpresa. Em seguida ele olhou para o que ela tinha em mãos, um bolo de morango com chantilly. Os olhos de lua de Hinata o olhavam com amor e carinho.

— Feliz aniversário, Naruto-kun! – ela por fim, disse.

Naruto olhou ela profundamente, cada detalhe dela. O vento da noite bateu forte e o aroma do cabelo dela se espalhou por todo o quarto dele.

— Anja-sama – ele sussurrou entre as lágrimas.

— Na-naruto... – ela também não se segurou mais.

Rapidamente Naruto pegou o bolo das mãos dela e o depositou na mesa. Em seguida, segurou o rosto dela entre suas mãos e a beijou lentamente, sentindo o doce sabor de sua boca. Separaram-se somente quando precisaram de ar. Naruto colou sua testa na dela e dizia repetidamente.

— Obrigado. Obrigado. Obrigado.

— Não há de quê – ela sorriu.

— Obrigado por sempre estar ao meu lado. Obrigado por me amar. Obrigado por ter nascido, Hinata.

Hinata chorava de alegria. Amava tanto aquele homem que chegava a doer.

— Eu nunca vou sair do seu lado. Nunca. – Hinata declarou.

Ele assentiu e a puxou para mais um beijo apaixonado.

Como era bom amar e ser amado! Naruto pensava, embebido da visão de Hinata, a sua anja-sama à sua frente.

— Me explica como foi que você viajou no tempo?

Hinata riu nos braços do loiro e contou a ele toda sua saga. Ele ficou maravilhado ao saber que ela esteve no clã Uzumaki.

— Você precisa me levar lá algum dia – ele pediu. – Quero descobrir mais sobre meu passado com você ao meu lado.

— Hai!

Naruto riu.

— O que foi?

— Quando eu acordei no dia seguinte, achei que tinha sonhado. Você era boa demais para ser verdade – ele declarou, cheirando seu cabelo. – Por Kami, como eu amo o seu cheiro, Hinata!

Hinata suspirou apaixonada.

— E eu amo você, Naruto-kun.

Naruto arregalou os olhos, as safiras mergulhadas em lágrimas.

— Eu amo você, Hinata – sussurrou a declaração e selou com um beijo cheio de amor.

Naruto mal acreditava na sorte que tinha de ter um de seus pedidos atendidos. Nos braços da mulher da sua vida, ele agradeceu aos pais por terem lhe enviado a anja-sama.

~Fim~


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Notas finais do capítulo

*Outubro é outono no Japão.

E aí, gostaram?
Deixem comentários!