Brother's Grimes escrita por egirlzzzz


Capítulo 1
I - The pain


Notas iniciais do capítulo

Oi, primeira fanfic! Espero sinceramente que gostem.
Boa leitura.
Tradução da frase é " Às vezes eu desejo que nós poderíamos ser estranhos
Então eu não tenho que saber sua dor"



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Sometimes I wish we could be strangers

So I didn't have to know your pain

 

A dor ainda estava me corroendo por dentro, talvez fosse bobagem a minha, talvez não.  Depois de 15 anos você descobrir que tem um irmão fruto de uma traição não é nada fácil. Eu ainda não estava aceitando esse fato, o que na verdade era bem constrangedor para mim. Meu pai já havia explicado tudo mas nada explica uma traição. Tudo bem que já ouvi boatos de Judith não ser minha irmã mas nunca foi comprovado, e do mesmo jeito eu não acreditaria que minha mãe teria feito isso a meu pai.

Já fazia uma semana que o pequeno grupo de quatro pessoas de meu “suposto irmão” estava com a gente em Alexandria. Thomas Grimes, que eu prefiro me referir apenas como novato, não vou negar, tinha algumas semelhanças comigo e com meu pai mas nada que revele que somos parentes. Para suprir um pouco da minha esperança soube que a mãe dele, Lucy Carter, trabalhava em uma boate stripper antes do apocalipse, o que me dava resquícios de que talvez tudo fosse uma farsa.                                                                                                                            

Em Alexandria estava tudo tranquilo fazia alguns dias, nada de mortos ou invasão tanto de pessoas e de zumbis. Minha atividade diária era basicamente olhar Judith e uma vez ou outra fazer rondas com Glenn e o pessoal, mas minha nova missão agora  era ensinar Thomas como se proteger. Eu ainda me perguntava se esse garoto era realmente da família Grimes.                                                                       

O dia estava nublado e fazia frio, um dos dias raros por aqui. Estava em meu quarto lendo algumas HQS novas que Michonne tinha achado em uma de suas buscas mais recentes. No dia anterior tinha recebido a notícia que Thomas, Lucy e um outro homem de seu pequeno grupo que nem me dei o trabalho de perguntar o nome, iriam dividir a casa conosco. É claro que falei que se isso realmente acontecesse eu iria mudar para a casa ao lado mas como sempre meu pai não queria discutir sobre isso. Fui acordado de meus devaneios quando ouvi alguém bater na porta e antes da minha resposta, a porta foi aberta. Era Rick.     

— O que deseja agora Vossa Excelência?                                               

Meu pai fechou a porta atrás de si e se acomodou em minha cama.                                                         

— Já esta na hora de aceitar os fatos Carl, eu já disse que não estava em sã consciência quando aconteceu, precisa seguir em frente. Sua mãe teria perdoado.                                                                          

  Ele colocou sua mão em meu ombro num gesto acolhedor e rapidamente a tirei.                                                             

— Não fale da minha mãe. Ela jamais teria feito isso com você. Não pense que é fácil descobrir que tem um irmão e ficar de boa num passe de mágica.                                                                                                              

— Eu achei melhor assim, já que nem eu mesmo mantive contato com Thomas por todos esses anos a pedido de Lucy, não podia falar isso pra você e te deixar a desejar um dia conhecê-lo. E depois do apocalipse pensei que ele estivesse...                                                                                          

—Morto.                                                                           

Retruquei de imediato meio arrependido da palavra e vi Rick abaixar o olhar e passar as mãos nos cabelos.                                                                                                                

— Olha Carl, ficar bravo ou ressentido não irá mudar absolutamente nada na situação atual. Vou te dar o tempo e espaço que precisar mas me tratar mal ou tratar seu irmão com orgulho, não irei admitir.               

  Ele se levantou e saiu do meu quarto em passos pesados e nervosos. Olhei pensativo pela janela que dava para a rua  e vi o começo de uma chuva rala. Ao longe avistei alguém entrando no portão correndo e gritando por ajuda. Olhei novamente e vi Thomas desesperado.                      

Sasha que estava em uma das torres de vigia correu em direção a Thomas e falou pra ele ficar calmo e respirar. Olhei novamente para o portão e vi um errante entrar por ele. Sem pensar duas vezes, peguei minha arma que ficava debaixo do colchão e corri para as escadas. Cheguei na rua em um piscar de olhos e  consegui ouvir alguns tiros ao longe. Sasha que já estava indo em direção ao portão começou a exterminar cinco ou seis errantes que tentavam entrar, me juntei a ela em um instante. Corremos para fechar o portão e respirei fundo, ofegante por ter feito tudo tão rápido.

A chuva molhava meu chapéu e toda minha roupa. Sasha já estava voltando para seu posto para dar uma olhada ao redor, caso mais uma pequena horda se aproximasse. Voltei em passos curtos a minha casa e me deparei com uma cena que me causava um certo choque e talvez uma raiva momentânea. Me deparei com Thomas abraçando meu pai em meio a choro e soluços.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. É apenas um pequeno capítulo de como Carl se sente em relação a Thomas.



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