Meu querido diário escrita por JéChaud


Capítulo 41
Apenas mais uma etapa


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amorzinhos, como estão?!
Aqui vai mais um capítulo cheinho de amor direto do forno para vocês ♥ ♥ ♥
Quero agradecer muito, por serem tão incríveis, carinhosos e maravilhosos ♥
Vocês são sensacionais de verdade, muito obrigada pelos comentários, favoritos, pelo carinho ♥ ♥ ♥
Amo vocês ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/695837/chapter/41

 

— Quer saber... - Reparei nela sumindo de vista e reaparecendo com o diário em mãos. - Toma, devolve você.

Ela ia embora, quando parou no meio do caminho e voltou para concluir sua frase.

— Ela vai fazer uma festa de despedida, junto com o aniversário de 18 anos, é um bom dia pra você aparecer de surpresa. – Deu uma piscada e desapareceu corredor adentro.

—-

 POV Cebola

Não saberia informar por quanto tempo permaneci naquela mesma posição, digerindo o que tinha acabado de escutar, imóvel analisei a capa do diário que antes eu queria tanto desbravar, mas naquele momento já não fazia mais sentido.

O coloquei cuidadosamente dentro da gaveta do meu criado mudo, e segui para o meu banho silenciosamente. Toda minha inquietação nesse momento era interna, meus pensamentos agitados sacudiam-se por todo lado e uma angustia tornou a se alojar no meu peito.

Pelo menos uma coisa eu tinha certeza, não iria interromper esse sonho, muito menos deixar que ela desistisse de conquistar o que queria por minha causa.

—-

Pov Monica

As semanas que se seguiram foram abarrotadas de coisas para fazer, entre a chegada da mamãe, escolha da republica, jornal do colégio, provas finais, formatura e minha festa, não tive mais tempo para absolutamente nada. Nem no meu diário estava escrevendo, o que começava a me fazer falta. Por falar nele, cheguei a procurá-lo num dos dias que tive um tempinho a noite, mas não o achei, provavelmente a mamãe e seu senso de organização tinha o guardado em algum lugar. Precisava me lembrar de perguntar para ela.

Junto com toda essa correria, Dezembro chegou trazendo com ele o verão e infelizmente a despedida da mamãe novamente, confesso que daquela vez foi muito mais triste não só para mim, mas também para o meu pai e irmão, seria o primeiro final de ano que passaríamos sem nos ver, o que me confortava era saber que ela estava feliz fazendo o que amava - ou pelo menos parecia - então ficava um pouco mais tranqüila.

Tirando isso, o meu começo de mês não foi de todo ruim, ele veio acompanhado de alguns outros acontecimentos ótimos, como o resultado final da escola, que para a minha tranqüilidade foi o melhor que eu poderia imaginar, tinha passado direto, terceiro ano concluído com sucesso.

Aconteceu também o encerramento do meu ciclo no jornal, abordei na última edição do ano, uma matéria super emocionante sobre lutar pelos nossos sonhos e a recompensa da dedicação, sem contar a minha nota de despedida na qual demorei quase uma semana para escrever sem chorar. Isso rendeu três folhas do informativo, e um novo convite feito pela diretora, ter uma coluna inteira no webnews (jornal online) do Limoeiro, confesso que cheguei a pensar na possibilidade, mas com o coração na mão tive que recusar, devido ao meu novo foco, a faculdade.

O mais complicado de tudo, por incrível que pareça tinha sido a escolha do local da festa, ainda bem que a Denise me ajudou, lembro que visitamos uns dez lugares, e quando encontramos um legal, ela rateou o preço entre todos que iriam comparecer e quase não deixou que eu ajudasse a pagar.

Por falar em festa de despedida, finalmente tínhamos escolhido a república na qual moraríamos pelos próximos quatro anos inteiros da nossa vida, ficaríamos na Por do Sol, ela se localizava dentro do próprio campus, pelo menos foi a que todos nós mais gostamos, era bonita, grande e de frente para o prédio de Jornalismo, quase não conseguimos pegar o último quarto livre devido a demanda, mas meu pai tinha e ainda tem uma lábia incrível, em questão de poucos dias fechamos por um preço bom, aluguel no qual nossos pais rachariam para nos ajudarem nas despesas.                                                                                                                                                  

Li sobre a “Por do Sol” na internet, e soube que muita coisa além de morar/estudar acontecia por lá, claro que eu iria para me dedicar, mas fiquei eufórica só de imaginar eu e a Maga participando dos eventos e festas de boas vindas do local.

Enfim, me sentia feliz quase por inteira e tirando a saudade da mamãe que voltava a bater, e do Cebola que eu nunca mais tinha sentido nem o cheiro do perfume, tudo fluía bem, posso dizer que aquele foi um dos anos de maiores realizações para mim.

—-

Os convites da minha festa já haviam sido distribuídos e em um momento de pura insanidade resolvi dar carta branca para o meu irmão chamar os amigos dele, talvez tivesse um pingo de esperança que esse assunto chegasse até o Cebola, mas no fundo sabia que isso não aconteceria, e era até melhor assim, não queria mais um motivo no meu aniversário para me fazer por em pauta se ir embora de São Paulo era o correto ou não.

Na verdade não entendia o por que de eu ainda manter esse assunto vivo em mim, nunca mais tinha tido noticias dele, era assunto quase proibido em casa, e na escola nem no corredor mais nos trombávamos, acho que no fundo esperava incessantemente o dia em que ele bateria na minha porta dizendo para eu ficar com ele, que ele me amava, e que fomos feitos um pro outro... Mas qual era a chance disso acontecer?!

Fazer 18 anos, no começo, para mim, era a solução, mas pelo jeito... Seria apenas mais uma etapa da nossa separação.

—-

Na sexta feira, faltando apenas um dia para nossa formatura, repassei o tempo inteiro todos o item da festa checando e grifando a lista que eu e a Maria tínhamos feito na semana anterior. Fomos todos juntos comprar o que faltou dos adereços, como pulseirinhas fluorescentes, tinta e colares.

As comidas e bebidas estavam por conta do papai e do Titi que estocaram metade do mercado na garagem de casa, o salão já estava pago, a decoração feita e a cabine de som instalada, meu irmão me confirmou que tinha um amigo que mandava bem na mixagem, chamava Cássio, e tinha um apelido engraçado, acho que era Cascão, desejei que ele fosse realmente bom, precisava ser uma festa inesquecível.

Nem com as roupas que eu usaria naquele dia especial eu precisei me preocupar muito, afinal ganhei de presente da mamãe, tanto o vestido da formatura, quanto ao da minha festa, ambos já estavam lavados, passados e guardados no meu armário.

—-

— E ai Mo, ansiosa? – Fabinho me perguntou assim que saímos do salão apagando as luzes e trancando as portas ao passarmos.

— Demais Fabinho, nossa, é tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu nem sei no que focar – Respondi enquanto mandava mensagem para a Maga no celular, ela chegaria no dia seguinte e estávamos combinando como nos encontraríamos.

— Sua amiga chega amanha? – Dudu me perguntou caminhando ao nosso lado.

— Heyyy, estava lendo minha conversa? – Puxei o celular rindo para perto de mim.

— Ueh, ta devendo??? – Ele perguntou dando risada.

— Ela chega sim – O empurrei com uma das mãos - Vocês vão gostar, a Maga é um amor – Comentei animada.

— Ela que vai te roubar da gente? – Fabinho me perguntou num tom desanimado.

— Sim, vamos morar juntas lá – Respondi enlaçando meu braço no dele – Não fala assim, é só por um tempo.

— Você tem mesmo que ir? – Me perguntou, olhando em meus olhos carinhosamente.

— Tenho, você sabe que é meu sonho Fabinho, não me faz pensar em desistir, por favor – Respondi choramingando.

— Jamais deixaria você fazer isso – Riu me abraçando - Só te pergunto constantemente para ver se sentirá mesmo nossa falta – Ele mostrou a língua.

— Ai, já estou sentindo saudades pra falar a verdade – Sorri para Maria que acompanhava a conversa cabisbaixa. – Amiga está bem?

— ...

— Maria? – Perguntei novamente, percebendo sua distração.

— Oi? Oi amiga, desculpa estava pensando em umas coisas – Ela respondeu confusa.

— Posso saber no que? – Dudu perguntou passando o braço pelo ombro dela.

— Nada não rs, eu só estou ansiosa pela festa – Ela concluiu, mas não acreditei, a conhecia muito bem, alguma coisa estava escondendo.

— Você tem certeza? – Questionei baixo, me aproximando.

— Claro Mo, não viaja vai – Me respondeu abrindo um sorriso, não consegui identificar a veracidade daquele ato, mas resolvi não insistir.

Era inevitável, sempre que a Maria ficava assim, instantaneamente imaginava que  estava acontecendo algo com o Cebola, e ela não queria me contar para n]ao me magoar, me dividia então entre a dúvida cruel, e o respeito de não tocar no assunto para não deixá-la desconfortável.

Por fim resolvi esquecer, qualquer coisa que tivesse acontecido com o Cebola com certeza naquela altura do campeonato, não teria nada a ver comigo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥ ♥ ♥
Se puderem deixem seus comentários, são super bem vindos, e lidos com muito carinho ♥
Beijãooo e até o próximo capítulo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu querido diário" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.