A Assassina e o Alquimista escrita por Lilás


Capítulo 37
A Forma desse País


Notas iniciais do capítulo

Oi, todo mundo.
Me atrasei hoje porque eu precisei reescrever esse capítulo (e o seguinte também) pelo motivo de: mudei de ideia. Simples assim. Sou meio volúvel.
E, ainda por cima, tive alguns problemas com alguns trabalhos . Hoje mesmo, meu professor me passou um monte coisa para ler e escrever e... enfim, chega de falar dos meus problemas. Vamos para o capítulo de hoje.



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— Al – Edward se acomodou na cadeira – Isso é uma completa loucura! Se o pai e a mãe descobrirem que a gente está em um trem em direção a Cidade do Leste, nós estamos fritos!

Alphonse apenas suspirou, sem tirar os olhos da paisagem através da janela. Edward o ouvira conversando com Akame sobre ele precisar ir com urgência até o Quartel-General do Leste e Edward se ofereceu para ir também com o irmão.

— Mas você ainda não explicou direito essa história – Edward continuou – Desde quando você conhece alguém do exército? E, além do mais, ouvi você dizer que precisava falar com um tal de coronel Mustang. Quem é esse?

— Eu explico depois, Ed – ele abanou uma mão, desanimado.

Alphonse estava meio chateado. Antes de sair de Resembool, ele tivera uma pequena discussão com Akame, exatamente por causa dessa sua decisão, e estava com várias dúvidas.

— Era isso o que eu precisava lembrar – Alphonse disse para Akame quando, após o final do almoço, os dois saíram para Alphonse acompanhar Akame no caminho de volta até a “casa” da garota – o círculo de transmutação em volta de Amestris... O plano dos homúnculos em usar todas as pessoas desse país...

— Também tem a sensação de que isso já aconteceu? – Akame caminhava ao lado dele.

— Como assim?

— Deve ter percebido que voltamos para o ano de 1915 – ela falava sem olhar para ele – Isso aconteceu antes de nos conhecermos e o senhor não deveria se lembrar de mim. Não sei explicar como essa falha ocorreu. E alguns detalhes do seu passado foram alterados involuntariamente pelo senhor.

— Já falei para parar de me chamar de senhor – Alphonse virou-se para ela – E que detalhes alterados são esses?

— Seu pai abandonou sua família quando o senhor ainda era muito pequeno – Akame falava sem nenhuma emoção na voz – Sua mãe morreu logo depois e vocês tentaram ressuscitá-la, mas não deu certo. Seu irmão perdeu um braço e uma perna no processo e o senhor perdeu o corpo todo.

Akame percebeu que, em algum momento durante sua fala, Alphonse parou de andar e ela voltou-se para encará-lo. Alphonse estava com uma expressão enigmática.

— Como você pode dizer algo tão cruel? – ele perguntou, fazendo força para não gritar.

Akame ergueu uma sobrancelha. Não entendia do que ele estava falando.

— Como você pode dizer que meu pai vai nos abandonar? E minha mãe... – não conseguiu terminar a frase.

— É verdade e o senhor sabe disso – ela continuou, sem alterar a voz – Foi o senhor mesmo quem me contou.

Alphonse ponderou por alguns segundos como se estivesse tentando colocar um pouco de ordem aos seus pensamentos.

— Por que está falando comigo nesse tom? – ele recomeçou, lentamente – Eu nunca vi você falando desse jeito comigo.

— De que jeito?

— Esse tom meio sarcástico – Alphonse abanou a cabeça – Eu fiz ou disse alguma coisa?

— Não – ela revirou os olhos – Você nunca faz nada.

— Olha aí – Alphonse apontou para ela – Eu estou falando dessa forma de falar.

Akame bufou, sem paciência. Essa conversa não estava indo a lugar nenhum.

— Preciso ir ao Quartel-General do Leste – Alphonse voltou a andar com uma expressão mais decidida – Vou avisar o coronel Mustang.

— É inútil tentar resolver os problemas dessa realidade – Akame o repreendeu – É melhor acharmos a saída daqui.

— Várias pessoas podem morrer se os planos dos homúnculos derem certo, Akame – Alphonse falou, levemente irritado – Não vou deixar que isso aconteça – e já estava se afastando, mas foi impedido quando Akame segurou com força seu braço.

— O senhor não vai a lugar nenhum sem mim – falou com a voz firme. Outra pessoa teria ficado com medo da expressão e da forma como ela falou, mas Alphonse apenas a encarou de volta.

— Ei, Alphonse – Edward estalou os dedos na frente do rosto dele – Eu estou falando com você.

— Desculpe. Estava distraído – Alphonse olhou para as outras pessoas que dividiam o vagão do trem com ele e Edward.

— Aliás, aquela garota dos olhos vermelhos ainda não voltou do vagão-restaurante? – Edward apoiou a nuca nas mãos e se recostou mais no banco – Será que ela se perdeu?

— Eu duvido muito – Alphonse suspirou, sem tirar os olhos da janela.

— O que há entre vocês dois, heim, Alphonse? – Edward estava quase deitado e com os olhos fechados – Olha, você me surpreendeu, irmãozinho – ele deu uma risadinha – Agora, podemos sair os quatro. Eu, você, ela e Winry...

E Edward continuou a falar dos seus planos, sem notar que Alphonse não prestava atenção em nem uma única palavra.

Quando chegaram à estação, Alphonse não pôde deixar de notar algo estranho. Naquela hora do dia, a estação principal da Cidade do Leste estava estranhamente deserta. Algumas poucas pessoas andavam aqui e ali e, na maioria, eram funcionários do lugar.

— Está um pouco vazio, não, Ed? – Alphonse olhava por cima do ombro, um pouco desconfiado com aquele silêncio sepulcral, e lembrou-se de puxar Akame para mais perto dele.

— Sei lá. Vim poucas vezes aqui – Edward encolheu os ombros – Não me lembro de muita coisa. Mas eu também esperava mais gente...

Edward parou imediatamente ao se deparar com um vulto bem no meio do seu caminho.

— Ah, é só um gato – ele abanou as mãos para o felino de pelagem negra, sentado no meio do caminho – Passa! Xô!

Ao invés de sair, o gato inclinou a cabeça para o lado e continuou olhando para Edward.

— Para, Ed. Não faz assim com o coitado – Alphonse se abaixou para observar melhor o bichano – E aí, amigão? Podemos ser amigos? Eu sempre quis ter um gato.

O gato estreitou os olhos e o encarou com uma expressão intimidadora. Alphonse enrugou a testa, pensando se esse era mesmo um comportamento normal para um gato.

— Vamos logo, Al – Edward bateu no ombro dele – Depois você inventa de levar mais um gato para casa e eu vou acabar engolindo bolas de pelos todos os dias.

As ruas da Cidade do Leste também estavam praticamente vazias. A cidade parecia abandonada.

— Tenho a sensação de que estamos sendo observados... – Edward comentou.

— E estamos – Akame apontou para um muro de uma rua lateral onde um corvo completamente negro pousara e os encarava sem se mexer.

Olhando ao redor, aquele não era o único corvo. Havia vários, dezenas, talvez centenas deles; e ainda estavam chegando mais; acompanhando os três com os olhos e com as expressões excessivamente sérias. Eles aterrissavam nas tendas das lojas, nos parapeitos dos prédios, nos tetos dos carros estacionados, nos fios que ligavam os postes de iluminação, em toda a parte. Parecia um cenário daqueles filmes de terror que se via nos cartazes de cinema com seus ambientes estilizados e atores encenando com o rosto coberto por uma maquiagem exagerada.

— Esses pássaros são assustadores – Edward apertou o passo e andou na frente do grupo – Anda um pouco mais rápido, Al.

E os três caminharam até o Quartel-General do Exército, debaixo daqueles olhares vigilantes.

***************************

— Mais algo para hoje, tenente? – Mustang perguntou, depois de se acomodar em sua cadeira.

— Só mais alguns relatórios – Riza puxou um calhamaço de papeis.

— Coronel – a cabeça de Havoc apareceu na porta – Tem gente querendo falar com o senhor.

— Quem é, tenente Havoc? – Mustang perguntou, animado com a ideia de usar aquilo como desculpa para fugir do trabalho.

— Tem dois moleques e uma garota querendo falar com o senhor – ele responde.

— Hum – Mustang coça o queixo – a garota é bonita?

— Diga que o coronel está muito ocupado – Riza depositou ruidosamente os papeis sobre a mesa de Mustang – Aliás, quem permitiu a entrada de civis aqui?

— Eles disseram que conhecem o senhor, coronel – Havoc falou – E um deles disse que era caso de vida ou morte.

— Qual o nome deles? – Mustang inclinou-se na cadeira, visivelmente entediado.

— O que parece ser o mais velho se apresentou como Alphonse Elric.

— Elric? – Mustang enrugou a testa – Não conheço nenhum Elric.

— Ele disse que isso iria ajudá-lo no seu sonho de ser o novo Führer – Havoc falou meio receoso.

— MAS QUEM...? – Mustang iria começar a gritar, porém lembrou que as paredes do quartel costumam ter ouvidos, e abaixou a voz – Quem contou isso para esses moleques?! Quem eles são?! Traga-os aqui, tenente!!

Os três jovens foram imediatamente conduzidos até a sala do oficial. Alphonse vinha à frente, seguido por uma indiferente Akame e um Edward olhando abobado para tudo.

— Muito bem – Mustang juntou os dedos na frente do rosto – Vocês queriam falar comigo?

— É um assunto muito sério, coronel – Alphonse parou defronte a mesa de Mustang.

— Antes de tudo – Riza apontou para a espada pendurada nas costas de Akame – Isso aí é uma arma de verdade?

— É claro que não é de verdade, tenente – Mustang sorriu, simpático – Quem daria armas para essas crianças?

— Eu sou Alphonse Elric, senhor – Alphonse se adiantou para evitar mais perguntas – Tenho uma informação muito importante para passar ao senhor. Ultimamente, andam acontecendo vários conflitos sangrentos pelo país em muitas situações inexplicáveis. Mas, posso garantir ao senhor, que esses acontecimentos têm um propósito – e se aproximou para abaixar a voz – Há uma conspiração secreta dentro do próprio exército e estão utilizando técnicas obscuras da Alquimia para isso.

— Ocultismo, é? Isso explicaria muitos episódios bizarros – Mustang coçava o queixo, pensativo – Mas, você pode nos mostrar como isso está sendo feito?

— Antes que eu fale qualquer coisa – Alphonse continuou – o senhor pode me emprestar um mapa de Amestris?

A tenente Riza estendeu um mapa sobre a mesa e Alphonse começou a marcar os pontos de conflito com uma caneta.

— Desde a formação desse país – ele dizia enquanto escrevia – Existem conflitos por território ou guerras civis. No Leste, Norte, Oeste ou Sul, praticamente, quase todas as regiões passaram por períodos de derramamento de sangue. À primeira vista, parecem ser eventos isolados e sem relação nenhuma, mas – e ligou os pontos marcados – se unirmos cada uma das regiões...

— Eu não acredito nisso – Edward exclamou ao contemplar o desenho do irmão – Isso parece com alguns dos desenhos no livro do nosso pai.

— Parece um círculo de transmutação – Riza coçou o queixo.

— Não um círculo de transmutação qualquer, primeira-tenente – Alphonse falou, sério – É um círculo de transmutação humana. Tenho fortes motivos para afirmar que o alto escalão do exército planeja ativar esse círculo de transmutação em volta do país e usar a vida dos habitantes de Amestris para criar a pedra filosofal.

— Onde conseguiu esse tipo de informação, garoto? – Mustang olhou, desconfiado – E por que você decidiu contar isso justamente para mim?

— Sei que posso confiar no senhor – Alphonse falou com firmeza.

— Entendo – o coronel fechou os olhos – E você tem provas disso?

— Infelizmente, não – Alphonse diz – Mas é a pura verdade, senhor.

— Nunca houve registro de uma operação de tentativa em criar a pedra filosofal que tivesse sido bem-sucedida – Mustang continuou – Essa sua história me parece um pouco absurda...

— Os registros estão errados, senhor – Alphonse se apressou em corrigi-lo – O exército já conseguiu criar a pedra filosofal. Mas o principal ingrediente da pedra filosofal é... – ele hesitou um pouco – É... vidas humanas.

— Vidas humanas? – Riza repetiu.

— Sim – Alphonse abaixou os olhos – e eles planejam sacrificar todos os habitantes de Amestris para poder executar esse plano.

— Espera um pouco aí, Al – Edward arregalava os olhos – Que história louca é essa?! Você está querendo dizer que planejam matar todo mundo?! Que brincadeira é essa?!!

— Não deveria deixar seu irmão caçula ouvir essas histórias – Mustang apontou para Edward.

— Eu não sou o irmão caçula!! – Edward berrou, irritado – Ele que é!!

— Sério? – Mustang estava surpreso – Se ele é o irmão caçula, por que você é menor?

— QUEM VOCÊ ESTÁ CHAMANDO DE BROTINHO DE FEIJÃO?!!

— Senhores, por favor – Riza pediu – acalmem-se. A situação é séria.

— Tem razão, tenente – Mustang ajeitou a gola do uniforme – Toda essa informação que vocês trouxeram trata de um caso muito sério.

— E o que o senhor fará, coronel? – Alphonse perguntou.

— Irei investigar o caso – Mustang abanou a mão – Por enquanto, deixem algum contato para que possamos nos comunicar.

***************************

— Mas, querido – Trisha corria apressadamente para a porta dos fundos – você precisa ir agora?

— Trisha – Hohenheim parou no batente da porta, segurando uma mala onde ele guardara apressadamente alguns dos seus objetos – eu quero que você pegue os meninos, quando eles voltarem, pegue eles e saia daqui. Eu já avisei Pinako. Junte o máximo de pessoas que você puder e vá para esse endereço em Xing – e estendeu um pedaço de papel para a esposa.

— Mas para que tudo isso? – ela perguntou, angustiada – O que está acontecendo?

— Trisha, você sabe que, quando os meninos ainda estavam pequenos, eu pensei seriamente em ir embora para poder impedir Ele, não é mesmo?

— Ele? – os olhos de Trisha se arregalaram de medo – Não diga que...

— Eu não tenho dúvidas de que Ele esteja por trás de todas essas mortes – Hohenheim suspirou – Eu tentei evitar pensar nisso todos esses anos, mas aí o Edward começou a falar dos conflitos de Amestris. Quando ele falou em “círculo sem fim”, eu pensei... Eu espero que eu esteja errado.

— Mas por que você é quem deve enfrentá-lo? – Trisha se atirou nos braços dele – O que pode acontecer com você?

— Eu não me arrependo de ter ficado aqui com vocês – ele a abraçou forte – Como eu poderia abandonar você e os meninos ainda pequenos? E, além disso, daquela vez que você ficou doente, o que aconteceria se eu não estivesse aqui? Você poderia...

— Não fale nada – ela se afastou para cobrir os lábios de Hoheinheim com os dedos – Não é bom pensar nisso agora.

— Só eu posso impedi-lo, Trisha – ele segurou a mão de Trisha sobre seu rosto – Ninguém mais pode enfrentá-lo. Só espero que não seja tarde demais – e, depois de beijar a esposa, saiu apressado pela porta.

***************************

— Isso foi uma total perda de tempo – Akame comentou baixo quando ela, Alphonse e Edward atravessavam o pátio do Quartel-General do Leste.

— É o que veremos – Alphonse respondeu.

Mustang observava os três cruzando os portões do quartel pela janela de sua sala.

— Acreditou na história dessas crianças, senhor? – Riza perguntou em suas costas.

— Lembra do assassinato do Hughes? – Mustang sentou na cadeira, suspirando com a lembrança.

— Para quê lembrar disso agora? – ela falou com a voz amargurada.

— Disseram que Hughes foi morto logo após dele ter verificado alguns registros do exército – Mustang juntou as mãos na frente do rosto – Ele estava tentando ligar para mim quando foi assassinado. Eu tenho certeza que o Hughes descobriu alguma coisa muito séria e, talvez, essa história dessas crianças não seja tão absurda e faça algum sentido com o seu assassinato.

— Acha que o general Hughes – Riza arregalou os olhos – conhecia essas crianças?

— Eu não sei – Mustang encarou novamente a janela – Mas não estou descartando nada. Tudo pode ser uma pista para chegarmos até o assassino do Hughes. E há muito tempo que eu estou desconfiado sobre algo grande que está acontecendo dentro do exército. Além do mais, eu apenas os recebi para saber com quem eles ouviram essa conversa do meu sonho. Não duvido nada que o tagarela do Hughes tenha deixado escapar alguma coisa. E esse garoto, o tal do Alphonse, não pareceu estar mentindo.

— Quer que eu verifique os arquivos das pesquisas sobre a pedra filosofal para ter certeza da história deles, coronel? – Riza perguntou, séria.

— Achei que nunca iria perguntar, tenente – ele exibiu um sorrisinho.

***************************

— Al – Edward não parou de falar nem mesmo quando eles entraram no trem de volta para casa – essa história não faz nenhum sentido. Quem planejou tudo isso que você falou? Como você sabe disso tudo?

— Nem eu sei dizer ao certo, Ed – Alphonse encolheu os ombros – Eu apenas sei.

— Não é possível que você tenha imaginação para criar uma história tão surreal quanto essa – Edward estava impressionado – Você deveria escrever um livro. Ou uma história em quadrinhos – e virou-se para Akame – Você também sabia disso?

— Não quero me envolver nesse assunto – Akame abanou as mãos com indiferença.

— Eu acredito em você, Al – Edward aparentava não ter ouvido a fala de Akame – Se tem criminosos que estão planejando fazer algo contra as pessoas desse país, nós vamos impedir.

E o mais velho dos Elric fez um longo e inflamado discurso sobre a importância de se lutar pela justiça e a vida alheia enquanto um Alphonse meio aéreo e uma Akame levemente aborrecida, que bufava de impaciência e revirava os olhos a cada minuto, acompanhavam sem fazer objeções. Porém, seu monólogo foi interrompido, ao chegar à estação de Resembool, quando o trem deu uma freada brusca após eles terem ouvido um estrondo vindo do lado de fora.

— O que aconteceu? – os passageiros perguntavam em pânico, caídos um por cima dos outros.

Edward colocou a cabeça para fora da janela. Apesar de já estar escuro, ele conseguiu ver nitidamente uma claridade intensa em frente ao trem.

— Viu o que aconteceu? – Alphonse esticou o pescoço para a janela onde o irmão estava.

— Aconteceu alguma coisa com os trilhos – Edward levantou de seu lugar e tentou passar pelos passageiros assustados – Não dá para ver, mas eu tenho certeza que o trem não vai conseguir mais andar. Vamos sair daqui.

Com bastante dificuldade, os três se acotovelaram entre os passageiros e conseguiram descer para os trilhos. O trem parou poucos metros antes de chegar à estação e eles precisaram caminhar um pouco até ela.

— O que aconteceu, senhor? – Edward perguntou a um dos funcionários da estação.

— Um atentado terrorista, garoto – o homem respondeu, alarmado – Eu tenho certeza que foram aqueles malditos de Ishval – e esmurrou uma bancada – Passaram aqui fazendo um grande estrago. Explodiram os trilhos, tocaram fogo em vagões... Deveriam ter exterminado logo toda essa raça – e iria falar mais, porém parou de súbito ao olhar para Akame – Aconselho a saírem logo daqui – completou, um pouco mais contido.

— Qual direção eles tomaram? – Alphonse se aproximou.

— Foram para o lado de lá – o homem apontou para o horizonte – Quem sabe o que irão fazer. Tomem cuidado. Eles estão armados – e saiu, correndo.

— Eles foram para o mesmo lado da nossa casa – Edward andou, apressado, e puxou o braço do irmão – Vamos lá, Al. Depressa!


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Notas finais do capítulo

Li em algum lugar que o corvo simboliza a fase de putrefação do processo alquímico.
Estou lendo várias coisas, então a história já está se misturando na minha cabeça. Até já sonhei com isso. Pena que eu não lembro a maior parte do sonho.
Até a próxima.



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