A Assassina e o Alquimista escrita por Lilás


Capítulo 14
Sob as estrelas


Notas iniciais do capítulo

Vixe! É hoje mesmo o dia de postar capítulo novo? Mais uma sexta e confesso que essa semana eu estou meio good vibes, então os capítulos foram mais tranquilos. Mas, na próxima semana, vamos voltar aos assassinatos!! Eis o capítulo de hoje.



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Na segunda noite após a fuga do Terceiro Laboratório, o general Mustang saiu do quartel por alguns minutos para comprar uma torta de morango. Enquanto andava pela calçada, ele pensava na entrevista do Führer para a rádio na manhã do dia anterior. Ao passar em frente a uma loja de flores, Mustang encontrou o major Alex Louis Armstrong. O encontro não foi ocasional. Eles haviam marcado de se encontrar ali naquele horário para discutirem a situação atual.

— Aconteceu exatamente como o senhor previu, general – Armstrong cochichou, olhando ao redor – Eles desconfiam do envolvimento dos irmãos Elric na invasão do Terceiro Laboratório. Três guardas apareceram ontem na casa de Pinako Rockbell procurando por eles. Deixei Maria Ross e Denny Brosh de prontidão para me avisarem caso seja preciso, mas eu temo que eles voltem com uma ordem judicial e eu não possa fazer nada.

— Bom, eles ainda não podem provar a relação entre a invasão e os irmãos Elric – Mustang coçou o queixo, pensativo – Apesar de que a única conexão ser a professora deles, Izumi Curtis. Ela se apresentou hoje no quartel – e acrescentou com uma risadinha – Mas ela não vai facilitar a vida deles.

— Como assim, general? – Armstrong enrugou a testa.

— Venha ver você mesmo – Mustang colocou as mãos nos bolsos e deu meia-volta em direção ao quartel – A propósito, conseguiu entrar em contato com a general Armstrong, major?

— Ainda nada – Armstrong balançou a cabeça, desanimado – Estou começando a me preocupar, general. Apesar de que eu sei como a minha irmã é dura na queda...

— Disso eu não tenho dúvidas – Mustang sorriu brevemente – A propósito, major – Mustang abaixou ainda mais a voz – Estou convocando uma reunião com todos os oficiais do alto escalão do Exército. Enviaremos uma denúncia contra a administração do Führer ao Parlamento.

— Pode contar comigo, general – Armstrong cochichou – Mas, o que pretende?

— Vamos solicitar a saída do Führer – Mustang olhou ao redor – Só precisamos da aprovação da maioria. E como muitos não estão contentes com as últimas decisões no âmbito internacional, não vai ser tão difícil convencer os relutantes. Principalmente, com a pressão popular.

— Mesmo assim, não vai ser fácil, general – Armstrong comentou.

Os dois caminharam até o quartel enquanto apreciavam mais uma noite tranquila na cidade. Porém, mal atravessaram a entrada principal do quartel, a tranquilidade da noite foi destruída com os gritos que vinham de uma sala. O coronel Panzer interrogava a professora Izumi Curtis há horas e as falas formais dos primeiros minutos de conversa foram substituídas por berros e insultos acalorados de ambas as partes. Os soldados fingiam não ouvir, mas era quase impossível não escutar.

— Diga logo de uma vez – Panzer insistia em uma voz exaltada – Por que diabos a senhora invadiu o laboratório de pesquisa da Capital?

— Eu já falei um milhão de vezes – Izumi não estava menos nervosa – Eu estava chateada. Briguei com o meu marido. Tive um surto psicótico.

— E a senhora costuma destruir prédios do governo quando está com raiva? – Panzer cuspia as palavras, irritado.

— Bom, geralmente, são casas, celeiros, pontes ou o que estiver na frente – Izumi respondeu, cinicamente – O que vocês estão reclamando? Eu não já coloquei tudo no lugar?

— Aqui diz que a senhora mora em Dublith – Panzer insistia – O que a senhora fazia àquela hora da noite na Cidade Central?

— Sou uma cidadã amestrina – Izumi adotou uma pose arrogante – Tenho todo o direito de ir e vir dentro do meu país.

— Não é uma extrema coincidência – Panzer gritou mais alto e veias saltavam do seu pescoço – que, no mesmo dia do seu ataque, o prédio foi invadido e um... artefato precioso foi roubado?

— Espero mesmo que não esteja me chamando de ladra – ela rosnou.

— E uma oficial do exército foi sequestrada – Panzer continuou – Nós sabemos que ela era conhecida de Alphonse e Edward Elric.

— E eu com isso?!! – Izumi encolheu os ombros.

— Eles foram seus alunos – ele debruçou-se sobre a mesa – E não foram encontrados em suas casas. A senhora não poderia saber algo sobre o sumiço deles?

— E como eu vou saber?! Nem sou a mãe deles – Izumi cruzou os braços – Edward e Alphonse são dois homens adultos e responsáveis pelos seus atos. Não tenho obrigação de saber o que eles fazem ou deixam de fazer.

— Mas, ao menos, deve saber onde eles estão – Panzer não desistia.

— Não sei, não quero saber e tenho RAIVA de quem sabe – Izumi disse de forma malcriada.

— A senhora pode ser acusada de cumplicidade e obstrução à Justiça em uma investigação importante – ele apelou.

— E o senhor por acusar a mim e meus alunos sem provas!! – Izumi rebateu.

— Senhores, por favor – Mustang entrou na sala, acompanhado do major Armstrong – Vamos ser mais razoáveis.

— Eu estou sendo razoável – Izumi cruzou os braços e virou o rosto – Mas o urso louro aí está me ofendendo.

— COMO É?! – Panzer parecia assustador com os olhos raivosos e metade dos bigodes arrancados pela raiva – Isso é desacato à autoridade!!

— Coronel Panzer, por favor – Mustang revirou os olhos – Vamos aguardar pacientemente o retorno do marido da senhora Curtis, juntamente com o advogado dela. Não adianta continuar com essa discussão sem sentido.

Panzer respirava com dificuldade e não falou mais nada. Mustang tinha razão nisso. Aquela discussão já durava horas e não estava levando a lugar nenhum. Ele suspirou alto e afundou o corpo na poltrona, contrariado.

******************************

Alphonse se sentia incomodado. Desde o beijo de ontem, ele não conseguia olhar diretamente para Akame. Não que ele não tivesse gostado. Porém, ao mesmo tempo, achava que não era o certo. Ele tinha certeza que Akame só tinha falado aquilo sobre Troca Equivalente para ele não passar vergonha, mas não teve o efeito desejado. Alphonse estava se sentindo um traidor sujo. Não, ele não havia ajudado Akame e feito tudo o que ele fez porque estava com segundas intenções. Não, de forma alguma. Ele a ajudou porque sentiu pena dela e porque eles eram amigos. Alphonse ficou imaginando, se eles tivessem se conhecido quando eram crianças, certamente ela seria uma grande amiga. Como a Winry. A Winry era melhor amiga de infância dele e de seu irmão Edward. E Winry acabou se casando com seu irmão. Então, ele e Akame... Mas que merda ele estava pensando? Ele e Akame eram só amigos.

Alphonse achava perturbador se sentir culpado por gostar estar perto de alguém. E ele gostava de estar com Akame. Porém, depois de ontem, ele precisou repensar algumas coisas. Sentia pena de May também. Apesar de Alphonse achar May nova demais para ele, ele sabia o quanto ela gostava dele. May não estava aqui com ele ajudando-o, mesmo sentindo ciúmes? Ele lembrava que até Ling parecia gostar da ideia de casar a meia-irmã com ele. Provavelmente, o amigo pensava em lhe dar um cargo de confiança e um título de nobreza em Xing, se ele e May se casassem. Contudo, Alphonse jamais casaria por causa disso. Ele não era interesseiro e May não precisava disso para casar. Ela era uma boa garota. Com certeza, seria uma boa esposa. Ele se lembrou de que o antigo rei de Xing casou com mulheres de cada um dos clãs porque é permitido aos homens nobres terem várias esposas. Alphonse poderia até ficar com as duas... MAS QUE DROGA DE PENSAMENTO FOI ESSE?! Sua cabeça estava tentando lhe pregar uma peça. Bateu duas vezes no próprio rosto para acordar.

— Está se sentindo bem, Alphonse? – Edward levantou uma sobrancelha para ele.

Alphonse olhou em volta e viu que Edward, May, Lan Fan e Akame estavam o observando com olhares preocupados e curiosos.

— Não foi nada – Alphonse disfarçou com um sorriso amarelo – Foi só um mosquito.

— Está bem... – Edward não estava muito convencido, mas não falou mais nada sobre isso enquanto eles se sentavam para comer.

O grupo avançava cada vez mais em direção ao norte do país. Edward sentiu a temperatura cair com o passar dos dias, apesar de ainda não terem avistado neve. Ainda bem que, antes de deixar Winry em Rush Valley, ele havia trocado sua perna mecânica por uma versão mais leve e resistente ao frio.

— Está pensando em voltar ao forte de Briggs? – ela perguntou quando ele solicitou a troca.

— Será necessário – Edward suspirou – Com o perdão do trocadilho, mas o Al se meteu em uma fria dessa vez.

A perna até que não dava tanto problema. Complicado seria se ele ainda usasse o braço mecânico. Apesar de reprovar a atitude de Alphonse quando ele recuperou o braço do irmão, ele precisava admitir que fora muito bom ter o seu braço de volta.

Quem ele estava querendo enganar? Nem a perna e nem o frio eram os verdadeiros problemas. O problema real era um só: Edward sentia saudades de Winry. Arrependeu-se de não ter dito o quanto a amava antes de partir para essa aventura em Briggs. Ele mantinha a mente ocupada durante o dia mas, quando ia dormir à noite, ficava um bom tempo pensando nela e demorava a dormir. Por isso, na maioria das vezes, era ele quem se oferecia para ficar de vigília enquanto os outros descansavam.

— Você precisa dormir um pouco também, Ed – Alphonse tentava convencê-lo. As meninas já estavam dormindo e Alphonse ficou preocupado com o olhar meio abatido do irmão.

— Eu estou bem, Al – Edward estava sentado debaixo de uma árvore e descascava um galho de árvore com um canivete – Você que parecia um pouco estranho hoje...

— Estou falando que dá para ver o seu cansaço – Alphonse o interrompeu – Não quero que você fique doente antes mesmo de chegarmos a Briggs.

— Não estou com sonAAAAHHHH!! – e deu um grande bocejo.

— Está vendo? – Alphonse apontou para ele – Deixa de ser teimoso, Ed.

— Está bem. Eu vou – Edward levantou e caminhou para sua barraca, um pouco aborrecido – Mas não enche os meus ouvidos.

Edward entrou na barraca resmungando e se acomodou no seu saco de dormir. Alphonse não precisou esperar muitos minutos para ouvir o silêncio da noite novamente. Estava finalmente sozinho. Edward precisava cuidar mais da própria saúde e deixar de ser tão teimoso! Seu cansaço era visível. Só ele não conseguia perceber.

Depois de mais ou menos meia hora sozinho na noite, aqueles pensamentos irritantes de mais cedo começaram a atormentar Alphonse. Ele se lembrava do beijo de Akame e não sabia por que aquilo estava o incomodando tanto. Mas é claro! Foi a primeira vez que ele beijou uma garota por iniciativa própria. Quando era garoto, uma menina da escola havia o beijado de surpresa, mas ele nem teve tempo de formular uma opinião sobre a experiência. Aliás, ele nem tinha maturidade suficiente para ter uma opinião sobre o ocorrido. E, depois, Alphonse se transformou em uma armadura vazia na maior parte da sua adolescência. Apesar disso, ele se apaixonou algumas vezes. Platonicamente, é claro. Que garota em sã consciência namoraria uma armadura vazia? Além de que qualquer uma normalmente ficaria assustada com a sua aparência, ele não poderia nem mesmo sentir o toque suave da pele de sua hipotética amada. E, depois de recuperar seu corpo, precisou de uns bons dois anos para se acostumar com ele de novo. Logo após, viajou para Xing e estudou bastante sobre as aplicações médicas da Alquimia e... o assunto amor ficou em segundo plano.

Será que ele estava mesmo gostando de Akame? Alphonse se sentia um idiota ao pensar nisso. Um traidor sujo e idiota.

— Brilhante – pensou, com ferocidade, em voz alta – Eu sou um completo idiota.

— Falando sozinho?

Alphonse virou-se, assustado. O motivo de seu desconforto o observava com um moderado interesse. Akame estava parada logo atrás dele.

— A... Akame? – Alphonse gaguejou – O que faz acordada?

— Eu estava dormindo – Akame sentou-se ao lado dele, sobre um grosso tronco de árvore caído, logo abaixo de um pinheiro – Mas eu tive um sonho e... acordei.

Alphonse sabia que Akame costumava ter pesadelos com as lembranças do passado. Geralmente, associados às imagens dela e da irmã quando crianças. Parecia ter sido mais uma noite de pesadelos.

— O que você está fazendo? – ela perguntou para fugir da possível pergunta de Alphonse sobre seu sono.

— Estava observando as estrelas – ele apontou para o alto e sorriu amarelo – Elas estão particularmente bonitas hoje.

— Tem razão... – Akame olhou para cima.

Alphonse ficou a observando. Os olhos vermelhos de Akame refletiam o brilho das estrelas e isso era incrivelmente hipnotizante. Alphonse não sabia quanto tempo ficou parado a olhando e só se deu conta do que fazia quando Akame abaixou inesperadamente a cabeça e o encarou.

— O que foi? – perguntou.

— Ah, nada de mais – ele sorriu bobo e segurou a nuca – É que, ficar olhando para cima, dá um pouco de torcicolo.

— Vamos deitar na grama, então – ela puxou a mão de Alphonse.

No entanto, a reação de Alphonse foi exagerada. Ele soltou a mão de Akame e deu um pulo para trás como se tivesse levado um choque elétrico.

— O que aconteceu? – ela perguntou, confusa.

— Não, é que... – Alphonse olhou para a própria mão – quando eu recuperei o meu corpo, toda vez que alguém tocava em mim, eu sentia como se... como se uma corrente elétrica percorresse todo o meu braço até meu cérebro – ele tornou a olhar para Akame – Que estranho! Eu senti algo parecido agora.

— Desculpe se fiz alguma coisa...

— Não – ele sorriu, simpático – Não. Tudo bem. Eu gostei.

Por via das dúvidas, Akame não voltou a tocar em Alphonse e deitou na grama de barriga para cima. Alphonse deitou ao seu lado e os dois ficaram admirando o céu em silêncio.

— O céu é sempre tão bonito – Akame comentou, depois de um bom tempo – Sempre quis saber como as estrelas conseguem ficar suspensas no nada.

— Dizem que, antes de nascermos, nós somos uma estrela no céu. E, quando uma criança nasce – Alphonse estende a mão para o alto como se quisesse alcançar algo – uma estrela desce à Terra para brilhar aqui embaixo – Alphonse fecha a mão e a traz para junto do corpo. Ele abre a mão e mostra a palma vazia para Akame – Quando uma pessoa morre, ela vira de novo uma estrela e volta para o céu.

— Uma forma interessante de ver a morte – Akame suspirou.

— É como se voltássemos às nossas origens – Alphonse sorriu – Apesar de sermos tão pequenos em relação ao mundo e ao universo, nós fazemos parte dele. E, mesmo depois da morte, continuamos aqui. Apenas nos transformamos em outras coisas – e acrescenta, orgulhoso – Um é tudo e tudo é um.

Akame segurou a mão de Alphonse com as duas mãos e o alquimista, ainda deitado no chão, arriscou um olhar na direção da amiga. Akame deitou de lado, ficando de frente para Alphonse, e o fitava, fazendo um carinho singelo na mão dele.

— Eu realmente não quero que você morra – ela confessou em um sussurro.

— Eu não vou morrer – Alphonse respondeu – Eu prometo.

Um filme antigo passou na cabeça de Akame. Tudo se repetia como sempre. Antes de saírem em missões suicidas, seus amigos sempre prometiam para ela que não iriam morrer. Promessas vãs. Como se alguém pudesse prometer tal coisa. Era um ciclo que se repetia como um jogo cruel e cansativo. E agora Alphonse estava nele. Mas, Alphonse... Alphonse era um inocente.

— Você está chorando? – ele perguntou, assustado. Lágrimas silenciosas escorriam dos olhos de Akame e molhavam a grama debaixo de sua cabeça. Alphonse segurou o rosto da garota entre as mãos e espalhou suas lágrimas com os polegares – Não chora, por favor.

Akame não emitia som algum, mas as lágrimas não paravam de cair. Alphonse não sabia mais o que fazer e, em um gesto de desespero, beijou a testa, os olhos e o nariz da garota.

— Vai ficar tudo bem – ele dizia entre os beijos – Não chora mais, não.

Akame pareceu se acalmar mais e, depois dela ter secado as últimas lágrimas, um nó começou a se formar na garganta de Alphonse. No calor do momento, ele não percebeu, mas agora ele viu como estava com Akame. Ele sabia que, provavelmente, até as pontas de suas orelhas estavam vermelhas de vergonha.

— A... Akame... eu... – gaguejou.

Akame apenas sorriu e os dois continuaram imóveis por alguns minutos que, para Alphonse, poderiam ter sido tanto como várias semanas como apenas alguns poucos segundos.

— Eu sei, Alphonse-sama – Akame sussurrou – Não é só você que se sente assim.

Sem saber de onde conseguiu reunir coragem, Alphonse aproximou-se mais e seus lábios roçaram levemente nos de Akame, antes de se juntarem perfeitamente. Uma sensação nova surgiu dentro do alquimista e não era ruim. Conforme os lábios dos dois se moviam em sincronia, algo dentro de Alphonse se manifestou e ele fechou os olhos para aproveitar melhor essa sensação, tendo apenas as estrelas como testemunhas.

Ou não. Além de Akame, outra pessoa também enfrentava dificuldades para conseguir dormir naquela noite. Edward Elric preferiu fechar silenciosamente a entrada de sua barraca para não atrapalhar um momento tão íntimo de seu irmão. Apesar de que ele adoraria fazer isso.


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Notas finais do capítulo

Já disse que tenho que estudar, né? Comentem se gostaram, detestaram ou quiserem acrescentar algumas coisas.
Até a próxima!



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