Army of Angels escrita por gwmezacoustic


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Voltei.
Boa leitura, seus lindos.



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. . .

Ele estava nos braços de Isabelle, podia senti-la acariciar seus cachos, e seus olhos negros pareciam ser a passagem para um outro universo. Ele estava com Clary, corriam juntos pelas ruas, as mãos unidas como se fossem apenas uma, e de repente parecia ter caído em outro mundo, estava com sua mãe e Rebeca, e podia sentir a presença de seu pai, ali, o encorajando e dizendo que estava no caminho certo.

Ele estava no palco, sentia que a batida da música e a energia da platéia haviam se unido, ele se sentia poderoso, como se tivesse absorvido toda aquela energia. Ele estava com os amigos e se sentia nostálgico por isso. Ele estava com Max, caminhando lado a lado com o menino, como se estivessem dentro de um desenho e não quisessem sair.

Estava novamente com Isabelle, sempre Isabelle, sentia a chama daquele amor recém descoberto o envolver, sentia a ânsia de estar cada vez mais perto, ele a beijou, deixando todo aquilo para trás, como se nada importasse, e em um beijo tudo pareceu se consumir.

Ele renascia, era carne e osso e uma centelha divina. Ele era um Nephilm.

. . .

— Você é um Nephilim agora. Eu nomeio você Simon Caçador de Sombras, do sangue de Jonathan Caçador de Sombras, filho dos Nephilim. Levante-se!

Simon não entendia como, mas se sentia mais forte e disposto, sentiu seu abdômen mais definido ao levantar, talvez o cálice tivesse feito isso, ou talvez só agora percebesse o resultado do treinamento de Isabelle, ela deveria estar orgulhosa, todos os seus alunos haviam ascendido, e Simon havia ascendido.

A seguir seria a vez de Clary, ele podia ter certeza que ela ascenderia, mas se perguntou o que ela veria no interior da luz, muito de Jace com certeza. Ela fez o mesmo percurso até os círculos, fez os juramentos rápidos, confiantes, ela parecia ter encontrado o que finalmente nasceu para ser. E Simon se permitiu dar um suspiro aliviado quando ela se levantou e foi, assim como Simon, amparada pela turma de Nova York, eles pareciam uma família, vibravam por cada aluno que ascendia.

E então havia chegado a vez de George, que deu um leve tapa no ombro de Simon e sorriu animado, se dirigiu até os círculos e tomou o cálice em mãos.

— Slàinte! — ele gritou, e depois que seus amigos caíram na gargalhada, ele tomou um gole, Simon ainda ria quando a sala entrou em um silencio mórbido, ele se perguntou se George seria a primeira morte daquele dia, mas não, ele parecia ótimo quando levantou e foi ao encontro dos seus amigos.

E quando Simon achava toda aquela preparação e palestras algo fútil, que receberam a prova de que eles falavam sério quanto a possibilidade de morte, Gavin estava no grupo de Alec, ele fora um dos últimos a ser escolhido, era um rapaz bonito, Simon pensou, pelo menos era o que as meninas diziam, e Simon sentiu o seu corpo vibrar com seu grito de dor, e mesmo que não tivesse trocado muitas palavras com ele, Simon se sentiu triste.

Aparentemente, alguém de cada instituto não havia suportado, exceto o instituto de Londres, que todos sobreviveram, e um ou outro que tiveram um número maior.

— Nós conseguimos, Si. - George gritou enquanto atravessavam a porta de saída.

— Eu te disse que conseguiríamos. - gritou de volta, mas sua atenção não estava mais em George, Isabelle parecia ter se tornado o centro do mundo. - Eu preciso ir, nos vemos em casa. - avisou.

— Pode ir atrás da sua deusa guerreira.  - George parecia divertido. - Eu vou atrás da minha primeira runa. - ele se foi antes que Simon pudesse dizer algo mais.

Simon se misturou a multidão que saia do Gard, e foi em direção a Isabelle, sua Isabelle.

. . .

 Isabelle estava como sempre ao lado dos seus irmãos, mas dessa vez Maryse e Robert os acompanhavam, Simon nunca havia trocado mais de duas palavras com os pais de Isabelle, então enquanto caminhava ensaiava mentalmente o que falaria aos mais velhos, mas como se perder era uma característica sua, ele os perdeu de vista, e já cogitava voltar para casa e os esperar por lá quando uma mão tocou seu braço.

— Como se sente? - ouviu Isabelle perguntar.

— Sendo um matador de demônios? Nunca estive melhor. - ela riu enquanto entrelaçava o braço ao seu e o guiava para fora do Gard.

Simon não entendia necessariamente o porquê de precisar trocar o seu sobrenome, Lewis soava bem pra ele, mas obviamente não para caçadores de sombras, enquanto pensava nisso, encarou o óbvio: ele ainda não havia feito sua primeira runa, e ele pensou na possibilidade de pedir a Isabelle.

— Izzy... - ela o encarou brevemente, voltando sua atenção para a rua que atravessavam logo depois. - A runa da visão é uma das primeiras, não é? - perguntou, fazendo Izzy sorrir e tirar a estela de seu cinto em seguida, ela já havia entendido.

— Pronto pra primeira runa, garotão? - ela se posicionou na sua frente.

— Sim. - ele estendeu o abraço.

— Talvez isso venha a doer um pouco, como uma queimadura. - ela explicou.

— Certo, mas faça isso com amor. - ele fechou os olhos.

— Você não vai levar um chute, Simon. - ela zombou.

— Estou me preparando psicologicamente. - disse ainda de olhos fechados, Izzy riu, mas iniciou o traçado da runa, fazendo Simon enrijecer o corpo. - Cadê a parte do amor, Isabelle Lightwood? - a sua voz estava incrivelmente séria.

A mão de Isabelle fez um trajeto ágil com a estela, terminando rapidamente, ela encarou a careta de dor que Simon exibia, ele parecia um animal assustado, e mesmo assim não deixava de ser fofo, ela então deu um beijo rápido na sua mão, o fazendo abrir os olhos em seguida.

— Eu gostei disso. - Simon sorriu, puxando-a pela cintura em seguida.

— Ah é? - ela usava o seu típico olhar de desafio.

— É. - ele finalmente a beijou, e se permitiu sentir a sensação da ascensão de novo tocando seus cabelos negros e sentindo enquanto ela bagunçava os seus cachos.

. . .

— Você estava com Isabelle, não é? - Clary perguntou quando ele adentrou a biblioteca.

— A-hã, o George te disse? - perguntou enquanto se jogava sobre a poltrona do lado de Clary.

— Não, o seu cabelo está bagunçado, na verdade você todo parece bagunçado, sempre fica assim depois de vê-la. - ela explicou enquanto ajeitava uma mecha de seu cabelo, ostentando a runa da visão.

— A gente pode não ter feito uma tatuagem combinando como você queria, mas agora temos marcas iguais. - ele levantou a mão.

— Talvez façamos algo combinando, você pode ser meu parabatai. - o tom de voz de Clary era normal.

— Claro, você pode ser minha parabatai, ruivinha. - ele parecia ter posto uma ironia proposital no apelido que Jace havia dado a garota.

— Sim, nerd bonitinho. - ela revidou no mesmo tom.

— Eles parecem tão seguros de si, não é? - observou.

— Eles apenas estão conscientes da realidade. - Clary deu de ombros.

— Talvez isso seja resultado do treinamento. - Clary riu.

— Daqui a pouco você vai precisar comprar camisetas novas. - ela apontou para os bíceps de Simon.

— Com certeza, é muito bom saber que posso continuar treinando, e sabe, não ter explodido hoje.

— A possibilidade de explodir ainda está aí, a clave ainda não deu um jeito no tal Valentine.

— Tenho certeza que o Jace está ansioso para cruzar com ele, pelo menos Izzy está.

. . .

O cômodo estava iluminado a meio luz, Maryse e Robert discutiam algo sobre a Cidadela, e Isabelle estava entediada, não conseguia entender como Alec conseguia prestar atenção na conversa dos pais, Jace parecia tão entediado quanto ela, ela estava prestes a cair no sono quando um grito ecoou pela sala.

— As barreiras caíram.

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Notas finais do capítulo

Qualquer dúvida comenta que eu respondo.
A história vai começar a pegar ritmo.
Fiquem com Deus e até o próximo



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