Orchideos escrita por Cah Sants


Capítulo 1
Prologo


Notas iniciais do capítulo

Ficou um pouco grande demais pra um prologo, admito kk não sei se todos os capitulos serão grandes assim, então aproveitem ^^



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Se a varinha dele é carvalho, e a dela, azevinho...
Casarem-se os dois será um descaminho!

 

 


Na primeira vez que Rose foi à Hogwarts, seu coração estava a mil. Hermione e Rony não tinham nenhuma dúvida sobre a admissão da filha, mas quando a carta chegou, foi uma felicidade tão grande pela parte da menina que ela ate apanhou uma febre de ansiedade por dois dias. Rony não estava tão contente, pois Rose era seu bebê. Sua garotinha. Mas sempre tinha Hermione para colocar o marido em seu lugar.
—Talvez seja muito cedo- ele disse a mulher, apoiado em seu travesseiro a noite, antes de irem dormir- Talvez eu dava mandar uma coruja à Mcgonagall. Para as crianças começarem aos treze anos ou doze, em vez de onze. É, acho uma boa ideia.
—Ronald- Hermione revirou os olhos- Você sabia que nao poderíamos adiar isso. Está na hora de Rose começar seu próprio caminho.
—Mas é perigoso...
—Ronald, para- a mulher tocou as bochechas do rapaz, contornando as sardinhas enferrujadas e sorriu- Ela so tem onze anos... E é Hogwarts. Nao ha lugar mais seguro.
—É, mas quando tínhamos onze anos... Muita coisa aconteceu, você se lembra.
—Era uma época diferente, querido... Hoje não ha mais artes das trevas. Não ha mais o mal. Está tudo bem. Vamos dormir, e então voce pensará com mais calma- a mulher se virou e apagou a luz com um estalar dos dedos, pronta para dormir.
—Mione...
—Hm...- ela murmurrou, sem querer dar mais corda para aquela conversa, principalmente àquela hora da noite.
—E se ela for como nós... E procurar confusão? Como vou ficar tranquilo com isso o ano inteiro?
Hermione se virou na cama para ficar de frente para ele. Rony era mesmo super protetor, principalmente com Rose. E as vezes ate Hermione se sentia sufocada pela filha. Mas ela entendia seus medos, porque ela também tinha vários deles. Mas ao contrario de Rony, ela se mantinha centrada. A mulher deu um beijo tranquilo no marido e sorriu. As palavras nao o tranquilizariam mais, mas era o seu jeito de dizer: "Estou aqui e vamos passar por isso juntos."
Os dias foram se passando como se voassem e Rose ficava cada vez mais ansiosa. Albus também iria para Hogwarts, e a unica razão pela qual não estava com medo era porque o primo e ela estariam juntos. Lily se mantinha emburrada toda vez que as famílias se reuniam e o assunto era Hogwarts.
—Vocês vão amar a comida- disse James, pulando e gesticulando enquanto os menores o observavam com os olhos atentos- Mas cuidado com a cerimonia de seleção...
Rose nao sabia nada sobre Hogwarts ainda, pois os pais nao falavam muito sobre a escola. Mas Albus convivia com James e ele sempre contava coisas da escola. Em setembro, ele iria para o terceiro ano na Grifinória.
—O que tem a cerimônia de seleção?- perguntou Rose, de olhos arregalados.
—É uma tortura- James disse, apertando as maos como se estrangulasse alguém e Lily cobriu os olhos- Eles pegam você e...
—James...- Gina se enfiou no meio deles na sala de estar e puxou o filho pela orelha- Eu ja não disse pra você não assustar sua irmã, seu filho de uma harpia...
—Ai mãe... Eu nao fiz nada.
—Tia, como é a seleção de Hogwarts?- Rose questionou enquanto Gina soltava a orelha vermelha de James e Albus acalmava Lily em seus braços.
—Bom, é uma surpresa maravilhosa- ela abraçou a menina pelos ombros e acariciou sua bochecha- Mas não ha razão pra se preocupar com isso.
—Eu quero ir pra Grifinória, como a mamãe e o papai. E o James- A ruivinha pulou e começou a dançar sozinha, sendo seguida por Lily.
—Eu também- a pequena se juntou a prima e logo Hugo, Rose, Lily e James estavam saltitando na sala.
Lily começou a flutuar quando saltava. Ela caia leve como uma pluma flutuando então pulava alto outra vez. Todos estavam rindo e se divertindo, menos Albus. Gina beijou a testa dele, pois conhecia seus medos, e ninguém disse mais nada sobre isso.
Os Potter e os Weasley marcaram de ir ao Beco Diagonal no mesmo dia e como sempre faziam tudo juntos, isso não seria diferente. Vovó Molly foi também. Controlar os esbanjadores, ela dizia. Os Weasley cresceram com muito pouco, e agora podiam comprar vestes novas para os filhos, e nao vestes de segunda mão. Mas a Vovó Molly sempre dava um jeito de economizar. Nada de varinhas com pontas de diamantes e nem caldeirões encrustados com rubis. Alem de tudo, a Vovó sempre dava um jeito de deixar tudo mais divertido com uma casquinha de sorvete de chocolate com menta.
—Podemos ir primeiro na Floreios e Borrões?- pediu Rose, ansiosa, juntando as maos em suplica- Quero uma pena bem bonita e pergaminhos com cheirinho de novo.
—Não, Pai- James cutucou a capa de Harry, apontando para a frente- Eu preciso de uma vassoura... Pretendo entrar pro time este ano e me tornar apanhador, como você.
—Assuma que voce é péssimo- Rose mostrou a língua para ele, o provocando- Nao conseguiria agarrar o pomo nem se ele congelasse na sua frente.
—Rose, nao caçoe do seu primo- Hermione a repreendeu e lançou-lhe um olhar assustador que fez a ruiva se calar.
—Acho melhor irmos à Madame Malkin com os menores- Molly disse para Gina e Hermione- Eles ainda nao tem as vestes de uniforme.
—Rony e eu vamos comprar uma vassoura para James, então- Harry olhou em cumplicidade para Gina; ambos sabiam que o filho não herdara suas habilidades em quadribol, mas não iriam desencorajá-lo.
—Papai, vou com você - Hugo correu aos tropeços, indo ao encontro de Rony- Não quero ir à loja de roupas com as mulherzinhas.
Rose pouco se importava com a loja que iriam primeiro ou com quem estaria presente. Em poucos dias, estaria em Hogwarts e nada mais iria importar.
A loja de vestes era grande e cheia de variadas peças, algumas ate bonitas e outras, Rose pensou, não usaria nem morta. Ela se encantou com um vestido de baile, embora fosse muito jovem para entrar nele. E cutucou Albus para mostrar um chapéu de penas de urubu que ela jamais teria coragem de colocar na cabeça.
—Olá- uma mulher veio ao encontro deles, sorrindo- vestes para Hogwarts, se eu nao estiver enganada.

—Eu vou para Hogwarts esse ano- Rose anunciou, como se todos quisessem realmente saber disso- Vou para a Grifinória, como a mamãe.
—A casa não é tão importante, querida- Hermione tentou, temendo que a filha se decepcionasse demais na hora da seleção caso não fosse para a casa que queria- Você vai para a casa com a qual se identificar.
—Ou seja, Grifinória- ela disse, decidida e subiu onde a mulher indicou- Tenho certeza.
—Sabe, quando eu entrei em Hogwarts- disse Madame Malkin, que parecia tão velha que Rose nem acreditava que ela se lembrava disso- Eu tinha certeza de que iria para a Grifinoria, como toda a minha família. Mas eu fui mandada para a Corvinal. E ainda bem que fui. Levante o braço, preciso das suas medidas.
Albus desviou o olhar para fora da loja. Sabia que os pais nao ficariam decepcionados se ele não conseguisse ir para a Grifinoria. Mas tinha medo de acabar na Sonserina. Diziam que os piores bruxos saiam de la, e nao queria ser um bruxo mau. Queria ser bom como o pai.
Assim que as roupas de Rose estavam prontas, foi a vez de Albus. A garota estava tão inquieta que desenvolveu um tipo de tique nos pés e nao parava de sapatear, o que estava deixando Hermione impaciente também.
—Eu vou leva-la à loja de varinhas, para adiantar- Hermione sussurrou para Gina- Vocês me encontram lá.
Hermione segurou Rose pela mão e a levou para fora da loja de trajes. Estava tão ansiosa quanto a filha para o momento da escolha da varinha, dado que esse era um dos momentos mais importantes para um jovem bruxo quando ingressa na escola de magia.
—Como você acha que vai ser minha varinha, mamãe?- a menina saltitava pela rua, ainda segurando a mão da mãe- Pode ser igual a sua?
—Nenhuma varinha é igual a outra, meu bem- Hermione sorriu, indicando a loja logo a frente delas- Mas so tem um jeito de descobrir.
A placa acima da cabeça delas indicava Olivaras. Ele não estava mais vivo, infelizmente. Mas um sobrinho assumiu os negócios da família e agora era ele quem vendia as varinhas. Nao era tão bom em varinhologia como o velho e sábio tio, mas as varinhas por si só faziam a parte difícil.
Na parte interna da loja, Rose soltou a mão da mãe e correu para o balcão, dizendo "olá" e tocando a campainha. Ao seu lado, havia mais alguém e, atrás de si, sua mãe cumprimentava uma mulher.
—Ele foi buscar mais uma varinha para mim- Disse o garoto, parecendo entediado.
Rose o observou bem. Ele era bonito. Tinha cabelos louros muito claros e as sobrancelhas erguidas como alguém que sabe de tudo perto de alguém que nao sabe de nada. Ela o estudou meticulosamente, e ele fez o mesmo.
—Eu conheço você de algum lugar- ela disse, olhando mais para o cabelo do menino e para suas vestes impecáveis.
—Não, eu me lembraria- ele parecia ainda mais entediado ao falar com ela; Rose tinha amor próprio, nao iria insistir.

—Olá- ela tocou a campainha outra vez, impaciente e agitada- Pelas barbas de Merlin, o que ele está fazendo...
O rapaz saiu de trás de uma prateleira, um pouco desengonçado e carregando um monte de caixas de varinhas que quase caiam pelos lados do seu braço. Ele tinha os cabelos bagunçados e óculos remendados. Seus olhos eram como olhos de loucos, olhando para todos os lados e seus dedos nao eram muito firmes, tremendo como se ele fosse velho.
—Só um instante mocinha, já vou atendê-la- ele meneou a cabeça para ela e sorriu, o que a tranquilizou um pouco- E pra você, jovem Malfoy, experimente esta.
Malfoy... Ela não estava enganada, conhecia esse sobrenome. O pai sempre falava do Sr. Malfoy. Não falava bem, é claro. Eles estudaram juntos e o pai não gostava dele de jeito nenhum. Agora sabia de onde conhecia aquele menino. Tinha uma foto em cima da lareira, dos tempos de escola. Tirada no dia da batalha, estavam todos sujos e com as vestes rasgadas, mas o moço loiro carrancudo estava entre eles. E esse, provavelmente seu filho, era exatamente idêntico a ele.
—De que é feita esta?- ele questionou, avaliando a varinha com os olhos e com o tato, pressionando as extremidades levemente e tentando dobrá-la.
—É, espera, deixa eu ver- ele pegou a caixa vazia e leu o papel que estava la dentro- É... Madeira de Acácia... 19 centímetros, pelo de unicornio. Varinha mole e preguiçosa.
O homem falava como se estivesse perguntando para eles e Rose não pode evitar a risada, abafada pelos pequenos dedos. O garoto louro revirou os olhos e devolveu a varinha sem nem ao menos testar.
—Eu não vou comprar isso- ele disse, simplesmente- Eu não sou preguiçoso e tão pouco quero uma varinha que seja.
Rose não foi com a cara do menino Malfoy. Como ele podia ser tão mal educado. O pobre homem estava dando seu melhor e o menino fazendo exigências como aquelas. Se forçou a não fazer julgamentos, mas era dificil se concentrar. Ela observou quando as maos tremulas abriram algumas caixinhas e retiraram uma varinha preta com a ponta prateada.
—Que tal esta, então?- ele pegou o papelzinho para ler- Carvalho, particularmente minha madeira favorita para varinhas. Aqui está, corda de coração de dragão, 22 centímetros e aqui diz que essa varinha apenas responde a pessoas que possuem rápidos reflexos e...
O menino Malfoy esticou a mão para testar a varinha. Ele teve o cuidado de não apontá-la para a direção de ninguém, esticando a mão para uma pilha de livros no chão. Os livros se moveram para ficarem alinhados imediatamente, antes de caírem novamente espalhados. Em seguida, ele apontou para o pote de tinta que havia derramado - provavelmente uma tentativa anterior de teste de varinhas - e a tinta escorreu preguiçosamente de volta para o pote.
—Ela gostou do senhor- o homem atrás do balcão sorriu e o menino se virou para tras para olhar para a mulher, que devia ser sua mãe.
—Bem- ao olhar de aprovação da mãe, o menino esticou a varinha de volta para o homem louco- Eu vou ficar com essa.
Rose viu o homem soltar o ar pela boca, parecendo aliviado. Guardou a varinha na caixa, embalou cuidadosamente com uma fita prateada e a entregou para o rapaz, recolhendo as moedas douradas que ele deixou cair em sua palma. O menino, antes de sair, acenou para Rose, mas ela desviou o olhar sem cumprimenta-lo de volta. Se arrependeu instantaneamente, não era mal educada. Mas quando resolveu dizer alguma coisa, ele já estava saindo. E aquilo a deixou curiosa.

—E a senhorita...
—Weasley- Hermione se aproximou da filha, a abraçando pelos ombros- É seu primeiro ano em Hogwarts.
—O pequeno Scorpius também está começando, esse temperamento...
—Vamos focar na minha varinha- Rose disse, irônica, sorrindo para o rapaz- O que o senhor tem ai pra mim?
—Claro, claro- ele coçou a cabeça, olhando de um lado para o outro, e pegou uma fita métrica no chão, dando a volta no balcão - primeiro, vamos tirar suas medidas.
A fita métrica se movia sozinha e estava um pouco descontrolada. Rose achou engraçado e começou a rir alto enquanto a fita girava em torno de si. Para ela nada fazia sentido, mas o rapaz anotava furiosamente numa folha de papel, colocando a língua para fora, o que o fazia parecer mais louco.
—Pronto, Srta. Weasley- Rose pulou do banquinho e correu para mais perto do balcão, se pendurando nele para dar altura e olhando para as caixas em cima do balcão - devo ter algo aqui.
Depois de revirar as caixas na mesa e abrir algumas, o rapaz pegou uma caixa para ela. Rose segurou a varinha nas mãos, achando tudo aquilo fascinante. Depois de ver Scorpius treinando, ela sabia mais ou menos o que fazer. Apontou a varinha para os livros, mas nada aconteceu. Apontou para o pote de tinta, nadica. Então a menina encarou o rapaz, um pouco confusa.
—É olmo, elas são...- ele pegou a varinha e guardou outra vez antes de achar outra varinha, maior que a ultima- são muito exigentes. Tente esta. Cerejeira, 25 centímetros. Seu interior é de corda de coração de dragão.
Rose pegou a varinha, empolgada com a nova tentativa e apontou o objeto para os livros do chão. Um dos livros parecia ter gritado quando foi acertado por um raio azul e caiu para o lado. Ela apontou para o pote de tinta e ele voou por cima da sua cabeça, indo direto para a porta de entrada quando ela se abriu. James ia passando por ela, segurando um grande embrulho e se abaixou no instante em que o pote passou, batendo no peito de Harry Potter e sujando suas vestes. Hermione segurou a risada, mas James dava cada gargalhada que podiam ser ouvidas por todo Beco Diagonal. Rose lançou-lhe um olhar de suplica, e voltou a entregar a varinha para o louco.
—Acho que essa não- ela disse, simplesmente, enquanto olhava para o tio, que limpava suas vestes com um feitiço silencioso- Desculpe tio Harry.
—Você ainda está ai?- James pulou para perto dela, enquanto Albus, Lily e o restante da família passava pelas portas, tornando o pequeno local ainda mais quente e apertado- Quando vim comprar a minha, acertei de primeira.
—Você é convencido demais, James- Albus o colocou para o lado, para ficar perto do balcão tambem- Eu sou o próximo.
—Veja, tente esta- o rapaz abriu uma pequena caixinha branca, de onde saíram flores pequenas e encantadas; Rose se maravilhou quando ele retirou da caixa uma varinha branca, com galhos cruzados e entregou a ela- Azevinho, 18 centímetros, com interior de pelo de unicornio. Ela é farfalhante, ótima para feitiços e, claro, essa especificamente para Herbologia. Vamos, tente.
Rose não sabia bem o que fazer para testar a varinha. Estava apaixonada por ela, era linda e se encaixava com perfeição em suas mãos. Esticou a varinha para todos os lados, mas nada parecia certo. Então, apontou a varinha para uma parte vazia do balcão e pensou pouco. Uma pequena margarida brotou ali, e flutuou. Ela fez outra vez e outra vez ate que uma dúzia de flores voava acima de suas cabeças. Ela sorriu para a mãe e para o louco das varinhas.
—Posso ficar com essa?

—Vou embrulhar para voce, Srta. Weasley- o rapaz colocou a varinha na caixa branca e a lacrou com uma fita cor de rosa.
—Agora sou eu, sou eu- Albus saltitou perto do balcão - Aqui, está me vendo?


Se a varinha dele é de carvalho, e a dela azevinho... Casarem-se os dois será um descaminho.


Plataforma 9 3/4
Primeiro de Setembro de 2017


Hermione parecia estar mais nervosa que a própria Rose. Hugo estava perto do pai, um pouco chateado porque a irmã iria para a escola e ele não. Ronald olhava para cima e para todos os lados, menos para a filha. Nao queria aceitar que ela iria mesmo partir para Hogwarts. Tudo passou rápido demais.
—Aqui, sua bolsa, tente não esquecê-la no trem- Hermione ajeitou o cabelo dela, debochando sutilmente da memoria da filha- Seu casaco, vai ficar com frio. Querida... Vou sentir sua falta.
—Tudo bem, mamãe, passa rápido- Rose abraçou a mãe, a apertando, e tentava fingir ser forte embora também estivesse com medo da hora da partida.
—Ei Rony- ouviram a voz de Gina, e mal podiam vê-la acenar por causa da névoa.
Os Potter se aproximaram e começaram uma chata conversa de adultos. James e Albus se juntaram a Rose, enquanto Lily e Hugo, emburrados, começaram a conversar sobre sua própria ida a Hogwarts, dali a dois anos. James sussurrou para Albus alguma coisa, e o menino fechou os punhos com raiva.
—Eu já disse que não vou para a Sonserina.
—James, ja mandei parar de chatear seu irmão- Gina lançou ao menino mais velho seu olhar de repreensão que o calou imediatamente.
—Eu quero ir pra Lufa Lufa- Hugo soltou, apontando para um menino alto vestido com as cores amarelo e preto da casa de Helga.
—Eu quero ir pra Corvinal- Lily contou, com os braços cruzados e encarando o tio em desafio - São os mais inteligentes.
—Quem não for para a Grifinória será deserdado nessa familia- Rony disse, nervoso e as crianças menores riram; Albus e Rose, porem, se entreolharam, ansiosos.
—Nao se preocupe com isso, Rose- Hermione fuzilou Ronald com o olhar e alisou os cabelos curtos de Rose.
—Ele não está falando serio, Albus- Gina beijou a cabeça do filho, enquanto James sorria, mas Rony ja nem prestava mais atenção neles.
Todos seguiram seu olhar para encontrar Draco Malfoy e sua esposa, Astoria. Rose a tinha visto na loja de varinhas, mas ela ainda nao tinha visto o Sr. Malfoy. De perto, ele e o filho pareciam ainda mais idênticos, assim como Albus se parecia com seu tio Harry. Eles passaram pelo grupo, acenaram e Scorpius olhou para Rose, a reconhecendo. Acenou para ela e, embora Rose estivesse predisposta a não gostar dele, acenou também..
—Vamos, vamos- um rapaz alto, com um broche de monitor passou por eles, gritando- O trem ja vai sair. Todos para dentro.
A menina Weasley embarcou primeiro, seu pai logo atrás empurrando sua bagagem. Ela correu e deixou o pai para tras, para escolher sua cabine. Estava agitada e parou bruscamente na porta da cabine que escolhera, quando notou o menino deitado la dentro.
—Ah, desculpe... Nao vi que estava ocupada- ela recuou e o garoto de cabelos brancos se endireitou no banco.
—Tem bastante espaço ainda- ele balançou os ombros em indiferença e ela estreitou os olhos para ele.
—Rose, não mandei você nao correr- Rony parou de repente, olhando para o garoto la dentro e franzindo o cenho- Venha, sente-se perto dos seus primos e não saia da vista de James.
—Papai, não sou mais criança, posso me sentar sozinha. Quero ficar bem aqui...
—Venha, Rose- repetiu o homem, imperativo e colocou a mala da menina no alto de outra cabine; beijou sua testa e se despediu- Fique bem. E comporte-se.
—Ta, tá... Tchau papai. Até o Natal.
Ronald saiu, dando espaço para Albus passar, puxando seu malão com dificuldade. James chegou logo em seguida e, então, mais duas meninas entraram na cabine, com malões e gaiolas, o que parecia impossível.
E quando o trem partiu, finalmente Rose percebeu que agora estava começando uma coisa nova e maravilhosa. Segurou sua tão querida varinha na mão, sem querer solta-la e deixou pequenas violetas saírem flutuando pela ponta enquanto os meninos e as meninas tentavam capturá-las, rindo.
Uma dessas flores escapuliu pela cabine e flutuou ate a cabine vizinha, onde Scorpius estava com os meninos mais velhos. Eles observaram a flor, sem entender, mas ela pousou nas mãos de Scorpius. Se desfez, logo após o toque. Ele não se esqueceu disso. Mas apenas anos depois é que pôde entender o que aquilo significava.

 


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Notas finais do capítulo

Não se esqueça, se gostou, deixe um comentario para me ajudar ^^ Dê sua opinião, diga o que você gostaria que tivesse na historia, onde posso melhorar... E até o proximo.



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