A Pele Nunca Esquece - Las Amazonas escrita por Garnet Louise


Capítulo 8
Capítulo - 8 - A briga


Notas iniciais do capítulo

Oi divas, PERDÃOO pela demora, estava depre por conta da morte de uma pessoa muito querida vivir dias de tristeza, não conseguia terminar de escrever o cap. e olha só que bom que saiu. Agradeço de coração mesmo todos os comentários e a quem está acompanhando ♥ não pude responder, aindaaa, mas li todos, gracias.

Boa leitura.



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Com o olhar aflito Inês fixava Victoriano que a segurava pelos ombros mostrando assim sua preocupação a olhando atentamente. Pôde sentir a angustia no olhar de Inês que estavam avermelhados pelas lágrimas. Ele levou às mãos a cabeça dela, com os dedos entre seus cabelos, examinou todo seu rosto e assim a questionou novamente.

— Victoriano: Inês. Mi Morenita não fique calada, me diga o que você perdeu? Qual essa dor que carrega neste olhar que agora miro? – beijando sua testa – Diga-me...

Com a voz chorosa Inês disse fechando os olhos fortemente deixando naquelas lágrimas suas amarguradas lembranças escorrer por seu rosto.

— Inês: Por favor Victoriano não me faça perguntas. Não quero mais falar de minhas dores – tentando tirar a mão dele de seu rosto – Me solta Victoriano, por favor, me solta – com a voz embargada pelo choro – Não tem mais caso falar do passado, nada vai mudar, nada poderá curar a dor que Loreto causou em mim, nada vai trazer o meu fi... –

Inês para de falar se afastando vira de costas com a mão em forma de prece com os batimentos acelerados. Falar da perda que teve lhe arrebentava a alma, ainda mais para Victoriano, não tinha coragem para contar a ele que perderam um filho, fruto do amor que um dia os uniu. Isso lhe enchia de medos não sabia como ele iria reagir, ainda mais se soubesse que Loreto foi o causador de sua dor e de muitas outras, seria capaz de matá-lo e Inês não permitiria que Victoriano se manchasse com o sangue do infeliz de Loreto.

Victoriano respirava pesadamente olhando para os lados se sentindo confuso, tinha que fazer Inês confessar o que tanto a afligia, sentia no fundo de seu ser que algo ligava a ele, sabia que Loreto outra vez a abusou, percebeu pelo estado que ela ficou no seu escritório ao contar para eles o que a levou até Diana Maria, por mais que por vergonha Inês tenha ocultado muitos acontecimentos diante dele e das meninas, juntamente com Alejandro, sabia que ela tinha muito o que falar, necessitava saber, queria a ajudar saber de tudo. Sentiu raiva por não ter estado com ela para protegê-la, raiva de Loreto e indignado por Inês não ter lhe contado tudo que aconteceu, tudo que passou com aquele infeliz.  

Se aproximou de Inês.

— Victoriano: Não me deixe assim sem saber o que se passa contigo Inês...Inês... – alterando a voz – não me faça ir atrás daquele infeliz e arrancar a verdade dele a murros e pontapés – indo para sua frente e a mirando – não tenha medo, irei te proteger de quem seja. Confia em mim.

— Inês: Victoriano eu confio em você, sabe que confio. Só por favor, esquece esse homem, sabe muito bem que de Loreto não se pode esperar nada, muito menos a verdade – olhando-o seria - Me deixa em paz, esquece minhas dores e cuide de sua esposa e desse bebê que espera. Eles precisam de você – limpando as lágrimas – Não eu.

Victoriano tira o chapéu da cabeça impaciente.

— Victoriano: Como pode me mandar te deixar em paz se você é a minha?! – pegando em seu braço direito aproximando seu rosto ao dela falando em tom seriamente – nunca vou te deixar Inês, nunca e irei fazer justiça com minhas próprias mãos a esse maldito infeliz com você falando ou não. Abusou de você mais de uma vez, não foi? Sei que sim – Inês desvia o olhar - Irei limpar sua honra Inês. Nunca é tarde.

Victoriano lhe dá as costas e sai em passos largos com o pensamento de ir atrás de Loreto para devolver todos os golpes de dor e humilhação que provocou em Inês, estava furioso ao pensar no dano que aquele maldito causou a sua Inês e mais ainda por não saber o que Inês trazia de tão doloroso naquele olhar que o intrigava, o deixava preocupado. Loreto causou muitas feridas em Inês, mas Victoriano percebeu que há uma que a machuca profundamente.

Colocou o chapéu na cabeça o apertando bem com o olhar duro fez sinal com a mão para uns dos peões trazerem sua camionete. Inês vendo a intenção dele mais que depressa vai até Victoriano, quase correndo o chama.

— Inês: Victoriano aonde vai? O que vai fazer? – apreensiva.

Ele não vira para olha-la e disse numa voz alterada claramente ameaçadora e carregada de ódio.

— Victoriano: Irei acertar minhas contas com aquele infeliz... Loreto Guzmán. Maldito! – olha para os lados e grita - ONDE DIABOS ESTÁ MINHA CAMIONETE?

Os outros peões que estavam no portão se olharam temerosos sabendo que seu patrão não estava em um bom dia, enquanto o outro saiu correndo para apresar Artêmio a trazer o carro.

Inês finalmente chega perto dele e se põe a falar apressada, estava nervosa temendo que o pior acontecesse ainda mais por ouvir o tom de voz de Victoriano.

— Inês: Por favor, não... não cometa uma loucura Victoriano, não procure Loreto. Constanza precisa de você... Por favor fique aqui, por favor – segurando a mão dele o olhando aflita.

— Victoriano: Não apela Inês – sem a olhar, aperta sua mão e a solta.

Artêmio chega com o carro, estava pronto para abri a porta mais Inês fica nela o impedindo de sair olhando para Victoriano suplicante.

— Artêmio: Dona Inês... É... A senhora poderia dá licença? – olhando para Victoriano que encarava Inês – preciso entregar o carro para o Patrão...

Inês balança a cabeça ainda mantendo seu olhar sobre Victoriano.

— Inês: Não Artêmio, leve o carro. Victoriano não vai mais precisar.

Victoriano se aproxima de Inês, colocando sua mão na porta do carro para abri, destravou e puxou a porta, mas ela empurra suas costas a fechando de novo segura no pulso de Victoriano, ele a olhava zangado com as respirações aceleradas, Artêmio os observava se encolhendo no banco.

— Inês: Não! – disse firme.

— Victoriano: In... Inês... Sai da porta – nervoso – Não me faça te pegar nos braços e te tirar daí.

— Inês: Bem... – o encarando – Então terá que fazer isso.

Deixando os lábios em uma linha rígida Victoriano dá com a mão com força no capô do carro, fazendo assim Artêmio dá um pulo no assento e bater com a mão na buzina do carro. Os empregados ali olharam espantados não achando uma boa vendo Inês enfrentar Victoriano.

Artêmio saiu pela porta de passageiro, foi até Inês que mantinha o olhar junto com o de Victoriano, que respirava compassadamente.

Pegou em seu braço a fazendo olhar para seu gesto e disse nervoso.

— Artêmio: Dona Inêsita... ouve... ouve o patrão, deixo-o segui o caminho dele, deve ter algo importante a fazer.

Inês pensa, respira fundo e responde.

— Inês: Tem razão Benito – olha de relance para Victoriano – parece que Victoriano tem algo mais importante a fazer do quê ficar aqui com a filha que tanto de seu apoio precisa. Com licença – saindo.

Inês sabia que isso faria Victoriano repensar e nem se deu ao trabalho de olhar para trás, sabia que logo a alcançaria.

Victoriano olha para Artêmio e diz friamente.

— Victoriano: Guarde o carro! – saiu.

Artêmio olhou para os peões que fizeram um gesto para ele sorrindo e acenando com a cabeça. Ele entrou no carro maneando a cabeça.

***

Inês sentou-se no sofá em uma parte da casa, aonde tinha colunas grossas com baixos muros cobertos por pequenas flores amareladas que cresceu ali, a parte da casa era arejada e calma, podendo assim ver boa parte da fazenda. Com seu leque mandava o ar que faltava para seus pulmões, mesmo em lugar aberto o dia estava quente. Tentava buscar a calma que Victoriano a fez perder com toda aquela agitação, a deixando preocupada e nervosa. Sua cabeça começou a latejar fazendo assim pressionar seus dedos em sua têmpora fechando os olhos com expressão de dor.

— Victoriano: Inês está tudo bem? O que você tem? - preocupado

Inês levanta a cabeça, olha para Victoriano e respondi chateada.

— Inês: se está tudo bem? Não, não está nada bem... Ai – pegando na cabeça. Victoriano tentou se aproximar – Não se aproxime, por favor, senta ali. – apontando para outro sofá que ficava do outro lado entre uma mesinha de madeira com uma toalha branca rendada com flores em cima.

Victoriano respirou fundo sentando no outro sofá inconformado, tirou o chapéu da cabeça colocou sobre a mesinha, olhou para Inês.

— Victoriano: Me diga pelo menos o que senti.

— Inês: Agora quer saber como me sinto? – não conseguiu tirar o tom irritado da voz – Graças a Deus aliviada por você não ter ido cometer uma tragédia. No que estava pensando Victoriano? Por que é tão impulsivo? Me deixou muito nervosa e preocupada.

— Victoriano: Não foi minha intenção te deixar assim – ele a olha sério – Inês sinto como se você me escondesse algo que eu deveria saber. Por que diabos realmente está evitando eu me encontrar com aquele infeliz hum?

Inês desviou o olhar entrelaçou seus dedos mexendo-os. Victoriano ficou avaliando seus gestos.

— Inês: Não sei do que está falando Victoriano e não, não escondo nada de você – levantou-se olhando seu relógio – Tenho que ver como Constanza está – voltou-se para ele – Meu motivo por estar aqui é ela. Então agradeceria se parece de me fazer perguntas pessoais – fazendo menção em sair.

Victoriano levantou a olhando de costas e disse irritado.

— Victoriano: Me fala como se acabasse de me conhecer. Se você esqueceu te conheço melhor que ninguém, uma vida toda e sei que está tentando desviar do assunto – se aproximou dela falando perto de seu ouvido – conheço tão bem que seus gestos reconheço... E sei que cada desviada de olhar sua é insegurança, medo e vergonha. Está nervosa que não para de mexer esses dedos – passando as mãos por seus braços e pegando em suas mãos as separando.

Inês fecha os olhos fortemente, afastou-se de Victoriano sua aproximação a deixava vulnerável.

— Victoriano: Tem receio quando ficamos a sós, sempre tenta fugir ou me expulsa. Do que tem medo? De mim ou de não conseguir reprimir seus desejos, de não conseguir esconder seu amor? Porque de uma coisa eu tenho certeza – alisando seus braços e sussurrando –lhe ao ouvido – Você me quer Inês, assim como eu a te. Porque nos amamos, necessitamos um do outro, sempre será assim: você minha e eu seu.

Inês respira fundo encostando suas costas no peito de Victoriano se perdendo por um momento, sentiu as mãos dele entrelaçar sua cintura, se afastou bruscamente.

— Inês: Não me toque – ele a olha abrupto - Victoriano pare de me falar essas coisas, não é certo, me sinto muito mal com toda essa situação. Você tem razão ao dizer que tenho medo. Mas meu medo é de que possamos fazer algo que nos arrependamos depois, já estamos passando dos limites, não podemos ter esse tipo de aproximação. Você sabe perfeitamente que entre nós não pode haver nada, já fomos longe demais, não sou de ferro Victoriano pare já com essas aproximações. Por favor – virando-se para ele – Não me faça ir embora para bem longe, não me afasta de minhas meninas.

Victoriano a olhou desesperado.

— Victoriano: Não Inês! Não irei permiti que se afaste de mim novamente – pegando em seus braços – Não posso e não quero te perder.

Inês se solta dele virando de costas.

— Inês: Me perdeu quando se casou novamente. Não me falhe mais de amor, não me cobre aquilo que não é seu, não me peça para dizer que te amo, não me beije e nem me abrace mais, mantenha a distancia de mim, respeite meu espaço, não sou nada sua apenas serei sempre a Nana de suas filhas.

Victoriano a olha de costas, dá passos para trás, pega seu chapéu irritado e sai. Inês escuta seus passos, faz cara de choro o olhando ir e diz lamentavelmente.

— Inês: Ah meu Deus, perdoe-me por amá-lo tanto – fecha os olhos derramando as lágrimas que segurava. 

***

As horas passavam. Inês cuidou de Constanza que por sinal estava melhor. Diana e Casandra não voltaram para o trabalho, fizeram uma pequena cesta com alimentos e foram para a cachoeira aproveitar o dia de sol com Constanza e Inês que estava mesmo precisando relaxar por estar nervosa por Emiliano que não apareceu a tarde toda e nem atendia seus telefonemas, sentia que algo não estava bem. Estava sofrendo por ela e Victoriano e morrendo de preocupação por não saber onde estava já que ele não apareceu mais em casa e não deu nenhuma notícia e isso a deixava inquieta. Mas Victoriano estava na empresa, decidiu trabalhar, se afundou no trabalho, queria esquecer os problemas, se sentia impotente diante de sua situação com Inês, a queria a amava mais a respeitava e se para ter Inês por perto tivesse que ocultar seu amor, assim faria, não suportaria que ela desaparecesse de sua vida, sofreia cada dia com sua ausência se caso fosse definitivamente sair da vida dele e de suas filhas, não queria ser egoísta, sabia que as meninas iriam sofrer se Inês fosse realmente embora. Com tantos problemas e pensamentos inquietantes a noite chegou não tirando o peso que Victoriano sentia, algo o atormentava, o olhar de dor de Inês não saia de sua mente, de tanto pensar e lutar contra seus impulsos, não se aquentou saiu de sua sala apressadamente, sua secretaria o chamou mais ele fez um sinal com a mão impaciente e entrou no elevador, foi para o estacionamento entrando em seu carro e seguiu seu trajeto, não para casa e sim para um enfrentamento.

***

Em frente à casa de Loreto, Victoriano dava murros na porta e chutes quase a abrindo e gritava.

— Victoriano: Abra essa porta maldito infeliz, sei que está ai. ABRA!

Victoriano continuava a esmurrar a porta, parecia estar descontando toda sua raiva ali. Até que Loreto aparece na porta não dando tempo de falar nada Victoriano o pegou pelo colarinho o empurrando com tudo contra a velha geladeira perto da porta quase a derrubando com sua força, Loreto levou as mãos ao pulso de Victoriano, parecia espantado com a súbita vinda de Victoriano e a forma como estava.

— Victoriano: Maldito infeliz, agora mesmo irá me dizer o que tirou de Inês – o puxando e chocando contra a parede – fala miserável, o que de tanto mal causou a ela, o que você a fez perder?

Loreto o olha assustado, franzindo o cenho e diz desavergonhadamente.

— Loreto: Desgraçado, o único que tirou algo aqui foi você. Tirou minha mulher, meu filho e roubou minha liberdade, era você para estar mofando naquela prisão.

Loreto o acertou na barriga, fazendo Victoriano se curvar com a dor, enquanto ele destilava seu veneno.

Loreto: Entenda de uma vez Victoriano, Inês jamais voltará a ser sua, eu fui o ultimo homem a estar com ela sou eu quem a fez realmente mulher – batendo em seu peito – eu que fui o homem ela me deu um filho varão, um filho varão que você nunca pôde ter e ele virá morar comigo e pode ter a certeza que Inês também.

Victoriano apoiado na mesa com uma mão sobre a barriga o olhou cheio de ódio e esbravejou.

— Victoriano: seu verme, nunca irei deixar ela morar contigo, jamais. Você nunca foi homem para Inês é um ser medíocre, um infeliz que para consegui uma mulher é capaz de usar a força – Loreto o olhou espatado – Acha que não sei que violentou Inês seu miserável? Inês nunca foi mulher contigo, nunca. Porque o único homem que a tornou mulher fui EU, Inês fez amor somente com um homem e foi comigo, enquanto a você não a teve, você a forçou. Está longe de ser um homem seu infeliz. E hoje irei te dá uma surra que nunca mais irá esquecer.

Victoriano deu-lhe um murro na boca o fazendo espirrar sangue e cair sobre sua maltratada cama. Loreto rapidamente tirou sua arma da cintura apontando para Victoriano que não se intimidou.

— Victoriano: Vamos, mostre que ao menos para lutar não é covarde. Quero ver se é homem é no braço. LEVANTA – grita.

Loreto se levantou pegando na boca e jogou a arma em um canto.

— Loreto: então quer duelar?  – sarcástico.

— Victoriano: Quero e vou te derrotar! - convicto

Victoriano foi até Loreto o agarrando pela cintura e o jogando mais uma vez sobre a cama, fazendo-a quebrar. Se pôs sobre ele e o golpeou sem cessar, enquanto Loreto se sentia preso com o peso de Victoriano sobre ele, o batia de todas as formas sem sucesso.

Victoriano parecia poder ouvir os gritos de dor e desespero de Inês enquanto Loreto a abusava, em sua mente via os olhos angustiados e sofridos de Inês. Agarrou no pescoço de Loreto, fechando os olhos fortemente balançando a cabeça.

— Victoriano: Vou te matar! – esbravejou com os dentes cerrados.

Victoriano passou a ouvir a voz de Inês em sua cabeça, a falar com ele:  “Victoriano, solte-o, não vale a pena fazer isso, pense em suas filhas, pense em mim e no meu amor por te que sempre irá te proteger.”

Victoriano abriu os olhos, via Loreto ficar vermelho em baixo dele, os olhos parecia querer virar, enquanto buscava por ar, as mãos dele já não batiam com força Victoriano. Enquanto ele o balançou com força soltando seu pescoço, Loreto puxou o ar fortemente, mas Victoriano não o esperou se aliviar, o golpeou novamente. Loreto pegou uma garrafa vazia de bebida que estava caída ao seu lado e tacou na cabeça de Victoriano quebrando a garrafa juntamente com a cabeça dele, ficando pedacinhos de vidro grudando enquanto o sangue escorria de sua testa. Victoriano por um momento não escutou nada, seu ouvido ficou zunindo e sua vista embaçada, caiu de lado com a mão na cabeça abrindo e fechando os olhos fortemente, enquanto Loreto levantou se rastejando e tossindo com a mão no pescoço.

Pegou sua arma que estava no chão, levantou cambaleando e apontou a arma para Victoriano.

— Loreto: Quem irá te matar sou eu – destravando a arma.

Victoriano o olhou se apoiando sobre a parede com a mão na cabeça.

— Padrinho – exclamou Alejandro, alarmado por ver aquela cena.

— Loreto: O que faz aqui? – esbravejou.

— Alejandro: não faça nenhuma loucura – olhando para arma e Victoriano – vim para defender Inês do senhor e pedi que a deixe viver em paz com Emiliano. O que disse para ele hum?

Loreto olhou para ele, Victoriano aproveitou a distração e foi pra cima dele, os dois ficaram com a arma apontada para cima, um disparo foi feito. Alejandro se abaixou tentava se aproximar dos dois. Victoriano o socou na barriga lhe tirando mais uma vez o ar, Loreto soltou a arma que caiu no chão, Victoriano chutou com o pé para longe e empurrou Loreto sobre a mesa, Loreto tentou ir até a arma. Victoriano o puxou e o golpeou mais uma vez, fazendo se bater na parede perto do sofá.

Emiliano entra na casa com bolsa e mala, vê tudo quebrado e seu pai caído no chão com o rosto sangrando, corre até ele deixando suas malas no chão.

— Emiliano: Pai – alarmado – o que você fez com ele? – olhando para Victoriano com raiva.

— Victoriano: Ele merecia isso e muito mais moleque – olhando para as malas de Emiliano no chão – Espero que esteja ciente do que esteja fazendo, porque morando aqui irá causar uma grande dor em Inês.

Emiliano se levanta o encarando de frente.

— Emiliano: Você é um desgraçado mesmo. Por sua culpa minha mãe deixou meu pai, você – empurrando Victoriano que nem se moveu do lugar – a fez sua amante.

Victoriano o pegou pela blusa quase o levantando do chão e com os olhos vermelhos de raiva esbravejou.

— Victoriano: Estupido! Desonre Inês mais uma vez na minha frente que te darei uma surra que nem ela nunca te deu seu moleque egoísta – o soltando com força – você não merece a mãe que tem. Esse verme a quem chama de pai batia em Inês.

Victoriano empurra Emiliano pro lado e vai até Loreto que estava caído no chão com o braço apoiado no sofá, debruçou até ele e disse ameaçadoramente.

— Victoriano: Não quero que busque Inês, não quero que ligue pra ela e nem que a olhe porque se eu souber disso voltarei aqui e te darei mais porrada até que aprenda a lição – Loreto o olhava com raiva. Victoriano se levanta o olhando no chão com superioridade, dá um chute entre a sua perna, o fazendo gritar de dor se curvando – Covarde! – e sai.

Emiliano olha para Alejandro que logo sai atrás de Victoriano.

— Emiliano: Batia na minha mãe? – gritando.

— Loreto: Ai – com dor tentando se sentar – claro que não... não... aquele desgraçado só falou isso para me prejudicar... contigo... Ai – sentando no sofá desajeitado.

— Emiliano: Se isso for mesmo verdade nunca irei te perdoar.

***

Enquanto encostado em seu carro Victoriano tocava sua cabeça que estava com um corte na testa. Não sentia dor por estar com o corpo quente, só queria chegar em casa. Viu que Alejandro se aproximava dele, abriu a porta do carro pra entrar, mas o mesmo o chama.

— Alejandro: Senhor Victoriano. Espere.

— Victoriano: O que quer veterinário? Vai me denunciar por ter batido em teu padrinho?

— Alejandro: Não, ele mereceu isso – Victoriano o olha – Sei que não gosta de mim, mas eu realmente amo duas mulheres que estão na sua vida – Victoriano se aproxima dele – calma não é como pensa, eu amo Diana porque é a mulher da minha vida e Inês porque a tenho como mãe e justamente vim aqui na casa do meu padrinho para exigir que mantenha distancia dela e de Emiliano, mas pelo visto ele contou mentiras para ele, já até veio morar aqui, acredito que Inês irá ficar muito triste quando souber.

Victoriano respira fundo e diz com raiva.

— Victoriano: Esse moleque é um ingênuo mesmo por acreditar nesse infeliz. Inês tem que falar pra ele o pai que tem, e sei que ela irá sofrer se Emiliano a trocar por esse imbecil.

— Alejandro: Temos que proteger Inês do meu padrinho, sei o tipo de homem que é.

— Victoriano: Irei proteger Inês, mesmo contra a vontade dela – abrindo a porta de seu carro – Boa noite Alejandro – entra e dá partida.

Alejandro sorri sozinho percebendo que Victoriano não o chamou com deboche de ‘veterinário’ e sim pelo seu nome. Sentiu seu celular vibrar no bolso, olhou a tela e atendeu sorrindo indo até seu carro.

— Alejandro: Diana, meu amor... desculpe ter saído da sua casa sem me despedir e só agora atender tuas ligações... fui a uma reunião de pais na escola das meninas e passei a tarde com elas.

***

Victoriano chegou à fazenda, mas não entrou pelo portão da frente foi pela parte de trás da casa estacionou o carro e saiu, não queria que o vissem daquela forma com sangue, sabia como suas filhas eram iriam ficar alarmadas e Inês preocupada. Mas quando ia passando pela porta de trás se esbarrou nela que tentava mais uma vez ligar pra Emiliano.

Ela o olhou espantada, o vendo com sangue no rosto e pelo pescoço já seco.

— Inês: Meu Deus, o que aconteceu com você Victoriano? – preocupada – sofreu um acidente de carro?

Victoriano a olhou por interio, Inês estava de vestido e isso lhe trazia boas recordações, sorriu de canto, fazia tempo que não a via usar um e esse marcava suas curvas e era lindo como a cor de seus olhos, destacando mais sua beleza.

— Inês: Victoriano? – exclama Inês o tirando do transe – me diz o que aconteceu.

— Victoriano: Briguei com Loreto, dei uma surra nele e aquele covarde me acertou com uma garrafada. Não era para ver isso Inês – passando a mão no rosto tentando limpar o sangue.

— Inês: Meu Deus Victoriano, não era pra ter ido até lá, o tanto que te pedi – o pegando pela mão – Vamos, irei fazer curativo em você.

— Victoriano: Inês... espera – a parando.

— Inês: Sei que ia entrar aqui por trás para ninguém te ver neste estado, então não se preocupe porque as meninas não irão te ver, estão em seus quartos.

Inês o olha levantando uma sobrancelha, como se dissesse “te conheço”.

Os dois entram na casa, quando iam atravessar a sala para ir ao antigo quarto de Inês Constanza desce as escadas. Inês empurra Victoriano para o lado na parede, o mesmo faz cara de dor por ter batido a cabeça. Inês fica encostada nele, olha pra Constanza que ia em direção à cozinha e depois para Victoriano e sussurra.

— Inês: Desculpe – o olhando – está bem?

— Victoriano: Por que me empurrou Inês? – a olhando zangado.

— Inês: Constanza vinha descendo as escadas e já foi demais o que ela passou hoje para ver o pai assim todo quebrado.

Victoriano dá um sorrisinho, arrodeia uma mão na cintura de Inês, se aproveitando da aproximação dela, claro que tinha prometido pra si mesmo manter distancia de Inês para não a perder para sempre, mas sua necessidade por senti-la era muito maior que qualquer promessa, seu amor o entregava. Descendo e subindo suas mãos pelas costa dela diz.

— Victoriano: Eu quebrado? Estou mais inteiro que nunca, não sabe o quanto foi prazeroso ter dado uma surra naquele infeliz – Victoriano afasta Inês de si com a mão na cintura dela e avalia seu corpo dos pés a cabeça – Meu Deus como você está linda.

Inês segurando a mão dele em sua cintura o olha sem entender aquele elogio.  

— Victoriano: Vestido em você Inês me trás recordações muito boas – a trazendo para si e sussurrando-lhe ao ouvido – Boas e prazerosas.

Inês se solta sem jeito, vê Constanza subir as escadas com um jarro de água.

— Inês: Vamos fazer logo esse curativo Victoriano.

Victoriano a segue e para no meio da sala, Inês o olha.

— Victoriano: Me desculpe Inês, não deveria te falar assim, prometi a mim mesmo que me conteria ao estar diante de te. Mas é tão difícil Inês.

Inês não responde nada e assim os dois seguem para o quarto.

Victoriano sentou-se na cama tirou seu paletó o deixando de lado e logo os sapatos, enquanto Inês pegava o kit de primeiros socorros na gaveta. Se aproximou dele deixando o kit de lado, pegou em seu queixo delicadamente levantou seu rosto e examinou todo seu rosto, levou seus dedos até seus cabelos tirando alguns caquinhos de vidro, enquanto tirava disse.

— Inês: Você precisa tomar um banho primeiro Victoriano, de nada vai adiantar fazer o curativo agora, está com sangue pelo rosto e pescoço – o olha – tome banho aqui, vou pedi para Jacinta pegar roupas para você.

Victoriano a olhou sair do quarto, logo foi tirando sua roupa e percebeu que sua mão estava inchada pelos muros que deu em Loreto, não se importou, ficou pensativo por saber que tinha que contar para Inês sobre Emiliano está morando com o pai agora e mais, por ele pensar que Inês e ele são amantes, fechou os olhos com raiva da petulância daquele moleque e seguiu para o banheiro somente de cueca. Inês entrou no quarto e o viu de costas, com suas pernas grossas e aquela apertada cueca o deixando gostosão, deu meia volta e saiu do quarto sem ele ver. Se encostou na porta com as mãos no peito, respirou fundo.

— Inês: tinha que ver isso?! Meu Deus.

Jacinta chegou perto de Inês e sussurrou como se fosse contar um segredo.

— Jacinta: Inésita, está aqui as roupas, a senhora Deborah não me viu entrar no quarto, estava dormindo, acho que é por causa da gravidas. Espero que o patrão esteja bem.

Inês suspira triste, não pelo bebê, mas pela péssima mãe que teria e por não ser ela que daria a Victoriano o varão que sempre quis, se não tivesse perdido o filho que esperasse de seu amor, talvez estariam juntos, mas o destino e a maldade das pessoas gostavam de brincar com o amor deles. Pegou as roupas das mãos de Jacinta e agradeceu, abriu a porta e colocou primeiro a cabeça para não se surpreender novamente com Victoriano desfilando somente de cueca pelo quarto, percebeu que estava no banheiro e logo entrou colocando as roupas em cima da cama, sentou-se ali tirando do kit de primeiros socorros o que precisaria para fazer o curativo.

Com o tempo Victoriano saiu do banho de roupão, viu que Inês estava distante com o telefone na mão, olhava para baixo, tinha o semblante preocupado, se aproximou dela.

— Victoriano: O que tem Inês?

Ela o olha e balança a cabeça indo até a cama.

— Inês: Só não consigo falar com Emiliano – indicando com a mão para ele sentar – e já o dia todo.

 Victoriano sentou-se, ficou a olhando não querendo falar, por saber que ficaria triste e mais preocupada ainda de saber que o filho que tanto amou, educou e criou com carinho a trocou para viver com o homem que tanto mal a fez e por estar pensando que a mãe é a pior das mulheres, bufou de raiva esfregando sua mão no seu punho fechado.

— Inês: Está doendo? – observou sua mão e logo pegou, olhou com dó de seu garanhão, sabia que Victoriano era bom de briga e já imaginava o estrago que estava à cara de Loreto – Você não muda mesmo Victoriano.

Inês fez o curativo em Victoriano, nada de grave apenas um corte entre sua testa e a raiz do cabelo, nada profundo, observou que sua boca tinha um pequeno ferimento passou remédio ali, enquanto Victoriano a olhava fazer tudo tão concentrada. Levantou da cama indo pegar um copo com água, entregou para ele e deu um anti-inflamatório.

— Inês: Pronto – pegando o copo – agora nada de mais brigas, me ouviu? – Victoriano a olha contrariado – Victoriano...

— Victoriano: vou bater nele quantas vezes me dé na telha, aquele desgraçado te fez sofrer demais Inês e não vou permiti que se aproxime de você novamente, e nem que por seu amor de mãe se desleixe na sua própria segurança – se levantou da cama e ficou de frente a Inês que não entendia essa súbita fúria de Victoriano – Se pensa que deixarei você morar com ele está muito enganada, não tô nem ai para as consequências Inês, mas eu juro que se por os pés na casa de Loreto eu mato ele, me ouviu, mato.

— Inês: Meu Deus Victoriano se acalme. O que você tem? Onde está com a cabeça para pensar que irei morar com Loreto? Isso não vai acontecer.

Victoriano morde o lábio com raiva e aponta.

— Victoriano: te conheço bem Inês e sei que quando souber que aquele moleque resolveu morar com o pai você fará de tudo para estar perto dele, você ama tanto Emiliano que aceitaria viver com Loreto só para ele não tirar seu filho de te.

— Inês: O que disse? – com os olhos molhados.

— Victoriano: Enquanto estava na casa de Loreto, Emiliano chegou com malas, pelo que sei irá morar com aquele infeliz porque pensa que somos amantes, acreditou em todas as mentiras que Loreto disse.

Inês começou a andar nervosa e mexendo nos dedos.

— Inês: isso não pode estar acontecendo, Emiliano não pode me deixar. O que vai ser de mim sem meu filho... – sentando na cama.

Victoriano se ajoelha pegando na mão de Inês.

— Victoriano: Tranquila mi Morenita, iremos resolver isso, vamos dá tempo para o Emiliano e depois conversamos com ele e contamos toda a verdade, está bem?

— Inês: Mas Emiliano não está seguro, Loreto não é um bom pai, tenho medo que algo aconteça ao meu filho, tenho que ir até lá – levantado.

Victoriano se levanta afobado a segurando.

— Victoriano: De jeito nenhum, isso é o que Loreto quer. Não vou permiti que saia há essa hora para ir a casa daquele infeliz

— Inês: Victoriano você não tem que permiti nada, eu vou até lá e buscar Emiliano – passando por ele.

Victoriano a segura pelos dois braços de costa pra ele e diz.

— Victoriano: não Inês. Emiliano está com raiva de você e o que menos quer nesse momento é conversar, então por favor – a vira – deixa de ser teimosa, nada vai acontecer com Emiliano, ele já é bem grandinho e sabe se cuidar. Vamos procurar ele amanhã e conversamos, está bem assim? – ela assente – Durma aqui, irei para o quarto de hospedes – pegando sua muda de roupa – Boa noite Inês – indo até a porta, para ali e a olha com vontade de dar um beijo de boa noite, assim como ela queria – Obrigada pelo curativo - saiu

***

Outro Dia.

Inês havia dormido no seu antigo quarto, como havia combinado com Victoriano iriam conversar com Emiliano no outro dia. Estava no banheiro tomando seu banho como de costume logo que acorda, era tão estranho para ela e ao mesmo tempo aconchegante está novamente ali, ter dormido e acordado com aquele cheiro de terra fresca juntamente com o café puro que emanava da cozinha. Enquanto se secava no banheiro lembrou-se que não tinha roupas limpas ali, se enrolou na toalha e com os cabelos em um coque foi até o quarto, remexeu pelas gavetas e como de se esperar não encontrou nada, respirou fundo e seguiu até a porta do banheiro, parou ali e olhou para a cama, viu um vestido branco florado com mangas acima do covelo e... peça intima vermelha. Inês ruborizou, sabia que Victoriano tinha deixado ali para vesti e ficou se perguntando aonde ele arrumou. Pegou o vestido com a peça, sua bolsa que estava na cadeira, dentro estava suas maquiagens e seguiu para o banheiro. Vestiu-se, se maquiou, soltou os cabelos, procurou na bolsa seu perfume e espirrou em si. Se avaliou no espelho e percebeu que o vestido lhe caiu muito bem, mexeu nos cabelos e saiu do banheiro. Victoriano a esperava encostado na parede de lado com as mãos no bolso. Estava com a calça e blusa preta, com seu paletó marrom e com um cheiro tentador para as narinas de Inês que engoliu em seco quando o viu. Arrumou a bolsa em seu braço e disse vacilante.

— Inês: Bom... dia Victoriano.

Ele foi caminhando até ela a olhando toda.

— Victoriano: Muito bom dia Inês. Você está tão linda.

— Inês: Obrigada – sorri sem graça – Pelo vestido e... – Inês morde o lábio – Bom, só obrigada.

Victoriano sorri de canto.

— Victoriano: É sempre um prazer.

Inês passa por ele e diz.

— Inês: Já estou pronta, vamos falar com Emiliano.

— Victoriano: Você viu que horas são? – Inês olha seu relógio de pulso – Ainda é muito cedo Inês, Emiliano vai trabalhar, vamos conversar com ele na hora do almoço.

— Inês: está bem, vou ver como Constanza estar antes de ir.

— Victoriano: Ir pra onde? – franzindo o cenho.

— Inês: Como pra onde? Para minha casa!

— Victoriano: Fica Inês, vamos tomar café juntos, as meninas ainda dormem – se aproximando dela.

— Inês: Não se aproxime assim – colocando a mão em seu peito o afastando – lembre-se da sua promessa Victoriano.

Inês da às costas para Victoriano indo em direção à porta. Quando Inês a abre Victoriano a fecha com força jogando-a contra ela.

— Victoriano: Que se dane a promessa.

Victoriano aprisiona Inês com seu corpo na porta a tomando pelos lábios urgentemente, enquanto a mão de Inês instintivamente foi as suas costas o apertado e dando o beijo que tanto desejava, em nenhum momento deixou de corresponder, sabia que não era certo, mas nesse momento não ouvia seu lado certo, avisou a Victoriano que não era de ferro, se deixou levar pelo desejo e amor que sentia por esse homem e a única coisa que fazia era delirar com cada investida da língua dele na sua boca, oferecendo também todo seu beijo quente para ele. Victoriano saboreava com muito prazer os lábios de Inês, seu anseio por beijar aquela boca era tão grande que nada mais importava a não ser aquele momento. Passou a passar as mãos nas laterais do corpo de Inês, sua mão parou na cintura dela, enquanto a outra desceu até sua perna, subindo e levantando o vestido apertou com desejo sua coxa, deixou os lábios de Inês e atacou seu pescoço, a suspendeu do chão, ficou entre suas pernas, sua mão deslizava e apertava suas coxas. Inês bagunçava o cabelo de Victoriano de olhos fechados, quando deu por si que estavam indo longe demais levou suas mãos no ombro de Victoriano tentando o empurrar.

— Inês: Victoriano... – ofegante.

Victoriano desceu Inês de seus braços, com seu rosto entre seu pescoço respirava agitado, deixando Inês arrepiada com sua respiração ali, pegou as mãos dela as prendendo na porta, encostaram suas testas, os dois buscavam o ar que perderam com toda essa pegação.

— Victoriano: Vestidos – sussurrando no ouvido de Inês com prazer em dizer essa palavra – gosto em seu corpo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

bjos até o próximo! :*