Depois de anos no acampamento meio-sangue, aprendi que não ter medo dos monstros que você enfrenta ajuda muito numa batalha, mas nunca, nem nos meus devaneios mais loucos eu imaginaria que eles fossem invocar para os bosques o Minotauro!

Ok, você deve estar pensando, “grande coisa”, mas acho que para se entender o porque do meu estado ao ver este monstro, devo contar a história do nosso ultimo encontro.

Eu tinha apenas 9 anos quando lutei contra esse monstro, na mesma época em que descobri ser  um meio-sangue, ele me atacou enquanto eu voltava de mais um bizarro dia escolar, onde eu jurava ter visto uma mulher com língua de cobra (que anos mais tarde eu descobriria que era uma dracaenae )quando ele atacou.

Obviamente eu não teria chance de lutar sozinho, mas meu protetor, um sátiro chamado Spark (que anos mais tarde foi procurar o deus Pã e nunca mais voltou) meu protegeu, mas foi por muito pouco.

Sobrevivi mais 2 anos no “mundo exterior” antes de ter que ir para o acampamento, e hoje 6 anos depois eu o reencontro.

- Quando eu disser já, nos corremos – eu sussurrei para Annabeth que estava ao meu lado.

- Porque não lutamos com ele – ela disse confiante

Logo percebemos que não estava sozinho, mas junto de 2 criaturas que pareciam ser meio humana e meio leão.

- Um combate direto pode ser difícil de vencer, vamos levar eles para o lago eu tenho um plano.

Na verdade eu não tinha um plano, mas a água sempre resolvia a maioria dos meus problemas, quem sabe ajudasse.

Corri como nunca corri na vida, fazendo curvas para confundir os monstros que por sorte, não eram muito bons em fazer curvas, meu cérebro trabalhava fazendo hora extra quando chegamos ao lago eu tive uma idéia:

- Annabeth suba nessa arvore e prepare algumas flechas de bronze celestial – disse torcendo para ela ter uma boa mira

- O que? – ele perguntou visivelmente confusa

- Vá e espere meu sinal – eu disse apressado

Os monstros finalmente me alcançaram e eu me concentrei no lago:

Redemoinho e

Pluft.

Aquilo virou um Hades, eu e os monstros fomos lançados em um vórtice enorme, saque a contracorrente e comecei a tentar agrupar as criaturas.

- AGORA – berrei para Annabeth

Ouvi o som de flechas cortarem o ar, e rezei para Apollo e Ártemis não deixarem aquelas flechas me matarem.

De repente o vórtice se rompe e eu estava jogado numa beira de lago pantanosa perto de um chifre de minotauro e duas presas, e um saco contendo duas coroas de louro.

- Bom trabalho Jackson – disse ela tentando reprimir um sorriso, eu estranhei, mas apenas sorri de volta e disse:

 - Me chame de Percy, por favor – disse fazendo minha melhor cara de cachorrinho com fome.

- Ok, Percy agora vamos sair logo daqui antes que apareçam outros.

No caminho só encontramos dois cães infernais, mas nada muito significativo,e no final do dia eu estava comemorando, havia ganhado o jogo e um ponto com a Annabeth.

- A Apolo e Ártemis – joguei um pouco da minha comida no braseiro, pensando “valeu caras, fico devendo essa”

- Parece que você sobreviveu percy – ouvi Bianca

Meu sangue ferveu, eu disse:

-Você sabia sobre o minotauro – eu disse me contendo para não sacar a contracorrente e descer na cabeça dela.

- Sim, por isso eu disse você vai encontrar um velho “amigo” – completou num tom de riso.

- Como sabia que eu já havia lutado com o minotauro? – perguntei

Ela pareceu assustada por alguns instantes como alguém pego no flaga, mas sua expressão logo voltou ao normal:

- Nem precisa se pesquisar para descobrir sobre sua vida – ela disse mais não parecia confiante no que estava falando.

- Eu deveria agradecer pela sua “ajuda”? –perguntei

- Ei eu te ajudei sim, eu prometi te ajudar com a Annie não com os monstros – ela retucou

Eu ri do aborrecimento dela

- Até mais Bianca.

Aquele havia sido um dia produtivo.