Black Pearl escrita por smoakouat


Capítulo 13
"Into The Darkness"


Notas iniciais do capítulo

Só para marcar presença mesmo ^-^
Bom capitulo pestinhas!!



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Storybrooke / Time: Presente

(Henry Pov/On)

Com o diário a minha frente, toquei sua capa prateada um pouco nervoso. Abri a tranca e folheei algumas páginas, observando-as abarrotadas de palavras, cheias de lembranças, memórias.

Voltei para o seu primeiro relato e comecei a ler.

(Henry Pov/Off)

Wonderland/ Time: Passado

(ValleryPov/On)

Não sei muito bem como escrever nisso aqui, mas Lady me disse para tentar, como se conversasse com alguém. (Isso é estranho, mas...)

Eu sou Vallery, a neta da (odiada) Queen of Hearts. Hoje, minha avó, Cora, disse que nossas aulas daqui para frente seriam diferentes.

No horário das mesmas, ela me levou para um dos pátios de treinamento dos soldados e falou.

— Com sua primeira década chegando, já está na hora de tomar novas responsabilidades, Vallery. – Quando chegamos, haviam vários soldados com espadas e roupas de treinamento.

— O que estamos fazendo aqui? –

— A partir de hoje você será treinada em batalha, querida. Mas quero que me mostre que superará todas as expectativas. – Ela se virou para mim muito calma.

— Como sua primeira lição, você deve matar todos os soldados neste pátio. – Arregalei os olhos e dei alguns passos para trás.

— O que?! Está louca?! Nunca peguei em uma espada e agora quer que eu lute contra todos eles?! – Ela me olhou friamente e respondeu.

—Você é minha neta. Deve conseguir. E você não sairá daqui até que todos estejam mortos. –

Ela se afastou e eu virei para encontrar os soldados caminhando na minha direção. Olhei para todos os lados, descobrindo estar cercada. Assustada e tremendo, abracei meu próprio corpo e fechei os olhos.

Porém os abri novamente ao sentir minha magia, descontrolada, lançar os soldados para longe, assim como diversas armas que estavam penduradas na parede. Apresei-me para pegar uma espada próxima. Contudo, antes que pudesse reagir, senti a lamina cortar minhas costas.

A dor transpassou minha mente, minhas costas “queimando”, antes que a raiva me dominasse. Era tudo culpa dela, como ela podia fazer isso com as pessoas e não sentir nada?!

Brandi a espada e posicionei meus pés, como já havia visto os soldados fazerem. Minha raiva aflorou e dispersou labaredas de fogo por entre os soldados, antes que eu transpassasse e girasse minha espada na traquéia do soldado que tinha me atacado.

Com raiva de Cora queimando dentro de mim, a matança começou.

 

**

 

Não me lembro quanto tempo passou, mas quando observei ao meu redor, de joelhos em sangue, ofegante, exausta, suja e tremendo. O pátio do castelo se encontrava cheio de corpos, tripas e fogo. Larguei a espada ao meu lado e levantei a cabeça quando o som de aplausos cortaram o silêncio, para encontrar Cora sorrindo para mim de uma sacada.

Respirava pesadamente, enquanto a adrenalina e o poder deixavam meu corpo. Minha visão já não focava em nada e eu podia sentir o sangue escorrer pelas minhas feridas, enquanto lágrimas caiam dos meus olhos. O cansaço vencia e eu me deitei no chão sujo e ensanguentado.

A última coisa que vi antes de apagar, foi o rosto de uma jovem criada sobre mim.

 

**

 

Minha avó, Cora, levou-me com ela para visitar o vilarejo de copas. Onde os súditos do reino vivem, em sua maioria.

Ela me falou que haveria uma celebração, a mesma que exigiria a nossa presença. Mandou-me colocar em um daqueles odiosos vestidos e entramos na carruagem.

Porém quando chegamos, descobri que não era celebração nenhuma. Era uma execução. Descemos da carruagem até o palanque erguido para nós. No caminho até ele eu vi as pessoas se curvarem, afastarem e tremerem de terror perante aquele sorriso frio que Cora tinha nós lábios.

Sentia-me tensa e meio triste pelo medo que via no rosto das pessoas quando ela começou a falar.

— Hoje é um dia especial. Escolhi a dedo três rebeldes para esta cerimônia. – Cora continuou falando, colocando medo nas pessoas, para que elas não mais se rebelassem ou ajudassem os rebeldes, porém meus pensamentos foram interrompidos quando ela, ao fim de seu discurso, virou-se para mim. – E portanto, no dia de hoje, minha querida neta arrancará seu primeiro coração. –

Com os olhos arregalados, dei alguns passos para trás. Passei os olhos pelo povo que pareciam igualmente, se não mais, surpresos e aterrorizados do que eu.

— Eu... Eu não... – Seus incisivos olhos cravados nós meus não me deixavam negar plenamente aquela crueldade.

— Oh meu bem, não seja tímida. Esse é um momento de orgulho para você. – Cora pegou minha mão levando-me para o seu lado. Não consegui esconder meu terror quando a mesma sussurrou para mim. – Não se atreva a me desafiar,“querida”. Você sofrerá as consequências se me desobedecer e nos envergonhar. – Fechei os olhos, tremendo.

Cora sorriu para as pessoas e mandou os guardas trazerem o primeiro rebelde. E ele veio. Era um jovem, alguns anos mais velho do que eu mesma. Quando foi colocado de joelhos, eu ficava apenas um pouco mais alta que o mesmo.

Eu tremia, aterrorizada. Cora apertou sua mão em meu ombro, encravando suas unhas ainda mais nele por alguns instantes, antes de se afastar. Olhei diretamente para os olhos âmbar do garoto a minha frente e o que vi me surpreendeu. Coragem.

Ele não temia a morte e, naquele momento, sabia que morreria. Em um único instante balançou a cabeça, com os olhos bloqueados aos meus, dizendo “tudo bem”. Aproximei-me dele, coloquei uma mão em seu pescoço e outra sobre seu coração. Tinha tomado minha decisão.

Com meus poderes impedi seu corpo de sentir dor e arranquei seu coração, o destruindo segundos depois. Seus olhos se fecharam e os guardas levaram seu corpo, trazendo os outros dois prisioneiros, com quem fiz o mesmo processo. E no final, estava feito.

Mais três pessoas haviam morridos pelas minhas mãos. Cora fez um discurso final e novamente entramos na carruagem para retornar ao castelo, quando ela me deu um tapa tão forte que suas unhas rasgaram meu rosto.

— Como se atreveu a me desobedecer, será punida quando chegarmos em casa. – Falou ela, mais fria e cortante do que de costume.

— Mas eu os matei! Arranquei seus corações! Fiz o que me mandou! – Disse com lágrimas escorrendo por meu rosto.

— Abaixe esse tom ao me dirigir a palavra. – Respondeu, agarrando meu rosto machucado com uma mão. – Você fez errado. Teve misericórdia, os poupou da dor da morte. Achou mesmo que eu não descobriria?! Menina tola. –

Fria e sem expressão, largou meu rosto, jogando-me no piso gelado da carruagem. E lá permaneci, com medo até de respirar, mas sabendo que nada se compararia a dor que  sentiria ao chegar em casa.

(ValleryPov/Off)

 

**

 

Storybrooke/ Time: Presente

(Henry Pov/On)

Fechei o diário a minha frente. A mente em branco, as lágrimas caindo dos meus olhos. Não conseguia conceber quão terrível deve ter sido ter uma vida assim. Sobreviver a toda essa dor, sozinha, sem nenhuma chance de liberdade.

Alguns poderiam ter pena, porém todo o sentimento que eu podia alimentar sobre ela era admiração. “Espera um segundo!”, pensei.

Parei por um instante, secando as lágrimas, pois acabei de notar algo. Reli novamente algumas passagens do diário, o queixo caindo e os olhos arregalados. “Cora, Queen of Hearts. Como em Cora, minha avó?”. Os fatos se ligavam em minha mente, revelando algo surpreendente.

— A Vallery poderia ser... Minha irmã? – Falei para mim mesmo.

Somente o pensamento, trouxe um meio sorriso ao meu rosto, imaginando o quão engraçada seria a sua reação caso eu a chamasse assim. A afirmação soou estar no lugar certo.

(Henry Pov/Off)

 


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Notas finais do capítulo

Autora 1:
Em minha defesa, os capítulos já estavam prontos há semanas, MAS ALGUÉM ficou com preguiça de postar!! (vulgo autora 2) U.U

E é isso por hoje leitores!!
Esse capitulo foi tenso ein? Teorias, teorias, nós adoramos elas *-*
OUAT entrou na 6º temporada agora. Quem estiver assistindo de sinal de vida o/ ! O que estão achando?
COMENTEM pessoinhas!! Seja para criticar, falar bem ou só o nosso "continua" de incentivo ;) !!