Say When escrita por Lorena Gama


Capítulo 1
Rotina Normal




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Scott:

 

 

 

— Vamos Scott acorda vai – disse minha irmãzinha mais nova pulando em cima de mim.

— Eu já vou – gemi me virando pro lado fazendo ela cair sentada na cama.

— Vamos Scott você prometeu me levar no parque hoje... Lembra? – disse ela tocando em meu rosto.

— Tá bom... – me sentei na cama com os olhos fechado então abri um só e olhei pra ela – Feliz?

— Vai tomar banho e tomar café da manhã eu mesma que preparei...

— Tá bom... – falo cansado e indo até o banheiro tomar banho, depois do banho acho a primeira roupa que vi no guarda roupa arrumo e desço pra tomar café.

— Eu que fiz especialmente pra você – disse minha irmã mais nova Melanni, Ela tinha 5 anos e era daqueles tipos de criança que só tem a cara de anjo. Ela lembrava muito a minha mãe os olhos castanhos o cabelo preto e um sorriso lindo. Meu pai é alcoólatra então eu basicamente criei a Mel sozinho sem ajuda de ninguém a não ser da Sra. Pierce, ela era minha vizinha então quando ia “trabalhar”. Chegando na cozinha eu vi em cima da mesa um protejo de café da manhã...

— Hey Mel que tal a gente pular o café da manhã e comer besteira na lanchonete... – disse.

— Não a Sra. Pierce disse que não podemos pular o café da manhã – disse ela. – Então  come...

— Tá bom – me sento na mesa bem na frente do prato – O que é isso?

— Omelete de carne moída – respondeu ela sorrindo.

—  Carne moída?! – então encaro o prato.

— Uhum – sorriu ela – Come...

         Então encarei aquele prato e dei uma garfada naquela comida, comecei a me engasgar um pouco. Aquele trosso tinha gosto de tudo menos de omelete. Agora foi a pior parte era engolir aquilo, foi pior ainda... Mas depois com muita coragem eu engulo e me levanto rapidamente pegando prato e colocando na geladeira.

— O que achou? – perguntou ela.

— Tava muito bom – respondi – Tava tão bom que deixei um pouco pra mais tarde...

— Vai com  er quando for trabalhar?

— Sim – menti – Agora vamos pro parque?

— Vamos...

        Levei ela pro parque, chegando lá me sentei no banco onde minha se sentava quando me trazia pra cá quando era pequeno. E fiquei observando a Mel brincar...

        Eu sempre quis ser tudo pra ela além de um irmão pra ela, um amigo, um protetor um pai; no qual eu nunca tive. Ela era a coisa mais importante que havia na minha vida e eu sabia que um dia eu não poderei ver mais ela. Pois a assistente social disse que tinha uma família pra ela que morava nas Colinas, no local mais rico de Los Angeles, então eu poderia visitar ela quando eu quisesse. Pelo que eu conheci da família eram boas pessoas, não tinham preconceito por causa do local de onde eu venho e eles haviam perdido a filha deles quando ela tinha 5 anos. Depois de tempos que resolveram  adotar uma criança, pelo que percebi eles tinham uma história triste...

— Scott – volta Mel chorando até o meu lado – Ele me bateu ?

— Quem bateu em você? – perguntei.

— Ele – ela apontou pra uns meninos que deveriam ter uns 9 anos.

— Lembra quando te ensinei chutar uma bola? – perguntou e ela fez que sim com a cabeça  - Imagina que no meio da perna dele existe uma bola de futebol e chuta com muita força...

— Com toda minha força? – perguntou ela.

— Com toda sua força – respondo – Você consegue vai lá.

        Então ela saiu correndo indo em direção do menino, fiquei observando de onde estava. Então ela dá um chute no meio fazendo ele cair e volta correndo até o meu lado.

— Eu quero ir pra casa dos Mille você me leva? – perguntou ela.

— Levo sim – sorrio de lado e então pego ela no colo e volto pra casa, chegando em casa pego o carro do meu pai e vou  pra casa dos Mille. Os caras que iriam adotar a Mel, buzino na frente da casas então sai o Peter Mille. Deveria o uns dos caras mais rico dos Estados Unidos, sempre que dava eu via ele na TV fazendo eventos de caridade. Saio do carro com a Mel no meu colo – Oi Sr. Mille

— Você sabe que pode me chamar  de Peter, Scott – respondeu ele. Peter tinha olhos azuis, loiro parecia esses caras que as meninas se matam vendo eles na TV ou nas revista. – Quer entrar?

— Não eu só vim deixar a Mel aqui, e estou indo pro meu trabalho... – falo colocando a Mel no chão e falo – Mel comporte-se...

— Ta bom Scott – disse ela.

— Scott – chamou-me Peter – Gostaria de pedir se ela poderia passar um tempo aqui em casa. Pra ela poder se acostumar um pouco.

— Claro que pode... –falo um pouco desanimado – Mais tarde eu trago suas roupas...

— Tá bom – sorriu ela e me abraçou – Eu te amo Scott...

        Me abaixei e fiquei do tamanho dela.

— Eu também te amo minha pequena... – disse pra ela beijando sua testa, então entro no meu carro e vou pra um local de baixo da ponte me encontrar com os outros caras.

— Finalmente você chegou Scott – disse Cora. Cora era “minha namorada” na verdade a  gente se pega as vezes. Mas ela acha que nos pegamos sério então deixe ela pensar assim.  Cora tinha cabelos comprido até as costa, uma cara redonda, até que ela era gostosa – Onde estava?

— Estava levando minha irmã pra casa dos Mille... – respondo.

— Nós poderíamos entrar lá naquela casa... – disse Thomas, ele era o meu melhor amigo. Porém ele três vezes maior que eu e havia varias tatuagens de presidiário pelo corpo todo. Mas mesmo assim dando medo em muita gente ele era um otário. – Eles devem ter muita coisa.

— De jeito nenhum – falo bravo. – Vocês não vão fazer nada com aquela casa..

— Só porque você quer que a sua irmãzinha seja adotada? – perguntou Cora. Agora havia me lembrado por que eu não gostava dela, ela era muito egoísta sempre pensava a favor dela e mais nada. – Por favor Scott...

— Por favor você Cora, Melannie não tem com quem viver, ela não pode morar lá em casa com meu pai bêbado querendo bater na gente... Ela merece coisa melhor – falo irritado – Eu estou farto de você sempre pensa em você e nunca nos outros... Ela tem uma chance de recomeçar a vida dela... E se você estragar isso eu juro que acabo com a sua vida...

— Eu não tenho medo de você Scott – rebateu ela.

— Então é melhor ter –  entro no meu carro irritado, e saio de lá cantando pneu. Depois de me sentir sozinho, eu entro em um prédio abandonado, subo até o terraço então fico lá em cima olhando as pessoas passando, a cidade acordada me sento na beirada do prédio e começo a refletir na vida. Sobre tudo que a Mel passou, a última vez que confiei no meu pai pra ficar com a Mel;  ele a espancou até deixar a menina completamente apagada... Foi o pior dia da minha vida,  foi ver minha irmã tão pequena só com 3 anos internada toda roxa, toda entubada ligada em aparelhos pra manter ela viva. Depois daquele dia eu prometi a mim mesmo que daria uma vida melhor pra ela. Então apareceu os Mille na nossa vida, querendo adotar não só ela mas a mim também. Eu recusei a oferta deles me adotarem só criassem minha irmã, ela só tinha 5 anos e não sabe nada da vida. E bom a rua que me criou depois que minha mãe morreu... Mas acho que era forte suficiente ou esperto de nunca ter aceitado nenhum baratos que aqueles caras me ofereciam... Acho que de todos dos Day Trotters, eu era o único que não era viciado em nada, nem em cigarro...

        O dia foi passando e eu continuei ali naquele prédio, onde naquela parte não havia se quer uma gangue que dominou aquele território, não havia um grupo mal-encarado pelas esquinas da rua.  Porém ali era um quarteirão a minha direita era o território dos Night Creeper e duas quadras a minha esquerda era o território dos Day Trotters. A guerra entre gangues, sempre saia em morte. Então os líderes de cada uma pediram pra que não cruzassem o caminho de ambos nunca mais... Mas a pergunta na minha cabeça era – Será que era possível ambas gangues não cruzassem o caminho de cama uma novamente?.

 

 

 

 - Scott – ouvi alguém me chamar, olhei para baixo era meu primo  Miguel. – Desce aí cara...

— Já vou – saio do terraço do prédio então  desço indo até meu primo. – E ai Miguel?

— O que faz por aqui cara? – perguntou ele.

— Estava precisando espairecer um pouco – respondi.

        Miguel e eu sempre fomos muitos amigos, na verdade erámos quase irmãos. Sempre aprontávamos alguma coisa ou com alguém. Miguel era um pouco maior que eu, ele era branco como papel e tinha um cabelo meio bagunçado. O mais legal é que ele era de nenhuma gangue.

— Entendi – disse ele – Que tal a gente irmos numa festa...

— Agora? – perguntei. – Na onde?

— É na parte nobre da cidade relaxa – riu ele – Então vamos...

— Bom eu preciso me divertir um pouco – sorrio – Então vamos pra festa...  – entro em meu carro junto com o Miguel – Precisamos passar em algum lugar?

— Não... Meus amigos já estão lá... – respondeu.

— Okay – falo ligando o carro e indo pra festa.


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