Schoolmates escrita por wukindly


Capítulo 1
Schoolmates


Notas iniciais do capítulo

Um fluff com o Sam adolescentezinho para iluminar um pouco esse tempo chuvoso hehehe
Espero que gostem. ♥



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Ter uma queda pelo garoto novo da sala parece ser algo clichê, e realmente é, mas ter uma queda por Sam Winchester é totalmente diferente, embora não pareça.

Sam definitivamente fazia o tipo “garoto mistério” do lugar, mas mesmo assim continuava sendo simpático com qualquer um que fosse falar com ele; e isso foi o suficiente para conquistar o coração de Lucy McCrory, a garota que sentava ao lado dele durante algumas aulas.

Lucy sempre havia roubado sorrisos de Sam, desde a primeira vez que se viram. Toda vez que a loira o olhava ele sorriria para ela, e ela para ele, desviando o olhar dentro de segundos. Às vezes notava que após fazer isso as bochechas de Sam tomariam um leve tom rosado, o que era bem fofo em sua opinião.

Depois de algumas semanas o observando, ela decidiu falar com ele. Não que eles já não tivessem conversado antes. Ocasionalmente eles formavam dupla e falavam sobre assuntos aleatórios, mas ela estava decidida a ter uma conversa de verdade com ele. Destruir esse obstáculo em sua vida: a timidez.

Naquele dia, ela viu Sam chegando à escola com seu irmão, que notou a presença garota no portão da escola antes mesmo do mais novo, o empurrando discretamente e sorrindo, acenando a cabeça para Lucy. Quando os olhos castanhos caíram nela, a familiar vermelhidão tomou o rosto do garoto, que lhe deu um breve aceno, que a garota retribuiu.

— Hey. – ela o cumprimentou quando ele chegou ao seu lado. Dean cutucou Sam, que o empurrou para longe e deu um sorriso envergonhado a ela.

— Oi. – respondeu, coçando a nuca.

Os dois começaram a entrar na escola lado a lado, sem dizer uma palavra, mal olhando um para o outro. Não estava saindo nada como Lucy havia planejado.

O sinal havia batido. Física. Ótimo. Eles não tinham a primeira aula no primeiro período. Os dois pararam na frente da sala dela, ainda sem se olhar normalmente. As pessoas passavam por eles para entrar e os encaravam de forma estranha.

— Então... – Sam disse, finalmente parando com seu olhar nela – Te vejo depois.

— Tá bom... – ela sorriu e antes de entrar na sala, sentiu a mão dele segurando levemente seu pulso.

— A gente podia se encontrar, sei lá, pelo intervalo. – ele se mexia agitadamente, ansioso pela resposta.

— Claro. – um sorriso apareceu nos lábios dela, fazendo-o sorrir também.

— Então tá, a gente... – ele saiu correndo – A gente se vê lá!

O jeito todo atrapalhado de Sam a fez sorrir enquanto entrava em sua sala, recebendo um olhar malicioso de Riley, sua melhor amiga. Ela murmurou algo como “Wincrory” quando Lucy passou perto de sua mesa, arrancando um sorrisinho da garota.

O intervalo pareceu custar a chegar naquele dia, mas quando o sino bateu, ela sentiu o coração quase saindo de sua boca. Suas pernas estavam meio bambas no caminho do refeitório.

Seus olhos vasculharam o local, buscando pelo garoto moreno, que já estava olhando para ela quando o viu. Sam parecia nervoso. E ela podia ver, porém ignorava, os olhares furtivos que Riley lançava a eles com um sorriso brincalhão.

— Hey. – Lucy disse ao se sentar na mesa, lançando um sorriso doce a Sam.

— Hey. – ele olhava ansiosamente para os lados, buscando por algum assunto. Por que aquilo tinha que ser tão difícil? – Vai comer alguma coisa?

— Nah, a fome não me atinge essas horas. – ela sorriu sem graça – Você?

— Eu acho que não – ele parecia incerto – Então, como foi a aula?

Aquela era a pior conversa que eles poderiam ter naquele momento, e a tendência dos assuntos só iria piorar; e por sorte, Riley pareceu perceber isso.

— Hey Sam, você tem cara de quem adora um bom filme de terror. A Lucy é amarradona nisso. Adeus. – e com isso Riley desapareceu em meio às outras pessoas, embora Lucy não duvidasse que ela ainda pudesse ouvir a conversa deles.

— Então... – Sam começou – Filmes de terror?

— É. – ela riu sem graça, esfregando as mãos uma na outra – Eu não gosto tanto assim, mas sempre é bom assistir uma hora ou outra pra levar alguns sustos.

— E você gosta de levar sustos? – ele riu baixo.

— Quem não gosta?

Depois daquele dia, daquele momento, eles acabaram virando ótimos amigos. Durante vários dias da semana Sam iria à casa de Lucy para assistir alguns filmes de terror. Dean vivia a zombar dos dois, mas sempre parecia feliz de ver Lucy com Sam. Porém o Winchester mais novo sempre esteve com um pé atrás com tudo isso. Ele teria que ir embora alguma hora e provavelmente nunca mais a veria. Mas esse tipo de pensamento era totalmente esquecido no momento que a via, sentindo seu coração palpitar mais rápido do que o de costume.

Não demorou muito tempo para que Riley começasse a andar junto deles também, sempre murmurando palavras para Lucy que Sam não conseguia entender. Ela tinha uma mania irritante (e ainda assim maravilhosa) de empurrar a loira para cima dele, deixando os dois envergonhados.

Ao final das aulas, eles ficariam para o plantão de dúvidas na escola, junto com mais outros três alunos aleatórios. Normalmente ficariam mais conversando do que estudando; sabiam que isso aconteceria, mas não ligavam muito para aquilo.

— Cine Drive-in. – ela sussurrou quando se sentou ao lado de Sam na grande biblioteca – Sexta. Horror em Amityville. Que tal?

Um sorriso espontâneo saiu dos lábios do garoto e ele fechou o livro que estava lendo no momento.

— O pessoal da escola está indo?

— Nah. – ela deu de ombros – Eu e você, apenas.

A garota tentou soar confiante e tranquila, e até conseguiu, mas por dentro ela se sentia como se fosse vomitar a qualquer segundo.

— Ah. – Sam podia sentir as bochechas esquentando; ele riu sem graça – Claro, eu acho.

— É um encontro, então. – ela sorriu animadamente.

Sam congelou pelas palavras dela, encarando-a por alguns segundos, o que a deixou nervosa. Não deveria ter dito aquilo? Então aconteceu. Os lábios do garoto se chocaram contra os dela. Foi a vez de Lucy congelar, mas seus olhos foram se fechando lentamente. Uma das mãos do Winchester se aproximou de sua bochecha, acariciando-a levemente, e a outra foi para em uma das mãos da menina, segurando-a. O momento parecia estar perfeito, o tempo parado, porém não durou muito.

Uma tosse forçada pôde ser ouvida atrás deles, revelando a bibliotecária, que não os encarava de forma agradável. Eles seguiram as ordens e saíram do local.

Nenhum dos dois parecia ter coragem para falar algo, mas Lucy podia sentir o olhar de Sam nela. Ele a beijou, mesmo. A loira sentiu suas bochechas ardendo, e com isso, a pela macia da mão de Sam tocando na dela. Não, não era um sonho. Sam Winchester estava mesmo andando de mãos dadas com ela. Nos dias seguintes os dois ficaram ainda mais próximos, roubando ocasionais beijos um do outro.

Estavam muito animados para que o final das aulas da sexta-feira chegasse. Dean conseguiu convidar uma garota, o que não foi difícil, para que pudesse levar o caçula e sua “namorada” junto. Claro que não ficariam juntos, que grande mico seria, não é? Dean e a garota não estavam nem um pouco interessados em assistir o filme, então simplesmente iriam deixa-los por lá. Seria uma grande noite.

— Eles vão vender alguma coisa por lá? – Sam perguntou.

— Você já foi a um Drive-in antes? – ela riu e ele deu de ombros, sorrindo – Sempre podemos contar com a lanchonete que tem lá. Eu te deixo me pagar uma pipoca.

Sam riu enquanto brincava com os dedos da garota, que estavam entrelaçados com os dele. Eles estavam sentados a frente da escola, esperando Riley sair da detenção que havia tomado após se meter em uma briga no meio da aula.

— É, é. Eu te deixo me abraçar se ficar assustada. – ele disse num tom brincalhão, abraçando-a de lado.

— Eu posso precisar. – riu, se aconchegando mais no abraço do garoto.

Sam a encarou, traçando cada detalhe da loira, reparando como os olhos dela brilhavam quando se direcionavam para ele. Parecia muito o jeito que os dele brilhavam quando olhava para ela. O Winchester sabia exatamente o que sentia pela garota, que efeito causava nela.

— Lucy? – ele sussurrou.

— Hm?

Ele olhou dentro dos olhos dela e suspirou, logo depois rindo e beijando a sua testa. Ela o abraçou com mais força, rindo levemente. Aquela era a hora.

— Eu te amo. – Sam murmurou contra o cabelo dela.

Lucy o olhou, o brilho nos seus olhos mais intenso do que jamais estivera. Ela o beijou, tirando a preocupação do garoto sobre algo estar errado com sua declaração.

— Eu também te amo, Sam. – ela murmurou contra seus lábios.

No momento seguinte os dois estavam abraçados firmemente, ambos com um sorriso bobo em seus rostos. O qual se desmanchou dos lábios de Sam ao ouvir uma buzina conhecida. Seu pai. Dean. Impala. Eles se encontravam na frente da escola, e Sam sabia exatamente o que queria dizer.

Quando o olhar do garoto caiu em Lucy, ela pôde ver a dor no qual se encontrava; o mesmo olhar que Dean lhe lançava de dentro do carro. Então sentiu os braços de Sam a envolvendo, apertando-a como se sua vida dependesse disso.

— Eu vou te ligar. – ele sussurrou apressadamente, sua voz embargada com o choro que segurava – Eu vou voltar por você. Eu prometo.

Sam lhe deu um rápido último beijo antes de ir em direção ao carro. Dean sorriu tristemente para a garota, acenando para ela. O olhar da loira caiu no adulto, que a encarou enquanto o filho entrava no veículo. Ele lhe mandou um breve aceno com a cabeça antes de colocar o Impala para andar.

O olhar dela seguiu Sam, que não parou de olhá-la até que o carro sumisse no horizonte.

Lucy esperou.

Mas ele não ligou.

Muito menos voltou.

Aquela foi a última vez que viu Sam Winchester.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Yep yep, é uma coisinha bobinha só pra descontrair.
TODOS PRECISAM DE UM FLUFF DE VEZ EM QUANDO.
Sam Winchester não escapa.
Espero que tenham gostado.



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