Totalmente demais 2 escrita por SrtaLili


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hey amores gostaram da nova capa? Não sou muito boa nisso hehehe mas vamos lá, capítulo novo eeeeeee



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Eu congelei estática olhando pra frente.

— AAAAAAAAAAA!!! SURPRESA!!

— Por favor Cassandra, pare de gritar — Lili equilibrava um pequeno ser que se remexia em seus braços.

— Eliza! Minha filha somos nós — olhei pro meu pai ainda sem reação.

— Ué gente, ela sabe quem somos nós, não perdeu a memória! — Cassandra prosseguiu dando pulinhos — Surpresa!! AAAAA!!!

— Chega Cassandra, você já gritou várias vezes — meu irmão cutucou a namorada.

— Eliza... — Jonatas olhava de mim para minha família — tudo bem?

Não. Bom, eu estava há 11 meses na França e as vezes ainda tinha pesadelos. As vezes me assustava com qualquer coisa que caísse ou se mexesse perto de mim. Em alguns momentos, acordava com o menor dos ruídos na madrugada e não sossegava enquanto não inspecionasse a casa inteira. O trauma...foi demais.

— Tudo bem — menti — hey Jonatas, você sabia disso não é? Por isso fez tanta questão de voltarmos.

— O Dr Germano ligou há uma semana pra avisar da viagem. Foi difícil esconder.

— Chegamos tem oito horas — meu pai abriu os braços para mim.

— Eliza... — Jonatas continuava incerto — acho que percebeu meu nervosismo.

— Tudo bem — disse andando até meu pai — estava com saudades pai.

— Desculpe se assustamos você filha — ele me envolveu em um grande abraço reconfortante.

— Não assustaram, foi só a louca da Cassandra.

— Não entendi, o que eu fiz agora? — Fabinho fez sinal pra que ela se calasse e veio até mim me abraçando também.

— Eu senti muita falta de vocês, se soubesse que viriam, nem teria ido até o coquetel.

— Não importa cunhadinha, porque nos instalamos em um hotel que é maravilhoso! Eu me senti uma estrela igualzinho a santa Kim Kardashian! — sorri pra ela.

— Até de você eu senti falta! — também a abracei.

— Isso é porque ninguém consegue viver sem mim! — ela retribuiu o abraço, enquanto Lili se aproximou.

— Tem alguém que estava ansioso pra te ver.

Eu deixei Cassandra de lado, dando um abraço e beijo rápidos na esposa de meu pai e estiquei os braços para o bebe em seu colo.

— Oi Felipe. Lembra de mim? Sou sua irmã Eliza — ele virou a cabecinha pra mim e segurou a alça do meu vestido. — você está enorme, quando te vi no natal, você era um recém nascido! Ele é lindo! — os olhos da Lili brilharam de orgulho.

— Com você e o mendigato aqui todo esse tempo sozinhos, achei que encontraríamos mais um Felipinho não é gente?!

Ninguém respondeu a essa maluquice. Meu irmãozinho gargalhou e remexeu as perninhas.

— Olha, acho que ele gostou de mim!

— É impossível isso não acontecer — Jonatas piscou pra mim.

— Espero que não se importe Eliza, nós arrumamos a mesa, ainda não jantamos, estávamos esperando vocês — Lili mostrou o corredor que dava para a outra sala — Estávamos lá, quando chegaram.

— Quase não comemos também — Jonatas falava enquanto ele e Fabinho seguiram pelo corredor, enquanto eu fazia caretas para Felipinho que respondia apertando minhas bochechas.

— Eu te contei cunhadinha? Eu fui capa da Totalmente Demais! De novo!

— Você me disse isso nas 16 vezes que me ligou ano passado. E também me deu uma revista de natal enquanto eu te dei um vestido.

— O paizinho faz tudo que eu quero — ela continuou sem ouvir nada do que eu falava — agora sou celebridade como a santa Kim Kardashian!! Quando chegamos ao aeroporto os paparazzi vieram correndo pra cima de mim!!

— Isso porque uma cantora famosa havia desembarcado também. E adivinha quem grudou nela?

— Foi a única chance dela de estar com a modelo que saiu duas vezes, DUAS VEZES — ela sinalizou com o dedo — na capa da Totalmente Demais! — ela rodopiou — Eu não sou uma estrela Felipinho? — ela se aproximou dele que apertou o nariz dela, tentando arrancá-lo — AI!

— Chega disso menina — Lili a puxou pelo braço — você não para quieta desde que chegamos. Já não basta distribuir suas revistas a todo mundo e sair falando português com pessoas que não te entendem?

— Eu também não entendo nada do que eles falam sogrinha — elas foram até a outra sala. Meu pai olhou para mim, os olhos cheios de ternura.

— Não é a primeira vez, mas é ótimo ver você com seu irmãozinho — ele acariciou a bochecha do bebê que esticou os bracinhos pra ele.

— Eu estou muito feliz de estarem aqui — entreguei o bebê para ele — estou mesmo pai. Eu e o Jonatas somos felizes juntos aqui, mas sinto falta da minha família.

— Eu sei. Era pra Gilda e seus outros irmãos terem vindo também filha, só que as crianças tem escola.

— Sei disso — assenti triste — Mas estaremos em casa logo.

— Pelo que o Jonatas andou falando, você tem outras propostas.

— A única proposta que eu aceito agora, é de pegar o primeiro vôo pro Brasil — ele me abraçou me juntando ao meu irmão, que resolveu que meu cabelo parecia apetitoso porque pegou uma mecha e colocou na boca — ei mocinho! — ele riu travesso.

— Ele é terrível — meu pai disse com uma cara séria, mas seus olhos mostravam divertimento — nem imagina o que ele já faz com apenas seis meses — ele ergueu o bebê no ar que gargalhou divertido — Agora vamos lá, preparamos um jantar para vocês.

— Eu que tinha que ter preparado algo pra vocês que são nossas visitas.

— Não se preocupe, não vai comer nossa comida horrível. Pedimos tudo no '' Le Clos Y''

— Adoro esse restaurante!

Nosso pequeno apartamento era simples e aconchegante. Nos mudamos para ele semanas após chegarmos, com a ajuda de Josie que na época já era incrivelmente prestativa. Tínhamos uma mesa de jantar que nunca usávamos, já que eu e Jonatas geralmente comíamos no sofá ou na cama, porém ver minha família na mesa cuidadosamente arrumada por Lili parecia perfeito, como se a mesa só estivesse esperando por uma família de verdade. Lili anunciou o menu.

— Temos Filé ao molho madeira, Legumes salteados, Strogonoff, Um gratinado de pernil, Lagosta (ela revirou os olhos) e um mingau especial pro mocinho aqui.

— A lagosta é pra mim!! — Cassandra anunciou — Eu que pedi, eu vou comer!

— À vontade – ri junto com Jonatas, nunca conseguíamos comer essas coisas sem fazer uma enorme sujeira. Pela expressão de Fabinho não éramos os únicos.

— Cassandra, você nem sabe como comer direito.

— Ah, mais eu aprendo, estou em Paris, e vou comer bem chique! — ela se sentou enquanto ele suspirava derrotado.

Nos sentamos na mesa, com Lili dando papinha pro Felipe, que parecia mai interessado em colocar as mãozinhas no prato de comida, e meu pai idolatrando a cena. Fabinho estava entretido em ensinar pra Cassandra como usar o rachador de garras, ela fazendo mais sujeira que meu irmão de poucos meses de vida.

— Eliza — Jonatas segurou minha mão por debaixo da mesa — eu devia ter imaginado o quanto você poderia se assustar e...

— Relaxa — apertei sua mão de volta — valeu a pena — olhei a cena a minha frente.

Quando eu contei a Josephine tudo que havia acontecido antes de virmos para cá, ela disse que eu e Jonatas deveríamos conversar com uma psicóloga, que algum especialista iria nos ajudar com os traumas que vivenciamos.

A verdade é que meus traumas eram muito complexos para qualquer especialista conseguir analisar. Eu fiquei perdida ao ver o Jonatas caído ensanguentado, e pensar que iria perdê-lo foi o pior e mais difícil momento da minha vida. Tudo acabou bem, só que o meu coração já havia sido despedaçado tantas vezes, que mesmo quando isso passou, as feridas demoraram a cicatrizar. Jonatas ficou bem. Ele era meu amigo, meu protetor, meu porto seguro. Ele sorria para mim, e eu sabia que ele era inabalável. Eu me sentia confortada, como se mesmo que estivesse perdida em um oceano imenso, ele sempre apareceria para mim, me resgatando e me trazendo de volta a terra firme.

Só que mesmo depois de ser salva, eu ainda ficava insegura. Assustada, traumatizada. Era bobagem, tudo tinha acabado. Nós estávamos bem agora. Entretanto, as lembranças que te marcam na alma, nunca te abandonam. E as cicatrizes que a vida te deixa, sempre continuam a doer, te assombrando como um pesadelo que não termina nem quando você desperta.

— Eu estou bem — falei mais para mim mesma do que pra ele — estou sim.

— Cassandra — Fabinho me tirou de meus devaneios — você não sabe como fazer, e você nem gosta de lagosta!

— Eu sei sim ó — ela apertou a garra da lagosta com tudo quebrando um pedaço que saiu voando e...ai Deus, aterrissou diretamente no prato de mingau do bebê, espalhando nele e em Lili.

Tudo ficou muito quieto por um instante.

Felipinho riu, meu pai respirou fundo e Lili...bom se saísse raios laser dos olhos dela, Cassandra estaria pulverizada naquele momento.

— Nossa sogrinha desculpa!! — Cassandra se levantou — eu ajudo!!

— Não — Lili berrou, mais ela já estava em cima dela, enquanto o bebê batia na mesa dando gritinhos animados.

— Aqui, isso aqui é vinho! Tem álcool, e a Débora sempre usava álcool pra limpar tudo lá em casa!

— Cassandra não — Fabinho gemeu

Lá estava ela esfregando vinho tinto nas roupas da Lili. Mordi o lábio tentando não rir.

— Nossa, ta sujando mais! — ela pareceu confusa.

— Estamos percebendo — meu pai falou — socorro? — ele olhou pra mim.

Eu peguei meu irmãozinho no colo que batia palmas alegre balbuciando em uma linguagem desconhecida. Fabinho retirou Cassandra de cima da Lili, antes que ela passasse vinho no rosto da ‘’sogrinha’’.

— Eu sabia que precisaria trocar o Felipe, mas não a mim mesma. — meu pai esfregava o guardanapo no cabelo dela tentando limpar, e falhando miseravelmente.

— Esse vinho não deve ter álcool suficiente e..

— Já deu Cassandra! — Fabinho cobriu a boca dela.

— Minhas roupas não vão servir em você Lili. — falei.

— Com certeza não, vamos embora. Mas antes eu vou tentar tirar um pouco disso, ou quando chegarmos no hotel, vão pensar que sofri um ataque terrorista. — ela foi para o banheiro.

— Eu vou trocar o bebê — meu pai pegou ele do meu colo.

— Você estragou o jantar em família Cassandra! — Fabinho acusou, enquanto ela se apressou em se defender.

— Eu só preciso praticar mais! Na próxima vou comer aquelas lesminhas lá, como é o nome...

— Escargot. E não acho uma boa idéia Cassandra — falei, imaginando se Lili aguentaria um escargot direto na cara — de qualquer forma, está tudo certo, não vamos brigar, teremos outros momentos em família não é?

— Sim, meus pais querem ficar uma semana, ainda vai ter que aturar muito a gente maninha — ele olhou pra Cassandra — espero que Paris sobreviva a ela!!

— Eu quero conhecer a torre Eiffel! O Arco do Triunfo! A Catedral de Notre Dame!! Será que o Corcunda ainda mora lá?

Fabinho se sentou derrotado. Jonatas riu. É seria uma longa semana.


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Se sim, deixem um comentáriozinho, favoritem a fic, estou carente e preciso de carinho >.<
Bom, eu dei uma revisada rápida na fic, se tiver qualquer errinho me avisem!
O nome do filho de Gerlili eu inventei, pq tipo a criança terminou a novela sem nome huahuahuaha no próximo capítulo Cassandra ainda aprontará muito, espero que gostem =D
Deem uma olhadinha também em minha outra fic https://fanfiction.com.br/historia/694092/Sorria_faca_um_pedido/
Será bem curtinha, espero que gostem dela também ^_^
Beijos amores ♥



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