Totalmente demais 2 escrita por SrtaLili


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Olá amores ♥ Tudo bem com vocês? Aqui está o novo cap, divirtam-se e boa leitura hehehe



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Nunca tinha visto o Arthur daquele jeito. Ele estava ali na minha frente, só que não parecia estar realmente lá. Ele estava melancólico e completamente aéreo. Triste e perdido. Sozinho. Eu estava há uns bons 10 minutos congelada encarando-o e ele não havia sequer me notado ali. Havia uma garrafa de Vodca vazia em sua mesa e eu precisei piscar uma dezena de vezes pra digerir aquilo. Ele nunca bebia no trabalho.

— Arthur — pronunciei baixo e ele não se moveu. Estava olhando uma série de papéis...na verdade ele não parecia estar enxergando nada do que estava na sua frente, só estava estático sem esboçar reações como se estivesse em algum tipo de transe esperando ser despertado.

— Arthur! — chamei mais alto e seus olhos se levantaram me notando pela primeira vez. Largas olheiras marcavam sua expressão e ele piscou confuso buscando entender o que eu estava fazendo ali.

— Eliza? — ele parecia incerto — é mesmo você? Ninguém me falou que você estava aqui...ou falaram?

Ele permaneceu alguns segundos tentando processar isso, demonstrando não ter idéia do que acontecia ou não ao seu redor.

— Meu Deus Arthur o que aconteceu com você?! — atravessei a sala preocupada que ele pudesse simplesmente desabar ali. Ele parecia mais magro também. Desde quando ele estava assim?

— Nada. Não aconteceu nada — ele tentou sorrir, falhando horrivelmente. Senti uma pontada dentro de mim — Quando foi mesmo que você voltou pro Brasil?

Minha boca abriu surpresa.

— On...ontem. Você não sabia?

— Sabia. É verdade, a Jojo me contou. Max me disse que teria uma festa. Desculpe não ter ido. Não sabia se faria sentido. E sinceramente não estou com clima pra festas.

— A Jojo está bem — comecei a imaginar na minha cabeça o que poderia ter acontecido — foi alguma coisa com seus pais? Eles estão bem?

Um lampejo de raiva e frustração passou por seus olhos.

— Eles estão bem até demais. Depois da confusão que aprontaram lá em Paris, se envolveram com um mafioso da Yakusa aqui no Brasil — ele suspirou — eles estão indo pra Nova York na próxima semana. Eu não sei se isso é bom ou ruim porque longe é mais difícil controlá-los.

— Mais então o que foi...tudo bem com a Carolina?

Ele tentou manter uma expressão neutra. Tentar é bem a palavra. Eu o conhecia bem. Apesar de que acredito que mesmo quem nunca o tivesse visto na vida perceberia aquela tristeza em seus olhos.

— Não precisava ter vindo tão rapidamente Eliza. Não te chamei aqui. Claro que se você quiser um trabalho eu te arrumo em dois tempos. Tem uma dezena de marcas que te querem como modelo. Centenas na verdade, mais preciso arrumar trabalho pras minhas outras modelos também. De qualquer jeito você podia descansar um pouco. Tudo bem.
— Eu vim aqui pra conversar com você na verdade. Só que não parece ser uma boa hora...não eu volto outro dia, vou sair com a Jojo e..

Ele suspirou e levou a mão aos cabelos. Parecia ter envelhecido anos e eu me perguntava o que teria acontecido.

— Você não quer mais ser minha modelo — ele disse amargo.

— O que? Não. Quer dizer mais ou menos. Não é isso não!

— Seja sincera comigo Eliza, é o Jonatas não é?

— Jonatas?

— Ele está te obrigando a largar a carreira. E não ficar perto de mim!

— Você enlouqueceu Arthur? Ele estava disposto a me deixar em Paris se eu quisesse! Ele faria qualquer coisa pra mim! Por mim!

Ele franziu as sobrancelhas confuso.

— Sempre pensei que ele iria empatar sua carreira. Se você diz que não, então estou perdido aqui Eliza. Eu sei que você teve ofertas incríveis lá fora. E pode ter outras aqui também. Te arrumo o melhor contrato da sua vida em minutos.

Abaixei a cabeça chateada. Não queria parecer infantil, ou mal agradecida. Josephine me apoiou, Jonatas me apoiou...e se ele não apoiasse? Será que eu o deixaria ainda pior?

— Porque você não se senta. Vou pegar alguma coisa pra gente beber.

— Você já parece ter bebido o suficiente — apontei pra garrafa vazia e ele não pareceu constrangido.

— Às vezes é o melhor remédio — ele suspirou e saiu da sala.

Sua mesa estava repleta de fotos. Dele e da Carolina. Da Jojo. E de um garotinho. Era o filho da Carolina, que se chamava Gabriel. A própria Jojo me mandou algumas fotos de uma viagem que os quatro fizeram meses atrás. Eles pareciam tão felizes que na hora a única coisa que eu senti foi alívio. Por saber que ele estava bem sem mim. Havia uma foto dele e do Gabriel e era difícil distinguir quem sorria mais dos dois. Porque ele estaria assim agora, se as coisas pareciam bem?

— Te trouxe um suco porque está calor. Pra mim acho que um café é a única solução — ele se jogou na sua poltrona.

— Vocês se separaram não é? O que ela fez?

Ele gargalhou.

— Você deve ser a primeira pessoa que acusa a ela e não a mim sabia?

— Eu sei bem do que ela é capaz Arthur.

— Ela não fez nada — ele disse desgostoso.

— Então foi mesmo você? Você a traiu?

— Sobre o que você quer falar? — ele me cortou e eu me senti magoada. Não poderíamos ser ao menos amigos? Ele podia desabafar comigo.

— Eu quero dar um tempo na minha carreira — ele iniciou uma reclamação e o cortei — eu preciso fazer outras coisas. Eu preciso estudar. Preciso me conhecer melhor. E não o Jonatas não tem nada a ver com isso Arthur, eu penso por mim mesma.

Ele me analisou por um longo minuto.

— Você fez muito por mim. Fez tanto. Eu acho que nunca vou conseguir ser grata o suficiente. Mas acho que no fundo você sempre soube. Eu amo modelar. E às vezes eu só gosto. Outras eu detesto. Sei que se eu parasse agora, nesse exato instante eu não sentiria falta nenhuma. Não quero parecer uma garotinha mal agradecida. Você fez muito por mim.

— Por causa de uma aposta.

— Inicialmente — me senti incomodada com a lembrança da traição — mais depois você viu meu potencial — ele concordou.

— Eu não fui muito justo com você Eliza. Menti pra você algumas vezes. E sim eu vi o seu potencial desde o principio na verdade. Só que se você está confusa eu fico ainda mais. Você quer romper o contrato com a agência? Pra fazer o que exatamente? Trabalhar em um bar com sua mãe?

— É um trabalho muito digno Arthur! E não eu não quero romper contrato algum. Eu não me importo de ser modelo. Só que eu descobri que quero ser outras coisas também.

— E você só não sabe que coisas são essas? — ele deu um sorriso, talvez o primeiro desde que tinha entrado aqui. Concordei com a cabeça e ele pareceu pensar nisso por um instante — você está certa sobre uma coisa: você deveria estudar. Você pode ser o que quiser Eliza. A Natasha se arrepende de não ter cursado Biologia Marinha. Ela largou tudo pela carreira e depois achou que era tarde demais. Nunca é.

— É mais complicado que isso. Eu não sei o que eu quero — disse envergonhada e ele me deu um sorriso carinhoso se levantando e caminhando até mim tomando minhas mãos nas suas.

— Isso só mostra o quanto você está sendo corajosa de se arriscar em busca de se descobrir melhor. Só não me assuste novamente. Achei que tinha perdido minha melhor modelo.

— Só quero que você entenda que um dia você pode me oferecer uma campanha incrível e eu irei recusar.

— Isso me motiva a trabalhar então pra arrumar modelos capazes de te substituir. Acho que a Jojo vai ter que trabalhar dobrado agora. Ela tem jeito pra coisa sabia? — ele disse orgulhoso.

— E o seu outro filho? O que ele gosta de fazer?

Eu o desarmei. Ele soltou minhas mãos e se sentou no chão frustrado.

— Ele quer ser astronauta. Gosta de animais também. Eu ia dar um cachorro pra ele e a Carol disse que era muito cedo. Tudo era muito cedo. Ela está fugindo de mim há dias. Ela nem se dá ao trabalho de disfarçar. Ela tem medo de que eu o machuque. Ela não me disse, mais eu sei. Eu mereço isso por tudo que eu já fiz de ruim.

— Mas você mudou. Você é um bom pai agora. E ela não tem o direito de julgar ninguém. Ela errou tanto ou mais do que você.

— Só que ele já foi abandonado antes Eliza. Ela só está sendo mãe.

— Bom, você me disse que precisa coragem pra se arriscar. Vai ficar aí sendo covarde até quando?

Ele permaneceu parado encarando o chão por alguns segundos. Depois levantou o rosto e olhou diretamente nos meus olhos. Pude enxergar a tristeza que havia lá dentro se transformando em uma leve esperança.

— Max!! — ele gritou — Max!! Ah esquece, eu mesmo faço isso — ele correu até a mesa pegando suas chaves e eu o impedi.

— Te incentivo a ir onde quer que vá, mais não bêbado Arthur! Vai pra casa primeiro, se você aparecer assim na frente dela ela vai te matar!

Ele sorriu pra mim e me abraçou. Não nos abraçávamos desde nossa despedida há um ano. Eu sentia uma combustão dentro de mim naquele dia. Emoção, alegria, amor, mais também tristeza e gratidão por ele. Agora eu não sentia mais nada disso. Eu estava apenas feliz. E eu sabia que ele também. Eu podia querer aprender muito sobre mim mesma ainda, mas existiam coisas, detalhes, pequenos momentos como aqueles que você não aprendia. Eles vinham voando até você presenteados pelo destino, te esclarecendo que tudo na vida tinha um momento ou um por que. Que a vida traça pontos que se interligam e mesmo quando você não encontra sentido na sua vida, um dia, no futuro tudo vai ser claro.

— Você não está chateado comigo?

— Sinceramente? Eu nunca estive.

— A Carolina te faz feliz?

— Ela me faz muito mais do que isso. Você está bem também Eliza. Está estampado no seu rosto. Você pode fazer o que quiser da sua vida. E pode sempre contar comigo. Como agente, conselheiro. E acima de tudo como amigo.

— Então como amiga Arthur, preciso ser honesta. Você está fedendo. Gabriel e Carolina vão te expulsar se você não tomar um banho.

Max e Jojo entraram na sala e nos pegaram rindo sem entender o que havia se passado ali. Pra muitos poderia ser um final. Só que eu já disse: A vida é repleta de novos começos todos os dias.

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Depois de convencer Cassandra que comprar roupas pro Cassinho em uma loja infantil não seria realmente uma boa idéia — ainda mais porque ela queria levar o porco pra dentro das lojas — acabei perdendo a hora do almoço com o Charles. Era injusto porque estávamos com pouco tempo só pra nós dois nesses últimos dias. Assim que cheguei em casa, peguei o telefone pra ligar e me desculpar esperando que ele pudesse vir pra cá, já que meu pai estava no Flor do Laço com a Gilda e as crianças e eles sairiam depois.

— Alô? — uma voz feminina atendeu e eu encarei o celular por alguns segundos. Eu liguei errado? — Alô?

— Acho...desculpe acho que liguei errado.

— Se ligou para o Charles, ligou mais do que certo — senti um tom presunçoso do outro lado.

— Quem está falando? — perguntei irritada. Muito irritada na verdade.

— Acho que eu que tinha que saber primeiro. Porque essa é a regra. Quem liga se identifica.

— Vou me identificar pra você então. Eu sou a namorada do Charles. E você quem é?

Alguma vaca.

Uma vaca que estava com o celular do meu namorado.

Eu vou vomitar.

A linha do outro lado ficou silenciosa. Eu bufei impaciente.

— E o MEU namorado está? Alô? Você sofre de algum transtorno que te deixa muda depois de tagarelar sem parar?

Meus olhos estavam ardendo. Eu não ia desconfiar dele. Porque eu já fiz isso, e eu estava errada. Mas a situação estava me incomodando e muito e eu já agradecia por estar sozinha em casa. Só que justo nesse instante a campainha tocou.

— Nossa querida desculpe — a voz irritante do outro lado me entregou seu tom mais doce e melódico. E eu decidi que não gostava da voz em tom algum — O Charles esqueceu o celular comigo.

A campainha tocou novamente e eu me levantei. Devia ser o porteiro, porque desde a época que o ex marido da Gilda perseguia a Eliza ninguém subia aqui sem ser avisado. Abri a porta e o Charles estava lá com um lindo buquê de flores do campo sorrindo pra mim. Não sorri de volta e seu sorriso murchou.

— Pra você — entreguei o telefone e saí pisando duro. Ele ficou perdido e o buquê esticado em suas mãos se abaixou.

— Alô? Jéssica? Ué? Meu celular? — ele começou a olhar os bolsos e eu rolei os olhos — certo. Obrigado — ele me olhou — esqueci meu celular.

— Com a Jéssica — imitei a voz dela e ficou ridículo. Ele riu e esticou o buquê na minha frente. Eu não peguei.

— Jéssica é a minha prima que veio passar essa semana aqui. Eu ia te falar sabe, mas você me deu o cano no almoço e eu vim aqui porque não consigo sequer pensar em perder qualquer tempo que seja sem você.

Me senti envergonhada e abaixei a cabeça. Ele segurou meu queixo com a mão e inclinou seu rosto selando nossos lábios.

— Eu não sabia — isso era idiota de se dizer — desculpe. Vou conhecê-la?

— Com certeza. Mas não agora. Não hoje. Agora você é minha.
Ele me entregou o buquê com minhas flores favoritas e me deu o sorriso que eu tanto amava, me puxando de encontro a ele.

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— Cassandra. Eu vou te dizer isso pela milésima vez. Isso é um porco!

— Não liga pro papai filho, ele não esperava ser pai tão cedo é isso.

Tinha um porco na minha sala mordendo o controle remoto. Eu estava feliz com o passo que eu e Cassandra demos. Nos mudamos, estávamos morando juntos, ganhando experiência, e agora nós tínhamos um filho? Porco? Comedor de tudo que existe no planeta!!

— Você sabe que foi muito horrível pra mim crescer sem minha mãe! Que ela me abandonou! Não podemos fazer isso com nosso bebê.

Tivemos aquela conversa um milhão de vezes. Eu bufei desgostoso e me joguei no sofá. O porco me encarou e veio até o meu lado se deitando na minha barriga. ARGH!

— Gostou das roupinhas que eu comprei pra ele? A Débora não deixou comprar na loja de crianças e eu comprei na de animais. É uma roupa de cachorro!

— É com certeza o porco ficou ofendido.

— O nome dele é Cassinho! Eu vou tomar banho, depois podemos levar ele pra passear no parque. Ou no shopping. A Débora disse que não vão deixar ele entrar no Shopping! Quero ver quem vai nos impedir né bebê?

O porco grunhiu em resposta e pulou do sofá correndo atrás dela.

— Eu já te dei banho, agora fica com o papai — ela saiu cantarolando e o porco me olhou ao som da palavra papai. Fui até a varanda. Será que se eu me jogasse eu morreria?

O porco veio até onde eu estava e pegou uma meia que estava jogada no chão. Porque a Cassandra é a pessoa mais bagunceira e desorganizada do planeta!

— Me dá isso aqui!! — puxei a meia e ele puxou de volta — larga porco!! Larga!! Cassinho!!

Ele largou a meia e sentou esperando enquanto eu o encarava estupefato.

— Sério? Tem cachorro que demora mais pra aprender o nome — ele subiu no meu colo e tentou pegar a meia de volta — não pode! Ah quer saber pega. Sua mãe me dá mais trabalho — ele pegou a meia e ficou deitado no meu colo mordendo. Comecei a rir. Eu estava perdido.

Meu celular tocou e antes que o porco resolvesse come-lo me levantei pra atender.

— Oi mãe. mãe?

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— Você não vai ser mais modelo? — Dayse perguntou horrorizada.

— Não é assim Dayse, eu já expliquei. Aparentemente eu precisaria explicar pra todos que eu conhecia. Eu falei com o Arthur, e agora eu vou ser modelo só de vez em quando. E vou passar mais tempo com vocês.

Ela sorriu satisfeita e segurou sua boneca Eliza mais próxima a si.

— Tem certeza que vocês não querem vir com a gente? — Hugo perguntou enquanto vestia o casaco no Carlinhos o que era interessante porque quando minha mãe tentou vestir ele não aceitou.

— Não, vamos cuidar de tudo, podem ir se divertir — falei enquanto abraçava minha irmã.

— Se comportem então — minha mãe sorriu, e ela e Hugo deram as mãos, as crianças animadas segurando nos dois.

Pareciam uma família aos olhos de qualquer um, e pareciam estar juntos há anos.

Depois que eles partiram, Jonatas me abraçou por trás.

— Enfim sós — ele disse ao meu ouvido com uma voz rouca, suas mãos apertando o contorno da minha cintura.

— Na verdade não — Riscado nos advertiu e Jonatas jogou uma colher na direção dele — tem freguês ali também, só no caso dos dois resolverem se agarrar aqui.

Jonatas suspirou e eu dei um beijo na sua bochecha indo limpar o balcão. Ele disse que não teríamos todo o tempo juntos e estava certo. Passei horas com a Jojo, e quando o encontrei já viemos pra cá. Ao menos as coisas estavam indo bem. A essa altura, Arthur já devia estar indo falar com a Carolina. Não pude evitar sorrir por ele.

— Porque você está toda sorridente desde que voltou do encontro com o playboy hein? — estapeei seu ombro.

— Não começa! Eu já te contei tudo o que aconteceu lá! — ele fez sua melhor cara de despreocupado e eu zombei dele jogando água em sua direção. Ele foi até lá e jogou de volta me fazendo gritar. Riscado nos olhou feio e nos agachamos em baixo do balcão rindo.

— Nós poderíamos ficar aqui sabia?

— Parece um balcão confortável. Pelo menos não tem baratas ou ratos — me encostei ao seu lado deitando em seus braços.

— Não. Aqui em casa. Na nossa casa. Pode ser nossa casa, minha mãe falou. Ela quer se mudar logo pra junto do Hugo. Carlinhos e Dayse gostam de lá. E aqui vai ficar livre.

Ele pareceu pensativo.

— Aqui? Tem certeza? — Seu telefone tocou e ele ignorou — nós podemos ir pra qualquer lugar.

— Gosto daqui — eu só queria um lugar exclusivo nosso. Estávamos uma única noite separados e não parecia certo. Foi estranho demais acordar e não vê-lo completamente apagado ao meu lado na cama — Só quero ficar com você.

Seu celular tocou novamente e ele bufou.

— Minha mãe estava procurando algum lugar pra gente lá em Curicica. Ela vai fazer uma belo drama você vai ver — o celular não parava de tocar e eu enfiei a mão no bolso da sua calça pegando o aparelho — é o Fabinho. Que estranho.

— Não vamos fazer encontro de casais se tiver um porco no meio — ele começou a rir e atendeu — que foi Fabinho? Eu não atendi porque estava falando com a sua ir...

Ele ficou quieto e prendeu a respiração. Depois deu um salto tentando se levantar e bateu a cabeça no balcão.

— Meu Deus machucou?! — corri pra pegar gelo. Quando voltei, ele estava com o celular na mão observando o aparelho como se estivesse com um escorpião na mão — o que foi? O que ele queria?

Ele me olhou e eu soube que tinha alguma coisa errada. Porque seu olhar denunciava um terror que eu não via fazia muito tempo. Um terror que eu conhecia muito bem.
Um terror de perda.

— Eliza...vamos...olha só, pega a sua bolsa. Riscado você fecha aqui ta bem? Ou melhor, liga pro Hugo e pra Gilda, e pergunta se vai cuidar de tudo sozinho.

— Nem pensar, vocês vão me ajudar!

— Onde nós vamos? — perguntei — Tudo bem com a Cassandra? — ele assentiu.

— Vou chamar um táxi pra nós tudo bem? Vem comigo.

— Pra onde? — elevei minha voz.

Ele me abraçou e eu senti que ele estava quase tremendo, ainda que tentasse permanecer forte. Depois ele segurou os dois lados do meu rosto entre suas mãos e beijou minha testa suavemente.

— Eliza, presta atenção. Vamos rápido até o hospital. Você precisa se acalmar. Vai ficar tudo bem — ele disse e sua voz não parecia ter certeza alguma disso.

— Hospital por que? O que houve?

— É o seu pai. Ele teve um ataque cardíaco.


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Notas finais do capítulo

E agora? hahahahaha desculpem o atraso novamente, eu estou sem computador, sem tablet, sem internet, sem nada pra resumir, daí não consigo postar direito porque pelo celular é uma droga! Aida assim, essa semana teremos muitas emoções, gostaram do cap? Foi tenso o final né? kkkkkkkk e agora? Tentem não me matar, eu preciso continuar viva para entregar o próx capítulo que virá na segunda prometo ♥ Até lá, beijinhos ^_^



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