Enquanto o rei está em seu escritório fazendo anotações no papel e pensando em um plano, a rainha se dirige até seu dormitório para descansar e como está exausta, vai subindo aos poucos pela escada e pensando em cada palavra dita pelo seu marido.

O plano deles deve ser bem pensado, por que tem um detalhe, Nifheim tem alguns de suas tropas rondando por Tenebrae, e para ajudar o príncipe de Insomnia eles precisam achar um lugar isolado de todos para que não atrapalhem os planos, e é esse detalhe que preocupa a rainha, mas mesmo assim ela continua desposta a ajudar no plano.

Ao termina de subir as escadas, a rainha vê a porta do quarto da princesa se abrir, e Luna e Ravus saem do quarto conversando bastante e como uma mãe ela diz:

Sylva – Posso saber onde os dois estão indo? – Ela fala com um tom de dúvida e cansaço.

Ravus – Estamos indo para o quintal brincar um pouco. – Fala ele enquanto segura a mão da menina.

Sylva – Mas nem pensar, eu e o seu pai não estamos observando você.

Ravus – Ah mãe, só um pouco!

Sylva – Não, Ravus, Luna, vocês não podem ficar sozinhos no quintal, lembre-se que vocês dois são importantes nesse reino, nessa nação, e se um de vocês desaparecerem... vai deixar eu e o seu pai tristes – Sylva não podia contar nada ainda para Luna e Ravus por que os dois ainda são crianças.

Ravus – Mãe só um pouco, eu prometo que vou proteger a Luna! – Ele abraça a menina.

Sylva – Não, e essa é minha última palavra.

Nesse momento, Luna sai do abraço quente do seu irmão e fica com uma expressão de tristeza, só que as palavra saem firme e decidida assim como a da mãe.

Luna – Mamãe deixa eu brinca com o meu irmão, faz tempo que não o vejo, e quero aproveitar cada minuto que ele não esteve aqui... assim como você...

Sylva olha bem no fundo dos olhos dá filha, e vê que ela está decidida nas palavras e que quer aquilo mesmo, não fazendo birra, é palavras firmes, digno de ser a próxima herdeira do trono.

Sylva – Está bem... vai procurar uns dos guardas ou até mesmo a Gentiana para te levar até o jardim...

Ravus – Valeu mãe! Vamos Luna. – Ele pega a mão da Luna e desce as escadas. Quando eles estão descendo as escadas, Luna para, volta até a mãe e abraça.

Luna – Espero que você consiga resolver todos os problemas mãe, estou disposta a fazer tudo por você! – Fala isso quando termina de abraçar a mãe e depois corre até o Ravus.

Sylva – Luna...

Nesse momento a rainha apenas assiste a filha descendo as escadas sorrindo, e começa a escorrer lagrimas do seu rosto e com um sorriso, ela percebe que Luna é uma menina decidida igual a ela e que vai fazer o possível para salvar Tenebrae no futuro, e isso alivia muito a cabeça dela, saber que o trono de Tenebrae estará em boas mãos quando o dia dela chegar.

No salão principal do castelo...

Ravus – Espera Luna! – Ele fala enquanto segura o ombro da irmã.

Luna – Diga. – Ela se vira para o irmão.

Ravus – Ao invés de chamar a Gentiana, por que não vamos só nós dois?

Luna – Não, isso é errado, não devemos desobedecer a mamãe, afinal somos parte da realeza de Tenebrae, não podemos ficar sem vigias.

Ravus – Luna, as vezes é importante esquecer isso... Nós somos importantes sim, mas se a Gentinana ficar nós vigiando, vai perder toda a graça da brincadeira.

Luna – Eu não sei... – Ela fala de cabeça baixa.

Ravus – Vamos, garanto que você irã se divertir, só uma vez! – Ele insiste sacudindo a irmã segurando pelos dois ombros.

Luna – Ai! Tá bem, agora para de me sacudir! – Ela fala enquanto olha para o irmão com uma expressão de incomodo.

Ravus – Isso! – Ele faz uma pose de vitória levantando o braço direito.

Luna – Obrigado... E por onde vamos capitão, o castelo está sendo vigiado pelos guardas. –Ela fala enquanto passa a mão nós ombros para desamassar um pouco a roupa.

Ravus – Bem, devemos achar um lugar onde não esteja sendo observado ou até mesmo um caminho secreto. – Ele coloca uma das mão no queixo.

Luna – Caminho secreto? Ravus, esqueceu que não estamos no Egito? O que você acha? Que vamos apertar um braço do sofá e vai abrir uma porta?

Ravus – Acho que você tem que ficar quieta e apenas me seguir, tão nova e já faz mais perguntas que a minha prova de português.

Luna – Fica quieta, eu apenas estou sendo lógica.

Ravus – Então use sua lógica, para encontrar uma passagem.

Luna – Tá bem...

Luna e Ravus procuram por todas as partes do castelo, vasculham cada canto, até que encontram uma pequena janela perto da porta do fundo do castelo, aquelas janelas que ficam no solo.

Ravus – Viu Luna, eu disse que tinha algum lugar. – Ele diz apontando para a janela.

Luna – Ok, mas como você sabe que não tem ninguém vigiando do outro lado?

Ravus – Isso é o de menos, olha eu vou primeiro e vejo se tem alguém, se o caminho tiver limpo, eu te chamo.

Luna – Tudo bem.

Ravus – Não pode deixar a Gentiana e nem guardas perceberem que eu sai, disfarça, não deixe eles verem o caminho secreto.

Luna – Tá bem.

Ravus – Muito bem, to indo! – O garoto passa pela janela e deixa a Luna sozinha por alguns minutos.

Luna olha para os lados e vê a Gentiana vindo...

Luna – Ah não! – Ela vira para o outro lado.

Gentiana – O que está fazendo aqui? Dificilmente você anda sozinha no castelo princesa Lunafreya. – Pergunta a mulher curiosa.

Luna – Resolvi dar uma volta, mamãe me deu permissão de andar pelo castelo sozinha.

Gentiana – De vez em quando, é bom dar uma volta sozinha, respirar um pouco... E o príncipe? Eu tinha ouvido você conversar com ele, onde ele está?

Luna – É.. Ele... foi tomar água. – Ela gagueja para encontrar um resposta.

Gentiana – Entendi, bem vou até a sala do rei, tome cuidado princesa. – Ela anda até a sala olhando para princesa.

Luna – Sim claro... – Ela responde um pouco nervosa.

Depois que Gentiana sai, Ravus aparece na janela...

Ravus – Pronto Luna, pode vir! – Ele fala fazendo um sinal chamando ela.

A garota passa pela janela e depois de tirar a sujeira da roupa, ela diz:

Luna – Deveria ser mais rápido, a Gentiana passou pelo corredor e quase descobre.

Ravus – Você não disse nada, disse? – Ele pergunta assustado.

Luna – Depois de gaguejar eu consegui achar uma resposta rápida, que situação você me deixou em Ravus!

Ravus – Me desculpe... Mas era melhor eu te ido vigiar mesmo. – Ele olha pelo arbusto e vê um capacete de soldado.

Ravus – Vem Luna! – Ele pega a mão da menina e corre até o jardim.

Luna -  Que foi? Ravus? – Ela pergunta enquanto o irmão corre segurando a mão dela.

Depois de correr um pouco, eles param e Luna fica muito ofegante por causa da corrida.

Luna – Ah... você correu...correu... e não me disse... o que viu...

Ravus – Desculpe, foi por que eu vi um dos guardas.

Luna – Uf.. Tudo isso por causa de um guarda... Ham?

A menina olha em volta, e vê o jardim com uma porção de árvores com maças, peras, manga, e outras frutas muito bem maduras, e com cores vivas, isso encanta os olhos dá menina e ela imediatamente se levanta e vai até uma das árvores.

Luna – Haha, você está vendo isso irmão? – Fala com os olhos brilhando.

Ravus – Sim, você quer alguma?

Luna – Sim, mas está muito alto e você não vai conseguir pegar.

Ravus – Esqueceu? Eu sou homem e príncipe de Tenebrae! Segure meu casaco. – Ele entrega o casaco para sua irmã e começa a escalar a árvore de maças.

Luna -  Irmão!! – Ela abre um leve sorriso e fica encantada em ver seu irmão subindo a árvore para pegar uma maça para ela.

Ravus arranca duas maças e desce da árvore e chegando no solo ele leva uma delas até Luna.

Ravus – Está aqui! Ele entrega uma enquanto come a outra.

Luna – Obrigado... ela é tão linda e brilhante! – Luna dá uma leve mordida na maça e a mastiga com os olhos fechado, para senti o sabor com mais calma.

Ravus – Tem qualquer tipo de fruta nesse jardim, vem vou te ajudar a pegar mais algumas. – Ele pega Luna pela mão e anda até a próxima árvore.

Assim os dois ficam se divertindo, recolhendo maças para levar para o reino, Ravus pega algumas e ajuda Luna a pegar outras, eles passam o dia e Luna com a blusa cheia de frutas corre em direção a outra árvore...

Luna – Haha, vamos irmão, temos que pegar aquela ali agora!

Ela corre olhando para o irmão que estava atrás dela, e quando ela se vira novamente para frente ela se esbara com um dos guardas de Tenebrae, só que não era guardas normais, o rosto deles eram verdes e olhos eram vermelhos...

Luna – Ai!! Per.. Perdão moço. – Ela fica olhando para o guarda.

Ravus – Luna, sai daí!! – O menino corre até a irmã.

O guarda tenta acerta Luna com o machado, só que ela rola no chão e consegue se esquivar, não satisfeito, ele tenta uma segunda vez atingir a menina, só que menino pega o casaco e joga no rosto do guarda, e aproveitando a brecha, ele pega a Luna pela mão e corre.

Ravus – Devemos correr e chamar ajuda!

Nesse momento, Ravus tropeça e acaba caindo e o guarda consegue alcança-lo, e aproveitando que o Ravus estava deitado, ele ataca com a intenção de matar mesmo, só que o menino com a sola do sapato que ele estava usando, dá um chute na perna do guarda, só que não faz muito efeito, e quando o guarda vai dar o golpe de misericórdia, uma pedra do tamanho razoável atinge a cabeça do guarda.

Luna – Ei seu monstro bobão! Vem aqui seu bobo! – Ela fala acenando com os dois braços.

Atendendo o chamado, o guarda vai em direção a Luna e já sem fazer nada, ela agacha e espera o ataque, e quando ele vai atacar Luna, Ravus se levanta e pega um pedaço de madeira e de surpresa atinge o braço do guarda fazendo cair imediatamente, e com a mesma força ele acerta a perna do guarda arrancando também, fazendo o guarda cair no chão...

Ravus – Dessa vez eu não terei medo, e você não irá fazer mal a minha irmã – Fala enquanto pega o machado do guarda do chão e dá o último golpe no meio da cara.

Luna – Ra... Ravus? Você matou o homem? – Ela vai até o irmão chocada.

Ravus – Não, isso daqui não era um homem irmã, é uma espécie de robô. Pelo que lembro, Tenebrae não tinha nada assim.

Luna vai até o guarda e olha sua armadura.

Ravus – Acho que ele não é daqui.

Luna – Vem irmão, vamos voltar para o castelo.

Ravus solta a mão do robô e segue a irmã até o castelo.

Enquanto ele vão até o castelo, aparece uma painel de controle e uma dessas câmeras estava chiando bastante, e uma voz masculina e outra idosa começam a conversar...

Ardyn – Isso te satisfaz agora? – Pergunta enquanto coloca a mão no ombro do homem que estava sentado.

Iedolas – Realmente é um garoto de bastante potencial, ele sabe lutar, acho que o meu reino de Tenebrae o ensinou bastante, com certeza será muito útil para o exército imperial.

Ardyn – Viu, eu disse que esse garoto tem talento, vai ser útil demais!

Iedolas – A gente terá uma chance de reforça-lo para o exército, mas primeiro temos que atacar essa cidade, por que o rei Leon não está obedecendo o tratado de paz... pesquise mais sobre essa cidade e me traga informações, essa cidade terá o que merece. – Fala enquanto se levanta da cadeira e se dirige até a porta.

Ardyn – Sim majestade! – Ele tira o chapéu da cabeça e assiste o imperador sumir na escuridão do corredor.

Depois disso, Luna e Ravus chegam no castelo...

Gentiana – Ai estão você, onde vocês estavam?

Luna – Estávamos lá fora brincando!

Gentiana – Vocês tem noção do que fizeram? Se capturam você? Como iriamos saber?

Ravus – Me desculpe, a gente acabou de fugir de um robô!

Gentiana – Robô?

Luna – É ele era estranho e diferente dos guardas de Tenebrae.

Gentiana – Ah sim... – Gentiana fica um pouco preocupada.

Sylva – O que está havendo?

Ravus – Nada...

Sylva – Que roupas sujas são essas? Vocês fizeram o que eu mandei?

Ravus – É... Bem... – Quando o menino iria arrumar uma desculpa, Gentiana interfere.

Gentiana – Majestade, eu estava de olho neles o dia todo, eu só me descuide um pouquinho e eles acabaram se sujando com uma poça de lama.

Sylva – Gentiana? Como você? Depois nós conversamos... pode deixar eu não irei brigar com você. E vocês dois vão tomar banho. – Ela fala com um sorriso.

Gentiana – Sim. – Ela fala mais aliviada.

Luna e Ravus se dirigem até seus quarto para o banho, e enquanto isso Gentiana vai até a janela e fala:

Gentiana – Meu Deus... até onde isso vai parar... – Fala olhando para a lua.

Continua...