Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 74
Bem Vindo




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Depois da tarde festiva, fui tomar um banho para relaxar, vesti um vestido simples e uma sapatilha, estava secando meu cabelo quando o Nico apareceu saindo do Meio das sombras e ele parecia um pouco sério.

— Está tudo bem? - perguntei olhando-o através do espelho

— Está é que... meu pai quer falar com você, e pela jeito parece que é sério. - Nico falou e assenti

— Vou trocar de roupa - falei terminando de amarrar o meu cabelo

Me levantei e usando magia, mudei a roupa. De um vestido para uma calça jeans e um blusa, minha sapatilha pra um all star.

— Podemos ir? - perguntei e Nico estendeu a mão.

Quando a segurei começamos a viajar nas sombras. Estávamos no pátio do palácio de Hades, um servo parecia nos aguardar, ele nos olhou e seguiu caminho até a sala do trono. As portas da sala se abriram com o barulho e Hades nos olhou.

— Retomaremos em uma hora - Hades falou e todos pararam - Saiam, quero conversar com a minha protegida a sós.

Todos saíram exceto o Nico e isso não pareceu incomodar o deus dos mortos.

— Todos os dias, Loki é deixado fraco e ferido, mas na manhã seguinte ele está curado e pronto pra mais um dia - Hades falou me olhando - Como isso é possível?

Permaneci em silêncio apenas olhando-o

— Eu sei o que você fez - Hades falou me olhando

— Não entendi - fingi de desentendida

— Você ensinou a Gabriella a como tornar a estadia dele suportável - Hades falou e não desviei o olhar

— Porque ela faria isso? - Nico perguntou tentando tomar partido

— Porque se fosse você, eu faria a mesma coisa - respondi e ele me olhou surpreso - Nós tivemos a oportunidade de nos amar em vida, eles não.

— Loki é um maníaco - Nico falou me olhando

— Loki é apenas uma pessoa que não aprendeu a amar, tudo que ele sentia era vazio, dor - falei olhando-o - Gabriella pode ensinar algo novo a ele.

— Susan, o Loki te matou - Nico falou como se eu tivesse esquecido o que aconteceu

— Eu me matei. Eu poderia ter acabado com aquilo, poupado tantas vidas de semi-deuses, mas o que sinto por você e pela minha família é forte e precioso demais para que eu abrisse mão - falei firme enquanto o olhava.

— Por isso queria a Gabriella com as memórias e sentimentos? - Hades perguntou e eu assenti

— Só peço que deixe-a cuidar dele, conforta-lo - falei olhando-o

— Isso vai contra as regras - Hades falou me olhando - Não posso permitir

— Não precisa... apenas deixe acontecer  - falei olhando-o

— Depois de tudo que ele fez, ainda tenta ajudá-lo? - Nico perguntou me olhando

— Independente do mal que fizeram, não desejo a ela as coisas que não quero para mim - falei e olhei para Hades - Não estou agindo pra ser uma boa moça, nem uma boa samaritana, nem mesmo pra ajudar o Loki. Tô fazendo porque entendo a Gabriella.

— Como assim? - Hades perguntou intrigado

— Porque como ela, também dei a minha vida pra ajudar aqueles que amo - falei olhando-o - E faria mil vezes se fosse necessário. Se eu não tivesse conseguido me sentiria culpada eternamente.

— Assim com ela deve estar se sentindo porque Loki também morreu - Nico entendeu e eu assenti - Então pra que ela tenha um pouco de paz, ensinou uma maneira de deixá-la a continuar ajudando o Loki.

— Todo mal e dor que eles me fizeram, não mudaram que eu sou - falei olhando-o - Não sou uma pessoa ruim.

— Eu sei disso - Nico falou e deu um sorriso discreto

— Sendo assim, acho que posso fingir que não percebi o que está acontecendo - Hades falou me olhando

— Obrigada, meu sogro - falei agradecendo e ele sorriu

— Até porque, como a súbita regeneração do Loki, nossos torturadores estão tendo que ser mais criativos com ele - Hades falou como se não fosse nada

— Que crueldade, meu sogro - falei em tom brincalhão

— Não sou cruel, minha nora - Hades falou no mesmo tom - Quanto aos meus servos não posso dizer a mesma coisa.

— Imagino que não - falei e ele sorriu

— Se aproxime - ele pediu, me aproximei dele que se inclinou e falou  - Hera pediu pra dar um recado. Não fique angustiada, tudo ocorre no tempo certo. Quando for a hora, terá a família que tanto sonhou.

Apenas olhei e acenei com a cabeça agradecendo.

— Podem ir - Hades falou quando me aproximei do Nico - Até a próxima.

Acenamos e viajamos nas sombras de volta ao nosso quarto na Torre. Senti o Nico me abraçar por trás.

— Estou orgulhoso de você - Nico falou - Não conseguiria fazer o quê fez pela Gabriella

— Foi até fácil - falei e ele me olhou - Só me perguntei o que faria fosse você.

— Se fosse eu nos Campos de punição? - Nico perguntou curioso

— Não - falei e me virei para olha-lo frente a frente - Me perguntei o que faria se fosse afastado de mim. Sei que não consigo suportar isso. Não consigo imaginar uma vida longe de você.

— Nem precisa. Porque também não sei viver sem você, Meu Amor - Nico falou e me beijou com carinho - Lembra do que falamos em Vermont?

— De morarmos sozinhos? - perguntei e ele assentiu

— Como tudo isso acabou, não tem mais perigo - Nico começou a falar

— Também acho que tá na hora de ter nosso cantinho - falei e ele sorriu, voltando a me beijar.

 

Na Manhã Seguinte


— Você não vai se mudar - meu pai falou sério

— Para com o drama - falei olhando-o

— Se você estiver longe, como vou poder te proteger? - ele perguntou me olhando - Sua mãe pediu que eu cuidasse de você. E vou fazer gostando ou não.

— Pai, seja razoável - tentei e ele se recusava a prestar atenção

— E se não for uma mudança permanente? - Nico perguntou olhando-o

— Como assim? - meu pai perguntou curioso

— Desde que nos casamos, praticamente não tivemos um tempo pra gente. Só queremos um tempo pra aproveitar nosso casamento - Nico falou - Se a mudança tiver um prazo.

— Quanto tempo? - meu pai perguntou

— Um ano - falei olhando-o

— Um ano? - ele perguntou e pareceu pensativo

— Se tiver alguma ameaça, voltamos pra Torre - falei na tentativa de convence-lo e ele suspirou

— Um ano não parece tanto tempo assim - ele falou a contra gosto, me levantei pra abraça-lo

— Obrigada, pai - falei e percebi que ele sorria - Vou arrumar as minhas coisas.

— Tudo bem, vou mandar deixarem o jato preparado - ele falou, assenti e fui em direção ao quarto

Minutos depois que entrei, ouvi a porta do quarto abrindo e o Nico entrou. Caminhei até a cama e me sentei

— Porque mudou de ideia sobre morarmos em Vermont? - perguntei curiosa

— Porque vi uma coisa no olhar do seu pai, que me identifiquei muito - ele respondeu e se sentou ao meu lado

— O quê? - perguntei intrigada

— Ele também é incapaz de viver sem você - Nico respondeu e sorriu - Compreendo esse sentimento melhor que ninguém.

— Então vamos passar um ano em Vermont? - perguntei olhando e ele assentiu

— E torcer que nenhuma ameaça mundial no faça sair de lá antes disso  - ele falou me olhando

— Então temos que arrumar as malas - falei me levantando e Nico me acompanhou

 

Meses Depois


Acordei e senti um cheiro de omelete de queijo vindo da cozinha, olhei pro lado e vi que o Nico não estava, me levantei, peguei a camiseta do Nico que estava ao lado da cama e a vesti por cima da lingerie, caminhei até a cozinha e quando cheguei encontrei o Nico fazendo nosso café da manhã.

— Vai me deixar mal acostumada - falei me aproximando

— Mas a ideia é justamente essa - ele falou se virando pra mim e me abraçou - Bom dia, Amor

— Bom dia - respondi e ele me deu um selinho

Tomamos nosso café e arrumamos a cozinha, assim que limpamos tudo, fomos para sala.

— Nós só temos que estar no buffet, ás 15h - falei quando o Nico se sentou no sofá - Alguma ideia do que podemos fazer?

— Tenho uma - ele me puxou pelo braço e me sentei no colo dele

— E o que seria? - perguntei me fingindo de desentendida 

— Vou te mostrar - ele falou e começou a se aproximar de mim para dar um beijo, mas parou no momento que meu celular começou a tocar Iron Man de Black Sabbath e ele suspirou pesadamente, quanto eu pegava o celular - Tava demorando

— Oi pai - falei ao atender

— Oi Su! Como você tá? - ele perguntou na linha

— Estou bem. E vocês como estão? - perguntei saindo do colo do Nico

— Estamos bem - ele respondeu e ouvi um grito de dor - Alguns melhores que outros

— O que aconteceu? - perguntei ficando preocupada

— Volta quando para casa? - ele perguntou normalmente ignorando a minha pergunta

— Daqui a quatro meses - respondi sem entender o ruma da conversa

— Fiz algumas alterações na Torre, acho que vai gostar - ele falou e ouvi outro grito de dor

— Três minutos - ouvi a voz do Banner no fundo

— O que tá acontecendo aí? - perguntei 

— A Natasha entrou em trabalho de parto - ele respondeu simplemente - Quando você volta pra casa mesmo?

— Chego na Torre em 10 minutos - falei olhando pro Nico 

— Imaginei isso - meu pai falou e pude perceber que ele sorria

— Precisava enrolar tanto pra falar que a Nat tá tendo o bebê? - falei seguindo o caminho até o meu quarto e o Nico me acompanhou

— Qual seria a graça se eu falasse direto? - perguntou meu pai

— Você não tem jeito - falei simplesmente - Te vejo na Torre.

— Até mais - ele falou e encerramos a ligação

Entramos no quarto e começamos a arrumar uma mochila com roupas, trocamos de roupa e logo estávamos prontos para ir, demos as mãos, e viajamos nas sombras para o andar a enfermaria da Torre. Aparecemos no meio do corredor e seguimos o caminho para a sala de espera, a Pepper havia voltado de viagem há alguns meses, meu pai estava ao lado dela, de alguma forma ela parecia muito mais ansiosa que o normal, Clint estava sentado mexendo no celular para tentar se distrair. Sabia que o Steve estava com a esposa.

— Oi gente - falei assim que cheguei e larguei a mochila no chão

— Oi Su - falaram se levantando pra me abraçar

— Alguma novidade? - Nico perguntou

— As contrações estavam de 30 segundos quando a levaram pra sala de parto - Pepper respondeu

— Só nós resta esperar - Clint falou e eu assenti

Me sentei fazendo uma prece silenciosa a Hera para que desse tudo certo. 1h se passou desde que cheguei, mas parecia uma eternidade, eu já começava a ficar nervosa quando vimos o Steve chegar secando as lágrimas.

— Steve? - chamei me levantando - Tá tudo bem?

— Não poderia estar melhor - ele falou sorrindo - Meu filho nasceu.

Todos nós suspiramos aliviados, fomos parabenizar o Steve. Depois de alguns minutos o Banner apareceu.

— Oi gente - ele falou - Querer ver a Natasha e o bebê?

Todos concordamos e fomos em direção ao quarto. Banner abriu a porta devagar e vimos a Natasha deitada na cama, ela parecia cansada.

— Oi mamãe - falei ao me aproximar da cama

— Su? - ela falou se sentando e me abraçou - Pensei que só voltaria em 4 meses

— Até parece que iria perder esse momento - falei e ela sorriu

— Você tá acabada, e olha que já vi você depois de uma guerra - meu pai falou e todos seguramos o riso

— É bom te ver, Stark. E isso me lembra que... - Natasha falou e olhou pro Steve - Eu não vou passar por isso de novo.

— A agente Romanoff, treinada para suportar as piores torturas, com medo da dor do parto - brinquei olhando-a

— Quando você for mãe vai entender do que falei - Natasha falou me olhando

— Onde está o mini Rogers? - Clint perguntou

— Foram limpa-lo, já irão traze-lo - Banner assegurou

Minutos depois a porta foi aberta e a enfermeira entrou carregando um bebê no colo. A enfermeira acomodou o bebê no colo da Natasha que sorriu ao segurar a criança.

— Já escolheram o nome? - Nico perguntou olhando-os

— Philipe - Steve respondeu - Em homenagem ao Agente Coulson

— Quem é o Agente Coulson? - Nico perguntou

— Ele morreu durante a primeira invasão do Loki, para nos proteger - meu pai respondeu

— Ele iria surtar de alegria ao saber que o filho do seu herói tem o nome dele - Clint falou e pude sentir um leve pesar

— Ele vai surtar - murmurei, mas não foi baixo o suficiente pro Steve

— Como assim? - olhei pro Steve sem saber o que fazer

— Nada... eu só quis dizer, que onde quer que ele esteja ele vai surtar de alegria - desconversei torcendo pra que desse certo

— Você é uma péssima mentirosa - Natasha falou - O que você sabe que nós não sabemos?

— Isso depende do assunto - falei sendo evasiva

— Susan - meu pai me repreendeu - O que aconteceu?

— Loki matou o Agente Coulson - falei simplesmente - Única perfuração, rasgou o coração ao meio, morte instantânea.

— Senti a alma do Coulson chegar ao mundo inferior naquele dia - Nico falou - Só não sabia quem era

— O problema é que... A alma foi puxada de volta - Nico falou - Por dias ela ficava indo e voltando, até que sumiu de vez.

— Estão nos dizendo que o Phil pode estar vivo? - Pepper perguntou

— Não sabemos. Mas se ele está, como ele voltou? - Nico falou

— Se ele tá vivo, o Fury sabe de alguma coisa - Steve falou

— Não importa - falei e eles me olharam

— Como não? Ele é nosso amigo, nosso aliado - Natasha falou - Merecemos saber.

— O que uniu vocês? - perguntei

— O sacrifício do Coulson - Steve falou - Estávamos sem foco, até que...

— Sei que ele está feliz que aquilo não tenha sido em vão - falei olhando-os - Vamos deixar as coisas assim. Se ele realmente está vivo, ele irá falar com vocês no momento certo e ficará feliz com a homenagem.

— Só me pergunto, o que fizeram com ele para que ninguém soubesse do retorno dele? - Banner falou e todos ficaram cansativo

— Provavelmente deram um período de férias no Taiti - falei e eles me olharam - Ouvi dizer que é um lugar mágico.

— Independente do que aconteceu. Não perdemos um amigo - Steve falou sorrindo e olhou o filho

— Ele é lindo - Pepper falou se aproximando

— Quer segura-lo? - Natasha perguntou e Pepper assentiu

Pepper segurou o bebê e sorriu, depois uma lágrima escorreu, ela tava emocionada.

— Olha isso Stark, o que passa na sua mente? - Clint perguntou olhando-o

— Não sei se tô pronto pra ser pai - meu pai falou com os braços cruzados

— Você já é pai e é muito bom nisso - falei e ele me olhou - Você fica triste por ter perdido meu crescimento, dessa vez iria acompanhar tudo e já com a experiência de como lidar com um adolescente rebelde.

— Dois filhos rebeldes seria castigo - meu pai falou

— Castigo, não. Carma - falei olhando-o - Rebeldia tá no DNA Stark

— Eu tô grávida - Pepper falou olhando o bebê

— Você... - meu pai começou a falar e a Pepper assentiu entregando o bebê a Natasha

— Descobri há alguns dias - ela falou secando as lágrimas - Eu não sabia como te contar, eu estava esperando o momento...

Nesse momento meu pai a interrompeu e a abraçou.

— Vamos ter um filho - meu pai falou pra ela que sorriu e chorou abraçada ao meu pai

— É Banner, acho que só nós dois iremos nos livrar da paternidade - Clint falou e nós rimos

— Bem vindo a família, Phil - falei olhando o pequeno Rogers no colo da Natasha

Pela primeira vez, sinto que todos estão tendo a felicidade que merece.


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