Truth or Drink escrita por Malina


Capítulo 1
One shot


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui amarelinhos do meu heart ♥ eu estava com muita saudade de escrever, e não, eu não abandonei nem esqueci It's You, inclusive ela é a unica coisa que eu consigo pensar ultimamente, e em breve vai ser sim atualizada. Mas por enquanto fiquem com essa OneShot.

Boa leitura :*



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                Elas saiam do Dirty Robber levemente alcoolizadas, lado a lado elas caminhavam até o carro.

— Quem dirige? – Jane perguntou.

— Eu, eu estou mais sóbria – Maura respondeu pegando as chaves da mão da outra.

— Disse a mulher que virou duas shots de tequila.

Elas entraram no carro e se acomodaram, Jane ria da lembrança de Maura experimentando tequila pela primeira vez.

— Vamos para a minha casa, é mais perto e não tem minha mãe pra me dizer que estou exagerando na bebida.

— Sim, e sua mãe é um amor de pessoa – a loira ligou o carro e se pôs na estrada.

Jane olhava para as próprias mãos enquanto dizia:

— Minha mãe é um anjo que caiu na minha vida pra iluminá-la com amor e carinho – disse sarcasticamente.

— Você é impossível Jane.

— Sou. Se tem uma coisa que eu sou é impossível, sou tão impossível que basearam o filme “missão impossível” em mim.

Maura ria das piadas da amiga enquanto dirigia em direção da casa de Jane.

Elas entraram aos risos no apartamento da morena, Jane foi direto para a geladeira pegar bebidas para as duas, no caminho deixando seu coldre com sua arma e seu distintivo encima da mesa.

— Hoje é uma noite de celebração – Jane disse entregando uma taça de vinho para a amiga – Mais um serial killer atrás das grades, e hoje é sexta-feira ou seja, nada de homicídios para nós.

— Um fim de semana sem casos, descanso bem merecido.

Elas se jogaram no sofá, Maura com seu vinho e Jane com sua Blue Moon, e no espirito de festa a loira tomou seu vinho inteiro em um único gole.

— Woeah – Jane exclamou rindo espantada – devagar doutora.

— Eu preciso desestressar e o seu jeito parece divertido. Você me fez tomar tequila pela primeira vez e pelo menos hoje eu quero experimentar o seu jeito de se divertir depois de uma semana de trabalho – ela dizia enquanto pegava uma cerveja na geladeira e voltava para o sofá.

— Devo me preocupar?

A legista riu e levou a garrafa a boca, tomando um gole da cerveja gelada. Elas ficaram conversando e bebendo por um tempo, e após seis cervejas e muitas risadas, as duas estavam bastante alteradas e foi aí que se viram entediadas.

— E agora? O que fazemos? – Jane perguntou olhando ao redor.

— Nós podemos ver tv. – Maura sugeriu.

— Não... eu tenho uma ideia melhor! – ela ajeitou-se no sofá para que ficasse de frente para a amiga, que fez o mesmo. – Vamos jogar um jogo.

— Qual? – os olhos de Maura brilharam com a ideia, quando criança ela não brincava muito e nem tinha com quem brincar, então agora adulta ela pode ter essas experiências que perdeu no passado.

— Truth or drink.

— O nome é bem autoexplicativo, mas ainda me confunde. Do que se trata?

— Bom, é assim, eu te faço uma pergunta e se você não quiser responder você toma um gole. E depois você faz o mesmo comigo, entendeu?

— Sim, mas qual é o objetivo desse jogo? Além de se embebedar.

— Descobrir coisas sobre a pessoa, é a oportunidade de fazer perguntas que você não faria normalmente, perguntas pessoais.

— Entendi... Então quem começa? – ela estava entusiasmada com o jogo.

— Eu começo, daí assim você tem uma ideia de como é. – dito isso, Jane parou um segundo para pensar no que perguntar pra loira, e logo a olhou com um sorriso perverso – Se você pudesse beijar qualquer pessoa do departamento, quem beijaria?

Jane se sentia no ensino médio novamente quando fez a pergunta, não sabia se pelo fato de que a última vez que jogou o jogo ela tinha 16 anos, ou pelo fato da pergunta ter soado um tanto imatura. Maura sorriu envergonhada com a pergunta, ela desviou o olhar para o lado tentando esconder seu rosto corado, o sorriso largo não saia de seu rosto.

— Vamos Maur, ou você responde ou toma um gole.

Maura então tomou um grande gole da sua cerveja. Jane sentiu-se desapontada por não ter recebido uma resposta, mas sorriu da situação, ou talvez da expressão da loira ao ver que tinha entornado um pouco de bebida na sua blusa, não que ela tenha se importado, já estava num grau de alcoolismo que suas roupas não eram maiores preocupações.

— Okay, minha vez... Se você pudesse beijar alguém do departamento, quem beijaria?

Jane sorriu e olhou para baixo, mordendo o lábio inferior ela soltou uma risada suspirada (?) e tomou um gole da sua cerveja. Maura riu achando injusto.

— Tudo bem, não responda – sorriu desafiando.

— Yeah yeah... próxima pergunta. Com quantos anos você deu o seu primeiro beijo?

— Uh... Eu tinha dezoito anos, me lembro muito bem.

— Dezoito anos? – Jane perguntou incrédula.

— O que é que tem? Eu era focada nos estudos, não tinha tempo pra namoro nem nada.

— Okay, sua vez.

— Quem foi a última pessoa que você beijou?

Jane desviou o olhar novamente envergonhada.

— Casey – respondeu com um tom leve. – Quantas pessoas da BPD você já beijou? – Jane perguntou rapidamente fugindo do momento conversa que possivelmente aconteceria ao tocar o nome de Casey, e tomou um gole de sua cerveja.

— Uma.

— Uma? Quem?

— Seu irmão, Frankie.

— Ah sim – Jane levantou os ombros em um arrepio ao lembrar-se do ocorrido. – Você é famosa em deixar os Rizzoli’s apaixonados por você.

— Nem todos – Maura disse tomando sua cerveja.

— Como assim?

— Você não é apaixonada por mim.

— É... – Jane concordou tentando ser o mais convincente possível.

Maura analisou a expressão da amiga, e se interessou no que viu.

— Okay, truth or drink... Você... namoraria uma mulher?

— O que? – Jane perguntou assustada, sentiu seu rosto queimar fortemente, ela não acreditava no que acabara de ouvir.

— É sério – Maura afirmou e repetiu a pergunta como se não fosse uma coisa que importasse.

Apesar de estar bêbada Jane conseguia conter algumas coisas para si, então levantou-se e foi até a geladeira de onde tirou outra garrafa de cerveja. Ela sorriu vitoriosa para Maura enquanto abria a garrafa e tomava um gole da bebida amarga. Jane voltou ao sofá e sentou-se mais próxima de Maura, a mesma encostou a cabeça no ombro da morena.

— E você? Namoraria uma mulher? – A detetive perguntou.

— Sim – respondeu sem dar muita importância. - Se você estivesse presa numa ilha por três dias, o que você levaria com você?

— Que sem graça – disse Jane rindo, ela esperava por algo comprometedor – Eu levaria... você.

— Eu? Você me arrastaria pra ficar presa numa ilha por três dias só pra não ficar sozinha? – Elas riam.

— Não, você me impediria de morrer intoxicada com alguma fruta venenosa, ou algo do tipo. E também pela companhia.

— Sua vez.

— Você acredita em amor?

A loira estranhou a pergunta e levantou o rosto para ver o olhar que a outra lhe lançava.

— Amor é algo muito complexo, mas sim, eu acredito.

— Você já se apaixonou por alguém?

— Não é a sua vez. – Seus olhares não se desconectavam por motivo algum. – Você já se apaixonou por alguém?

Aquele olhar eletrizante e penetrante, elas olhavam uma no olho da outra, e nesse momento elas sabiam que era a hora, era a hora de serem honestas uma com a outra, e elas não viam medo nisso, porque no olhar que trocavam havia conforto, havia segurança e um calor aconchegante.

— Eu estou apaixonada por alguém – Jane respondeu finalmente.

O olhar de Maura desviou para os lábios da amiga, e novamente para os olhos, Jane sem quebrar a troca de olhares levou sua mão até a nuca da amiga, seus rostos foram se aproximando, Maura podia sentir a respiração ofegante da detetive. Nenhuma das duas conseguia pensar em nada, ansiosas para que os lábios se encontrassem, mas ainda querendo prolongar o momento.

— Por quem? – a loira perguntou com a voz fraca.

— Não é a sua vez – Jane respondeu, a voz mais rouca que o normal, e logo puxou Maura para si.

Os lábios se juntaram num perfeito abraço, como se fossem peças de um quebra cabeça que se encaixavam perfeitamente, o gosto amargo de cerveja nos lábios das duas deixava o beijo mais atraente. Maura correspondeu o beijo prontamente, e capturou o lábio inferior da detetive, o beijo que trocavam era simples, porém cheio de desejo, suas línguas não se encostavam, era apenas os lábios brincando com os lábios da outra, mas havia amor ali, havia paixão. E esse foi o primeiro beijo de muitos outros.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Adoro vocês ♥