Era manhã quando Ai abriu a guilda, todos que passavam por si a cumprimentavam contentes enquanto admiravam a construção pela manhã após a festa do dia anterior. Aquele lugar ficava mais belo ainda no sol quando a luz da manha entrava penetrando nas flores brancas e negras que tomavam as colunas do local. A Pedragon sorria olhando aquilo tudo com amor, até sua doce filha chegar.

— Mãe! – berrou a menina.

Seus longos cabelos negros caiam por suas costas até sua cintura, a sua costumeira roupa totalmente amarotada e bagunçada. Seu sorriso e sua aparência já diziam que ela havia aprontado alguma coisa que ela havia feito.

— O que foi Mizu?

— Mamis poderosa adivinha quem esta vindo para nossa guilda?

— Não sei, ainda não tenho bola de cristal.

— Acnologia

O sorriso da garota era radiante e contente, aquele que a treinou e que foi quase um pai para ela, a única figura masculina que possuía em sua vida. Era um amor saber que agora aquele dragão vinha até aquela cidade para ver a pequena que já fazia um tempo que não o visitava ou era visitada.

— Então já até sei o motivo de estar assim, você armou armadilhas na floresta não é?

— Imagina mãe eu não faria uma coisa dessas nem em sonho – sua mãe a olhava seria – Ok eu fiz.

— Tomara que ele morra em uma.

Era difícil ter o desafeto de Ai, mas Acnologia o tinha e em sua vida sempre fugiria da albina assustadora e assassina. Seus extintos berravam de medo e sua mente era idiota o bastante para ir parar direto na guilda da sua pequena filha aprendiz e da verdadeira mãe da mesma.

Assim que o dragão pousou na floresta já começou a ter problemas, a clareira que havia escolhido teve o enorme problema de varias rosas brancas o espetarem na pata, aquelas coisas não estavam lá antes e ele podia apostar que tinha um dedo da demônia albina nisso. Continuou seu caminho em direção a sua filha quando em um amontoado de folhas característico daquela estação faz com que ele fosse parar em um buraco de espinhos. Depois disso foi apenas armas espalhadas pela floresta, animais mágicos de quem teve que fugir desesperado e uma linha que ao tropeçar deu de cara com uma torta de chantili.

Quando a porta da Fairy Fallen foi aberta um moreno de lindos olhos azuis com pequenas linhas tribais pelo corpo da mesma cor que seus olhos, roupas totalmente rasgadas e o rosto sujo abriu a porta foi recebido por uma faca arremessada em sua direção cortando um pouco de seus cabelos.

— Ops eu errei – disse ai voltando ao seu bolo – Não esperava que fosse se abaixar.

— Ai você é uma demônia assustadora.

— Você sabe que eu não sou seu verme.

— Acno!

Mizuki que ainda estava escondida tentando armar outra armadilha para o seu mentor acabou deixando de lado para pular no homem moreno que parecia querer chorar por estar recebendo carinho da maga. Esta tinha um sorriso maravilhado estampado no rosto assim que se separou do outro.

— Nossa em Acno minhas armadilhas estão melhorando ou você que esta ficando burro?

O que ele poderia fazer se as Pendragon tinha algo em sua alma que por mais que gostassem dele (só a Mizuki) ainda tentavam o ver morto de qualquer forma. Já não bastava o conselho seguindo ele em sua forma de dragão por ai, do que adiantava ter sangue dracronico se era obrigado a andar pelas cidades como um humano.

— Mãe você vai por a marca no Acno-chan né?

Apesar do ódio que Ai tinha pelo réptil gigante ela ainda teria que admitir que sentisse raiva daquele idiota de marca maior, como ela poderia não colocar a marca das fadas nele se sua pequena pedia aquilo com aqueles olhinhos vermelhos que ela herdou do amor de sua vida... Mizu teria adorado conhecer o pai, disso a mestra tinha certeza.

— Tudo bem... Azul né?

— Sim!

Aproximando-se Ai colocou a palma de sua mão esquerda sobre o peito do dragão e uma luz azulada passou a emanar da mesma fazendo assim com que Acnologia berra-se pela dor enquanto a outra apenas sorria contente por estar infringindo um pouco de dor naquele ser que ela queria morto. Assim que retirou suas mãos todos poderiam ver a asa em tom azul que Acno possuía agora em meio as suas marcas características que tinha como dragão.

Os três estavam ali vendo mais uma coluna de rosas negras abrirem suas pétalas deixando assim de ser mais um botão, o ar cheirava a magia do apocalipse fazendo com que a mestra sentisse um pouco de anciã por matar o homem a sua frente sendo abraçado por sua pequena.

— Oi

Foi quando as pesadas portas da Fairy Fallen se abriram pela primeira vez por alguém desconhecido, uma garota de pele pálida, olhos chocolate e os cabelos negros assim como suas roupas encontravam-se encarando aquele povo estranho. O que ela poderia pensar de um mendigo e duas jovens magas.

— Olá jovem qual o seu nome? – apesar de tudo Ai era a mestra – E o que deseja?

— Eu sou Aki Naytorai sou uma maga que quer entrar para esta guilda... Onde esta o mestre?

— Eu sou a mestra e esta é minha filha – apresentou – Este ai é o bichinho de estimação.

— Ei!

— Você não parece à mestra... Esta mais para alguém mais jovem que eu – comentou a morena.

— Esta ai é uma velha de museu tem mais idade que eu se bobiar.

Acnologia nem teve tempo para recuperar o ar das gargalhadas que dava antes de ser arremessado porta a fora com um soco da albina. Quando este se tocou o que estava acontecendo teve apenas tempo de correr enquanto sentia varias armas serem jogadas em sua direção.

— Não ligue para ele e bem vinda a Fairy Fallen... Bem agora vamos às formalidades, magia e onde quer a marca?

— Bem sou uma Devil Slayer das Trevas – Ai prendeu a respiração – E quero a marca no ombro vermelha.

A Pendragon se aproximou fazendo sua mão adquirir novamente uma coloração agora vermelha, sua palma foi posta delicadamente no ombro direito da jovem que não sentiu nenhuma dor nem nada. Quando acabou a asa vermelha abria-se em pura elegância na pele branca.

— Que linda – sorriu Mizu – Sou Mizuki Pendragon, Dragon Slayer do Apocalipse – apresentou-se totalmente animada – Esta é a minha mãe e mestra da guilda Ai Pendragon e aquele que fugiu com o rabo entre as pernas é o meu mestre Acnologia.

Uma coisa agora Aki tinha a mais plena certeza, primeira era que aquela albina com sorriso amável era assustadora por meter medo no maior dragão do mundo. Aquela garota morena era mais esquisita ainda e ela não fazia ideia do motivo, principalmente por sentir sua magia tão calma e “atraída” para as Pendragon. E o principal esquisito que havia ali para a Naytorai era que aquela guilda de malucos com tanta magia negra estava a ponto ser caçada pelo conselho, isso se ele não temesse tanto certa albina.

— Bem vinda a guilda! – Mizuki berrou animada

— Obrigada

Ela agora tinha uma família, passaria a morar na mansão reconstruída já que a cidade era pequena e não recebia tantos visitantes para ter uma posada ou algo do tipo. Mas havia outra coisa que indicava mais ainda sua entrada nas fadas caídas e isto ela não havia percebido. Caso a devil slayer estivesse prestando atenção deteria notado que uma das colunas de rosas negras agora era tingida completamente pela cor roxa das pétalas das flores.