Digimon Frontier : System escrita por Yamma


Capítulo 3
As memórias de Kyou: O 11º guerreiro.




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Mundo Digital; floresta próxima à Vila de metal.

Não tinha se passado mais do que 1 dia no Digimundo desde que o misterioso garoto Kyou escolheu partir em uma jornada com seus novos companheiros Bokomon e Neemon. O destino mais apropriado para o trio seria se encontrar com Seraphimon para descobrir qual problema estava sendo enfrentado pelo mundo digital agora, o qual está cada vez mais colidindo com o mundo dos humanos e causando instabilidade em alguns lugares. Pela floresta, ainda de dia, os três estavam quietos e não mantinham muito contato. Kyou tinha uma personalidade mais solitária e fria, então seguia andando na frente, enquanto se distanciava dos dois digimons que queriam conhecer o "novo" humano que tinha chegado. Bokomon se aproximou de Neemon e então cochichou:

— Você não acha ele suspeito, Neemon? Como ele sabe dos digiespíritos? Como ele veio parar aqui? Eu ainda não tive tempo de perguntar isso, e também não acho que ele queira responder.

— Ah, estou com muita preguiça para isso, se quiser descubra sozinho...

— Não seja idiota, Neemon! Se quisermos que ele venha pro nosso lado, nós pelo menos temos que saber quem ele é de verdade! 

— Você não confia muito nos outros mesmo. - Com sua fala relaxada de sempre, o coelho não se preocupava muito com as consequências, e apenas deixou esse fato de lado.

Ouvindo os cochichos pela frente, os passos do garoto diminuíam lentamente até parar. Os dois digimons também resolveram parar e ouvir o que o humano tinha a dizer, para satisfazer a curiosidade de ambos. Passou-se alguns segundos, enquanto podiam ouvir o som do vento soprando fortemente, chacoalhando as árvores e dando um clima de certa seriedade.

— Vocês devem estar se perguntando quem eu sou, certo? - O garoto, continuando de costas para os dois, se sentou em uma rocha e apoiou a mão no queixo, esperando a reação dos digimons.

— Exatamente! 

— Cale a boca, Neemon! Ah, bem, quase isso. Se quisermos criar laços, devemos sempre conhecer os outros, não é? - Bokomon estava relutante em sua pergunta, pois sentiu como se estivesse se intrometendo em sua vida pessoal. O momento o lembrou de como foi difícil no início para começarem a ser companheiros de Koji.

O garoto abria sua boca, mas não soltava a voz, ainda não tinha ideia do que falar, e foi difícil quebrar o silêncio, mas decidiu contar o que sabia.

— Não é como se eu não quisesse falar de mim, mas para falar a verdade, eu não sei quem eu sou...

Os digimons se entreolharam e contraíram as sobrancelhas, já que essa não é a resposta que eles esperavam, então insistiram.

— Eu não acho que você esteja falando sério.. - Bokomon se aproximou e mostrou seu mais importante livro que continha dados e anotações sobre o digimundo e os guerreiros lendários, na tentativa de fazê-lo lembrar de alguma memória relacionada a isso.

— Infelizmente o conhecimento que eu tenho do mundo digital é muito limitado. É bem difícil explicar, já que eu não sei nem se posso confiar nas minhas próprias memórias. Desde que eu lembro que estou vivo, eu só sei que eu sou diferente.

— O que você quis dizer com isso?

x

Quando Kyou tentava se lembrar de algo, o que lhe vinha em mente era sua primeira memória como humano, cerca de 6 anos atrás, acordando em uma máquina, respirando por tubulações e olhando vários cientistas diferentes realizando diversos experimentos, como em um laboratório. Ele não se lembrava se era a única criança ali, assim como não sabia porque estava ali, mas era importante guardar esse momento, pois foi a primeira vez em que ele sentiu estar vivo; a primeira vez que ele tinha conhecimento de si. 

Dentro do laboratório, ele era forçado à tomar injeções diárias e extremamente dolorosas, que o tornavam incapaz de correr ou fazer movimentos bruscos, evitando assim a fuga dos pacientes deste local. Não existiam apenas cientistas por ali; agentes e informáticos eram os mais notáveis, pois de alguma forma esta desconhecida corporação tinha o imenso fascínio por dados, mais precisamente, o mundo digital. O que quer que quisessem fazer com o Digimundo, não seria de boa índole. 

Cada criança, quando adormecida, era colocado um aparelho em suas cabeças, que modificavam o "conteúdo" de suas mentes, como se pudessem literalmente roubar seus dados, colocando-os para dentro de um mundo digital e os reprogramando. Os agentes que trabalhavam e executavam o processo não sabiam o que faziam exatamente, pois assim como os outros, apenas seguiam as ordens dos superiores.

Na corporação, existiu um caso onde um dos trabalhadores decidiu ver os arquivos confidenciais e espalhar o segredo da empresa. Ao pesquisar à fundo, descobriu um dos mais importantes objetivos dos superiores:

— Essas crianças... Serão transformadas em Digimons?! Eu preciso sair daqui! - Antes que pudesse levantar de sua cadeira, o cientista foi morto à tiros por um dos agentes.

Mensalmente, um importante pesquisador da empresa vinha ver o estado dos "projetos"(como eram chamadas as crianças aprisionadas na corporação), para avaliar a qualidade dos resultados. 

— Eles são nossa importante fonte de renda, seus inúteis, então não façam nada desnecessário ou estarão no lugar deles! - O pesquisador, ao relatar sua ordem aos subordinados, foi na agência principal para ver como estavam as pesquisas. Um dos superiores lhe recebeu para ouvir as novas notícias.

— Este projeto será um tremendo sucesso, Sr. Daichi. E pensar que conseguimos invadir o computador geral, Yggdrasil, tão facilmente. Os dados destas crianças inofensivas são realmente úteis para muitas situações. E depois de usadas, basta descartá-las.

— Não seja estúpido, professor Noboru. Concentre-se no Projeto System, imediatamente. Eliminar aquele mundo digital podre e "imperfeito" é nossa prioridade, e quando ele for destruído, todos os dados serão armazenados nesta corporação, assim seremos os detentores de todos os dados digitais e poderemos fazer o nosso próprio mundo desenvolvido. Infelizmente aquele bastardo do Yggdrasil re-ativou o Royal Knight Program antecipadamente.

— Espero que seja divertido para esses "honrosos" Cavaleiros obedecer apenas um fantoche modificado. Nossa primeira experiência foi comprovada quando conseguimos programar completamente Lucemon para que este se tornasse um tirano.  - O professor esboçava seu sorriso sádico.

— Como eu ia dizendo, as crianças ainda são importantes. Elas se tornarão nossos Digimons subordinados e escravos no magnífico mundo sistema. Contrariar as ordens da corporação significa a morte, espero que fique bem claro.— Palavras frias, carregando consigo um tom de seriedade, eram direcionadas ao professor.

— Claro, não há com o que se preocupar. Agora se me der licença, está na hora de todas as crianças serem levadas ao nosso servidor digital. Em pelo menos 1 mês, várias delas já estarão prontas para se tornarem oficialmente Digimons e serão armazenadas. - Interrompendo a conversa, o alarme de emergência soou. 

— O que está acontecendo aqui?! - Disse um deles.

— Uma invasão do sistema! Nosso servidor está sendo hackeado por um monstro digital!

Todas as telas de computadores da corporação sofreram um curto circuito e mostraram tela azul. Os pesquisadores ficaram desesperados com medo de perder os arquivos, e mais importante que isso, as próprias crianças e seus dados. Na ocasião, algumas delas já estavam adormecidas e postas em contato com o aparelho em suas cabeças que às conectavam ao servidor digital, já que a hora dos testes em crianças estava próximo. Inclusive Kyou estava afetado pelo mesmo problema, mas apenas ele e outra criança conseguiram chegar ao servidor digital com sucesso, embora tenham ficado presas lá. 

— Senhor, não conseguimos acessar de nenhum jeito! - Disse um dos assistentes.

— Porcaria! Tente alguma outra rede reserva, ou o que quer que seja! Façam algo! - Desesperado, o professor decidiu agir por conta própria e tentou utilizar um dos computadores afetados por perto.

— Este símbolo, mas que droga é esta?!

— É como eu disse, professor Noboru... Não deveríamos menosprezar o poder dessa organização chamada de Cavaleiros Reais.

— Você está me dizendo que um deles está fazendo isso?! Isso não é hora pra piadas!

 

— Veja você mesmo. Olhe para a tela do painel central.

— O quê...

O famoso feixe de luz que empunha suas espadas rubro e apenas deixa para trás seu vulto de capa, o cavaleiro que é concedido como o herói do mundo digital entra em cena. A grande tela mostra imagens dos servidores entrando em choque e sendo completamente destruídos em questão de segundos.

— Jesmon! Como você ousa?! - Imerso por um olhar sanguinário, Noburo apenas encarava a cena com ódio e desprezo.

— Se ele descobriu nosso objetivo pela rede, então ele já deve saber que Yggdrasil agora foi reprogramado por nós. Desliguem os aparelhos de todas as crianças, imediatamente! - Ordenou Daichi.

Em um plano completamente branco e puro, as duas crianças, incluindo Kyou, se encontravam presas pelo servidor que estava entrando em colapso graças ao ataque de Jesmon. Um tremendo portal se abrira em frente à elas, do qual o cavaleiro saía.

— Ah! O que é você?! - Disse o garoto.

O cavaleiro mantinha a pressão e o silêncio na situação, enquanto andava em frente à elas. Em uma rápida decisão, ele decidiu fazer um pedido.

— Eu não tenho muito tempo, venham comigo!

Sem entender a situação, Kyou não tinha outra escolha a não ser aceitar. Qualquer que fosse o destino, o garoto achava melhor do que ficar neste tenebroso laboratório pelo resto de sua vida, logo aceitou e o seguiu; antes de chegarem ao portal, eles esperaram pela outra criança que também estava lá, mas ela não fez nada à não ser sorrir de uma maneira estranha, escondendo algo. 

— O que você está fazendo? Venha logo! Nós poderemos ser salvos assim!

— Não me faça rir, eu já não sou mais como você, eu me tornei um ser digital completo... Finalmente!

— O que você está dizendo?

A atmosfera do local estava tensa e condensada por uma resposta inesperada da outra criança, que negou o pedido de Jesmon. Logo depois, ela estranhamente conseguiu abrir outro portal digital no servidor, indo em direção à ele, mas antes disso, disse:

— Não se preocupem, tolos, eu os verei novamente, quando o momento chegar, e farei questão de os reduzir à nada.

A estranha criança adentra seu próprio portal e desaparece junto com o mesmo

— Esqueça-o! Não temos muito tempo, o portal que eu abri já vai desaparecer! - Jesmon puxou Kyou e ambos conseguiram passar pela barreira dimensional que conecta o Digimundo com aquele falso servidor.

No laboratório, os pesquisadores foram de encontro ao local em que as crianças estavam adormecidas e utilizando os aparelhos, mas logo perceberam que as duas que foram para o servidor não estavam mais por ali.

— Os projetos 098 e 046 estão desaparecidos! Eles não estão mais por aqui!

Quando os computadores voltaram a funcionar, Daichi ordenou que todos procurassem pelas crianças dentro do servidor, mas de nada adiantou, ambas estavam desaparecidas.

— Procurem à qualquer custo e não descansem até as encontrarem! - O professor Noboru se enfureceu, seus olhos tão confiantes agora estavam amedrontados e sua cara pálida. Falhar durante o processo de elaboração do projeto era inadmissível para os superiores.

Mundo Digital, área de vulcões

— Estás bem, rapaz? - Jesmon denegriu sua evolução até a forma recruta, Hackmon, para que ficasse mais simples de conversar com Kyou.

— Eu não estou entendendo, porque você me salvou?

— Você não estava bem nas mãos daqueles humanos. Eles são perigosos o bastante para tentarem se infiltrar futuramente neste mundo digital, apenas aconteceu de enquanto eu passar pelos arquivos dos computadores da rede, eu pude te encontrar. Não se sinta muito importante por isso, mas agora que você já está aqui, eu não posso fazer muito.

— O que eu deveria fazer? Eu não tenho um lugar para voltar, absolutamente nada do tipo.

— Não reclame garoto, eu também tenho minhas obrigações por aqui, algo grande acontecerá em breve por este mundo, eu não tenho tempo a perder.

— Então faça o que quiser, eu não preciso da sua ajuda! - O menino deixou o local, correndo em direção ao outro lado, mas ainda estava cercado por vulcões a todo lado e não conseguiria facilmente sair do local.

— Parece que eu estou preso aqui... Eu não consigo fazer nada! - Triste, só restou à ele se ajoelhar perante o próprio medo e a decepção que tinha de estar ali. De repente, um Meramon sai de uma das poças vulcânicas, encarando Kyou.

— Ah! O que é isso?! - Tentando correr, tropeçou e logo caiu. Sem poder fazer nada, o selvagem Meramon se aproximava cada vez mais, até chegar ao ponto de pegá-lo com as mãos e o pressionando com seu fogo ardente.

— Socorro! Por favor, alguém! Eu não quero morrer ainda! - Cada vez mais sendo pressionado pelas mãos do digimon de fogo, o menino não tinha mais fôlego para gritar e pedir por ajuda, seus olhos ficaram vazios e não tinha mais confiança em si mesmo para enfrentar aquilo.

Por um feixe de espadas e cortes, Meramon sofreu uma dilaceração, até sobrar dados. As espadas fizeram um barulho forte e firme que pudesse ser ouvido por grande parte daquele local. Jesmon preocupou-se com o olhar inocente de Kyou, que ainda nada sabia sobre o imenso mundo digital.

— Eu não posso deixar você ainda... Eu prometi aos meus falecidos companheiros que não deixaria mais ninguém morrer na minha frente! Não se preocupe, você ficará bem no meu esconderijo.

Em uma savana, escondido por uma fenda entre algumas crateras, estava a base do cavaleiro, que era resguardada por dois Knightmons na frente, enquanto as duas Sistermons tomavam conta do local por dentro. Jesmon chegou ao local e entrou pela portão na frente.

— Ei, quem é esse humano? Você não pode trazer qualquer um por aqui, Jesmon! - Logo na entrada, Sistermon Noir questionou o cavaleiro, mas foi silenciada pela sua séria expressão facial.

— Ele está ferido e precisa de ajuda, cuidem dele, por favor.

— Parece que nós não temos opção, vamos logo! - Kyou foi levado por Centaurumon, que era encarregado de socorrer os digimons feridos da base. Cerca de 1 dia se passou até que Kyou recobrou a consciência. No quarto, Jesmon estava de braços cruzados na sua frente.

— Você parece bem, agora.

— Bem, eu achei que você não quisesse me salvar. - Duvidou

— Eu não posso virar as costas para os mais fracos, acho que você não me ouviu daquela vez. De qualquer forma, estou disposto à lhe dar um novo futuro, um lugar ao qual você pertence aqui. Teremos um árduo treinamento e você saberá as origens do mundo digital.

 

Dia após dia, noite após noite, Kyou recebia ensinamentos do poderoso Cavaleiro Real, formas de lutar contra Digimons em casos de emergência, histórias de origem sobre o mundo digital e também lia livros na biblioteca de sua base. Em apenas 1 mês do Digimundo, ele estava preparado para lidar com as consequências de ser um humano neste vasto monte de dados. Na noite do  fim do mesmo mês, fora de sua base, Jesmon convidou o garoto para checar algumas ruínas próximas e lhe contar o seu próximo passo.

— Kyou, neste exato momento, os 10 Digiespíritos dos guerreiros lendários estão guardados e divididos pelos 3 Arcanjos que governam este mundo no lugar no lugar de Lucemon, que foi derrotado.

— Sim, você me disse que os 10 guerreiros lendários lutaram contra Lucemon que havia se tornado um tirano.

— A verdade é que Lucemon foi reprogramado por aquela corporação em que você vivia. A intenção de Lucemon era governar este mundo honestamente, mas o catalisador para ele ter se tornado aquele monstro em sua nova forma, foi a modificação de seus dados originais. Eu não sei como aquela organização conseguiu fazer isso, mas ela está causando apenas o caos e a discórdia, em breve eles virão com todas as forças para tentar destruir o mundo em que vivemos, e devemos impedi-los disso.

— O que você quer dizer com isso, Jesmon? - Indagou

— Lucemon é originalmente o 11º guerreiro lendário, mas que foi contrariado pela sua modificação de dados e seu orgulho, e teve seu fim na luta contra os outros 10. Como você pode perceber, estes humanos provocaram mudanças drásticas no destino digital.

— Espere, qual o elemento que Lucemon representa? Não deve faltar mais nada para completar os 10! 

— O lendário elemento Void. Você também pode interpretá-lo como o vazio ou neutralidade. Este elemento garante a imparcialidade e o equilíbrio entre todos os outros elementos, que fortifica os outros 10 guerreiros, é o elemento final e essencial, e os seus digiespíritos humano e fera representam o Caos entre o bom e o mau, respectivamente. - Jesmon abriu sua mão e gerou dados que formaram os 2 digiespíritos Void humano e fera.

— Quer dizer que, além dos 3 Arcanjos, você também ficou encarregado de Digiespíritos?!

— Exatamente, mas isto não foi ação dos Arcanjos. Logo após a derrota de Lucemon para os 10 guerreiros lendários originais, eu fui pessoalmente extrair os Digiespíritos de Lucemon no local de sua derrota e consegui completar o enigma dos elementos. O elemento Void será essencial no futuro, então os confiarei a você, mas tu ainda não estas preparado.

— Entendo, mas porque você disse "10 guerreiros lendários originais"?

— Pelo que eu sei da situação, vários cavaleiros reais assim como eu estão ocupados sendo guiados por Yggdrasil para a execução do projeto System em um outro mundo digital diferente desse, entretanto dois deles, Dynasmon e LordKnightmon, foram responsabilizados por ficar neste aqui, para eliminá-lo. Pelo meu senso de justiça, eu traí Yggdrasil teoricamente, já que este está sendo invadido em sua central e sofrendo o mesmo que Lucemon, a reprogramação. Se eu agir agora, ficarei contra todos os outros cavaleiros, e isto poderá acarretar consequências inimagináveis. Por isso, outros humanos virão para cá em algum momento para lutar novamente contra as ameaças, e você deverá vir junto deles. Não se esqueça desta ruína onde estão escondidos os Digiespiritos Void, você terá que vir aqui no momento certo.

— Certo, entendi! Agora eu... - De repente Kyou estava sendo desintegrado em vários dados e desaparecendo aos poucos.

— O que está acontecendo, Kyou?!

— Eu estou sumindo! Me ajude! - Os dados se dissiparam e o garoto desapareceu por completo.

Shibuya, Corporação de pesquisas ilegais sobre o mundo digital.

— Professor Noboru! Adentramos os dados que tinham sobrado no sistema daqui e graças à isso conseguimos retornar a criança de projeto 046 para o mundo humano!

— Excelente, agora me diga onde ele está. - Ordenou 

— Bem, sobre isso... Ele foi levado para um lugar dentro dos limites do Japão, mas ainda não temos conhecimento do lugar exato.

— Não me faça perder o meu tempo, iniciem as procuras! - O professor escalou a procura para que encontrassem Kyou em torno do Japão.

Durante o choque entre os dois mundos, como Kyou foi levado ao mundo humano de maneira forçada pelo sistema da corporação, algumas de suas matérias foram perdidas, como algumas partes de sua memória, dado esse motivo, ele não se lembrava dos detalhes e muito menos de quem era, passando por um conflito pessoal com perda leve de amnésia.

Nesse contratempo, ele não se lembrava de sua missão principal, que era esperar pelo momento em que os humanos fossem ao Digimundo para lutar novamente, e acabou não comparecendo junto com os outros, perdendo a oportunidade de lutar contra as ameaças que pairavam sobre o mundo digital naquele momento. 

Outra parte da memória de Kyou que ficou intacta é a do sofrimento que passou quando estava no laboratório e por isso, ele ainda tem resquícios de onde ficou durante maior parte de sua vida, e assim que era perseguido pela corporação, continuava se escondendo por Shibuya para não ser encontrado.

Durante todo esse tempo, Kyou procurou se redimir com sua promessa feita à Jesmon, quando ao longo de 6 anos, recobrou lentamente algumas memórias, e decidiu partir para o digimundo novamente quando pegou o digivice de Takuya e seguiu rumo ao mundo digital.

 

Continua...

 

 

 

 


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