As long as you love me escrita por Lía


Capítulo 1
Contanto que você me ame


Notas iniciais do capítulo

alô, alô, grazadeus! faz taaaaaaaaaaaaaaaanto tempo que estava para postar essa história, de verdade. a criei faz uns dois anos e deixei guardadinha para quando achasse bom para postá-la. escrevi bem formalmente, acho que deveria melhorar isso algum dia, mas espero que vocês gostem hihi



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Não havia mais como voltar atrás, a noticia estava dada, agora bastava que todos engolissem e digerissem a mesma sem que alguém saísse gravemente ferido da casa. Os parentes e amigos estavam pasmos, alguns sorriam maliciosamente na direção da ruiva e outros estavam ajudado seu pai a desengasgar. 

Calma, Ronald; respira fundo.— Ginny abanava com um pedaço de papel o ser completamente vermelho, que parecia estar em choque: olhos arregalados e fixos em um ponto distante, o peito subia e descia em uma velocidade absurda, a mão parada dramaticamente sobre o peitoral; sua mente tentava ligar todos os pontos como se não passasse de um pesadelo. O que parecia estar pensando, pois Rose Weasley não conseguia saber – por mais que quisesse – o que seu pai estaria pensando sobre o que acabara de lhe falar. 

Péssima hora. Acreditara que, com bastante testemunhas, o pai não iria matá-la ou correr para matar o tão-misterioso-namorado-da-primogênita. O cômodo estava repleto de pessoas, algumas riam da situação que Ronald Weasley se encontrava, outras se limitavam a ficarem quietas e em igual estado de choque do ruivo mor, e o restante tinha o poder suficiente para segurar e mandar no pai; e Rose chamava-os de avós.

Quer um copo d’água, Ron?— O homem apenas assentiu respondendo a esposa. Rose nunca havia visto um tom sequer que chegasse perto daquele estampado no rosto de seu progenitor, mas seu rosto ardia e chegava a crer que não estava tão longe assim; ambos pareciam que iriam entrar em combustão, coisa que não tardaria a acontecer. Os pensamentos da garota voavam e davam voltas, não conseguia entender muito bem o que falavam a sua volta e muito menos queria entender, mantinha os olhos fixados no pai, tentando decifrá-lo mais do que qualquer coisa que havia a intrigado algum dia. Cada segundo que se passava o medo acomodava-se na ruiva, abraçando-a de forma calorosa e abrigando-a como uma velha amiga, enquanto tentava afastá-la o máximo de si e enfrentar tudo aquilo de frente e com a coragem que nem sabia que tinha.

Tudo estava indo, literalmente, de cabeça para baixo e no final a ginger acabaria dando de cara com o chão. Por que achava mesmo que era uma boa hora para falar que estava namorando um Malfoy? Perguntou-se o mais irônica possível. E acrescentar que está completamente apaixonada por ele? O coração da ruiva queria sair pela boca e dançar Macarena no meio do carpete, batia tão fortemente no peito que chegava a doer; doía de ansiedade e arrependimento, de medo e principalmente de paixão. E não havia prova maior do que aquela, enfrentando a família sozinha por eles, para aquele nós sobrevivesse o quanto fosse possível, que sobrevivesse às barreiras que as famílias impunham. Rose não tinha obrigação nenhuma em odiar a família do namorado – a palavra, às vezes, ainda assustava a ruiva – o problema era entre os pais e os filhos não deveriam se meter, não era sempre essa a desculpa que os pais sempre usavam? Os filhos não devem se meter nas brigas dos pais. E ela estava fazendo exatamente isso, não se metendo na briga dos adultos.

Hermione, você pode preparar algo que reverta o efeito da poção que aquele…— o homem segurou-se para não soltar um palavrão por conta das crianças presentes – que eu irei dar um jeito nele. — levantou-se. Como assim dar um jeito?! Rose estava prestes a interferir quando a voz de Molly rompeu e destruiu qualquer possibilidade que ela tinha de falar.

Ronald Weasley, você não vai a lugar nenhum, sente-se agora. — de prontidão, o homem sentara, – e, o restante de vocês, saiam daqui e os deixem resolverem a situação, que não é da conta de ninguém além deles. — a mulher fizera com que todos do cômodo saíssem e prontificara que estavam fazendo algo que não interferisse ou tivesse a ver com o que estava ocorrendo naquele cômodo em específico. E, além, tirara a varinha de Ronald para que ele não fosse matar o genro.

Minutos se passaram e ninguém estava pronto para dizer uma só palavra, estavam apenas Ronald, Hermione e Rose na sala carregada de sentimentos embaralhados. E a menor começou: – Não estou enfeitiçada, pai. – olhara para o pai e com o olhar que recebera em troca, a garganta dela secara e começara a arranhar, incomodando-a. O mais velho pegara a mão da filha e afagara levemente e carinhosamente, após suspirando.

Iremos reverter isso, Rose, aquela Doninha quicante pode ter feito isso com você, mas tenho certeza que a sua mãe sabe reverter.— a expressão de pena inundara o rosto do ruivo, enquanto Rose aderira uma de confusão e soltava um sonoro quê questionador. Hermione dera um tapa na parte de trás da cabeça do marido. – Ela não está enfeitiçada, Ronald— O rubor tomara conta da face recém-normalizada.

Não é possível, Hermione, ela tem de estar! É estupidez achar que a minha Rosinha ama mesmo aquela Fuinha Albina do filho dos Malfoy.— E o casal começara a brigar.

Ele achava, realmente, que ela não poderia amá-lo, que isso seria irracional e que era mais fácil pensar que estava enfeitiçada do que amar alguém de verdade? Rose não se importava com o que os pais deles tinham de tão importante para nutrir aquela briga ridícula por tantos anos, mas isso não passaria para ela, não se importava com o sobrenome, com a família, com nada a não ser que ela amava aquele garoto estúpido. Estúpido e ainda por cima ladrão, deveria denunciá-lo por roubar o pobre e frágil coração; mas também não ficara para trás e roubara o dele, guardara em um lugar esquecido e que nunca poderia achar novamente, e deixara que o seu fosse levado para sabe-se-lá-onde. Rose o amava tanto, não sabia de onde havia vindo tanto sentimento por apenas uma só pessoa, poderia – com mais um pouquinho – alcançar a família dela – que ocupava maior parte de seu coração e pensamentos – e aquilo chegou a assustá-la.

Rose Weasley estou falando com você!— o homem gritara a frase e fizera com que a garota percebesse o que estava acontecendo em sua volta. Por quanto tempo havia se desligado? Ronald estava de pé a sua frente com uma expressão ameaçadora, a garota chegara a recolher-se um pouco de medo e olhá-lo de forma vibrada, Hermione não estava para trás, olhava o marido com uma tão intimidadora quanto, mas o ruivo apenas a ignorava – Irá terminar essa palhaçada agora mesmo, ouviu?! Essa sua brincadeira já passou dos limites. — apontava o dedo acusadoramente para a pequena encolhida no sofá, aquilo a lembrara vagamente da primeira vez que algo parecido acontecera; a primeira e a única vez que Ronald levantara a mão à pequena.

Entretanto era tarde demais para voltar atrás com aquilo tudo, havia começado e iria colocar um ponto final, alguma iria ter de tirar o “cordão umbilical” que a ligava com o pai, e teria de ser tão rápido quanto tirar um Band-aid, o machucado tinha de ficar exposto e não sufocado como sempre ficara; Ronald tinha de entender que ela não era mais uma garotinha pequena e que sabia cuidar de si mesma, não iria fazer o que ele achava que era melhor para ela, iria fazer o que sabia que era melhor para si. E se alguma hora terminassem ela não iria se arrepender por tê-lo amado naquele momento, ele a fazia feliz e se fazia, por que diachos ia se afastar? Não tinha sentido.

Você vai terminar com esse… Esse… Malfoy e ponto final.— quando o homem sentara, percebera que perdera todo o fôlego com o discurso que Rose nem fez força para prestar atenção. Hermione dizia alguma coisa para o marido e parara quando Rose levantara-se e mantinha uma expressão vazia, como se nada tivesse acontecido há segundos atrás e que o diálogo não a afetara de maneira alguma.

— Em primeiro lugar: não irei terminar com o meu namorado por conta de uma briga estúpida entre as nossas famílias, coisa que você e o pai do meu namorado já deveriam ter ajeitado há muito tempo atrás, mas vocês só estão tão preocupados em brigar que esqueceram o significado da palavra paz – a garota dissera num fôlego só, tinha de aproveitar a coragem enquanto a tinha, pois depois seria tarde demais para pensar nas consequências, falaria o que teria de falar e iria para o quarto ciente de que estaria de castigo até, pelo menos, ter trinta anos. Ronald estava prestes a interromper, mas ficara quieto com o olhar cortante que recebera de Hermione, que olhava para a filha orgulhosa. Rose usaria a palavra namorado quantas vezes fosse necessário para que o pai dela entendesse, ele não mudaria aquilo de forma alguma – Em segundo lugar; eu não sou uma criança, pare de me tratar como se tivesse cinco anos de idade porque eu tenho dezesseis, e estou ciente dos meus atos e que eles acarretam em consequências – respirou fundo antes de continuar. É preciso, Rose, continue. Não chegou tão longe para morrer na praia, não é mesmo? A cabeça da ruiva explodia com tantos pensamentos, a expressão que ela carregava era tão séria quanto a natural – Caso nós terminemos algum dia, teve de acontecer, mas eu nunca vou me arrepender de amá-lo. Ele me faz feliz e não podemos afastar pessoas que fazem a nossa vida melhor por conta de algo tão banal.

Rose, você não sabe o que está dizendo, você acha que o ama, mas ninguém com a sua idade pode amar alguém de verdade.— Ronald tentou convencer a filha do contrário, com uma desculpa boba, já que ele e a esposa se amavam enquanto ainda estavam na escola exatamente como ela e Scorpius.

— Sério pai? E você e a mamãe? 

É diferente.

— Você era apaixonado por ela quando estavam na escola, por que é diferente comigo e com o Scorpius? 

Escute-me, Rose…— mas a garota não deixara que seu pai terminasse de falar e bufara impaciente, aquela conversa já havia acabado para ela.

— Não, o senhor já falou demais. Entendi a sua desaprovação sobre o meu namoro, não é necessário que fale mais nada – a garota direcionara-se para a porta sem olhar para trás, e proferira uma última frase antes de correr para o próprio quarto: – E isso não vai mudar o fato de que eu o amo.


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Notas finais do capítulo

OI, AMORES! ESPERO QUE TENHAM GOSTADO.