Depois do escrita por analu


Capítulo 21
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy galerinhaaa!!! Meu deus, não achei que diria isso de novo. Preciso me desculpar por deixar vocês 2 anos esperando pelo final. Eu sinceramente não sei o que aconteceu p eu não ter postado o último capítulo, só sei que em meio a quarentena eu lembrei disso: dessa fic, desse site, de vcs (meus primeiros leitores). Acho que muitos nem vão ver o desfecho dessa história e não culpo, passou muito tempo, mas senti que precisava botar um ponto final nisso. Literalmente. Eu mudei tanto... e vcs tem uma participação extremamente alta nisso. Vou contar um pouquinho o que andei aprontando: Em 2018 comecei a me dedicar a uma história inteiramente minha que, eu espero que algum dia chegue ao alcance de vcs. Ano passado fiz um instagram de textos (sim, escrevo poemas): @a.sete.chaves sigam pfv!! E movida pelo amor pela escrita eu finalmente publiquei meu primeiro livro esse ano. O nome dele é metamorfose, vou deixar o link nos agradecimentos finais. Eu devo uma grande parte disso a vcs. Smp que eu reflito de onde me surgiu a vontade de ser escritora penso nisso, nessa história e nos meus primeiros leitores. Comecei isso aqui sem pretensão nenhuma, sendo uma simples fã de 12 anos que tinha como hobby escrever e saí com 16, um livro publicado e um sonho imenso de viver disso. Não sou capaz de agradecer o suficiente a vocês que leram, nem ao tempo que dediquei aqui. Foi um autodescobrimento e tanto. Obrigada. Por tudo!



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   Mais um natal no palácio. Mais de vinte anos após a seleção dos meus pais, três após a minha e eu ainda tinha dificuldade para assimilar tudo que aconteceu e tudo que mudou desde aquela Eadlyn que se recusava a receber os trinta e cinco (trinta e seis, se for contar Eikko que, no final, foi o que se casou comigo). Não sei se virar mãe me fez ter mais maturidade e refletir mais sobre tudo. A questão é que eu percebi minha evolução com o processo, com meu marido e com minha filha, ainda que ela só tenha três meses e pouco. Kerttu tinha se tornado meu mundo assim que coloquei os olhos nela e sei que seria assim para sempre. Enquanto estava grávida, ouvi diversas histórias de meus pais, principalmente de meu pai, sobre as gestações de mamãe. Não me espantei da maioria delas ser sobre mim e Ahren, porque ao meu ver a dificuldade dos filhos geralmente é ainda maior na primeira vez. Eu realmente queria ter mais filhos. Eikko queria também, mas definitivamente não agora. E eu esperava de todo coração que se tornasse mais fácil.

De manhã, acordei envolvida nos lençóis com a visão do amor da minha vida dormindo calmamente ao meu lado, ele parecia sorrir e eu não me cansaria dele. Mesmo sendo rei e rainha e tendo ao nosso dispor todos os funcionários do castelo, optamos por apenas duas babás que revezavam. Queríamos aproveitar ao máximo o crescimento e desenvolvimento da nossa pequena e concordamos desde o início em sermos presentes na criação e educação dela, ainda que isso nos custe profundas olheiras e algumas noites de sono. Ouvi um resmungo do cômodo ao lado e me forcei a levantar para acudi-la. 

—Bom dia, minha pequena princesa. O que faremos hoje nessa linda manhã de natal?

A resposta que obtive foi uma sequencia de balbucios babados enquanto a mão dela batia em meu seio.

—Tudo bem, minha filha. Você vai mamar. É só que, você sabe... queria uma sugestão diferente. Não te deixaria com fome de forma alguma.

Depois que minha princesinha, com fome de dragão fugindo completamente do decoro, estava alimentada, fomos dar uma volta pelo palácio ao me certificar de que Eikko estava dormindo. Ele era um pai e um parceiro tão incrível e não poupava esforços para extinguir qualquer necessidade existente que eu e ela tivéssemos. Deixei o quarto sem dar um beijo nele, temendo que isso o despertasse. 

Ao olhar para as janelas, vi que chovia e sorri imaginando que papai e mamãe estariam no terraço dançando como sempre faziam em dias assim. Eu gostava de vê-los. Era palpável o amor que, depois de tanto tempo, estivesse tão visível e cada vez mais forte. Antes de ter meu próprio conto de fadas, meus pais eram um dos poucos casais que me faziam pensar em alguns momentos a dar uma chance ao amor. Como ele poderia não existir se a energia estava ali tão presente?

—Acho que temos companhia - ouvi o sussurro de minha mãe colada ao meu pai, que por sua vez estava de olhos fechados com a bochecha grudada na cabeça dela.

Os dois tinham as marcas da passagem de tempo e de todo trabalho com o trono, ainda assim, eu os achava lindos como nas fotografias que vi deles quando novos.

—Desculpem a intromissão, sabem que gosto de vê-los assim. Mas finjam que não aqui, ou melhor, não estamos. 

—São muito bem-vindas, meus amores. - Meu pai disse enquanto se aproximava de nós.

—Maxon, não seja imprudente! Você está todo molhado, se abraçar Eadlyn e Kerttu assim molhá-las. Não quero ver minha neta resfriada. 

—Já disse que odeio quando está certa, minha querida? - falou sorrindo.

—Não creio que isso seja verdade, se não odiaria cada minuto que conversamos. - Minha mãe debochou.

Falei que daria privacidade aos dois, já que apenas queria vê-los dançando por um momento e estava ficando frio demais para uma bebezinha de apenas um trimestre. Deixei para trás os dois pombinhos sorridentes que pareciam recém-casados em alguns momentos.

Dei uma volta no palácio observando a decoração de natal que sempre me fazia sentir bem, eu amava essa época. Sei bem que às vezes não era fácil para minha mãe, ela costumava ficar bem sentimental lembrando de meu avô materno. Era um bom homem, isso era nítido só pelos relatos de mamãe, papai, meus tios e Aspen. Não tive muita sorte com meus avós, a única que tive chance de conhecer foi minha avó Magda, provavelmente por isso eu era tão próxima e ligada a ela. Inesperadamente, senti braços fortes me contornando e o cheiro característico que eu conhecia tão bem preenchendo meus sentidos.

—Bom dia, meu amor. 

—Bom dia - eu falei me virando para beijá-lo tomando cuidado com nossa filha entre nós. 

Logo assim que nos afastamos, ele acomodou Kerttu em seu colo e deu um beijo em sua mão gordinha.

—Oi, minha princesa. Papai sentiu saudade.

Ela sempre esboçava um sorriso quando Eikko a mimava ou conversava com ela como se ela fosse capaz de entender perfeitamente o que estava sendo dito. Passou por mim que ninguém resistia ao charmes de meu marido. Certa vez ouvi alguns suspiros de princesas vindas de fora, apesar da onda de ciúme que me dominou, eu as entendia. Perfeitamente. E ele nunca demonstrava se importar, era muito sincero ao dizer que não reparava nem se importava, pois só tinha olhos para mim. Acredito que eu não preciso dizer o quanto me dava vontade de beijá-lo quando ouvia isso. 

Passamos a tarde ao redor da fogueira, enquanto mamãe e tia May tocavam e cantavam músicas natalinas. Um dos motivos que me fazia amar essa época era ter toda a família reunida. Ahren veio da França com Camille, vovó, Gerard e sua família, que consistia em sua esposa e seu filho, sempre compareciam. Kile também vinha para passar a data com seus pais e irmã e depois de tudo que passamos, tínhamos estabelecido uma amizade sincera. Sempre seria grata a ele pelos momentos que me apoiou e ele já tinha me agradecido por eu tê-lo incentivado, mesmo que de forma um pouco agressiva, a sair do palácio.

—Senti saudades, gêmeo.

—Eu também, irmã. Agora me deixe conhecer minha sobrinha.

Peguei minha filha do berço em que estava. Tínhamos ao menos um em cada canto do castelo. Ainda mais depois que Lucy e Aspen, que visitavam o castelo sempre que podiam, tinham três crianças. Sim, três. Alguns meses depois que Lucy teve seu filho, duas crianças foram deixadas na porta de sua casa e eles decidiram adotá-los. Depois de tantos anos desejando uma família cheia, eles tiveram aquilo que tanto sonharam. Ainda que muito cansados por cuidar de três filhos, estavam radiantes.

Meu irmão, apenas sete minutos mais novo que eu, ficou tão encantado quanto Camille. Diversas vezes durante a noite os flagrei carregando-a no colo.

Olhei para todos aqueles presentes que eu amava de todo coração: Aspen, Lucy e suas três adoráveis crianças, tia Marlee, levemente bebâda cantando ao lado de tio Carter que ria, Kile e sua acompanhante, Josie, Kaden, Osten, Ahren, Camille, minha família por parte de mãe, o pouco que restava por parte do meu pai, meus pais sorrindo um para o outro e, por último, para meu marido. Que iluminou meus dias e meu ser de um jeito que eu não imaginava ser capaz.

Vendo que eu o encarava ele chegou perto e falou baixo em minha orelha, me arrepiando:

—Aconteceu alguma coisa, meu amor?

—Não, - sorri - só estava pensando  aqui o quanto eu te amo e o quanto sou grata pela nossa família. O que já formamos e o que ainda virá dela. 

Ele encostou a testa na minha de olhos fechados e sorriso intenso.

—Eu te amo, Eadlyn. Para sempre. 


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Notas finais do capítulo

Caso vcs tenham notado alguma diferença na escrita, é completamente plausível pq houve um grande intervalo entre o cap anterior e este.
Sigam meu instagram de textos pra continuarem me acompanhando de alguma forma (@a.sete.chaves)
Meu wattpad: @analouu
E como prometi, o link para o meu livro: https://www.amazon.com.br/Metamorfose-Ana-Lourdes-Grossi-ebook/dp/B08BXY2TJ2/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=metamorfose+ana&qid=1605583626&sr=8-1
Espero que isso seja um até breve.
E, de novo, muito obrigada por tudo!



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