Detetive Penélope escrita por Amorinha 1991


Capítulo 1
Prólogo




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‘Detetive Penélope, a senhorita já está a mais de 5 anos trabalhando sem parar. É um caso atrás do outro, todos resolvidos com louvor, é bem verdade. Mas precisa de uma folga. A senhorita é jovem ainda, não deve viver para o trabalho, isso é coisa para velhotes como eu.’

‘A quem quer enganar Cas? Você é só 7 anos mais velho do que eu, ou seja, tem 30. Nunca ouviu falar que é ao atingir os 30 anos que começamos a viver?   Não me venha com essa de que eu preciso de uma folga quando você nunca tira folgas. Trabalha de domingo a  domingo sem descanso e quer vir com esse papinho pra cima de mim? Não senhor! Me dê um caso a-go-ra!’

‘Penélope…’ Ele suspirou ‘Eu sei que nós nos conhecemos a muito muito muito tempo, mas… se não tirar uma folga, eu vou ter que demitir você.’

Penélope o encara estupefata, sem conseguir acreditar que Castiel estava dizendo isso à ela.

‘Eu sei que agora pode te parecer uma punhalada, mas é para o teu próprio bem.’  E ao concluir a frase, limita-se a depositar um leve e delicado beijo na têmpora de Penélope.

Pobre Penélope,  só queria um caso, e o chefe praticamente brigou com ela.

Ela não ficou contente, nem um pouco, mas conteve sua fúria. Sabia que se ela era teimosa ele era bem mais, talvez o dobro ou o quem sabe até o triplo. Bom… Isso não é realmente importante, o mais importante é que ela não conseguiu o que queria quando foi falar com ele. Ficou decepcionada.

Mas no final começou a pensar ‘Ah! E daí se ele quer que eu tire uma folga, umas feriazinhas não vão me matar, não é mesmo? Até podem me fazer bem.’

Por fim, decidiu escrever um bilhete para o chefe:

Caro Cas,

Eu compreendo que se preocupe por mim, e fico agradecida por isso. =) Acho que errou em me obrigar a aceitar isso dessa maneira, mas assumo: Você está totalmente certo quanto a eu precisar de uma folga. Vou aproveitar pra ver algumas das pessoas que há tempos eu não vejo. Principalmente minha avó Angel que se nega a usar telefones, ou computadores.

Como é mesmo que ela costuma dizer? Ah,sim! ‘Essa tecnologia só serve pra afastar as pessoas, elas se contentam em se falarem só por essas coisas e se esquecem de fazer visitas. Se esquecem do valor de um abraço, de um singelo beijo no rosto, de um aceno de mão e de um olhar que diga muito mais do que qualquer palavra dita ou escrita.’

Talvez ela tenha razão. Talvez até possamos ampliar, complementar isso. Porque não pensarmos que mais do que simplesmente a tecnologia, o vício e a fixação por uma determinada coisa, seja o trabalho, o celular, a internet, enfim seja lá o que for… Qualquer coisa no qual nos foquemos demais, é prejudicial. Nos faz esquecer das coisas mais importantes, aquelas coisas simples que deixamos de prestar atenção todos os dias porque estamos focados demais em outra coisa.

Ainda assim, mesmo sabendo disso, percebendo essas coisas… estou te deixando esse bilhete, que mais parece uma carta,  por não ter tido escolha.

Eu gosto de trabalhar, me faz bem. Sabe… Eu teria pedido uma folga quando achasse ser a hora certa para tirar umas fériazinhas. Eu sei que um dia eu teria pedido uma folga, pedido férias talvez mais de um mês.

Não estou querendo ferí-lo dizendo essas coisas, apenas… queria que você soubesse.

Até mais. Se mudar de ideia e precisar de mim, estarei com o meu celular sempre a mão. Sabe que nunca o largo. ;-)

Um abraço, e obrigada por tudo. :-*


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Notas finais do capítulo

Tá um pouco simples o prólogo, mas não desistam de ler o próximo capítulo, afinal de contas é nele que a história vai realmente começar ;)



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