Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana
Notas iniciais do capítulo
Olá Leitores, como estão?
Como eu disse a vocês no capítulo anterior, Gustavo vai precisar se esforçar bastante pra proteger a Alice, e é provável que ela vá se meter em uma grande enrascada. O capítulo ficou uma pouco longo, peço desculpas por isso, mas tinha que ser assim.
Sem mais, boa leitura.
— Faz tempo que não ouço alguém me chamar assim. __ Gustavo trocou de posição com Alice, deixando ela embaixo do seu corpo.
— Claro. __ Ela sorriu. — Só eu te chamava assim.
— É... __ Gustavo levou a mão ao rosto dela, fazendo carinho. — Eu senti tanto sua falta.
— Quando você foi embora, o tio Ben me disse pra te esquecer. __ Alice desviou o olhar do dele. — E ai vieram os pesadelos...
— Ele só estava te protegendo, Gatinha. __ Respondeu, fazendo ela o olhar nos olhos.
— De que?
— Eu prometo que vou te contar tudo. __ Ele aproximou o rosto do dela. — Mas agora, eu só quero ficar aqui com você.
—________________
Acordei faz alguns minutos e ainda estou aqui, deitada na minha cama. Quando me lembro do desespero do Felipe pra me manter na linha a noite inteira, não seguro a gargalhada. Ele se desdobrou inteiro para me manter “sóbria” e digamos que ele não se saiu bem nessa missão. Sempre que ele piscava eu dava um jeito de correr até o balcão e pedir um drinque diferente, e de drinque em drinque...
Resolvo me levantar e tomo um banho rápido, a fome está me matando e eu resolvo descer até a cozinha. Quando desço a escada e vejo o Felipe deitado no sofá, com os braços cruzados atrás da cabeça, a culpa me invade por ter feito ele passar a noite inteira correndo atrás de mim. Subo as escadas, volto ao meu quarto e pego meu lençol. Quando chego na sala novamente me aproximo dele e o cubro, assim que me afasto ele segura meu braço.
— Pra onde você vai? __ Ele me pergunta, com a voz rouca.
— Na cozinha. __digo. — Você deve tá com fome.
Ele nega com a cabeça.
— Não. __Ele entrelaça nos dedos. — Deita aqui comigo?
— Felipe... __ Não quero ele se sinta obrigado a estar comigo.
— Tô com saudade. __Ele falou baixo. — Vem?
Ele puxa o meu braço e se encolhe um pouco no sofá, me dando espaço. Deito com a cabeça no braço dele e sinto sua outra mão me puxando pela cintura, fazendo-me virar e ficar de frente pra ele.
— Você me deu um trabalhão ontem, sabia? __ Ele fala, fazendo o meu rosto corar de vergonha e eu desvio o olhar.
O som dá risada dele preenche o espaço entre nós e eu sinto o meu rosto corar ainda mais.
— Desculpa eu só... __ As palavras parecem fugir da minha mente. — Eu só queria me divertir.
A risada dele some e eu sinto ele segurar meu queixo e erguer meu rosto, me fazendo olhá-lo nos olhos.
— Não precisa pedir desculpas. __ Ele toca meu rosto, fazendo carinho. — Eu só não gostei daqueles caras te cercando.
— Que caras, Felipe? __ Deixei a surpresa transparecer na minha voz.
— Aposto que você nem notou, não é? __ Ele sorriu e logo ficou sério de novo. — Você parece não ter noção do quanto é linda.
Senti meu rosto corar violentamente de novo, mas não desviei o olhar do dele.
— Felipe... __ Ele me puxou pra mais perto, nos deixando a centímetros um do outro e tocou os meus lábios.
— Eu sou louco por você. __ Ele sussurrou e desviou os olhos para minha boca. — O seu beijo é tão bom.
Não consegui me controlar e me aproximei ainda mais, fechando os olhos. Senti os lábios dele sugando os meus e me entreguei ao beijo. Felipe aprofundou o beijo, brincando com a minha língua e trocou de posição, ficando em cima de mim. A mão dele apertou minha cocha e minha pele se arrepiou ao sentir o toque dele.
Nos afastamos pra recuperar o ar e ele apoiou a testa na minha, mantendo os olhos fechados.
— Olha o que você tá fazendo comigo. __ A voz dele saiu ainda mais rouca.
Toquei seu rosto e ele abriu os olhos, os mantendo fixos nos meus.
— Diz alguma coisa, Paloma.
— Por que agora? __ Preciso saber.
— Acho que eu não entendi. __ Ele disse sério, se afastando um pouco mais.
— Eu passei tanto tempo gostando de você e....
— Passou? __ Ele me interrompeu. — Isso quer dizer que não gosta mais?
— Se eu não gostasse, não estaria aqui com você. __Digo séria. — Mas você vive cercado de mulheres e.... __ Respirei fundo.
— Eu não me importo com elas. __ Ele disse rápido. — Me importo com você.
Antes que eu pudesse responder ele colocou nossos lábios e o som de aplausos nos assustaram. Não precisei virar o rosto pra ver o Gustavo e a Alice no último degrau da escada, aplaudindo.
Escondi meu rosto na curva do pescoço dele e sorri.
— Mas que porra, vocês não podiam ter ficado lá em cima só mais uns minutos? __ Disse Felipe, um pouco irritado.
— E perder isso? __ Perguntou Alice, sorrindo.
— Finalmente Felipe. Achei que você ia deixar outro cara conquistar a Pirralha.
— Há, calem a boca. __ Disse Felipe.
— Certo, certo. __ Disse minha prima rindo. — Vamos até a cozinha, comer e vocês podem ficar ai, fazendo....
— Cala a boca, Alice. __ Gritei, fazendo-a gargalhar.
Assim que eles saíram da sala o Felipe riu, me fazendo rir junto com ele.
— Acho que estava na cara pra todo mundo. __ Ele disse, beijando meu ombro e minha boca logo em seguida.
— Vocês já podem parar de se pegar. __ Alice gritou da cozinha, interrompendo nosso beijo. — Temos que ir ao supermercado, por que não tem comida aqui.
—__________________________________
Não demorou para que todos estivessem prontos para sair. Os quatro saíram no carro de Felipe e logo chegaram ao supermercado mais próximo.
Assim que desceram do carro, se aproximaram para pegar os carrinhos de compras e entraram.
— Prima, você e o Felipe ficam na parte da limpeza, eu e o Ogro ficamos na comida. __ Disse Alice.
— Olha, ela já voltou a te chamar pelo apelido carinhoso de sempre, Gustavo. __ Provocou Felipe.
— Não enche, Romeu. __ Rebateu Gustavo.
— Já chega vocês dois. __ Interviu Paloma. — Vamos, Lipe.
Paloma saiu puxando Felipe para o outro corredor.
Assim que ficaram sozinhos, Gustavo puxou Alice pela cintura e a beijou.
— A gente precisa fazer a feira. __ Ela disse, afastando os lábios.
— Quando a gente voltar, não vou te deixar sair da cama. __ Ele respondeu, a fazendo sorrir.
— Me solta vai, ou a gente não vai conseguir fazer a feira. __ Ele sorriu e a soltou. __ Pega pra mim o catchup no outro corredor, Ogro.
Gustavo saiu e caminhou pelo outro corredor, procurando o que Alice havia pedido. Assim que encontrou a prateleira certa, para pegar o que ela pediu, olhou para o fim do corredor e viu um homem de costas para ele, observando o corredor da frente. Quando ele se mexeu, a jaqueta saiu do lugar o metal da arma reluziu. Todos os instintos de Gustavo ficaram em alerta. Ele caminhou de costas devagar, para não fazer barulho e enquanto se afastava outro homem se juntou ao primeiro.
— Ele não está aqui. __ Disse o primeiro.
— É claro que está. Seguimos ele até aqui, lembra?
Eles estão procurando por mim.
Gustavo voltou ao corredor onde deixou a Alice e a encontrou, colocando algumas coisas dentro do carro.
— Ogro, cadê o catchup?
— Shi. __ Ele se aproximou mais e segurou seu braço. — Preciso tirar você daqui, agora.
— O que aconteceu? __ O olhar assustado de Alice deixou Gustavo ainda mais tenso.
— Presta atenção. __ Ele a puxou pelo corredor. — Preciso que faça exatamente o que eu mandar.
— Gustavo...
— Se eu te mandar correr, corra. __ Ele a interrompeu. — Não se afasta de mim.
— Eu não vou a lugar nenhum. __ Ela puxou o braço e parou de andar. — Até você me contar o que está acontecendo.
— Eu tô tentando proteger você. __ Ele disse, tentando soar controlado. — Por favor, depois eu te explico tudo.
— Tá bom, vou fazer o que você quiser. Mas depois eu quero explicações.
Ele segurou o braço dela novamente e a conduziu pelo corredor ao lado.
— Qual o corredor que o Felipe está com a Pirralha. __ Ele perguntou, sem parar de andar.
— O próximo a direita.
Assim que entraram no corredor certo, avistaram Felipe e Paloma.
— Nossa Ogrinho, vocês já terminaram? __ Perguntou Felipe, descontraído.
— A gente precisa tirar elas daqui. __ O tom de Gustavo deixou claro que tinha algo de errado. — Agora.
—Tem uma saída de emergência lá no fundo. __Disse Felipe, mostrando que tinha entendido.
— O que aconteceu? __ Paloma, assim como Alice, não consegue entender.
— Estou me perguntando a mesma coisa. __ Respondeu Alice.
— Leve as duas até o carro e as tire daqui. __ Disse entregando a chave do carro ao Felipe. — Vou distrair eles.
— O que? __ A voz de Alice saiu alta. — Você tá maluco? Não vou sair daqui sem você.
— Alice, a gente precisa... __Felipe tentou falar, mas foi interrompido por ela.
— De jeito nenhum. __ Ela disse firme. — Vou ficar com ele.
— Gatinha por favor, você precisa sair daqui.
— Eu não...
Um barulho ensurdecedor de alarme tomou conta do lugar e todos os cliente começaram a correr para a saída. Quando Gustavo levantou os olhos, viu um dos homens com a arma na mão, correndo até eles.
— Se abaixem.
Assim que Gustavo fechou a boca, o barulho dos tiros sobressaiu o alarme e eles correram até o fundo do estabelecimento, abrindo caminho entre as pessoas que iam para o sentido contrário. Quando eles saíram do corredor e chegaram próximo a porta, Gustavo parou. Ele sabia que homens não iriam sossegar até pegá-lo e sair dali com a Alice, Felipe e Paloma só colocaria todos eles em perigo. Gustavo mergulhou em outro corredor, fazendo o homem segui-lo, enquanto os outros seguiam o caminho até a porta. Assim que não viu Gustavo ao seu lado, Alice parou e antes que pudesse decidir se ia ou não atrás dele, sentiu uma pancada forte na cabeça, sendo engolida pela escuridão.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Como eu disse lá em cima, nossa Alice vai precisar de muita sorte pra se safar da grande confusão que está por vir. Vocês acham que o Gustavo vai conseguir protegê-la?
Como vocês já sabem, preciso que vocês comentem. Beijos da tia e até a próxima!