Proibida Pra Mim escrita por GabriellySantana


Capítulo 29
29º Capítulo – “Não enche, Romeu.”


Notas iniciais do capítulo

Olá Leitores, como estão?

Como eu disse a vocês no capítulo anterior, Gustavo vai precisar se esforçar bastante pra proteger a Alice, e é provável que ela vá se meter em uma grande enrascada. O capítulo ficou uma pouco longo, peço desculpas por isso, mas tinha que ser assim.

Sem mais, boa leitura.



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— Faz tempo que não ouço alguém me chamar assim. __ Gustavo trocou de posição com Alice, deixando ela embaixo do seu corpo.

— Claro. __ Ela sorriu. — Só eu te chamava assim.

— É... __ Gustavo levou a mão ao rosto dela, fazendo carinho. — Eu senti tanto sua falta.

— Quando você foi embora, o tio Ben me disse pra te esquecer. __ Alice desviou o olhar do dele. — E ai vieram os pesadelos...

— Ele só estava te protegendo, Gatinha. __ Respondeu, fazendo ela o olhar nos olhos.

— De que?

— Eu prometo que vou te contar tudo. __ Ele aproximou o rosto do dela. — Mas agora, eu só quero ficar aqui com você.

—________________

 

Acordei faz alguns minutos e ainda estou aqui, deitada na minha cama. Quando me lembro do desespero do Felipe pra me manter na linha a noite inteira, não seguro a gargalhada. Ele se desdobrou inteiro para me manter “sóbria” e digamos que ele não se saiu bem nessa missão. Sempre que ele piscava eu dava um jeito de correr até o balcão e pedir um drinque diferente, e de drinque em drinque...

Resolvo me levantar e tomo um banho rápido, a fome está me matando e eu resolvo descer até a cozinha. Quando desço a escada e vejo o Felipe deitado no sofá, com os braços cruzados atrás da cabeça, a culpa me invade por ter feito ele passar a noite inteira correndo atrás de mim. Subo as escadas, volto ao meu quarto e pego meu lençol. Quando chego na sala novamente me aproximo dele e o cubro, assim que me afasto ele segura meu braço.

— Pra onde você vai? __ Ele me pergunta, com a voz rouca.

— Na cozinha. __digo. — Você deve tá com fome.

Ele nega com a cabeça.

— Não. __Ele entrelaça nos dedos. — Deita aqui comigo?

— Felipe... __ Não quero ele se sinta obrigado a estar comigo.

— Tô com saudade. __Ele falou baixo. — Vem?

Ele puxa o meu braço e se encolhe um pouco no sofá, me dando espaço. Deito com a cabeça no braço dele e sinto sua outra mão me puxando pela cintura, fazendo-me virar e ficar de frente pra ele.

— Você me deu um trabalhão ontem, sabia? __ Ele fala, fazendo o meu rosto corar de vergonha e eu desvio o olhar.

O som dá risada dele preenche o espaço entre nós e eu sinto o meu rosto corar ainda mais.

— Desculpa eu só... __ As palavras parecem fugir da minha mente. — Eu só queria me divertir.

A risada dele some e eu sinto ele segurar meu queixo e erguer meu rosto, me fazendo olhá-lo nos olhos.

— Não precisa pedir desculpas. __ Ele toca meu rosto, fazendo carinho. — Eu só não gostei daqueles caras te cercando.

— Que caras, Felipe? __ Deixei a surpresa transparecer na minha voz.

— Aposto que você nem notou, não é? __ Ele sorriu e logo ficou sério de novo. — Você parece não ter noção do quanto é linda.

Senti meu rosto corar violentamente de novo, mas não desviei o olhar do dele.

— Felipe... __ Ele me puxou pra mais perto, nos deixando a centímetros um do outro e tocou os meus lábios.

— Eu sou louco por você. __ Ele sussurrou e desviou os olhos para minha boca. — O seu beijo é tão bom.

Não consegui me controlar e me aproximei ainda mais, fechando os olhos. Senti os lábios dele sugando os meus e me entreguei ao beijo. Felipe aprofundou o beijo, brincando com a minha língua e trocou de posição, ficando em cima de mim. A mão dele apertou minha cocha e minha pele se arrepiou ao sentir o toque dele.

Nos afastamos pra recuperar o ar e ele apoiou a testa na minha, mantendo os olhos fechados.

— Olha o que você tá fazendo comigo. __ A voz dele saiu ainda mais rouca.

Toquei seu rosto e ele abriu os olhos, os mantendo fixos nos meus.

— Diz alguma coisa, Paloma.

— Por que agora? __ Preciso saber.

— Acho que eu não entendi. __ Ele disse sério, se afastando um pouco mais.

— Eu passei tanto tempo gostando de você e....

— Passou? __ Ele me interrompeu. — Isso quer dizer que não gosta mais?

— Se eu não gostasse, não estaria aqui com você. __Digo séria. — Mas você vive cercado de mulheres e.... __ Respirei fundo.

— Eu não me importo com elas. __ Ele disse rápido. — Me importo com você.

Antes que eu pudesse responder ele colocou nossos lábios e o som de aplausos nos assustaram. Não precisei virar o rosto pra ver o Gustavo e a Alice no último degrau da escada, aplaudindo.

Escondi meu rosto na curva do pescoço dele e sorri.

— Mas que porra, vocês não podiam ter ficado lá em cima só mais uns minutos? __ Disse Felipe, um pouco irritado.

— E perder isso? __ Perguntou Alice, sorrindo.

— Finalmente Felipe. Achei que você ia deixar outro cara conquistar a Pirralha.

— Há, calem a boca. __ Disse Felipe.

— Certo, certo. __ Disse minha prima rindo. — Vamos até a cozinha, comer e vocês podem ficar ai, fazendo....

— Cala a boca, Alice. __ Gritei, fazendo-a gargalhar.

Assim que eles saíram da sala o Felipe riu, me fazendo rir junto com ele.

— Acho que estava na cara pra todo mundo. __ Ele disse, beijando meu ombro e minha boca logo em seguida.

— Vocês já podem parar de se pegar. __ Alice gritou da cozinha, interrompendo nosso beijo. — Temos que ir ao supermercado, por que não tem comida aqui.

—__________________________________

Não demorou para que todos estivessem prontos para sair. Os quatro saíram no carro de Felipe e logo chegaram ao supermercado mais próximo.

Assim que desceram do carro, se aproximaram para pegar os carrinhos de compras e entraram.

— Prima, você e o Felipe ficam na parte da limpeza, eu e o Ogro ficamos na comida. __ Disse Alice.

— Olha, ela já voltou a te chamar pelo apelido carinhoso de sempre, Gustavo. __ Provocou Felipe.

— Não enche, Romeu. __ Rebateu Gustavo.

— Já chega vocês dois. __ Interviu Paloma. — Vamos, Lipe.

Paloma saiu puxando Felipe para o outro corredor.

Assim que ficaram sozinhos, Gustavo puxou Alice pela cintura e a beijou.

— A gente precisa fazer a feira. __ Ela disse, afastando os lábios.

— Quando a gente voltar, não vou te deixar sair da cama. __ Ele respondeu, a fazendo sorrir.

— Me solta vai, ou a gente não vai conseguir fazer a feira. __ Ele sorriu e a soltou. __ Pega pra mim o catchup no outro corredor, Ogro.

Gustavo saiu e caminhou pelo outro corredor, procurando o que Alice havia pedido. Assim que encontrou a prateleira certa, para pegar o que ela pediu, olhou para o fim do corredor e viu um homem de costas para ele, observando o corredor da frente. Quando ele se mexeu, a jaqueta saiu do lugar o metal da arma reluziu. Todos os instintos de Gustavo ficaram em alerta. Ele caminhou de costas devagar, para não fazer barulho e enquanto se afastava outro homem se juntou ao primeiro.

— Ele não está aqui. __ Disse o primeiro.

— É claro que está. Seguimos ele até aqui, lembra?

Eles estão procurando por mim.

Gustavo voltou ao corredor onde deixou a Alice e a encontrou, colocando algumas coisas dentro do carro.

— Ogro, cadê o catchup?

— Shi. __ Ele se aproximou mais e segurou seu braço. — Preciso tirar você daqui, agora.

— O que aconteceu? __ O olhar assustado de Alice deixou Gustavo ainda mais tenso.

— Presta atenção. __ Ele a puxou pelo corredor. — Preciso que faça exatamente o que eu mandar.

— Gustavo...

— Se eu te mandar correr, corra. __ Ele a interrompeu. — Não se afasta de mim.

— Eu não vou a lugar nenhum. __ Ela puxou o braço e parou de andar. — Até você me contar o que está acontecendo.

— Eu tô tentando proteger você. __ Ele disse, tentando soar controlado. — Por favor, depois eu te explico tudo.

— Tá bom, vou fazer o que você quiser. Mas depois eu quero explicações.

Ele segurou o braço dela novamente e a conduziu pelo corredor ao lado.

— Qual o corredor que o Felipe está com a Pirralha. __ Ele perguntou, sem parar de andar.

— O próximo a direita.

Assim que entraram no corredor certo, avistaram Felipe e Paloma.

— Nossa Ogrinho, vocês já terminaram? __ Perguntou Felipe, descontraído.

— A gente precisa tirar elas daqui. __ O tom de Gustavo deixou claro que tinha algo de errado. —  Agora.

—Tem uma saída de emergência lá no fundo. __Disse Felipe, mostrando que tinha entendido.

— O que aconteceu? __ Paloma, assim como Alice, não consegue entender.

— Estou me perguntando a mesma coisa. __ Respondeu Alice.

— Leve as duas até o carro e as tire daqui. __ Disse entregando a chave do carro ao Felipe. — Vou distrair eles.

— O que? __ A voz de Alice saiu alta. — Você tá maluco? Não vou sair daqui sem você.

— Alice, a gente precisa... __Felipe tentou falar, mas foi interrompido por ela.

— De jeito nenhum. __ Ela disse firme. — Vou ficar com ele.

— Gatinha por favor, você precisa sair daqui.

— Eu não...

Um barulho ensurdecedor de alarme tomou conta do lugar e todos os cliente começaram a correr para a saída. Quando Gustavo levantou os olhos, viu um dos homens com a arma na mão, correndo até eles.

— Se abaixem.

Assim que Gustavo fechou a boca, o barulho dos tiros sobressaiu o alarme e eles correram até o fundo do estabelecimento, abrindo caminho entre as pessoas que iam para o sentido contrário. Quando eles saíram do corredor e chegaram próximo a porta, Gustavo parou. Ele sabia que homens não iriam sossegar até pegá-lo e  sair dali com a Alice, Felipe e Paloma só colocaria todos eles em perigo. Gustavo mergulhou em outro corredor, fazendo o homem segui-lo, enquanto os outros seguiam o caminho até a porta. Assim que não viu Gustavo ao seu lado, Alice parou e antes que pudesse decidir se ia ou não atrás dele, sentiu uma pancada forte na cabeça, sendo engolida pela escuridão.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse lá em cima, nossa Alice vai precisar de muita sorte pra se safar da grande confusão que está por vir. Vocês acham que o Gustavo vai conseguir protegê-la?

Como vocês já sabem, preciso que vocês comentem. Beijos da tia e até a próxima!



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