Caroline Forbes

Estava assistindo algum filme bobo romântico quando ouviu a campainha tocar. Era tarde, provavelmente Klaus querendo algo dela, já que não o viu a semana inteira. Quando abriu a porta encontrou apenas um grande pacote branco, o qual pegou e levou para seu quarto.

Curiosa, ela abriu e surpresa, se deparou com um lindo vestido longo azul e um convite com algumas palavras escritas atrás.

“Concede-me uma dança, Caroline Forbes?

Klaus Mikaelson.”

O vestido era o mais lindo que ela já viu e constatou que Klaus realmente tinha um bom gosto. Junto do vestido veio um bracelete com pedras brilhantes. O baile seria amanhã à noite e ela seria a companheira de um dos anfitriões.

Klaus Mikaelson

Estava com o terno que mandara fazer naquela semana. Odiava muitas vezes que sua família fosse tão antiga. Cheia de tradições, como um baile quando a família se reúne.

— Hello brother. – sua irmã Freya aparece no seu quarto com um sorriso. – Ainda não sabe dá nós em gravatas?

— Pelo visto não. – sorri. – Como está a procura por um emprego?

— Na verdade, eu já achei. Estou aqui para comemorar isso também.

— Também?

— Sim! Eu estou namorando com Lucien, aquele seu conhecido e do Elijah, dono de uma grande empresa. Pena que ele não pode vir.

— Hm. Está bem. Vamos lá?

***

Estava conversando com um dos convidados, quando a viu chegar. O vestido era perfeito em seu corpo, e a maquiagem realçava sua beleza. Perdeu o fôlego por alguns segundos, se recuperando e indo busca-la na porta.

— Oh, devo dizer que eu tenho um ótimo bom gosto.

Caroline revirou os olhos, sorrindo.

— Acho que você tem uma autoestima muito boa, Klaus. Obrigada pelo presente, mas só porque eu não tenho nada melhor para fazer eu aceitei.

— Até porque a festa dos Mikaelson não é o maior evento dessa semana, né? E ficar em casa se empanturrando de chocolate também é ótimo.

Seu tom de voz tinha uma mistura de sarcasmo e ironia.

— Concordamos em uma coisa.

Ele parou na frente dela, com um sorriso malicioso de lado.

— Eu me esqueci de dizer: está magnífica.

— Pode tirar esse seu sorrisinho da cara. Não vai rolar nada.

— Você é difícil mesmo, love.

Elijah subiu para o meio da escada junto de Hayley, tendo a atenção de todos.

— Senhores e Senhoritas. Gostaria de comunicar que irei me casar com Hayley Marshall, a mulher da minha vida.

— Eu já sabia!

Gritou Klaus, causando uma série de risos.

— E para comemorar, cada um pegue seu parceiro e vamos ao salão para dançar!

Ele se virou de volta para Caroline.

— Me concede a minha dança, love?

***

— Você dança muito bem, Caroline.

— Eu fui a Miss Mystic Falls, eu tive que aprender.

— O que mais não sei sobre você?

A guiou para a mesa de bebidas.

— Eu sou uma ótima amiga, uma ótima namorada.

— Disso eu não duvido, love.

Ela paralisou e fixou o olhar em alguém atrás dele.

— Isso não é para te dar esperança, isso é por vingança.

Mal conseguiu processar o que ela falou quando ela o beijou. Um beijo quente e saboroso, o que surpreendeu ele, pois nem mesmo sabia que Caroline beijava tão bem. A língua dela adentrou sua boca, e ele não ficou atrás. Ouviu um pigarreio atrás deles e Caroline parou, se separando devagar e deixando Klaus um pouco tonto.

— Caroline!

Klaus não conhecia o moreno a sua frente, mas soube que ele deveria representar problemas.

Caroline Forbes

Estava um pouco tonta, fora de si após o beijo. Não podia demonstrar isso na frente de Klaus e tinha que manter a postura na frente de Tyler. Com um sorriso falso, cumprimentou o ex-namorado.

— Olá Tyler.

— Vejo que está acompanhada por um Mikaelson. Prazer, Tyler Lockwood.

— Klaus Mikaelson.

Klaus adotou uma postura fria após perceber o desconforto dela com Tyler.

— Caroline, eu realmente queria conversar sobre...

— Passado é passado. – retrucou irritada. – Com licença.

Saiu puxando Klaus para o primeiro andar da casa, onde só quem percebeu foi Tyler.

— Que merda foi essa?

— Ele é meu ex-namorado. Me traiu com a vaca irmã do Matt.

Parecia que era uma adolescente novamente, relembrando tudo aquilo e aponto de chorar.

— Tudo bem. Olha, se quiser podemos ficar aqui em cima, bebendo e comendo dessa maravilhosa comida.

— Jura? Obrigada Klaus, você é um ótimo amigo.

— Eu não ganho mais nenhum beijo por isso?

— Não!

Ela saiu empurrando-o de volta para a escada e logo voltou se acomodando no sofá da sala de televisão. Klaus não demorou muito, voltando com uma garrafa de uísque e uma bandeja cheia de comida.

— Vamos afogar as lágrimas.

Ela riu da imagem dele segurando todas as coisas e com um sorriso reconfortante.

— Sabe que o que está fazendo é algo que o classifica na friendzone, certo?

— Estou disposto a passar por isso. Agora me conta mais sobre esse namoro.

A entregou um copo de uísque e deixou a bandeja em cima do sofá.

— Nós éramos o casal perfeito sabe? Ele era o líder do time de futebol da escola e eu a líder de torcida. Era meio que temos que ser namorados, entende? Estávamos firmes e planejávamos fazer faculdades perto, quando eu finalmente recebi a bolsa de estudos. Fui contar para ele, na casa dele, e o encontrei apenas de cueca com a Vicki embaixo dele. Terminamos e eu fiz questão de aceitar a faculdade mais longe dele.

— No caso...

— Orlando.

— Uou! Perto de New Orleans, minha nova cidade. A diferença é um estado, apenas.

— Quando saiu daqui?

— No segundo ano. Eu estudava em outra turma, por isso não nos conhecemos.

— Eu tenho certeza que eu lembraria de você.

— Não quando eu era apenas um adolescente alto, nada musculoso e com aparelho nos dentes. Além de que eu era bastante viciado em livros.

***

Não estava tão bêbada e percebeu que na verdade, Klaus poderia ser uma ótima companhia nas más horas. Poderia ficar com ele e culpar a bebida, e sentiria todas as emoções. Estava decidida. Pediu para conhecer o quarto dele e ele sorriu concordando.

— Aqui fica meus bonecos de ação que eu coleciono desde...

Ele não estava ouvindo-a. Quando se virou percebeu que Caroline havia fechado a porta e que havia deixado o vestido cair, ficando apenas de lingerie.

— Caroline, mas quê?

Puxou-o e o beijou.

Klaus Mikaelson

Aquilo foi a gota d’água.

Enquanto a beijava ele tirou o terno e a gravata. Parou de beija-la e segurou o rosto dela com as duas mãos, olhando nos olhos azuis dela. Ela o queria e ele também.

— Droga. Por que você é tão bonita, love?

Voltou a beija-la enquanto empurrava ela para sua cama. Ela caiu e ele foi por cima dela, começando a distribuir beijo pelo pescoço dela enquanto ouvia seus gemidos. Tirou a sua camisa e a beijou com desejo até que percebeu algo de errado: o gosto do uísque.

Ela estava bêbada e ele estava se aproveitando dela para se satisfazer. Não poderia se perdoar e sabia que o que havia conseguido com ela até agora seria perdido depois dessa noite. Valeria tanto a pena?

— Eu gosto muito de você. – falou olhando-a nos olhos e lhe dando um selinho. – E é por que eu a respeito e gosto de você, que não posso transar contigo. – outro selinho.

— O quê? Mas eu quero!

— Pode ter certeza que isso eu sei que quer. Muitas vezes quando estamos bêbados é quando revelamos algumas coisas de nós mesmos, love. Mas eu não transarei com você em quanto estiver bêbada. Eu quero que você se lembre de cada toque meu, de cada gemido que eu arrancarei seu. – sussurrou mais baixo. – Eu quero que se lembre de como é transar comigo.

— Você vai me deixar aqui assim? E você assim?

Apontou para uma parte mais abaixo dele. Estava uma pequena ereção visível, e ele riu.

— Acredite, eu estou maluco por estar fazendo isso. Mas sim. Irei deixar você aqui, dormindo na minha cama confortável, pedirei um pijama da minha irmã e você o vestirá. Eu irei dormir na rede ali fora, está bem?

Ela parecia sem mais opção e ele ficou satisfeito ao ver ela aceitar.

— Fine!

Deu uma última olhada em uma Caroline aborrecida embaixo dos lençóis dele, e com a camisa social e o terno já vestidos, desceu atrás da irmã.

Caroline Forbes

Inacreditável.

Ela finalmente aceitou que o queria e ele inventa de ser um cavalheiro?

— E nem posso afirmar que não estou bêbada, pois ele vai achar que é mentira.

Murmurou irritada. Apesar de toda a situação, ele tinha ganhado pontos: não se aproveitará dela bêbada. O problema é que ela não estava bêbada! E para admitir para si e para ele novamente que o quer, seria extremamente difícil.

Ou não, pensou tocando os seus lábios.

— O filho da mãe ainda beija bem!

Não se lembrava de quando tinha visto o pijama, só que no meio da noite acordou vestida e riu ao pensar como Klaus deve ter pedido para Rebekah a roupa para ela. Voltou a dormir com um sorriso no rosto.