O Buquê escrita por nywphadora, nywphadora
Notas iniciais do capítulo
Gente, eu não sei qual é o problema da minha mente, que está sempre criando fanfics Daphne&Theo, considerando que ninguém/quase ninguém nesse mundo shippa eles ;-;
Eu nasci pra shippar casais difíceis, que nem Johanna e Gale. Ai ai... Sofrimento!
— Eu vou jogar o buquê! — gritou uma noiva, sorridente.
Essa simples frase foi o estopim para que todas as convidadas fossem para perto, procurando conseguir as flores para si. E, quando uma delas conseguiu pega-la, mostrou imensa felicidade, como se aquele ramo fosse salvar-lhe a vida.
Daphne, no auge de seus 7 anos, apenas revirou os olhos. Sua mãe também não parecia agradada pela cena.
— Ridículo! — disse Alnilan, em um tom debochado — Tradições muggles estúpidas.
— Quem sabe se não são tradições bruxas que os muggles pegaram? — Alderamin, seu pai, retrucou.
— Por que estão tão desesperadas por flores? — Daphne perguntou.
— Porque dizem que são encantadas. Quem as pegar, se casará — explicou Alnilan, de má vontade — Uma perfeita tolice.
Astoria parecia não pensar o mesmo, mas permaneceu calada. Apesar de ter a proteção de seu pai, não queria estressar a sua madrasta, que lhe odiava profundamente. Por sua mãe odiá-la, Daphne fazia o possível para odiá-la também, mesmo que seu pai lhe dissesse que eram irmãs, e deveriam agir como tais.
Só depois da guerra, e da morte de seu pai, Daphne percebeu que ele estava certo.
— Por favor, Asty! — ela soltou uma risada de escárnio — Você vai mesmo fazer isso?
— Eu gosto da ideia — a noiva respondeu — É apenas simbolismo, Daph. Sei que isso não é verdade! Mesmo que estejamos no mundo bruxo...
— Muito pelo contrário.
Daphne revirou os olhos, antes de virar-se para Theo, que levaria Astoria até o altar, já que o pai dela não podia, e Lucius Malfoy não era a criatura mais bem-vinda do mundo naquele momento.
— Você acredita nisso? — a loira disse, debochada — Acredita em fadas também?
— As flores são enfeitiçadas, Daphne. Não sei se já ouviu falar em magia — ele retrucou, bem humorado — É melhor irmos. Draco está quase tendo um ataque lá...
— Porque o que mais quero nesse momento é fugir da igreja — disse Astoria, com tranquilidade, colocando a sua mão no antebraço dele — Vamos!
Daphne apressou-se para abrir a porta da pequena sala, e atravessar a igreja, tomando o seu lugar de madrinha.
— Cale a boca! — ela disse, rispidamente, antes que Draco pudesse dizer algo — Eu ainda estou com raiva de você, por tentar convidar a Blaise para ser o padrinho.
— Bem, sorte a minha, então, que ele recusou — o loiro deu um sorriso amarelo, mas recebeu apenas um olhar atravessado em resposta.
Aquela conversa serviu para distraí-lo de seu nervosismo, pois, logo depois, Astoria surgiu no fim do corredor, com Theo acompanhando-a.
***
— Greengrass, vai ficar encalhada — provocou Theo, sentando-se ao seu lado.
— Não lembro de ter pedido a sua opinião — ela retrucou, tomando mais um gole de sua bebida — Além do mais, é difícil uma jovem sangue pura ficar solteira.
— Vai se submeter a um casamento arranjado? — ele perguntou com uma careta.
Daphne não respondeu, vendo como Astoria preparava-se para jogar o buquê. Revirando os olhos, ela voltou-se para o garoto.
— E por que não? — retrucou, de má vontade.
As flores caíram em cima da mesa, fazendo a garrafa de álcool cair em cima deles.
— Astoria! — gritou Daphne, levantando-se, com o copo ainda em mãos.
— Foi mal! — ela gritou de volta, com um sorriso malicioso.
— Maldita! — reclamou a loira, pegando os guardanapos de pano, para ver se conseguiam amenizar o molhado do vestido.
— Parece que o destino é inevitável, Greengrass — Theo sorriu malicioso, estendendo as flores para ela.
— Ridículo! É isso que você é! — ela retrucou, sem se dar ao trabalho de levantar o olhar.
Percebendo que o vestido não tinha mais jeito, ela desistiu, jogando o guardanapo em cima do mar de álcool.
— Sabe, se você queria me pedir em casamento, deveria engolir esse seu orgulho — ela debochou — “O destino é inevitável”, e um Wingardium Leviosa ajuda muito.
Ele levantou os braços, em rendição.
— Funcionou? — ele perguntou, risonho.
— Você destruiu o meu vestido! — Daphne reclamou.
— A gente resolve isso depois... — Theo revirou os olhos, deixando o buquê de lado.
— As flores não são alcoólatras como você, Nott! — ela pegou as flores, de má vontade, antes que elas se molhassem na mesa.
— Tentarei ser mais criativo da próxima vez, então — ele coçou a cabeça, vendo como Astoria e Draco saíam de fininho.
— Está bem, foi criativo — rendeu-se Daphne, revirando os olhos — Mas isso não faz com que eu acredite nessa lenda.
— Então... — ele deu um sorriso de lado.
— Você vai falar com a minha mãe — ela disse, devolvendo as flores para ele — Apareça lá em casa às oito.
— Mal posso esperar...
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