Entre l'amour et la guerre escrita por KingR


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo sou novata em escrever fanfic, espero que tenham paciência, pois a farei o máximo parecido com a série, não irar ser como: Klaus viu a personagem principal e já tá apaixonado, como vejo em muitas fanfic...

Boa leitura!!



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Sangue. Havia sangue espalhado por todo chão, Janelas, paredes, pilhas de corpos mutilados, e principalmente fogo, começou a espalhar-se rapidamente por todos os cômodos, e finalmente em direção a porta que se é magicamente explodida revelando magnitude da luz da lua e uma estrada deserta cercada por arvores. Logo adentrando porta-fora da casa de estado precário se é sentindo a leve grama verde entre os dedos.

*

Acordo suada e muito ofegante, havia sonhado novamente com aquele massacre, resolvi ir na cozinha pegar uma água para acalmar meu acelerado coração.

Estava sentindo aquele horrorosa sensação de medo, todas as vezes que sonhava com essas mortes ficava um estado critico de pânico.

Hoje completaria três meses quê venho tendo sonhos perturbadores. Havia certa sincronia dos pesadelos, comecei a socializa-las a varias ocasiões, mas a que mais combinou foi as fases da lua, a cada começo de fase eu tinha um terrível pesadelo. No primeiro mês eu estava um pouco assustada, pois sempre era o mesmo sonho: eu estava em um ambiente novo, nunca soube desvendar onde, mas parecia normal e confortante no inicio, logo o medo apenas me assombrava, o local onde eu estava geralmente era uma rua com varias pessoas dançando, cantando, se divertindo, mas eu nunca conseguia escutar a música, era meio embaçada a visão do sonho, bem difícil de descrever o local, só sei que havia homens com clarinetes, trompetes, saxofones e mais alguns instrumentos que não sei nomear.  

Eles estavam em uma calçada -eu acho- debaixo de uma arquibancada verde musgo, onde fazia sombra paras os músicos.

Consegui distinguir algumas coisas, havia uma mulher perto de meu campo de visão, ela estava dançando em câmera lenta a sim como todo o resto da situação, a mulher tinha como características cabelos vermelhos e segurava um copo comprido de bebida, parecia cerveja.

 Depois tudo mudava, eu sempre me via indo para perto de um beco e finalmente adentrar na escuridão do mesmo, estava a poucos segundos de dia, e agora estava a noite. Uma mulher encontrava-se caída no chão coberta de sangue em seu pescoço, minha sensação era apenas de pânico, e em um segundo seguinte estava com imensa dor em meu pescoço e sangrando muito, viro-me para trás e enxergo um vulto sair e passar pela multidão de pessoas que estavam festejando. 

E sempre acordava no mesmo estado, apavorada e suado frio.

Eu nem assisti mais filmes de terror, pois pensei nas primeiras vezes que era isso afetando minha cabeça. Esses pesadelos começaram a me mudar durante o dia, na escola eu sempre estava cansada e incapaz de me animar, mas meus amigos sempre me tratavam muito bem.

Depois de tomar minha água eu voltei para o quarto e fiquei pensando um pouco, olhando para o teto e imaginando se eu ainda iria ter mais algum pesadelo naquela noite.

Foram três meses de pesadelos, mas todos se repetiam até mudar de mês, hoje faz uma semana que começou um mês novo, e agora nesse quarto mês ainda se iniciando eu já estava sonhando com esses massacres em uma casa com boas mobílias, acho que não era uma casa comum, por poucas coisas observadas eu sentia que era uma casa com certos luxos.

Até que peguei no sono de tanto pensar, no dia seguinte eu e minha família iriamos nos mudar para uma nova cidade e eu teria que ficar bem desposta.

*  

—Venna! Vamos logo...—minha mãe tentava pela terceira vez me acordar.— acorde!

Ela retira meu cobertor à força, fazendo com que eu me incomodasse com a claridade.

—Ah, mãe, tão cedo?!—eu fui forçada a levantar. Fiquei sentada na cama até cair novamente deitada.

—Ravenna querida, quero chegar em Nova Orleans cedo, para isso temos nos apressar, quando digo nós, quero dizer você!—ela fala me levantando e me guiando para o banheiro.

Minha mãe já estava arrumada, e tenho certeza que meu irmão e meu pai também.         

**

Depois de alguns longos minutos eu estava bem acordada e arrumada, só faltava colocar uma ultima coisa na mala e poderíamos ir, minha caixinha de música, era meio brega e quase não prestava, mas tinha um valor sentimental, era da minha querida e falecida avó.

****

Já estávamos há horas dentro do carro em rumo ao nosso novo lar.              

—Já estamos em Luisiana, estamos quase chegando pessoal.—diz meu pai otimista , o motorista.

Estamos o dia todo na estrada, parávamos só para atender nossas necessidades. De Iowa para Nova Orleans era apenas 15 a 16 horas, mas para mim estava sendo uma eternidade, não via a hora de chegar em nossa nova casa e poder esticar a perna direito. O melhor de tudo é que com essa mudança espero distrair minha cabeça e parar de ter pesadelos a cada fase da lua.

Eu estava cochilando quando meu pai avisou que havíamos chegado não em casa, mas na cidade. Comecei a observar as pessoas andando, e o lugar que era bem bonito e diferente.      

*

Estávamos saindo do carro com as malas, nossa casa ficava perto do famoso Quartel Francês, eu estava doida para passear, conhecer essa cidade.

—Luke, vamos depois passear pelo Quartel Francês?— perguntei, Luke segurava uma caixa com seus pertence, ele era bem alto e atlético, meu irmão tinha 18 anos, enquanto eu 16.

Ele sorri sem mostrar os dentes, e confirma com a cabeça.

*

A casa estava toda mobilhada, pois minha mãe tirou um tempo para vir arrumar a casa antes de toda a família vir aqui se mudar.

Só pus minhas roupas no mini closet e desci as escadas.

Luke já havia falado que iriamos fazer um pequeno passeio ao Quartel Francês para os nossos pais, então sem demorar fomos logo andando para aproveitar os mínimos detalhes.

A luz da lua deixava aquele lugar mais lindo, eu de cara vi um lugar onde estavam exibindo obras de arte, e tinha algumas cartomantes por alguns lugares e ainda com uma leve música de jazz de fundo.  

Luke disse que iria comprar uma coisa para comer, e me mandou esperas ali mesmo, onde eu apreciava as obras.

Todas as obras estavam lindas, mas a que mais me chamou atenção foi a que continha uma floresta bem escura e logo em cima em céu avermelhado as fazes da lua.

Mostrei um sorriso, pois isso era uma coincidência meio empolgante e meio sem sentindo, talvez aqueles pesadelos não tenham nada haver com as fases da lua, pode ser algo psicológico apenas, e que ainda me assombra, pois fiquei muito impressionada de um jeito negativo com aquilo.  

Depois de alguns minutos eu já estava dando falta de meu irmão, esperava que ele não estivesse me esquecido aqui.

Resolvi esperar mais um pouco, mais ficar 10 minutos em pé olhando a mesma obra não é muito normal, não quero que as pessoas que trabalhavam ali pensassem que eu iria roubar essa obra, ri com meu pensamento idiota.

Então resolvi ir onde uma cartomante, mas ao me virar sem querer esbarrei com alguém, mas foi de leve, nada comparado com aqueles filmes que agarota esbarra no garoto mais popular da escola, e ele se sente obrigado a ajuda-la pois a mesma havia caído. Olhei de cara para o seu tórax e percebi que não era nada feminino, como não sou uma lesada eu saí de sua frente rapidamente, sem olhar em seu rosto, estava envergonhada por ter esbarrado em alguém, eu sei que é tolice, mas fiquei sim.

Depois o olhei.

—Desculpe.—eu disse quase em um surro. Ele era bonitinho.

Ele apenas sorriu sem mostrar os dentes, mostrando suas covinhas.

Então virei-me e fui onde à cartomante. Logo cheguei perto da mesa de uma senhora, negra e com trajes para dar efeito maior em seu trabalho. 

—Boa noite.—ela disse com um sorriso mostrando seus brancos dentes quando percebeu minha presença.

—Boa noite.—Eu digo simpática e sorrindo também.

—Então minha jovem, algo me diz que você não está aqui por acaso.—ela fala bem simpática.

—É... eu quero esclarecer algo sobre sonhos.—digo meio receosa.  

—Conte-me, que tipo de sonhos você está tendo.—diz ela ajeitando suas cartas na mesa.

—Eu...—respirei fundo.—Ando tendo muitos pesadelos, mas... sempre se repetem, e quando um mês novo surge eles mudam e se repetem até outro mês chegar....—ela balançava a cabeça positivamente como sinal de que está compreendendo.— Eu estou meio assustada com isso, nunca contei para ninguém, pois acho que não seja nada de mais... mas... isso me da medo... Ah, e os sonhos só são pesadelos em começos de cada fase da lua. 

—Essas cartas podem dizer exatamente o que se passa, ou podem dizer o que se passará no seu futuro.—diz ela. Eu escutava bem atenta.—Escolha uma.  

Eu pensei um pouco, de três fileiras que contem três cartas todas elas eu escolhi a do centro.

Eu peguei e dei para ela. Ela passou alguns segundo olhando a carta, fez uma reação de surpresa e preocupação.

—Então?—eu falo, no fundo eu sabia que essa cartomante só estava atuando, e que nada daquilo era real, por mais que ela falasse coisas que faziam sentido no meu ponto de vista.

Era tudo uma farsa, mas era emocionante.

—Você tem um grande destino minha jovem, tome cuidado, você poderá seguir o caminho da ruina e de miséria em seu coração ou caminho de felicidades de paz.—fez uma pausa meio dramática, olhou a carta mais um vez e logo me olhou nos olhos.— Cabe você escolher com severa cautela, seu sonhos indicam um desejo obscuro que você ainda não conhece, mais logo virar a tona.

Ela me passou seriedade no seu tom, mas mais uma vez, tudo isso é atuação. Ela merece ser recompensada.

—Obrigada, então... quanto custou essa seção ou... não sei como se chama..—falei também atuando, fingi ter acreditado, pois sou uma pessoa que não gosta de falar a verdade do que penso mesmo quando pode machucar alguém, mesmo sendo alguém que eu não conheça.   

 — 7 dólares, minha cara.— ela fala calmamente. 

Eu dei o dinheiro e logo saí de lá. Escutei alguém me chamando, virei-me, era o meu irmão.

—Não acredito que deu dinheiro aquela charlatona.—disse meu irmão com dois cachorros-quentes e dois refrigerantes.

—Ela fez uma ótima encenação.—digo meio sorrindo. Ele me deu um cachorro-quente e um refrigerante. 

—Vamos sentar naquelas mesas.—Luke apontou para as mesas que davam muito bem para apreciar toda essa arte e pessoas de longe.

—Vamos...—digo, mas antes uma mulher que acabara de passar por mim me chama.

—Ei... —ela diz, era negra e também aparentava ser de idade avançada, e usava um tipo de turbante, mas não como gênio, e sim uma coisa bonitinha, ela olhou para mim meio receosa.

—Sim?—falei estranhando aquilo.

Mal cheguei à cidade e fiz três amigos.... é.. não.

—Você está bem menina?—ela chegou perto de mim mostrando preocupação.

Eu fiquei sem reação, como um desconhecido do nada te chama para pergunta se você está bem? Deve ser amor ao próximo mesmo.

Meu irmão também estava sem reação.

—Eu acho que eu estou.—Respondi por educação.

—Me desculpe quem é você?—meu irmão perguntou com preocupação.

—Menina, uma aura escura cerca você. Como é possível ainda está de pé?—ela fala ainda demonstrando preocupação e incredibilidade.

Arquei uma sobrancelha.

—Isso é assustador. —falei sussurrando, mas os dois escutaram.— Do quê exatamente você está falando? por que abordar alguém assim não é muito legal.

—Se for mais uma encenação pode parar! Não irei aturar esse falso pretexto para você convidar minha irmã para participar de uma falsa seção e gastar mais dinheiro do que ela já gastou com a outra ali.—Admito que meu irmão foi meio arrogante.

—Luke, não precisa falar assim.—o repreendi baixo, mas é claro os dois escutaram.

—Não sou uma cartomante, não sou como nem uma delas, e posso provar.—diz a moça ofendida.

—Não estamos afim com licença.—diz meu irmão e me puxou levemente para sairmos em direção as mesas, mas a moça segurou meu braço.

Eu parei no mesmo momento em que senti seu toque, não por que ela sem ao menos nos conhecermos fez este ato, e sim por que senti ondas elétricas reconfortantes em meu corpo, e senti como se estivesse com muito poder, poder inexplicável, e em seguida muita dor, ossos quebrando e por ultimo muita fome, uma fome inexplicavelmente voraz.

Tudo isso em uma só visão, como se eu realmente estivesse passando por isso. Mas logo voltei ao normal, quando a mulher tirou suas mãos de mim.

Fiquei a olhando esperando uma explicação.

—Que diabos foi isso?—meu irmão perguntou.

—E.. eu.. eu não sei explicar.—digo com um olhar vago.

—Venha comigo menina, você irá entender.—a moça fala irritando cada vez mais meu irmão.

Não sei por que meu irmão está de TPM, sendo que sou a perseguida, não literalmente, eu acho.

—O que você fez com minha irmã?—ele pergunta, vendo o meu estado nada normal.—Sua maluca macumbeira.

Luke abraçou-me de lado e me levou para longe da mulher, mas antes ele a ameaçou, “fique longe sua loca” disse ele.

Luke resolveu que deveríamos voltar para casa, fomos caminhando mesmo, ele queria pagar um taxi, mas nossa casa não é tão longe daqui. 

Eu estava em silencio só devorando meu cachorro quente, já que comer era única coisa que me impedia de ficar com tanto medo. Não queria tocar no assunto, mas Luke iria falar uma hora ou outra no que ocorreu.

Estávamos chegando em casa, já dava para avista-la, nossa vizinhança é bem tranquila, nada de som e movimentação como o lugar que estávamos agora pouco.

—Vai falar o que aconteceu?—ele começou.

—Você não entenderia.—digo e logo abocanho o ultimo pedaço do cachorro-quente.

—Você tem pouca fé em mim.—diz ele.—Estou preocupado.

—Você acreditaria se eu dissesse que tenho sonhos aterrorizantes que se repete a cada fase da lua? E que eu senti coisas terríveis quando aquela mulher me tocou.—digo.

Meu irmão é cético demais para essas coisas.

—O que você sentiu?—ele pareceu interessado.

—Sentimentos mútuos, desejos, dor... primeiro foi como se eu estivesse poderosa, depois como se estivesse quebrando todas as partes do meu corpo e outra como se estivesse em puro estase, mais ainda sim, com fome.—Eu nunca senti nem uma dessas coisas antes, e senti-las uma atrás da outra mesmo não sendo verdadeiramente real é muito confuso.

—Você está com medo disso?—gosto da preocupação dele, mostra nossa proximidade.

—Sim, na maioria das vezes estou com medo.—desabafo.—Mas desta vez estou em pânico, sei que não parece, mais estou.

—Você é forte irmãzinha.—diz ele dando um leve sorriso de conforto.

—Espero.—falo.

*

—Ahr!—Levantei ofegante, havia tido um pesadelo, hoje era lua minguante, já sabia que iria ter isso.— Caramba!—Estava mais suada que o normal.    

Desci as escadas fui como de costume beber um pouco d’água. Sentia-me melhor a cada gole.

—Escutei você.—Luke aparece encostado no batente da porta da cozinha, fazendo-me saltar minimamente por causa do susto.

—Luke, não faz isso!—digo baixo colocando a mão no peito.

—Desculpe.—diz ele.

Ficamos em silêncio, fui colocar a jarra dentro da geladeira.

—Você estava gemendo.—diz ele baixo mais sério.

Fiquei imediatamente com minhas bochechas coradas de vergonha.

Estava de costa para ele, ainda bem que ele não pode vê meus olhos se arregalando.     

—Como assim?—pergunto.

—Meu quarto é ao lado do seu, e temos parede finas.—diz ele.

—Isso é um problema?—fiquei um pouco incomodada.

—Você não precisa esconder seus problemas de mim, sou sua família.—diz ele.

—Por que está tão responsável ultimamente Luke?—pergunto.

—Eu sempre fui, mas nunca demonstrei.—diz ele seco.

—Por que isso agora então? Só por que nos mudamos para esse lugar? —não creio que seja por isso.

—Estou mais responsável com você, pois você esta mudando.—diz ele.

—Sou uma adolescente, é que fazemos, mudamos.—digo não entendendo sua conversa.

Ele me observa sério, ele ainda se encontrava na mesma posição, encostado no batente da porta com os braços cruzados. Eu estava inquieta.  

Resolvi passar por ele, para ir dormir. Amanhã ou quer dizer ao amanhecer iria à escola com a mamãe, fazer minha matricula.

—Ei.—ele me chama, quando eu já estava subindo as escadas.

Ele se vira para mim.

—Deveria escutar a caixinha de musica da vovó... sempre acalmava você quando pequena.

Dou um leve sorriso como agradecimento por lembrar disto.

—Você deveria dormir também irmão.—digo e logo subo.

*

Acordei maravilhosamente bem, incrível, já que com meus pesadelos eu sempre estou um lixo. A caixinha de musica da vovó é um milagre.

Liberei um sorriso involuntário só por pensar nela, Lízabeth era o seu nome, sempre tão gentil e feliz, como sinto a falta dela.

*

Eu minha mãe já havíamos me matriculado em uma escola não tão longe, eu estava ansiosa por conhecer pessoas novas. Resolvemos estacionar o carro e conhecer um pouco mais o lugar, fomos a um ponto turístico, exploramos vários lugares. Logo minha mãe levou-me ao quartel francês, eu não queria ficar muito aqui, talvez por causa do susto da noite passada, mas minha mãe não sabia, e queria que ela não soubesse.

—Filha, se quiser pode explorar a vontade, eu vou ali, te encontro por ai, se caso se perder só voltar até o carro e me ligar ok?—diz Scarlett, minha mãe.

—Não posso ficar com você?—queria implorar, mas ela iria achar que tem algo de errado.

—Ontem você queria tanto explorar esse lugar, pensei que não se importaria de ir sozinha.—diz Scar.

—É mais, não gosto de andar sozinha por ai, ainda mais em uma cidade que eu não conheço.

—Não há perigo algum, você precisa ser um pouco livre meu amor.—diz ela sorrindo.

—Eu sei... mas eu poderia te acompanhar e depois explorar com você.—digo tentando a sorte.

—A onde eu irei não é um ambiente para crianças.—diz ela.—Não quero que meu bebê seja assediada por bêbados.

—Vai a um bar?—digo incrédula.

—Sua mãe precisa relaxar as vezes.—diz Scar.

—Mas e o carro?—como ela pode beber se está dirigindo.

—Você dirigi.—ela da logo uma solução.

—Não tenho carteira e se formos pegas?—nossa ela quer mesmo se livrar de mim.

—Chega de conversa, você vai explorar, talvez arranjar um namoradinho... e eu vou relaxar.—diz ela e vai a caminho para atravessar a rua e logo se vira e me diz:—Não foi um pedido!

—Aff.—giro meus calcanhares e começo a caminhar por ai sem rumo.

Até que avistei uma loja que tinha haver com vodu e coisas que lembram bruxaria.  

Entrei, um pequeno sino anuncia minha entrada, com o mexer da porta.

Só havia eu de cliente e uma moça atrás do balcão.

—Bem vinda.— diz ela, ela tinha uma suave voz, típico para sua juventude, aparentava não termais de 25 anos, negra com cabelos afro, super linda. 

—Obrigada.—digo gentilmente.

—O que procura?—pergunta enquanto mexia em algumas ervas eu acho. 

—Nada de especial, apenas algo como lembrança.—digo.

—Turista?

—Na verdade não, mudei-me ontem para não tão longe daqui.—eu disse.  

—Então deveria pegar algo de muito especial por aqui.—ela diz passando um sorriso confiante e reconfortante.

Aproximei-me do balcão, onde ela havia se abaixado para pegar alguma coisa, e logo retorna com uma caixa não tão grande.

—Aqui.—ela me deu uma pulseira.

Estendi meu pulso para a mesma colocar a pulseira.

—Ficou ótimo.—disse sorrindo.

—É ficou mesmo.—ela diz também sorrindo.—Essa é uma pulseira de ervas, antigos dizem que essa erva é especial.—ela chamou minha atenção.—livra de ser persuadida pelo mal.

—Que intenso.—digo.—amei. Quanto é?

—Não, não, é um presente.—diz ela.

—Ah, obrigada, mesmo.—digo muito agradecida.—Acho que já vou indo.

—Tchau.—diz ela.

—Tchau.

Antes que eu saísse entrou umas duas garotas na lojinha, uma era loira e alta e outra morena com algumas tatuagens no braço.     

Passei por elas, saí do lugar e fui sentar em um banco publico ali próximo, bem, esperei alguns minutos, havia cansado de olhar as pessoas irem para lá e para cá, resolvi entrar no estabelecimento onde minha mãe havia ido.

Entrando lá, alguns olhares de pessoas mais velhas depositado em mim, avistei minha mãe conversando com a bar tênder, era loira e linda, meio parecida com minha mãe.  

Eu pareço com minha mãe, mas tenho cabelos Pretos como meu pai.

Antes de chegar a minha mãe a bar tênder falou algo olhando para mim e logo minha mãe olhou para trás.

—Filha?!—ela me olhava incrédula.

—Fiquei cansada de rodar por ai, mãe.—digo apoiando meus cotovelos no balcão.

Ela me olha não aprovando nada disso.

—Ta bom, estou saindo.— digo dada por vencida.

—Não seria mais segura se você não estivesse com sua filha?—fala a bar tênder chamando nossas a atenções.

Minha mãe pensou um pouco, ela sabia que sim, mas não queria que eu ficasse nesse ambiente e principalmente ela tinha vergonha de beber na frente dos filhos.

—Eu sei, mas...—Mamãe começou.

—Mãe, esses caras não iram me olhar com você e a...—Olhei o nome da bar tênder em sua jaqueta Jeans.—Camille, por perto.

Camille sorri.

*

Mamãe estava um pouco alterada pelo álcool, eu dirigia até em casa. Meu pai me ensinou a dirigir, e em poucos dias iria ter um carro e uma carteira de motorista.

—Sabe meu amor, quando eu era jovem e viajava por ai...—Minha mãe começou, eu estava quase sorrindo, pois ela estava muito engraçada, já que a mesma tentava agir normalmente, mas não dava certo.—O meu local favorito era essa cidade, eu dançava, cantava e namorava livremente, era tão bom, mas com o passar da idade eu desejei algo mais, como uma família.

Deixei um sorriso escapar por meus lábios, gostava quando mamãe mostrava seu amor incondicional por nós.

—Mas, teve uma vez que eu namorei um homem.—Ela suspira perdida nos seus pensamentos.— Ele era tão forte, em todos os sentidos, sua pele morena, e seus olhos negros.

Eu arqueei uma sobrancelha, que estranho, mamãe nunca contou muito sobre sua vida antes da gente.

Muito Álcool.

—Seu sorriso perfeitamente alinhado, ele é tudo de bom. Levava-me a loucura.—ela estava viajando legal, enquanto eu prestava atenção na pista.—Ele foi o meu primeiro amor, um amor de verdade, mas não era um sentimento reciproco.

Eu apenas escutava.

—Mas ai, eu conheci o seu pai, e soube que ele era o homem certo para ser o pai de meus lindos filhos.—Ela sorri dando uma leve triscada em meu queixo.

Sorri também.

*

Estava à tarde, resolvi aproveitar o por do sol sentada na minha varando do meu quarto.

Peguei meu celular e coloquei uma música, mas deixei o volume baixo.

Está em uma nova cidade não era tão ruim, acho que irei gostar daqui.

Penso iniciando um delicado sorriso. 


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Notas finais do capítulo

Se tiver erros ai por favor sorry, se quiserem comuniquem-me. Os próximos capítulos serão mais interessantes.
:)

Eu posto um cap por dia.



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