Mei Ann POV

Annyeong! Meu nome é Park Mei Sung, mas me chame apenas de Mei. Eu tenho 16 anos, meus cabelos até os ombros são negros e pintados de rosa, laranja e vermelho (tipo efeito fogo mesmo) da metade pras pontas e lisos, sou proporcional, sou boca suja, irritadinha, louca (o que faz com que muita gente não se aproxime muito de mim), branca demais, tenho cílios longos pra cacete e olhos um pouco maiores que a maioria das pessoas, meu corpo é proporcional, nem muito nem pouco, mas na medida. Sou muito esforçada em tudo o que faço e estudo todos os dias, pois quero ser médica. Não me acho bonita, mas também não me acho feia, sou só uma garota coreana mesmo. Moro em Seul desde sempre eu acho.

Eu tenho o maior crush em um cara da minha escola, mas ele não sabe que eu existo (clichê? Sim, mas o que eu posso fazer?) e eu já estava desesperada para que ele me notasse. Quando digo desesperada, eu quero dizer desesperada MESMO! Tipo, até fui convencida a ir numa mãe de santo para “trazer a pessoa amada” e ela (tia Creide) me disse que eu precisava de uma “peça íntima do meu amado”. Então, aqui estou eu, uma menina de 16 para 17 anos dirigindo, no meio da noite em Seul para invadir a casa do cara que gosta para fazer uma macumba pra ele me notar e se apaixonar por mim, onde eu estou com a cabeça?

—Por que não sou eu que estou dirigindo, Mei? – Anna Lee, minha melhor amiga, perguntou ao meu lado enquanto ajeitava o GPS para podermos achar o local onde, segundo o facebook, Kim Hangmun morava.

Realmente não sei o que dizer sobre Anna Lee, ela é estranha ao extremo. À primeira vista ela pode parecer a mais normal de nós duas, mas isso é só à primeira vista. Ela não é nada normal, ela é muito boca suja (não que eu não seja, mas ela é muito também), um mês mais velha que eu, irritante, e aleatória. Ela é o que chamamos de desperdício: é inteligente pra cacete, mas é “vagabunda” e não estuda quase nunca! Isso sem falar que ela não é o que uma “garota coreana“ seria, ela tem cabelos castanhos, pele bronzeada (não muito, mas é beeeem mais que a maioria das pessoas), cabelos cacheados, é uns três centímetros mais baixa que eu, calça 40 (cria de pé-grande) e, para onde quer que você olhe nela: PEITOS! Sério, a menina tem muito peito pra uma coreana! Mas o que a natureza dá de uma forma, ela tira de outra, não é? Ela não tem bunda nenhuma! Minto, ela tem sim, porém, com aquela cralhada de peitos, ela parece não ter bunda, mas se veste de maneira a parecer normal. Seus olhos são “puxados” e ela usa óculos com um grau alto. Ela não é feia, e não sabe fazer aegyo (ela diz que sim, mas eu não acho fofo) e é absolutamente obcecada com BTS (eu gosto, mas sou normal).

—Porque eu não confiaria minha vida a você, muito menos o carro da minha mãe, tá? – resmunguei irritada parando no sinal vermelho – Ainda não sei como você me convenceu a cometer invasão domiciliar! Agora meus planos de ser presa pela primeira vez por ficar em um shopping durante a noite estão estragados e é tudo culpa sua!

— Porque eu te amo miga! - falou e eu lhe olhei com uma sobrancelha levantada – E porque você faz tudo que eu pedir porque sua alma é minha! – concluiu com um sorriso no rosto aumentando o volume do rádio e cantando/gritando junto com a música. Revirei os olhos e acelerei o carro, seguindo as direções do GPS.

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—Tem certeza que ele não está em casa? – perguntei pelo que parecia a décima vez para Anna Lee, lembrando de todas as vezes que as ideias dela haviam me levado a uma puta enrascada e cheguei à conclusão de que não foram poucas.

— Tenho animal! – me xingou – É sexta-feira. São onze e quinze da noite. O Hangmun é um puta baladeiro. As luzes estão todas apagadas. – contava os motivos de sua certeza nos dedos – E a Dona Creide disse que ele ia na festa que um amigo do filho dela ia dar! Agora deixa de ser idiota e vamos pular essa bosta de janela! – concluiu e bateu o pé no chão, enfatizando sua frase.

—Tá bem! – me rendi e fiz um apoio pra ela alcançar a janela – Vai demorar muito? Baleia!– perguntei após um tempo naquela posição

A ouvi resmungar algo e olhei para cima, vendo a mesma levar um grampo à boca e abrir ele um pouco para logo voltar a enfiá-lo na fechadura da janela e sorrir satisfeita ao ouvir um estalo vindo da mesma.

—Você acabou de arrombar a janela com um grampo? – perguntei espantada enquanto a mesma se sentava no parapeito da janela do segundo andar

—Eu?- perguntou se fingindo de ofendida com a mão direita no peito para dar uma ar de dramaticidade – Sim! – riu um pouco alto, ainda muito satisfeita consigo mesma. “Eu já deveria esperar isso dessa louca”, pensei rindo junto com ela – Agora sobe ae, bicho! – falou e jogou uma corda (que tirou do cu, só pode porque não estava com ela antes) na minha direção e entrou no cômodo.

— Caralho! – falei assim que cheguei ao parapeito, me arrastando para dentro do local – Gostar de alguém é cansativo e prejudicial à saúde mental! – resmunguei ajeitando minhas roupas. – Acende logo essa porra! – falei para Anna Lee que ria e a mesma acendeu uma lanterna que tirou do bolso do moletom preto.

— Não se exalte, jovem! – ela falou ainda rindo de maneira psicótica, como sempre – Ok! Vamos achar a gaveta de cuecas dele e pegar uma para sair daqui o quanto antes possível! – exclamou e eu concordei com ela

Procuramos um pouco e logo achamos um móvel com várias gavetas, onde tinham revistas pornôs e camisinhas embaixo de meias e camisas. Abri a gaveta de baixo e achei as cuecas. Peguei uma boxer preta e me virei para minha amiga que assentiu com a cabeça e fez sinal para nós sairmos. Mas assim que ela deu o primeiro passo, algo inesperado aconteceu (lê-se a imbecil da Anna Lee tropeçou no treco e caiu no chão, me fazendo rir muito) ela se levantou para me xingar, mas no momento em que ela apontou o dedo para mim, a luz acendeu.

“FO-DEU!” pensei e olhei para a porta, tentando inventar uma desculpa para roubar as cuecas do cara que você gosta que não fosse “isso é tudo um sonho! *faz círculos no ar com as mãos* *sai correndo*” quando me deparo com sete garotos suados em roupas comuns com milk-shakes nas mãos.

Ouço o barulho de algo caindo no chão e olho para o lado para ver que minha melhor amiga estava no chão, desmaiada, parecendo morta, inconsciente, apagada, TENDO UMA CONVERSA COM O DUMBLEDORE EM KING’S CROSS...

— Essa cueca é minha! – falam Jungkook e Suga juntos

PUTA QUE ME PARIU DE QUATRO NUMA BANHEIRA DE TODDYNHO EM UMA PRIMAVERIL MANHÃ DE OUTONO! EU INVADI A CASA DO BANGTAN!