HelpMe.net escrita por Leh


Capítulo 19
Capitulo dezoito (Pedro)




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O que dizer do domingo, dia doze de junho?
– Você tem um às.
– Nope.
Ela torceu os lábios daquele jeito que eu adorava.
– Desisto.
Gargalhei.
– Dama de copas.
Ela exalou.
– Sempre a dama!
Então ela chegou mais perto.
– Você por acaso gosta de damas?
Entrei no jogo dela.
– Na verdade, senhorita Silva, eu gosto de vagabundas.
Ela gargalhou e me estapeou.
– Não me chame de vagabunda!
– Era para fazer referência àquele filme da Disney.
– Falhou miseravelmente.
Eu ri e encostei meus lábios nos dela.
Então ela aprofundou o beijo até estarmos entrelaçados na cama. Se a mãe dela entrasse no quarto naquele momento... Nada aconteceria, por que a mãe de Julia era bem inconsequente. Para falar a verdade, se a dona Pamela entrasse no quarto, ela jogaria camisinhas e diria "não me traga um neto para criar Julia! Especialmente se o pai não puder estar aqui para cuidar dele!".
E nós iríamos rir juntos, por que Julia fazia piada da minha possível morte o tempo inteiro, como Caio. Ela dizia que tinha o coração blindado e não se importava de namorar um cara prestes a morrer. Eu achava aquilo muito corajoso.
Enfim, o clima estava pegando fogo até realmente a porta abrir e eu empurrar Julia para o outro lado do quarto.
– Desculpa incomodar - disse Pamela - Camisinhas?
– Sai daqui mãe! Estou tentando engravidar!
Eu comecei a rir.
– Viva o suficiente pelo menos para assumir a criança.
– Pode deixar.
Então ela fechou a porta e nós dois rimos.
– Onde paramos mesmo?
– Espera - falei me levantando - Eu tenho uma coisa para você.
Ela sentou de pernas cruzadas na cama.
– Uma coisa para mim? Estou ansiosa!
Tirei um envelope do bolso da bermuda e entreguei a ela.
Julia pegou o envelope com ansiedade e abriu. Dentro tinha uma flor de papel que eu mesmo fizera e um cartão com frases melosas e engraçadas ao mesmo tempo.
– Own, que lindo!
Ela engatinhou para perto e me deu um beijo.
– Feliz dia dos namorados - falei segurando seu rosto - Que esse seja o melhor.
– E apenas o primeiro.
Ela chegou perto para continuar me beijando e eu retribuí. Logo estávamos mais uma vez enroscados um no outro.
Eu não sabia onde eu começava e ela terminava, éramos um só.
Então ela se afastou um pouco, ofegante e me olhou.
– Eu te amo, Pedro.
Puxei seu rosto para perto do meu novamente. Eu não queria responder aquilo. Por que eu temia que eu estava furando a blindagem daquele coração. E estava com muito medo de quebrá-lo mais cedo do que esperava.
Mas o que dizer do domingo, dia doze de junho? Era um dia quente, como quase todos os dias normais em Fortaleza, estava ventando muito pouco e alguns bem-te-vis cantavam do lado de fora.
Mas toda a minha atenção estava voltada naquela menina que eu, inegavelmente, amava.
E nós aproveitamos nosso único dia dos namorados ao máximo.


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Notas finais do capítulo

Feliz dia dos namorados para vocês! :)



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