Eu estava muito perdido, lascado, ferrado.
Onde minha irmã tinha se enfiado? Corri mais uma vez pelos corredores da escola. Cadê essa praga?
Eu me encontrava correndo pelos corredores da escola do senhor Xavier para alunos dotados, aquele lugar havia nos acolhido quando fugimos da Hidra, eles cuidaram de todos os problemas psicológicos de Lydia e ainda me ajudaram a controlar o meus poderes, eu realmente devo metade da minha vida a eles.
Sinto meu celular vibrar e paro de correr, não me pergunte o por que de eu ter um celular, nem eu mesmo sei, esse treco simplesmente veio parar no meu bolso

"Caso esteja me procurando, Jacob, estou no meu quarto, não morri, nem nada, ok?"

Ufa, um sinal de vida da minha gêmea.

"Com certeza você não me veio procurar aqui né?"
"Né, Jacob?"

É, realmente eu não tinha parado pra pensar que ela estaria no quarto dela, mas eu posso me defender e tenho ótimos argumentos para isso! Ela nunca para quieta no quarto, bem diferente da Lydia de dois meses atrás, que vivia trancada, sem querer sair, socializar, sei lá.

Nunca conheci meus pais, nunca, nunquinha, so tenho uma pequena lembrança de quem são, se eu ja conheci ou convivi com eles, não me lembro de nada.
Sou rápido e herdei de alguém uma força descomunal, talvez do meu pai? Não sei. Imagino que tenha sido dele, imagino que eu tenho algo dele, alguma lembrança material, talvez?
Já Lydia tem "presentinhos" matérias dos meus pais. Um escudo pintado com as cores da bandeira dos Estados Unidos e com uma estrela no meio, quando descobrimos que aquilo era algo que já tinha pertencido a algum deles, começamos a rir e depois a chorar, tínhamos algo deles, era um grande avanço para descobrir quem são.
Minha irmã? Bom, ela tem poderes de telecinese, quando chegamos aqui, ela tinha aulas diárias com a Jean, Xavier achou que Jean poderia ensinar algo a Lydia, mesmo que os poderes das duas fosse algo totalmente diferente um do outro.
Conheci também um cara chamado Mercúrio, bom, pelo menos é assim que ele quer ser chamado, nunca nos contou o seu nome real. Seus poderes são idênticos aos meus, e tambem riu conosco quando Lydia recebeu o seu escudo que homenageia a America

Agora chega de histórias, toda vida que eu me lembro delas sinto vontade de chorar, pois me lembra tudo que eu passei naquele lugar horrível chamado Hidra, acredite, foi praticamente a morte, uma morte horrível.
Voltando ao que eu estava procurando... Ah, é, Lydia. Corri até a porta do quarto dela, não cheguei entrando pois não sou tão vida louca assim pra chegar invadindo o quarto dos outros, mesmo não tendo conhecido os meus pais, fui ensinado por uma mulher loira que morava no quinto dos infernos Norte americano, que eu deveria bater antes de entrar nos lugares. Meio que perdi metade dessa educação no caminho.
—Lydia, amor da minha vida, poderia por favor... - Nem terminei a frase e a porta se abriu revelando uma Lydia furiosa, ela me puxou para dentro do quarto e trancou a porta - Nossa, mana, pra que essa violência toda? O que houve? Algum novato te chamou de monstro de novo ou feriu sua fraca autoestima?
—Cala a merda da sua boa, Jacob, antes que eu mesma cale
—Ai, pra que essa revolta toda, miga? - Eu disse imitando a voz que Kitty fazia quando estava idiginada com algo, isso sempre fazia ela rir, bom, hoje não. Lydia olhou para mim com uma cara de: "O seu moleque de dezesseis anos, tu acha que eu to pra brincadeira estúpida hoje?" Com certeza ela não estava - Ta, parei.
—Encontrei algo que pode nos ajudar na nossa busca. - Ela disse se sentando na cama ao meu lado
—Que busca? - Ela olhou feio pra mim, sorri irônico para ela e logo ela me deu um soco no braço - Encontrou algo dos nossos pais, então?
— Não é muita coisa, apenas sei com quem devemos falar, uma pessoa que conhece eles. - Olhei para ela confuso, quem seria esse babaca? Babaca sim, não sei, so comecei a sentir raiva dessa pessoa, sinto raiva das pessoas do nada, liga não.
— Quem? - perguntei e Lydia sorriu pra mim, um sorriso que eu nunca tinha visto ela dar, ok, não quer dizer que Lydia não sorrir, so que ela é se sorrir com muita frequência, desde que descobrimos o que podíamos fazer ela nunca mais sorriu direito. To falando sério, não minto. Mentira, minto sim.
—Tony Stark. - Ela pronunciou o nome calmamente, ela sempre fazia isso quando falava um nome importante - Temos que ir atras de Tony Stark.
Ótimo, ganhamos uma missão sem querer, vamos atrás de um bilionário, que ele não ache que queremos matar-lo, talvez seja necessário, talvez.
—Ta, nos vamos atrás de Tony "Bilionário, Playboy, filantrópico" Stark, como vamos fazer isso? Charles não vai nos deixar sair daqui - Eu disse com um sorriso debochado, acho que estraguei o sonho da irmã
— Quem disse que vamos pedir permissão do professor Xavier?