♥ Poliana

            Já se passaram alguns dias e a apresentação, tão esperada apresentação, está chegando. E durante esses dias aconteceram diversas coisas.

            Depois daquele dia em que deixamos Ambre e Castiel sozinhos, eles passaram a se comunicar bastante, mas infelizmente a nossa expectativa de acontecer um “espírito romântico” entre os dois, não ocorreu. Por enquanto. Mas mesmo assim, uma amizade cresceu entre eles.

            Eu estou feliz que a minha amizade com Castiel voltou ao normal, e aquele receio do dia em que ele se confessou pra mim, acabou. O grupo de amigos voltou, e voltou mais unido. E as conversas com Armin ocorreram naturalmente, não tocamos mais no assunto sobre o que tinha acontecido. Mas ele parecia estar mudado. Parecia que todos os seus problemas tinham se resolvido.

            E depois de alguns dias, Armin não quis mais participar da apresentação, pois ele teria uma prova muito importante para fazer, e não teve alternativa alguma pra ele poder participar. Então, eu terei que cantar sozinha, e depois de uma conversa com o professor do coral, ele falou que era melhor eu cantar sozinha, porque o tempo era muito pouco para arranjar outro par. E a música que nós iriamos cantar juntos, foi mudada por outra.

            A decisão da música foi feita por mim, e eu iria cantar uma música da cantora Baek a yeon. Eu a escolhi pelo fato de ser fofinha, e porque, a outra música era mais focada em ser cantada por uma dupla. Então, eu resolvi mudar.

            Após todos esses acontecimentos, hoje de noite, um dia antes da apresentação, Rosalya marcou de todos saírem para comer em um restaurante. E lá estava eu, em um vestido que minha quase chorou quando eu o coloquei. No começo eu não queria, mas resolvi concordar com a ideia por minha mãe. Se bem que agora, ter escolhido uma mesa ao ar livre do restaurante não fora uma ideia muito boa. O que nessa hora, me fez querer ser uma mágica para poder fazer aparecer uma calça. Acho que pensarei nessa hipótese de ser mágica.

 - Poli, o que vai querer? – Rosalya falava enquanto mostrava o cardápio para mim.

 - Eu vou querer o Bibimbap*. – digo com um sorriso para ela.

 - Parece gostoso! Acho que eu vou pedir o mesmo. – falou Rosalya com entusiasmo.

            Assim que o garçom chegou todos fizeram seus pedidos, menos Armin. Ele ainda estava escolhendo o prato, o que deixou Rosalya sem paciência e ela mesma fez o pedido.

            Depois de alguns minutos de espera e risadas, os pratos chegaram.

 - Ah Rosalya! – Armin falou irritado enquanto olhava para seu prato. – Eu não gostei do meu prato.

 - Como assim Armin?! São batatas fritas! – Castiel disse ao ver a reação de Armin com as batatas.

 - Você já viu isso? – disse Armin levantando uma das batatas com o seu hashi. – Elas pingam gordura demais!

 - Já vi e já comi. E você, já tentou pelo menos provar elas? – Castiel disse em um tom irônico.

 - Não – Armin falou balançando a cabeça em negativo.

 - Tente provar! É bom, não muito pra saúde, mas é bom. – falei em um tom engraçado.

            Armin se pôs a comer a batata. E assim que colocou a batata na boca e a mastigou, ele parecia não ter gostado muito. Armin pegou rapidamente meu copo que ainda estava com coca cola.

 - Minha coca... – lamentei ao ver Armin tomando a única coisa que eu tinha para beber.

 - Desculpa! – Armin disse assim que me viu meio triste. – Depois eu compro outra. – disse ele voltando o copo a sua boca.

            Ele parecia mesmo não ter gostado da batata frita.

            Logo depois que Armin finalmente terminou de tomar a coca, ficamos conversando por um longo tempo.

            Castiel e Armin foram pagar a conta, enquanto eu, Rosalya e Ambre esperávamos eles do lado de fora do restaurante.

 - Aqui Poliana! – Falou Armin se aproximando de mim com uma lata de coca cola em suas mãos.

 - Não precisava comprar. Eu que fui muito dramática! – falei entre risos.

 - Claro que eu precisava! Eu tomei tudo sem sua permissão. – Armin disse colocando a latinha em minha mão.

 - Vocês formam um casal bonito. – disse Castiel sorrindo para nós.

            Quando ele disse aquilo, eu sem querer soltei a latinha de minha mão.

 - Ai! – Armin falou enquanto pulava por causa, que a latinha tinha caído em seu pé.

 - Meu Deus! Desculpa Armin! – falei desesperada.

 - Está tudo bem. – disse Armin com uma cara engraçada de dor.

            Todos riram.

            “Parabéns Poliana! Quebra o pé do menino mesmo!” brigava comigo mesma entre meus pensamentos.

         Depois que entramos no carro, começamos a conversar aleatoriamente. Riamos iguais doidos.

            Às vezes é difícil pensar que talvez daqui alguns dias não estaremos mais juntos.

***

            Quando chegamos à minha casa fui me despedindo de todos. E quando fui me despedir de Armin, ele deu um beijo em minha bochecha. Não sei o que deu em mim, mas comecei a dar risada descontroladamente.

 - Por que está rindo?! – Armin disse assustado.

 - Não sei! Acho que foi engraçado. – Falei entre risos.

                Todos começaram a dar risada sem entender. Logo depois eu saí do carro, e eles foram embora.

          Entrei em casa, e ninguém estava acordado. Enquanto me arrumava para ir dormir, eu fazia o maior silêncio para tentar não acorda-los.

            Na hora que eu estava indo para meu quarto, avistei Mac já dormindo em seu quarto – por incrível que pareça ele já estava dormindo. E como eu não resisto a coisas fofas, resolvi ir até ele e lhe dar um beijo de boa noite.

 - Você está cheirando batata frita. – Mac diz assim que me viu aproximar. – Trouxe um pouco pra mim?

 - Não deu pra trazer, pequeno Mac. – Falei entre risos.

 - Mas podemos fazer! – Mac diz se levantando de sua cama. Cambaleava em direção à porta vestido com seu pijama de super-homem.

 - Só você mesmo, Mac! – Falei o acompanhando.

            Assim que chegamos lá embaixo, vimos que não tinha batata.

 - Ah. – falou Mac cabisbaixo.

 - Não tem problema, vamos tomar um suco. Amanhã eu e você compramos batatas! – Falei tentando o animar.

 - Tudo bem! – Mac sorri.

            É incrível como Mac sempre sente fome. Não sei como tudo que ele come a cada minuto, cabe em sua barriga.

            Assim que terminamos, subimos para nossos quartos. E logo me deitei na cama.

♥ Armin

         Assim que cheguei à minha casa, minha mãe estava me esperando sentada do sofá.

 - Oi mãe! – Falei indo em direção a ela.

 - Oi querido! Como foi lá? – minha mãe falou e em seguida me abraçou.

 - Foi muito legal. – Falei sorrindo.

 - Que bom que aproveitou. – disse ela sorrindo.

 - Bom, eu acho melhor eu dormir. Amanhã eu tenho uma prova para fazer. – Falei me despedindo com um beijo em sua bochecha.

 - Boa noite! – ela disse entre risos.

 - Mãe, por que está dando risada? – Perguntei sem entender.

 - Seu beijo faz cosquinha! – Falou ela entre risos.

            Talvez seja por isso que Poliana riu descontroladamente no carro.

          “Eu vou fazer o meu melhor na prova de amanhã. Vai dar o que tiver que dar!” eu pensava, enquanto arranjava um jeito para dormir entre todos os meus pensamentos.