Eu amo você, cabelinho de menstruação. escrita por KoizumiRisa


Capítulo 1
Como conheci você, Castiel.




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Em um novo local, nunca sabemos ao certo como devemos agir, já que não se sabe como as pessoas de lá são.
        E não, não pense que sou falsa e que mudo para me adaptar em locais por interesse, vamos chamar o que eu faço de variação situacional, okay?
        Estar nesse carro, me mudando para Paris é tão complicado. Eu, do sul da França, não sou acostumada e nem gosto desses parisienses metidos, mas como minha família arranjou emprego aqui, resolvemos nos mudar.
         Ah, fico pensando em como tudo vai ser, como irão me receber nessa tal de Sweet Amoris.
         Será? Será que vai ter algum gatinho a minha espera? Hm... Quem sabe, né? Talvez o amor entre neste meu coração e só teve até agora algumas decepções amorosas.
        -Elis, preste atenção, estou falando com você!-disse meu irmão mais velho.
        -Ai garoto, cala a boca, não to afim de saber o que você quer falar, não deve ser do meu interesse.
        -SENHORITA ELIS, QUIETA AGORA!-disse minha mãe.
        -Concordo com sua mãe, você deve ficar quieta e agora estou pensando em te por de castigo.
        Aff, ninguém merece, mas tudo bem, fiz por merecer, mas isso é injusto de certa forma, pois eles não fazem ideia do quanto Robert me maltrata. Meu irmão é um saco.
        Ninguém liga para as coisas que ele realiza, uma vez, ele sempre quebra minhas coisas, sempre me xinga... E não acontece nada com ele.
        Mas, pois bem, nada pode ser sempre justo né?
        Começo a avistar aquele trambolho enorme de metal que acham maravilhoso, não sei porque, sinceramente, a Torre da Tv na Alemanha é muito mais incrível do que essa Torre Eiffel.
        Chega de devaneios, tenho só que ouvir uma boa música para parar de pensar em Paris, por que, senão vou chorar pensando em tudo o que deixei para trás.
        Deixei os poucos mas ótimos amigos que tenho, os meus locais preferidos, a minha escola, os meus antigos amores...
        Chega de pensar em amor, CHEGA.
        Sério que depois de tudo o que aquele imbecil fez com você, com todas aquelas agressões verbais e físicas vc ainda pensa em tentar amar de novo?!
        Sou uma idiota.
        -Chegaaaamooos!
        -Eu não ligo, Robert.
        -Por acaso estou perguntando se você liga ou não?
        -Por acaso eu quis saber o que você acha ou não sobre minha fala?
        -Vocês dois parem, me deixam nervosa demais!
        Entramos na casa, meio velha, mas bonita, bem aquele estilo colonial sabe? E agora, entrando no meu futuro quarto, penso que realmente poderei criar meu lugar e conforto.
        Não é tão grande, mas aconchegante.
        Compraremos novos móveis e já estou pensando em um papel de parede meio artístico e meu quarto todo baseado em Frida.
         Frida era simplesmente genial.
         -Bem, queridos, teremos que dormir no chão por hoje, já que vamos as compras de móveis amanhã.
         -Ninguém merece, mãe.
         -Para de se emburrar com tudo, pense nisso como uma nova experiencia e para de ser pessimista e rabugenta. Ah! Amanhã suas aulas começam, sua escola é a duas quadras daqui, espero que se divirta!
         Bem, não vou responder nada, por que já sei a resposta, não vai ser nada divertido, vou travar na hora.
         Vou travar pela vergonha, pode não parecer, mas sou muito tímida. Posso me descrever como um jovem artísta incompreendida.
          Bem. agora tudo o que tenho a fazer é dormir, mas pena que não consigo.
          Fico me remexendo de um lado para o outro e não dá em nada, até o sol já apareceu... OPA, MANOOOO SOU MUITO IDIOTA, pronto, agora vou virada para a escola.
          Prendo o cabelo, tomo banho (sem lavar a cabeça porque está frio demais), me arrumo com minha blusa típica preta, minha saia cinza até a canela, um casaco preto que é tão grande que vai até o joelho e minha mochila da Fridinha.
          Escola vamos lá, né?
          Caramba, até que Paris não é de se jogar fora, local bonitinho.
          -Ai, presta atenção!
          Em um de meus devaneios acabado batendo em um ruivo menstruação e caio no chão.
         -Des..desculpa.
         -Tudo bem, lerdona.
         -AE, NÃO PRECISA SER GROSSO!
         -AE, NÃO PRECISA SER CHATA E BERRAR.
         Ops, não percebi que estava berrando com ele, a tímida saiu e a fera atacou hahahaha, me chamavam de ferinha na minha antiga escola, pelo meu jeito nervosinho de ser.
         -Ta, agora me dá liçensa senhor cabelo de menstruação, tenho que ir pra escola.
         Saio andando rapido, até demais, ele está com uma cara de bravo, é engraçada demais... Vou até tomar coragem e dar uma careta.
         -Ei, presta atenção aqui, cabelinho.
         Pronto, agora só falta a careta de lingua pra ele.
         -NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO, NOSSA, COMO VOCÊ É MADURA.
         Dou ombros e saio andando feliz. Talvez essa não seja a melhor maneira de começar aqui, mas fazer o que.
         De repente, me dou de cara com a escola, é menor do que pensava, mas algumas coisas estão me atraindo, como um jardim lindo, deve ter tantos aspectos bonitos para se desenhar lá.

 -NÃO ACREDITO, VOCÊ AQUI?

 Sim, era ele, o cabelo de menstruação, nossa, comecei bem, já fiz inimizade com uma pessoa que estuda na mesma escola que eu.

 -É, pelo o visto terei que conviver com uma selvagem.

 -Selvagem é o seu...

 Epa, ele está se aproximando, o que ele quer?

 Ele põe o dedo nos meus lábios, nossa, meu rosto está ficando quente, provavelmente vou ficar vermelha, e meu coração está meio rápido demais.

 -Ficou coradinha né? Tenho esse poder com as garotas.

 -Aposto que você é leonino.

 -Aposto que você é hipster modinha.

 -HÁ! SE FERROU, gosto de signos desde antes virar modinha.

 -HÁ! Eu não ligo.

 Ai, como ele é grosso, parece até eu.

 Outros tempos eu não ia gostar que agissem assim comigo, mas não sei por que dessa vez não me irritei tanto quanto o de costume.

  Mas tenho sempre que me lembrar, não posso me apaixonar.

 Ele está voltando.

 -Esqueci de me apresentar para você, Castiel, tá?

 -Tá bom, cabelo de menstruação.

 -Posso saber seu nove pseudo hipster?

 -Elis.

 -Elis do que?

 -Quer saber porque?

 -Nada não.

 Começo a sair andando, ele é insuportavel, ou não.

 Não posso me apaixonar.

 Tenho que procurar minha sala, o sinal já tocou, e finalmente, percebo que estou encarando ela, a própria sala.

 Meus pensamentos me deixam idiota, mais lerda do que o natural.

 Vou sentar no final, lá no fundão, não me desperso com facilidade mesmo sentando tão atrás, só não quero ser notada.

 E, também, a minha carência está começando a se manifestar e se eu acabar ficando frustada, melhor aqui pois o professor não vai perceber.

 E começa a melhor aula, de história, mas não adianta, me perco em devaneios, por que começo a pensar o por que não posso me apaixonar.

—PSIU!

—Você de novo não, cabelinho de menstruação!

 


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