Como eu me sentia escrita por MidnightWolf


Capítulo 1
Prólogo




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Meu nome é Ayano Aishi, tenho 16 anos e estudo em Akademi High School, numa cidade suburbana de Tóquio. Levava uma vida adolescente bem normal e nem um pouco emocionante, desconsiderando o fato de que eu não sentia qualquer tipo de emoção (o que torna minha vida menos emocionante ainda). Isso pode parecer estranho mas eu já havia me acostumado. Minha mãe sempre me disse que o mesmo acontecia com ela então não me preocupava muito.

Tudo isso mudou no primeiro dia de aula, sendo que acordei atrasada, me troquei o mais rápido que pude e corri para a cozinha, apenas para não sair de estômago vazio. Encontrei um bilhete dos meus pais na porta da geladeira: “Saímos esta manhã para uma viagem urgente a Londres, voltamos em 1 mês, deixamos a dispensa cheia e sabemos que você sabe se cuidar. Confiamos em você. Tenha um ótimo primeiro dia de aula! ^^ Beijos, Mamãe e Papai.” Eu já estava acostumada com essas “viagens urgentes” os meus pais, eles sempre diziam ser em função do trabalho mas eu sabia que tinha a ver com certas coisas cometidas pela minha mãe no passado. Mas não estava com tempo para pensar nisso naquela hora. Enfiei uma torrada bem murcha na boca, peguei minha mochila e saí correndo em direção à escola. Não era longe, afinal eu ia a pé, mas parecia um caminho eterno quando se estava correndo.

No meio do caminho eu trombei com alguém e cai no chão, num impacto tão forte que minha mochila foi parar no meio na rua. Pensei: “Mas que... Quem poderia ser o idio...” Quando olhei para frente, eu o vi... tão atordoado quanto eu... mas era maravilhoso de qualquer forma... o garoto mais incrível que já tinha visto na vida, parecia ter saído de um filme ou dos meus sonhos... Nunca havia sentido algo assim antes, era totalmente novo para mim, mas de qualquer forma, era uma sensação indescritivelmente boa. Eu estava estonteada, então nem consegui me levantar. Apenas fiquei assistindo enquanto ele se recompunha diante de mim e logo que me notou ali, estendeu a mão e disse:

—Me desculpe, eu não a vi, espero que não tenha se machucado. Aceite minha ajuda, por favor.

Segurei sua mão e me levantei, olhei para minha mochila no meio da rua, ele percebeu e correu para buscá-la. Eu ainda estava paralisada de emoção:

—...

—Aqui está sua mochila. Mais uma vez, me desculpe.

—T-tudo bem... – respondi com uma voz muito trêmula.

—Vejo que você está de uniforme. Você vai à escola aqui perto?

—S-sim... Akademi High School.

—Puxa, que legal! Eu também estudo lá, estou no segundo ano. Eu sou Taro Yamada, e você?

—A-Ayano Aishi... Muito prazer...

— Muito prazer em conhecê-la também Ayano. Preciso esperar pela minha irmã mais nova. É o primeiro dia de aula dela nessa escola e ela está ansiosa. Nos vemos na escola então. Até mais.

—Até...

 Eu continuei meu caminho até a escola e ele ficou encostado em um muro mexendo no celular para esperar a irmã. Eu ainda estava sem entender o que aconteceu, era algo totalmente novo para mim. Sentia-me estranha... porém muito feliz. Seria isso o que as pessoas chamam de “amor”? Eu não conseguia parar de pensar no ocorrido e seu rosto não saía da minha mente: os olhos escuros e brilhantes, o cabelo negro sedoso, sorriso vívido e sonhador, muita bondade e educação incomparável.

 Quando cruzei o portão da escola, ainda restavam 15 minutos para poder me situar, achar um armário, procurar minha sala, etc. Mas a cada ação, a cada minuto, não parava de pensar nele... meu Senpai... Sentia que precisava estar com ele, conhecê-lo melhor, namorar ele. Definitivamente, ele tinha que ser meu. Minha mãe me dizia, desde que completei 15 anos: “Está na hora de arrumar um namoradinho hein?” Mas como eu não sentia nada, não dava importância alguma.

Só que agora era diferente, tudo fazia sentido, e meu mundo se encheu de cores. Senpai seria meu!

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Se você leu até aqui, muito obrigada ^^
Eu não vou mais continuar porque tive bloqueio de criatividade ;^; vou postar mais histórias soltas, sem continuações por enquanto. Me desculpem.



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