Pra você guardei o amor escrita por Maria


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Gente, muito agradecida pelos comentários, como já disse, escrevo com muito carinho e estou amando essa relação das duas. Podem acreditar que eu sorrio escrevendo as cenas das duas.
A fic será construída assim, aos poucos, e vocês verão o dia-a-dia delas, e o que as levará ao mais profundo e bonito dos sentimentos.
Beijos.



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Emma não estava brincado quando disse que era uma boa cozinheira. Depois que jogou o pano em cima de Regina a loira prendeu os longos cabelos em coque alto, lavou as mãos e começou a procurar pelo que pudesse fazer que fosse rápido e ficasse saboroso.

Regina somente assistia os movimentos da loira que se movia e fazia aquilo como que se fosse uma parte dela. Às vezes ela cantarolava alguma coisa que a morena não entendia, às vezes ela pedia por uma coisa ou outra e Regina indicava onde estava.

Em vinte minutos Emma puxava do forno uma bandeja com um cheiro maravilhoso que impregnou na cozinha mandando a catinga de fumaça embora. Ela desligou o arroz e colocou o azeite na mesa.

—Espero que goste de torta de legumes – falou sem olhar para Regina arrumando uma coisa e outra – foi tudo que consegui imaginar que seria mais rápido de fazer. – Ela deu uma risada sem graça e sentou do lado de Regina que estava na cabeceira da mesa. – Então?

Regina provou o prato que Emma havia preparado e resolveu que daquele dia em diante jamais se atreveria a cozinhar novamente. Aquilo que ela estava comendo era manjar dos deuses e o que ela fazia era uma lavagem em comparação.

—E então Regina? – Emma mordia o lábio inferior e Regina reparou em como ela ficava adorável fazendo isso.

—Emma – ela disse quando já estava com a boca vazia – isso está divino. E para de fazer perguntas por que quero usar minha boca nesse momento para comer essa coisa deliciosa e não para ficar te respondendo. – Emma gargalhou aliviada e começou a colocar comida em seu prato também com o coração pulando de alegria.

Elas iriam se dar bem Emma podia sentir. Regina tinha sido um anjo que caiu do céu para ela e do que dependesse dela seria um anjo para sua nova amiga também. Olhou para Regina e a pegou olhando para ela sorrindo, Emma sustentou seu olhar sorrindo também.

—-**--

Zelena tentava ligar para Regina, mas o telefone da amiga tocava até cair a ligação. Estava ficando preocupada. Olhou pelo retrovisor do carro e encontrou seu bebe olhando para ela. Sorriu. Teve uma de suas ideias brilhantes, porque todas as ideias que tinha, segundo ela, eram brilhantes.

—Roland querido, vamos visitar tia Rê, - Ela sorria ainda olhando a criança pelo espelho -  é kid, vamos visitar aquela desnaturada que há dois dias some misteriosamente e desliga o celular, - o neném ria das palavras da mãe, não que estivesse entendendo alguma coisa – essa titia mesmo.

Zelena mudou a direção do carro, Robin iria demorar mesmo, então tomou o rumo da casa da cunhada, aquela safada deve ter arrumado alguém, ou está tramando alguma coisa, pois ela nunca desaparecia assim, e mais, jamais deixaria de ver o sobrinho em um sábado.

A mulher matutava enquanto dirigia.

Se ela estava aprontando, a ruiva iria descobrir. Zelena parou o carro em frente ao prédio de Regina, pegou a criança com o bebe conforto e subiu ao sétimo andar. Apertou a campainha e esperou.

Nada.

Apertou de novo e nada.

Apertou pela terceira vez.

Emma não sabia nem como tinha vestido os shorts, mas a campainha já tocava pela terceira vez e não havia tempo de checar.

—Já vai!! – Gritou correndo para a porta – que coisa.

Surpresa teve a ruiva ao ver a porta se abrindo a sua frente e ser atendida por uma mulher loira, alta, meio esbaforida e linda.

—Desculpe, - Emma respirou – estava no banheiro. – Ela olhava a visita a sua frente com um sensação que já a vira em algum lugar.

—Essa casa é da Regina.  – Zelena disse. Não era uma pergunta. Mas Emma respondeu mesmo assim.

—Sim é sim e minha também. – Zelena arqueou a sobrancelha.

De repente Emma se lembrou. Essa mulher era a cunhada de Regina. Havia uma foto dela em cima da lareira.

—Desculpe minha indelicadeza, você é a Cunhada da Regina, certo? – Zelena balançou a cabeça confirmando – por favor, entre. Regina saiu para uma caminhada, mas já deve esta voltando.  A propósito, eu sou Emma. Acabei de me mudar.

Zelena olhou para a loira e imediatamente lembrou-se da conversa que teve com Regina há uns dias. Então a garotinha perdida ligou, e pelo que a ruiva pode ver ela não era bem uma garotinha, mas uma mulher, uma linda mulher.

—Você é a garota da camisa de Harry Potter!!!  - Zelena soltou e Emma foi obrigada a rolar os olhos enquanto fechava a porta.

—Sério!! O que vocês têm contra Harry Potter?  - Ela perguntou divertida.

—Eu nada, mas você foi descrita assim, me deixa ver se me lembro “uma menininha, de calça jeans, tênis, uma blusa de Harry Potter e uma mochila nas costas tão perdida” -  ela tentava imitar a voz de Regina e arrancou uma gargalhada de Emma. – difícil esquecer essa descrição, me desculpe.

—Tudo bem – Emma disse secando os olhos – acho que deixei uma ótima primeira impressão. – Ambas riram.

—Nem quero saber qual foi a impressão que Regina deixou em você!!

—Não vou negar que ela me assustou – respondeu divertida.

—Ela causa essa impressão nas pessoas. – Ambas riram novamente.

Emma iria responder, mas o bebe chamou a atenção das adultas balançando o bracinho querendo sair do colo da mãe.

—Acho que ele quer ir com você Emma. – Zelena olhou para a loira que rapidamente estendeu os braços recebendo aquele pacotinho meio ruivo meio moreno que imediatamente agarrou sua cabeleira solta.

—Você quer algo Zelena enquanto espera Regina? Um café? Suco? Chá? Eu faço. Aliás, tem um bolo assando nesse momento.

—Eu quero sim, mas deixa que eu mesma faço – ela já ia em direção a cozinha, mas parou se lembrando de algo – quer dizer, agora a casa é sua também, então, eu faço se você me der permissão.

—Acho que não dou permissão não. Sou muito ciumenta com os utensílios domésticos.  –Emma disse séria e Zelena ficou a olhando, mas a loira não aguentou muito tempo e soltou uma sonora gargalhada – você tinha que te visto a sua cara – ela disse entre as risadas para uma ruiva que já estava rindo também.

—Palhacinha. Regina escolheu uma da altura dela mesmo. Já vi o que ela viu em você. E não foi uma menininha perdida. – Ela disse mais para ela mesma indo em direção à cozinha.

Emma ficou brincando com o bebe enquanto Zelena preparava algo, volta e outra a ruiva olhava em direção àqueles dois e sorria, seu bebê não ia no colo de quase ninguém e de cara gostou da loira e ria abertamente para as brincadeiras dela. Se ele gostou de Emma, então ela não tinha com que se preocupar em relação a sua melhor amiga perto da menininha.

..**..

Regina havia saído para dar uma volta para aproveitar os últimos momentos de sol, havia convidado Emma, mas a loira estava arrumando as coisas em seu quarto e queria terminar o quanto antes. A morena entendia, odiava ficar com as coisas bagunçadas, mas obviamente ela não perdeu a oportunidade de implicar com Emma dizendo que ela estava mais pálida do que vela de cemitério e que deveria aproveitar o sol.

Um sorriso brotou no rosto de Regina enquanto ela lembrava da cena. Emma pilhava muito rápido e depois já se divertia e respondia na mesma velocidade. Ela não sabia explicar, mas já sentia uma grande sintonia com ela. Não era algo físico como Zelena iria falar, porque sim, Emma tinha um corpo dos Deuses, mesmo com suas camisetas largas era perceptível, mas não, era mais que isso.

Regina esfregou uma mão na outra. De repente sentiu um calafrio. Emma era uma pessoa muito apaixonante e seria fácil de Regina cair nesse jogo que era perigoso demais, já que a loira não demonstrara qualquer indicação de ter reparado em Regina de uma forma sentimental, física ou apaixonada. 

Pelo que parecia, Emma não era gay, ou tinha qualquer intenção de ser.

Regina sentiu seu interior repuxar. Não contara esse detalhe a Emma e de repente se sentiu culpada. Olhou para os lados. O sol havia perdido toda a graça. Decidiu voltar para seu apartamento e contar a Emma sobre sua sexualidade, talvez ela ainda não tenha desfeito toda a mala e fique mais fácil dela ir embora caso não aceite como a morena é.

Estava decidida. Mas estava triste também. Afinal, Emma poderia ir embora e isso abalou Regina mais do que ela gostaria de admitir. Subiu as escadas correndo, entrou no elevador, a subida até o sétimo andar nunca pareceu tão longa e tão rápida ao mesmo tempo.

Saiu em seu corredor e ouviu Emma rir, ainda do lado de fora. Será que ela trouxe alguém?— Pensou - e esse pensamento também não a fez se sentir bem. Abriu a porta de uma forma meio brusca e quando entrou dentro de casa deu de cara com uma loira aos risos quase sem ar e uma ruiva que ela conhecia muito bem.

Gemeu baixinho. Coisa boa não poderia vir daí.

..**..


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