Pra você guardei o amor escrita por Maria


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Pessoas maravilindas, cá estou eu com mais um capitulo. Leitoras novas, sejam bem vindas. Suas palavras me emocionaram muito. Obrigada.
Meninas de longa jornada obrigada pelo apoio até aqui. Quantas vezes me sentia sendo engolida pela maré e vocês eram as mãos que me seguravam firmemente.
Acho que nossa história está quase chegando no fim!! Jamais imaginei que chegaríamos até aqui. Obviamente ainda teremos mais alguns capítulos e um epílogo.

Se segurem... crianças em ação.



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A tensão no ar era palpável, David olhava de Regina para Emma e então para sua esposa que coçava a testa com os lábios franzidos. Killian parecia estar mudando lentamente de cor, os olhos fixados em Emma que ainda segurava Sophia em seu colo.

—Que palhaçada é essa que essa menina está falando? – Suas palavras eram baixas, o moreno controlava a raiva, ele não podia acreditar naquela criança. Mas vendo o olhar das mulheres a sua frente as dúvidas começavam a se dissipar em sua mente, mas ele não podia acreditar, ele não queria acreditar. - Ninguém vai mesmo me responder? – Killian rosnou – Emma!!

Regina deu um passo para lado de Emma de forma protetora, mas foi Henry quem surpreendeu.

—Não grite com ma mamãe! – A criança se manifestou no colo de Regina colocando a melhor cara de zangado que uma criança de dois anos e meio poderia ter em sua face rosada e gordinha. Emma sentiu um nó formar em sua garganta e era quase impossível o fazer sumir, Henry a chamou de mãe? Olhou de soslaio para Regina e percebeu que os olhos da mulher estavam marejados como os dela deveriam estar. Madre Cecília sorria por entre as lágrimas e Zelena mesmo com a mão na boca deixou escapar um suspiro por entre seus dedos e Ruby olhava para elas com aquele olhar de chocolate derretido. O momento durou poucos segundos antes de Roland vir correndo na direção do homem e chutar sua canela quase se desequilibrando com o ato.

—Não grite com a minha titia, não se grita com mulheres, sua mãe não te ensaiou? – A situação seria fofa e até cômica se não fosse a cara de choque de David e Eve, a de confusão de Kiki e claro, a de ódio de Killian. Mas nada nesse mundo, nada mesmo, iria impedir Zelena de socar o ar e com olhar de orgulho sussurrando esse é o meu garoto, que, obviamente pelo silêncio repentino do lugar foi claramente ouvido por todos. A ruiva nem o corrigiu por ter usado a palavra errada.

—Emy – Sophia segurava o rosto de Emma entre as mãos trêmulas – eu disse alguma coisa errada? Por que ele está zangado? Por que ele está gritando com você? Você e tia Rê não namoram mais? – Seus lábios tremiam e seus olhos marejaram.

—Não meu amor, você não disse nada errado, e sim – a loira sorriu par a pequena – eu sou a namorada da tia Rê. – Emma sorria ternamente apesar de todas as circunstâncias. Não importava o que a situação em que ela se encontrava no momento iria trazer, ela não desistiria de Regina, da família que iria formar com ela. Essa certeza estava impregnada em seu coração, o que lhe dava a coragem para enfrentar o que quer que fosse que ela enfrentaria dali para frente.

—Emma, você me trocou por uma mulher? – O moreno estava indignado. – Você me trocou por ela? – Disse com repugnância dando um passo na direção de Regina que instintivamente deu um passo para trás apertando Henry em seu colo. Imediatamente, sem nem mesmo piscar Emma se pôs à frente de Regina.

—Não se atreva a se dirigir a ela de forma grosseira Jhones. –Killian ameaçou ir mais para frente ignorando o bom senso - Melhor que não se dirija a ela de forma alguma, você não sabe do que eu sou capaz. – O tom de Emma não deixou brecha para discussão – Seu problema é comigo, deixe-a fora disso. – David olhava sem reação para a cena se desenrolando a sua frente tentando entender o que diabos estava acontecendo. Sua irmã era gay? Tinha uma criança a chamado de mãe? Quando que sua irmãzinha tinha crescido? Sua irmã era gay!! Seu cérebro parecia que ia explodir.

—Emma... – Regina colocou a mão no ombro da loira tentando acalmar a mulher que tremia enquanto Sophia escondia o rosto em seu ombro.

—Não Regina, eu meti todo mundo nessa e eu vou tirar, a culpa é toda minha por não ter falado a verdade antes. Eu te falei que não ia suportar qualquer tipo de ofensa por parte de ninguém, e vou manter minha palavra. Eu só acho que as crianças não precisam presenciar essa situação. - Quando Killian ia se manifestar Cora levantou do sofá entendendo o recado da loira e junto com as Irmãs retirou as três crianças da sala, antes, porém, que Madre Cecília saísse o moreno perguntou.

—Você também compactua com isso? Você é uma freira. Você devia ser contra isso. – Ele dizia indignado apontando para as duas.

—Eu não estou nessa terra para julgar ninguém filho. O que eu vejo aqui são duas mulheres incríveis, com as almas mais puras que eu já conheci. – Deu de ombros e saiu rumo ao quarto de Regina. Assim que Emma escutou a porta bater ela encarou seu ex-namorado a raiva cintilando em seus orbes verdes.

—Primeiramente eu não te troquei por ninguém, nós terminamos antes mesmo de eu deixar o Brasil. Segundo, o que eu faço da minha vida não é da sua conta, e terceiro mais não menos importante, eu estou com Regina sim, e sim eu estou com uma mulher. – Emma dizia de forma calma, em um tom baixo, quase perigoso.

—Você não pode estar com uma mulher. – Ele retrucou colocando as mãos em cada ombro de Emma como se ele a sacudindo ela pudesse mudar de opinião. – Você tem que estar comigo. Você me ama. Nós nos amamos, gostamos das mesmas coisas.

—Sinto muito Killian. – a loira tirou as mãos dele de cima dela - Eu amo Regina e se Deus me permitir e ela quiser, estarei com ela até o fim dos meus dias.

—Você não pode...

—Eu posso, e graças a Deus eu não tenho que te pedir permissão. – Emma retrucou abdicando da pouca paciência que lhe restava. Só faltava essa, seu ex-namorado querer mandar em sua vida, querer dizer o que ela pode ou não pode fazer. Killian arremessou o copo que segurava na parede assustando a todos. Robin e Neal saíram de seus lugares em direção ao homem para contê-lo.

—Cara, - Robin disse – você precisa esfriar essa cabeça quente.

—Não – Quis lutar – eu... ela... elas não podem...

—E talvez você precise também de uma boa bebida. – Neal completou colocando cada um o braço no ombro do rapaz o guiando para fora com um pouco de esforço, já que o moreno lutava para voltar. Quando a porta do apartamento fechou todos os presentes se encararam.

—Zelena – Ruby a chamou – penso que devemos ajudar com as crianças. – Zelena levantou acompanhando a mulher. – Regina?

—Eu não vou sair daqui. – As outras duas assentiram e Emma a agradeceu com o olhar. Regina pegou a mão de Emma.

—Acho que nós podemos nos sentar. – sugeriu a morena, já que ninguém se mexia puxando a loira em direção à sala. Todos as seguiram em silêncio. Depois de cada um estar acomodado Emma respirou profundamente antes de começar a falar.

—Eu... eu... – Regina apertou sua mão a encorajando – me desculpe por essa situação, eu não queria que vocês descobrissem assim, eu... – as lágrimas rolavam por suas bochechas. – eu deveria ter falado com vocês, contado sobre isso, eu... – sua voz morreu em sua garganta, suas bochechas estavam muito vermelhas, a vergonha estampada em seu rosto. Nem depois de tudo ela conseguia falar com sua família.

—Por que você está falando com a gente como se estivesse contando de um crime inafiançável que você teria cometido? – Kiki perguntou.

—Como assim? – Emma sussurrou sem levantar seus olhos para sua tia.

—Querida, você está contando para gente como se você estivesse fazendo ou tivesse feito alguma coisa de errado...

—Mas...

—Emma, você está tentando nos dizer que está com uma mulher, que pelo pouco que vimos é incrível, doce, divertida e linda, e por quem você está visivelmente apaixonada e a recíproca é totalmente verdadeira, você não está fazendo nada de errado, então querida, comece de novo, e de preferência de cabeça erguida. – A mulher mais velha olhou para Regina sorrindo que lhe devolveu um sorriso terno. Emma finalmente levantou sua cabeça.

—Certo. – ela respirou e secou o canto dos olhos - Eu e Regina estamos juntas. – sorriu olhando para a morena que apertou sua mão – começamos há mais ou menos dois meses, dois meses e meio, mas eu acho que sempre esteve aqui. – colocou a mão no coração - Nós passamos por muita coisa antes de chegar até aqui, nos apaixonamos gradativamente, e eu deveria ter falado com vocês imediatamente, mas eu realmente tinha medo da reação de vocês. Eu demorei um tempo para aceitar... – deu de ombros.

—Uau, eu não sabia que miss certinha um dia iria virar gay. – Eve comentou – Até que vocês são muito bonitas juntas, olhando assim... – a loira inclinou a cabeça como se estivesse avaliando as duas. – Bem que aquela história sem sentido que me contou sobre suas roupas estarem no quarto de Regina era meio sem pé nem cabeça.

—Não é questão de virar gay, eu não sei, só me senti assim por ela e tentei fazer de tudo contra isso, tentei fazer de tudo para negar, para fugir, mas essa morena passou por mim como um rolo compressor, e me deixou amassadinha por ela. – Todos riram – Mas não foi uma coisa fácil.

—Só eu sei como ela lutou. – Regina revirou os olhos – mas eu tenho grande parte da culpa nisso, eu também fui bem tapada por não perceber os sentimentos dela. – As mulheres riram suavemente. David não esboçava nenhuma reação, como se não estivesse realmente ali, o que estava preocupando seriamente a irmã.

—David... – Emma o chamou – diga alguma coisa. – O loiro levantou de seu lugar passando a mão pelos cabelos, e Regina não pode deixar de reparar que era o mesmo gesto que sua loira fazia quando tinha algo muito importante para dizer. O homem andou de um lado para o outro como se estivesse colocando seus pensamentos em ordem...

—David – a voz de Emma não passava de um sussurro e as lágrimas já beiravam seus olhos e ela se levantou, a loira não sabia se passaria pela rejeição de seu irmão, sempre tinha sido eles contra o mundo. E contra seu irmão mais velho, claro. Enquanto Graham sempre foi superprotetor, que podava Emma em tudo, o que queria colocar rodinhas na bicicleta, que segurava sua mão em cima da ponte, David era quem ajudava ela a subir nos muros e em árvores, saltar de patins e andar de skate sem qualquer proteção. Então o homem parou de andar e pela primeira vez depois de tudo a olhou.

—Quando você chegou à nossa casa, com aqueles olhos tão amedrontados, vazios e cheios de desconfiança, se escondendo atrás da perna da assistente social, eu jurei para mim mesmo que eu jamais deixaria você se sentir assim de novo, enquanto Graham jurou que iria te proteger eu jurei que você teria sempre em quem confiar em quem se apoiar. E eu venho fazendo isso por toda minha vida, sendo seu ponto porto seguro, jurando para nosso irmão que você saberia se cuidar aqui, enquanto ele me acusava de colocar essas ideias em sua cabeça fazendo você ir embora. Você sempre me contou tudo, e eu chego aqui e descubro que você está namorando uma mulher, - Emma abaixou a cabeça - e tem crianças que te chamam de mãe... eu... eu... – ele suspirou antes de continuar – eu não estou te julgando por ter escolhido estar com uma mulher, céus não me entenda errado. Eu só estou perdido aqui porque eu costumava saber tudo de você só pelo olhar e, e... e... eu estou me perguntado o que foi que eu perdi, quando foi que eu perdi isso, você se apaixonando ao ponto de defender dessa maneira, e então há as duas crianças lá dentro e eu estou me perguntando seriamente quando que você cresceu tanto, e onde eu estava. – Os olhos do homem marejaram e uma lágrima teimosa começou fazer caminho pela sua bochecha. – Minha espiguinha, você devia ter nos contado, tudo isso aqui seria evitado, eu jamais deixaria Killian vir seu eu soubesse de vocês. Eu achei que você pudesse sentir alguma coisa ainda por ele. Não me deixe de fora assim de novo.

—Eu achei que o fato de eu nunca falar dele pudesse ser um sinal... – ela disse comprimindo um lábio em quase um sorriso. Seu irmão não estava bravo com ela, ele não estava a repudiando ou odiando. Ela só poderia mesmo sorrir.

—Eu deveria ter percebido, me desculpe. – David tomou Emma nos braços a apertando. Quando o homem abriu aos olhos ele fitou Regina que permanecia sentada. Ele soltou a loira e a abraçou de lado mirando ainda a morena. – Seja bem vinda a família Regina, e não pense porque você é uma mulher que eu não estarei de olho em você.

—Acho justo. – A morena disse sorrindo para ele, ela se levantou – as coisas aconteceram de forma natural e nunca houve um pedido nem nada, então eu quero aproveitar que sua família está aqui e perguntar de verdade se você aceita namorar comigo Emma Swan? – A loira olhou para ela com uma surpresa genuína, elas nunca tinham falado de um pedido, mas a mulher achou extremamente fofo por parte da outra.

—Emma? – Foi Kiki quem chamou a loira que não se movia.

—Oi? – perguntou bobamente.

—Não vai responder? – A loira riu suavemente.

—Sim, é claro que eu aceito. – Regina soltou o ar que estava segurando dando um tapa no braço da loira – O que? Achou que eu ia dizer não? – Ela riu com a careta da morena.

—Falta o beijo. -  declarou Mary – eu mereço ver isso depois de guardar esse segredo, mesmo que seja por alguns dias.

—Como assim? – Perguntou David, Kiki, Eve e Emma em uníssono. A morena se encolheu com o grupo a mirando.

—Você sabia? – Perguntou David.

—Quem te contou? – Quis saber Emma.

—Por que eu não estava sabendo? – Reclamou Eve.

—Hey, deixem ela. – Regina foi para o lado de Mary – Ela descobriu sozinha e eu pedi que ela respeitasse o momento de Emma. - Abraçou morena de lado que a olhou agradecida.

Um arranhar de garganta foi ouvido e todos se viraram em direção ao corredor onde uma ruiva estava parada.

—Estão todos bem? Ninguém está querendo jogar copos em mais ninguém? – A ruiva perguntava juntando uma mão na outra como se fosse uma professora explicando a matéria para a turma.

—Desculpem-me pela minha cunhada – Regina dizia olhando Zelena com um olhar mortal.

—O que eu estou fazendo? Só estou checando a integridade de todos. – Deu um sorriso inocente - Fala sério, isso é uma festa. A gente deveria estar comemorando e não aqui nos olhando com cara de velório. Vocês já falaram que estão juntas e blá blá blá, não tem ninguém chorando desesperadamente, ninguém querendo matar ninguém. Vamos comorar. – Jogou os braços para o alto arrancando risadas dos outros.

—Ha não Zelena, eu preciso desse beijo. – Mary disse a ruiva.

—Mary querida, daqui a pouco você vai estar pedindo pelo amor de todos os deuses que alguém pode acreditar para que essas duas parem. – Todos os presentes caíram realmente na gargalhada enquanto as duas coravam furiosamente.  Regina soltou Mary e caminhou em direção a sua namorada, ela tomou Emma e tombou seu corpo em seus braços a beijando em seguida, um beijo digno de cinema sendo aplaudidas por todos, por fim interromperam o beijo para rir, o rubor tomando conta de seus rostos.

—-88—

O aeroporto estava abarrotado novamente. Emma se despedia de todos demoradamente, bem como Regina. Elas iriam sentir muita falta de toda aquela agitação dentro de casa.

—Assim que chegarem em casa, reúnam a família e coloquem a frente do computador. Quero contar a todos antes que Killian faça isso por mim e Graham nunca me perdoe por esconder isso dele.

—Você sabe que ele fará um drama básico, não sabe? – David perguntou preocupado.

—Sei, mas sei que você estará lá para acalma-lo. – ela sorriu para o irmão – estou só preocupada com a vovó, tem que ela nunca vá aceitar. – seus olhos ficaram tristes.

—Talvez ela nunca entenda ou aceite, mas ela te ama e isso nunca vai mudar. – Kiki disse suavemente.

—Levem nossos futuros sobrinhos para conhecer a todos. Eles são maravilhosos. Vocês não poderiam ter escolhido melhor. - Mary disse.

—Foram eles que nos escolheram. - Regina disse com a voz entrecortada segurando a mãos de Emma e recebendo um sorriso brilhante dela. Elas haviam sido escolhidas.

A última chamada para o voo foi ouvida e eles se abraçaram mais uma vez antes de partir rumo aos portões se despedindo até não porem ser mais vistos. Quando Regina e Emma se viraram para ir embora puderam ver Killian correndo para o portão ignorando a presença delas.

—-88—

Emma terminava seu banho quando percebeu que não ouvia barulho nenhum dentro do quarto, Regina devia estar exausta. A morena tinha pedido para tomar banho antes da loira, provavelmente já estava dormindo. Colocou seu pijama antes de apagar a luz do banheiro e rumar para o quarto.

Quando ela entrou no quarto o ar parou em sua garganta ao ver o local com velas espalhadas trazendo ao ambiente uma iluminação baixa e aconchegante, uma colcha vermelha de seda cobria a cama e pétalas de rosa da mesma cor estavam espalhadas pelo chão. No ar um aroma magnífico que Emma não pode distinguir. Apesar do estarrecimento com a surpresa pode notar que Regina não estava à vista. 

Emma caminhou até a cama onde havia uma camisola vermelha com uma ligerie de mesma cor. Em cima pousava um pequeno bilhete com a caligrafia de Regina escrito, única e exclusivamente, vista-se. A loira obedeceu. Colocou as peças e sentou-se a cama a espera da morena. Uma música começou a soar pelo quarto e Emma reconheceu as primeiras notas de Love Story ecoando pelo lugar. Ela sorriu bobamente, Regina era incrível. Sua namorada. Sua. Ema muito mais do que ela merecia.

A porta do quarto se abriu revelando a morena e Emma quase colocou seu coração para fora pela boca. Regina estava vestida com a beca da loira e com seu capelo, em suas mãos o canudo de veludo vermelho.

—Regina, o que é isso? – A loira perguntou vendo a morena andar em sua direção. A mulher não respondeu e continuou seu caminho em direção a outra, enquanto andava Regina começou a desabotoar a grande veste preta lentamente parando a frente da loira que estava sentada na cama. Quando terminou o ultimo botão deixou o pano escorregar por seus braços revelando suas vestes íntimas de cor igualmente negra. O ar parou na garganta de Emma e ela poderia sufocar a qualquer momento. Regina seria sua morte. Ela tinha certeza.

A mulher com saltos negros retirou o capelo de sua cabeça e colocou na loira antes de sentar em seu colo. Beethoven ainda ecoava pelo quarto e junto com as velas crepitantes e as pétalas de rosa era testemunha do amor compartilhado por aquelas duas mulheres.

Enquanto os corpos se encaixavam, as estrelas, em algum lugar, dançavam.


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Notas finais do capítulo

Amo vocês!