Imperfect Utopia escrita por Bruno hulliger


Capítulo 7
O clima vai esquentar...


Notas iniciais do capítulo

Desculpem-me pelo capítulo ser tão grande. Prometo que os próximos serão menores.



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  O crepúsculo cedeu um lugar á noite, mas o clima só estava esquentando...

  Mary olhou para a arma pontiaguda que jazia no braço de Sthephanie, e comentou, cínica:

  -- Isso é sério? Você se lembra que não pode usar magia na escola não é?

  -- A dagger não foi criada para atacar, e sim para defender-me dos seus ataques – respondeu a maga sem demonstrar nenhuma emoção, tanto em seu rosto, quanto em suas palavras.

  Então era verdade... Naquele dia, no ônibus, por mais que ela parecesse estar atacando, ela só estava se defendendo... Mas ainda assim ela podia ser violenta, uma briga entre aquelas duas não seria nada agradável.

  -- Ei, garotas... Isso não é lugar para isso... Vamos deixar tudo do jeito que está O.K? – comentei, tentando acalmar os ânimos das duas.

  -- Correto – respondeu Sthephanie, tornando a adaga novamente em sua delicada mão.

  -- Tanto faz... – respondeu a outra. A maga já ia andando pelos corredores do colégio quando Mary acrescentou: -- Esse será o seu fim.

  Sthephanie parou por um momento, talvez assustada com a frase dita pela líder rebelde, mas pouco tempo depois ela voltou a andar.

  A capitã se voltou para mim, trancou a porta do dormitório com velocidade, ela virou-se para mim e começou a falar.

  -- Então esse vai ser o plano B: Sthephanie pode não demonstrar, mas ela é muito sozinha, e quase nunca conversa com os outros alunos, e é aí que você entra! O conquistador de mulheres mais cobiçado da América Latina, WESLEY!!!

  -- O quê? Mary você endoidou?

  -- Me chame preferencialmente de capitã, e não, eu não endoidei. Você não percebe a grandiosidade da minha lógica?!

  -- Lógica? Que lógica? – Mary me deu um dolorido tapa na bochecha esquerda.

  -- Você não passa de mais um idiota afinal! Bem, de qualquer forma, se você não conseguir conquistá-la, tente pelo menos se aproximar dela, tente arrancar informações sobre a sua vida, sobre seus poderes e também... Sobre suas fraquezas, isso vai ajudar muito o grupo rebelde.

  -- Mas por que eu tenho que fazer isso?

  -- Como você sabe os alunos rebeldes não tem permissão para freqüentar essa região depois das aulas, mas o diretor não sabe que você é um rebelde, então todos vão te tratar como um aluno comum.

  -- Realmente, é brilhante.

  -- Viu só, admitir não é muito melhor do que levar um tapa na cara?

  Eu ainda sentia a dor causada por aquela mão pesada, mas fazer o quê? Afinal, ela era a líder...

  -- Como eu vou me aproximar da maga sem ela descobrir nada?

  -- Ela é burra, nunca vai perceber a nossa armação, só tente não conversar com os outros membros do grupo durante as aulas O.K? Então, você tem inteligência o suficiente para fazer isso não é? – ela me tratava como se eu fosse um chimpanzé adestrado.

  -- Sim,

  -- Tudo bem, então, iniciar operação: infiltração!

  Não era o melhor nome do mundo, mas como eu não tive idéia de um nome melhor decidi ficar em silêncio.

  -- Ah, mais uma coisa, – completou Mary – nessa madrugada nós vamos executar a operação ataque compressor, você não precisa participar, mas caso sejamos bem sucedidos você nem irá precisar executar o plano B.

  -- Que alívio... Vocês já venceram a maga alguma vez?

  -- Não, já faz oito meses que estamos tentando e nada, mas dessa vez temos armas!! Seja mais confiante!

  O diretor abriu a porta, seu rosto era estranho, todo achatado e enrugado, os olhos pequenos e puxados (como os de um asiático) além do cabelo que só crescia pelos lados.

  -- Senhorita Maria, você já pode se retirar agora.

  -- Espera ai, “Maria”? – perguntei, perplexo.

  -- Claro, você não achou que o meu nome fosse Mary, achou?

  -- Bem... Todos te chamavam assim, então...

  -- Seu bobo, Mary é o meu codinome, assim como o “John” que na verdade se chama Jonathan.

  Minha crença foi uma mentira!!! Eu fiquei super envergonhado, e isso combinado com a marca do tapa de Mary... Quer dizer Maria, deve ter deixado meu rosto tão vermelho quanto uma pimenta...

  A líder se retirou, e finalmente eu pude tomar banho, trocar de roupa, arrumar minhas coisas e... Ó não, minhas coisas estavam em uma mala, que eu deixei no bagageiro do ônibus, que eu não vejo à... Bem, desde que o veículo foi atacado... Bom, pelo menos a cama já estava posta no quarto, assim eu poderia dormir tranquilamente... Ou talvez não.

  Madrugada, 01h: 23 ( e caso se perguntem de como eu sei isso, é que havia um relógio acima da porta do dormitório), o sono ainda não havia me abandonado quando eu ouvi alguns barulhos de portas batendo. Olhei através da única janela que havia no dormitório e... Não pode ser, era Sthephanie, saindo do colégio/escola.

  -- Para onde será que ela vai? – questionei.

  Mas foi aí que eu me lembrei de Maria ter dito algo como  "a operação ataque sei lá o quê vai ser feita nessa madrugada"... Mas será que... Ó não, Sthephanie está indo para uma armadilha! Eu deveria ficar feliz ou triste com isso? Isso não importa agora...

  Levantei-me o mais rápido possível, desci as escadas do colégio correndo, cheguei á porta da frente, havia um cadeado no chão, todo quebrado, a maga deve ter feito isso para conseguir sair... Lá fora estava frio e eu não tinha nenhum casaco, mas eu não me importava com a temperatura, pois algo me dizia que o clima ia esquentar, e isso não era bom.

  -- Vou segui-la e ver até onde ela vai... – sei que não era o plano mais genial, mas foi o melhor que eu pude bolar.


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